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Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 3 de maio de 2023
Web of Science: artigos de Paulo Roberto de Allmeida
quinta-feira, 3 de março de 2022
O papel dos BRICs na economia mundial - Paulo Roberto de Almeida
O papel dos BRICs na economia mundial
(corrigindo alguns equívocos de compreensão)
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 26 novembro 2006
Postado no blog Diplomatizzando (28/05/2011; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/05/os-brics-antes-de-existirem-os-brics.html)
Os BRICs
Muito se tem falado sobre os BRICs, um suposto grupo de países emergentes dinâmicos, composto pelo Brasil, Rússia, Índia e China, com perspectivas relevantes na futura economia mundial. Em vista, porém, das baixas taxas de crescimento econômico do Brasil, vários jornalistas têm retirado o Brasil desse grupo, convertendo-o em RICs, apenas.
A verdade, entretanto, é que esse BRIC não existe. Trata-se de uma construção arbitrária, que não se sustenta em nenhum arranjo político-diplomático, em nenhuma configuração efetiva internacional. É um exercício puramente intelectual de um banco de investimentos, o Goldman Sachs, que criou essa figura, sem justificativa em si, a não ser pelo peso específico de cada um desses países.
Com efeito, na maior parte do tempo, os supostos BRICs não interagem entre si, não atuam de forma coordenada para fins desse exercício feito pelo banco, que é a emergência econômica, como massa atômica específica, de cada um desses países na economia mundial. Ou seja, eles terão inevitavelmente um grande peso, inclusive o Brasil, que é pouco dinâmico, mas cada um por sua própria conta.
A rigor, há também a Indonésia, que está um pouco diminuída hoje, mas que vai voltar a crescer e emergir, não apenas na região da Ásia Pacífico. Há ainda a África do Sul, o México, todos grandes países que, somados à China, à Índia e ao Brasil, conformariam um G-11 ou G-13 da economia mundial.
Isso é relevante, em termos de coordenação da agenda econômica mundial, mas não há nenhum exercício político-diplomático de coordenação entre BRICs, ou RICs. Cada um tem uma forma específica de inserção na economia mundial. Cada um tem interesses nacionais, que não são necessariamente divergentes, mas não são coincidentes.
Não existe, sobretudo, para fins de qualquer classificação diplomática com respeito ao possível alinhamento desses BRICs na política mundial, uma natural identificação dos supostos integrantes desse grupo com os demais países em desenvolvimento ou com alguma diplomacia do Sul. Para todos os efeitos de inserção na economia mundial, a Rússia, a Índia e a China fazem parte do hemisfério norte, assim como, do ponto de vista estritamente político, a Rússia integra plenamente as estruturas de dominação e controle típicos dos países do hemisfério norte.
A Rússia é relevante por seu poderio atômico. Não foi incorporada ao G-7 por ser uma economia de mercado, o que obviamente ela não era, mas porque poderia causar problemas. Ela não faz parte do G-7 econômico, mas do G-8 político, que adota resoluções um pouco inócuas. A Rússia não conta economicamente, a não ser por sua energia. Como ela é importante no equilíbrio geopolítico asiático e europeu e no plano energético mundial, ela faz parte desses esquemas de coordenação. Mas o processo de reformas internas deve ser intensificado para que ela possa ser plenamente incorporada à OMC e à OCDE.
Tampouco existe, para fins de comércio internacional, um realinhamento radical dos fluxos, ainda que seja previsível e até natural um crescimento mais intenso dos intercâmbios entre os próprios países do Sul. A “nova geografia comercial”, que se anuncia como relevante para o Sul, na verdade já existe: são os emergentes asiáticos exportando para o Norte desenvolvido – Estados Unidos e Europa – ou para outros países em desenvolvimento de sua própria esfera geográfica, como é o caso da China e sua imensa esfera de intercâmbios na própria Ásia Pacífico.
A China e a Índia
Para todos os efeitos imagináveis, o destino econômico da China está intimamente ligado ao dos Estados Unidos. Os americanos dependem da transferência de recursos asiáticos para continuar sustentando a sua avidez de consumo. A China depende enormemente da capacidade comercial deficitária americana, ou seja, que os Estados Unidos continuem comprando dela. Do catálogo do Wal Mart, 80% ou mais é chinês ou pode ser feito na China.
A China exerce hoje um papel deflacionista extremamente importante na economia mundial. Assim como a Inglaterra no século 19 ofereceu mercadorias baratas a todo o mundo, a China desempenha hoje esse papel. É importante porque permite que mesmo os trabalhadores desempregados pela concorrência chinesa nos mercados de manufaturados da Europa e dos EUA continuem a consumir produtos, a partir de suas bonificações-desemprego, que de outra forma não estaria ao seu alcance, se fossem fabricados aos preços da Europa e dos EUA.
A Índia também está intimamente integrada aos Estados Unidos, pelas redes de engenheiros, pelos seus executivos que trabalham na Califórnia ou na Costa Leste, que vão alimentar a nova economia da inteligência e do conhecimento. A China é basicamente um laboratório, um ateliê ou uma fábrica. A Índia é basicamente um escritório de concepção e desenho. Os indianos desenham aquilo que lhes foi encomendado desde o Vale do Silício, podendo inclusive agregar algo mais.
Mas o que é desenhado na Califórnia também o é por engenheiros indianos. Há uma simbiose completa entre concepção e desenho americano, ou ocidental, e a nova Índia, que está emergindo paulatinamente e vai ser uma potência em software e em conhecimento também.
Trata-se, obviamente, de uma “pequena Índia”, pois se está falando da incorporação de uma parte apenas da imensa população da Índia na economia de mercado. A exclusão social da maior parte dos indianos dessa economia dinâmica pode até representar algum fator de pressão interna contra as reformas e uma maior inserção na globalização, mas esse é um fator interno que tem de ser resolvido na política indiana. O fato é que a Índia vai continuar com milhões de miseráveis durante muito tempo, assim como a China.
O que esse dois países já fizeram, em termos de crescimento econômico, é propriamente extraordinário. A China tirou 200 ou 300 milhões de camponeses de uma miséria abjeta para uma pobreza aceitável, e os transformou em operários. A Índia também tirou algumas centenas de milhares de pessoas da miséria. Mas a miséria indiana ainda é monumental, e vai continuar pelas décadas futuras. Mas isso não importa para a economia mundial, e sim os grandes fluxos transnacionais de comércio, bens, serviços.
Os analistas ocidentais e, sobretudo, os políticos americanos argumentam que, no caso da China, isso foi obtido ao custo de um câmbio artificialmente baixo e de salários baixos, até para o poder de compra chinês. Entretanto, esses são fatores conjunturais. A China tem uma boa manipulação de sua política econômica, inclusive para efeitos cambiais e comerciais. Tem uma boa manipulação da sua agenda financeira – reservas, investimentos externos. Mas tudo isso é superestrutura, é espuma.
O mais importante, todavia, é o papel da China como produtora de bens correntes no mundo globalizado. Para fazer isso, ela simplesmente se inseriu na divisão internacional do trabalho. Quando acabou o socialismo, no fim dos anos 80, o impacto da incorporação dos ex-socialistas na economia mundial não foi muito grande, porque esses países eram pouco competitivos - tinham uma participação ridícula no comércio de bens e de tecnologia internacional - e inexistentes no plano financeiro. O impacto econômico da inserção do ex-bloco socialista no PIB mundial foi de 10% ou 15%, se tanto. Agora, o impacto da incorporação do exército industrial de reserva ex-socialista na divisão mundial do trabalho provavelmente supera um quarto da mão-de-obra total do mundo.
Tudo isso é muito relevante no plano da alocação de investimentos para fins de produção, montagem de produtos, enfim, tudo o que requer mão-de-obra. A China, também, em algum momento, vai ficar um pouco cara, e aí outros países vão ser incorporados. No que se refere ao setor industrial, a China manterá a sua preeminência mundial nas próximas décadas.
De certa forma, ela está repetindo a história japonesa de copiar para depois criar. Mas, não se trata de equiparar a China a um novo Japão. A história é sempre diferente. A China produz mais engenheiros do que qualquer país do mundo. Quem produz patentes, inovação tecnológica, são engenheiros. A China vai construir um poder econômico nos seus próprios termos, que não necessariamente vai se dar no vácuo ou na decadência ocidental, e sim em extrema osmose com o Ocidente.
As teses de hegemonias, declínios e substituição de impérios não são muito válidas hoje, porque não se tem mais uma economia baseada apenas nas matérias-primas ou na força bruta das máquinas. Como a economia é do conhecimento, tudo isso tende a se disseminar. Quem está perdendo, na verdade, são os operários americanos e ocidentais. Mas as empresas ocidentais vão continuar tão fortes quanto antes, inclusive utilizando mão-de-obra chinesa, claro, para o que for necessário.
E o Brasil nesse processo?
O Brasil vai continuar sendo um grande fornecedor de commodities, o que é bom, e um grande fornecedor de energias renováveis, o que é excelente. Mas o Brasil é hoje, reconhecidamente, um país de lento crescimento, a despeito de ser um país moderno.
O fato é que todos os nossos problemas são made in Brazil. Nenhum deles tem algo a ver com a globalização. Nada do que é externo é estratégico para os problemas brasileiros atuais. São deficiências próprias: previdenciárias, educacionais, organizacionais, corrupção, gastos públicos. A globalização até ajudaria na tarefa de reforma. Mas como o Brasil é um pouco avestruz, introvertido, recusa a competição externa e novos acordos comerciais com países desenvolvidos, sua indução à reforma vai ser bem mais lenta. Tanto o Mercosul como os acordos hemisféricos são menos importantes para o Brasil, enquanto acesso a mercados, do que enquanto estabilização econômica e indução à reforma, à competição e à inovação. Como o Brasil continua relativamente introvertido, o processo de reformas vai ser muito lento. Não é que não haja consenso entre as elites quanto a uma agenda de reformas. Não há sequer consciência de que a reforma é necessária, nos planos tributário, fiscal e educacional.
Na globalização, o papel da educação é extremamente relevante. Com a baixa qualidade atual do seu ensino fundamental, o Brasil simplesmente não pode pensar em se inserir na economia mundial de forma competitiva. Achamos que nossos problemas econômicos são graves, por causa da falta de uma agenda de reformas. No plano educacional, é pior do que possamos imaginar, e tendente à deterioração. A situação é muito pior do que as estatísticas revelam. Não é apenas do ponto de vista organizacional e de investimentos, mas no plano mental, de preparação dos professores. Temos enormes problemas pela frente, que não serão resolvidos facilmente.
Não se deve ser muito otimista quanto às possibilidades do Brasil de concorrer numa economia globalizada, na medida em que sua situação educacional é pavorosa. O Brasil não está preparado para capacitar a mão-de-obra, no plano puramente industrial, nem para enfrentar as exigências da modernidade, da inovação tecnológica. No plano científico, existe muita capacidade: os cientistas brasileiros são tão bons ou até melhores que os estrangeiros. Mas a vinculação do sistema científico com o tecnológico é muito precária. Não há um sistema inovador autogerado. É tudo muito induzido pelo Estado.
O Estado brasileiro deixou de ser uma solução e passou a ser um problema enorme. Um estudo com países da OCDE para o período 1960 a 1996 mostra que o ritmo de crescimento está correlacionado à carga fiscal. Países com carga fiscal de até 25% do PIB tiveram crescimento anual de 6,6%; aqueles com carga fiscal superior a 60% do PIB, de apenas 1,6%. Isso ocorre porque simplesmente não existem recursos para o investimento. A despoupança estatal é um fator extremamente negativo. E, no plano tributário, a incidência sobre o lucro e o trabalho é fator de desemprego, informalidade e não-crescimento.
Pode-se mencionar aqui o caso da Irlanda. Trata-se de um país que saiu do perfil europeu típico de alta imposição fiscal e enveredou pelo caminho da eficiência, da baixa tributação sobre os lucros e sobre o trabalho. Em menos de uma geração, em aproximadamente 17 anos, ela saltou de metade da renda per capita européia para acima da média. A China impressiona porque é grande. Mas a Irlanda, em termos de transformação estrutural, é um caso único na história econômica mundial.
O Brasil poderia parar de olhar tanto para a China e para a Índia e verificar o que fizeram, por exemplo, Irlanda e Chile, em termos de reforma econômica e inserção no processo de globalização. Para todos os efeitos, não importa muito o tamanho dos países e sim a qualidade de suas políticas econômicas.
Para maiores esclarecimentos quanto à natureza dessas políticas econômicas, remeto a meu artigo “Uma verdade inconveniente (ou sobre a impossibilidade de o Brasil crescer 5% ao ano)”, disponível neste link
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 26 novembro 2006
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Já que a "fronda empresarial" não veio, talvez tenhamos uma "fronda" dos investidores - O Globo
Alguns anos atrás, eu preparei um artigo e até dei palestras sobre a necessidade de uma fronda empresarial – os curiosos vejam na Wikipedia o que foi a fronda aristocrática –, ou seja, que os empresários, os grandes capitalistas brasileiros se revoltassem contra o Estado espoliador e conduzissem uma "revolução burguesa" economicamente liberal e aberta ao mundo. Vejam ao final essas referências.
Pena e tempo perdidos: nenhum dos covardes, pusilânimes, medíocres e introvertidos (protecionistas) dos grandes capitalistas se moveu um milímetro nessa direção: eles continuaram vindo a Brasília para pedir favores setoriais e parciais, e apoiando indistintamente todos os governos: socialdemocratas, esquerdistas, centristas, direitistas, como sempre fazem.
Agora, parece que são os investidores que vão se recusar a colocar dinheiro no Brasil até se colocar em ordem a balbúrdia que é o governo atual. Acho que vão ter de esperar certo tempo.
Paulo Roberto de Almeida
Brasil vive rebelião no mercado com crise fiscal, após gastos no combate a Covid
Nos círculos financeiros, dúvida é como o país vai arcar com os custos das medidas de estímulo, como o auxílio emergencial
O Globo, 28/10/2020
BRASÍLIA — Os estímulos à economia, especialmente o auxílio emergencial, do presidente Jair Bolsonaro, ganharam elogios em todos os lugares por salvar os brasileiros do pior da crise econômica causada pela pandemia. Mas, agora, enquanto o pior da crise da saúde começa a diminuir, a ansiedade aumenta nos círculos financeiros sobre como ele vai arcar com os custos disso.
Os investidores estão se desfazendo da moeda brasileira e das ações, desencadeando um movimento quase sem paralelo no mundo este ano. Na manhã desta quarta-feira, o dólar chegou a operar próximo dos R$ 5,80 e só perdeu fôlego após a atuação do Banco Central.
O cenário mostra que os investidores estão cada vez mais se recusando a comprar qualquer coisa, exceto os títulos do governo de curto prazo.
Com US$ 107 bilhões, o programa de socorro de Bolsonaro se parece mais com os pacotes de estímulo engendrados pelas nações mais ricas do mundo do que com aqueles apresentados por seus pares, com classificação de risco em mercados emergentes semelhante à brasileira.
O socorro equivale a 8,4% da produção econômica anual do país. É ainda proporcionalmente maior do que os planos anunciados pelo Reino Unido e pela Nova Zelândia.
Tudo isso transforma o Brasil em uma espécie de estudo de caso econômico da Covid-19: um país em desenvolvimento de nível médio pode igualar a resposta fiscal e monetária dos países mais dignos de crédito do mundo e sair impune? Ou afundará em uma crise financeira?
Arminio Fraga, talvez o ex-presidente do Banco Central mais respeitado do Brasil, diz que um desastre completo é uma possibilidade muito real agora.
— Vejo economias maduras fazendo todos os tipos de acrobacias com seus bancos centrais. Tudo bem, eles podem — diz Fraga, que ajudou a evitar o calote da dívida em 1999 e hoje dirige o Gávea Investimentos, no Rio de Janeiro. — Aqui no Brasil é diferente. Temos muitas dívidas.
É claro que a maioria dos países ricos também tem muitas dívidas. O Fundo Monetário Internacional prevê que os Estados Unidos e o Canadá terminarão este ano com uma relação dívida/Produto Interno Bruto acima de 100%. Afirma ainda que a do Japão subirá para 266%, muito acima da relação de 95% que o governo Bolsonaro prevê para o fim de ano.
Mas o Brasil, com sua longa história de inadimplência e inflação galopante, não tem a credibilidade arduamente conquistada nos mercados que esses países têm. Além disso, o ritmo no qual o percentual da dívida está subindo — aumentou 30 pontos percentuais apenas nos últimos cinco anos — alarma os investidores.
As expectativas para a inflação no Brasil, embora em nada pareça com os anos hiperinflacionários de meados da década de 1990, estão subindo rapidamente em meio à preocupação de que o governo não tenha vontade política para controlar os gastos.
Em meio à pandemia de Covid-19, outros países em desenvolvimento, como Peru e Chile, realmente produziram mais estímulos em relação ao tamanho de suas economias. Mas eles desfrutam de classificações de crédito de grau de investimento e começaram com dívidas muito menores.
Auxílio emergencial
No Brasil, a maior parte do estímulo — cerca de US$ 57 bilhões do total — foi dedicada ao auxílio emergencial, benefícios mensais concedidos a trabalhadores informais, desempregados, pequeno empreendedores, e outros trabalhadores que perderam a renda durante o isolamento social, que se mantiveram alimentados e consumindo enquanto a economia estava encolhendo.
O benefício acabou diminuindo a pobreza e disparando a popularidade de Bolsonaro. O Fundo Monetário Internacional aplaudiu a iniciativa do governo para evitar uma desaceleração econômica mais profunda e estabilizar os mercados financeiros.
O que faz os economistas torcerem as mãos é como o presidente vai reconciliar um déficit primário recorde com um desejo repentino de tornar parte da ajuda permanente depois que o estímulo expirar em 31 de dezembro.
Relatório elogiando a ajuda inicial alertou que os níveis crescentes de dívida pública representam um risco para o Brasil.
Um déficit orçamentário primário estimado em 12,1% do PIB e dúvidas crescentes sobre a capacidade de Bolsonaro encontrar uma maneira de pagar por mais gastos sociais perturbaram os mercados.
A demanda dos traders premium para manter dívida de prazo mais longo disparou em meio ao aumento do risco, com as taxas de swap expirando em cerca de cinco anos a 6,82%, ante 5,39% em julho. O real caiu quase 30% neste ano, puxando para baixo os retornos das ações baseados em dólares.
A moeda, já sob pressão com as baixas taxas históricas corroendo seu apelo ao carry trade, viu a volatilidade disparar com a reação dos comerciantes às manchetes sobre os gastos do governo.
Taxas de equilíbrio
As expectativas de inflação também dispararam, com os investidores agora avaliando aumentos anuais de preços de 4,4% na próxima década, frente aos 3,8% de um ano atrás.
Talvez o sinal mais nefasto seja a dificuldade de vender dívidas de longo prazo, mesmo que nações como os EUA flertem com a ideia de oferecer títulos com vencimentos de 50 a cem anos.
No Brasil, o prazo médio dos títulos do governo local vendidos em leilão era de 2,36 anos em agosto, ante 4,95 anos um ano antes. Desde então, o movimento em direção às notas de prazo mais curto só cresceu.
Nos leilões de títulos até agora neste mês, por exemplo, as notas de seis meses — o menor prazo disponível com uma taxa fixa —- responderam por 44% da dívida a taxa fixa vendida, em comparação com apenas 11% em outubro de 2019.
— Sem reformas, é possível que o país enfrente outra grave crise macroeconômica — disse Alberto Ramos, economista do Goldman Sachs Group Inc., em Nova York. — Os altos gastos do governo têm sido um problema para o Brasil há décadas. A deterioração fiscal trouxe alta inflação, baixo crescimento e a necessidade da ajuda do FMI no passado. Hoje, a situação não é melhor.
Deficit orçamentário
A mudança para a venda de títulos de curto prazo nos últimos meses resultou na preocupação dos investidores sobre o valor dos gastos públicos, reconheceu José Franco de Morais, subsecretário da dívida pública do Departamento do Tesouro, em uma entrevista.
Ele espera que as coisas se normalizem nos próximos meses, à medida que os investidores ganham confiança de que os gastos serão reduzidos.
Mas o problema que os investidores têm com o Brasil é seu histórico de gastos excessivos e permitir que os aumentos dos preços ao consumidor inflacionem sua dívida.
O Brasil deixou de pagar sua dívida externa nove vezes desde 1800, de acordo com o livro “Desta vez é diferente: Oito séculos de loucura financeira”. O país declarou moratória em 1987 e não foi capaz de retomar os pagamentos até 1994, ano em que a inflação atingiu o pico de 4.923%.
Durante a crise financeira de 2008, o Brasil injetou dinheiro nos bancos públicos e reduziu os impostos para ajudar a sair da recessão. Mas o alívio temporário tornou-se permanente, levando a déficits orçamentários e eventuais rebaixamentos de sua dívida, o que acabou custando bilhões ao governo em custos de empréstimos mais altos.
— Nossa própria dinâmica interna é insustentável — disse Armínio Fraga. — A resposta tem que ser ampla e profunda e tem que cobrir questões fiscais, o que é difícil.
Quase uma década após a crise de 2008, o antecessor de Bolsonaro instituiu um teto de gastos obrigatório constitucionalmente para ajudar a recuperar a confiança dos investidores. Mas o Congresso deu a Bolsonaro um passe único para ultrapassá-lo neste ano, e os investidores estão ansiosos por sinais de que ele colocará o país de volta no caminho da estabilidade fiscal.
Gerações futuras
— O teto de gastos é um símbolo, uma bandeira que alguns de nós nas trincheiras usamos para defender as gerações futuras — disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento este mês. — Não podemos continuar com dívidas em forma de bola de neve, altas taxas de juros e altos impostos.
Mas até agora é difícil dizer o que o presidente Bolsonaro está planejando. Sua última tacada para pagar a ajuda pós-pandemia sacudiu os mercados no mês passado, deixando sua própria equipe econômica incumbida de controlar os danos sobre as crescentes preocupações de que o compromisso com limites de gastos não é sério.
Desde então, Bolsonaro arquivou futuras discussões até depois das eleições municipais do próximo mês, deixando-o com apenas uma pequena janela para chegar a um acordo entre o fechamento das urnas e o início do ano novo.
Morais disse que a regra fiscal será respeitada e que o próximo programa de estímulo será menor do que alguns investidores temiam. Ele acrescentou que há bastante liquidez no mercado de títulos local.
— O tempo estará trabalhando contra o governo — disse Roberto Secemski, economista com foco no Brasil do Barclays Plc.
Em última análise, acrescenta, os investidores querem um plano “que nos diga que o endividamento público vai se estabilizar”.
https://oglobo.globo.com/economia/brasil-vive-rebeliao-no-mercado-com-crise-fiscal-apos-gastos-no-combate-covid-24716488
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Textos PRA:
2433. “Brasil: o futuro do país está no passado (de outros países...): proposta para uma Fronda Empresarial”, Brasília, 13 outubro 2012, 24 p. Texto-base para palestras no ciclo Liberdade na Estrada: “Brasil, país do futuro: até quando?” (Porto Alegre, FCE/UFRGS, dia 17/10/2012, 19:00hs), no “Papo Amigo” da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Porto Alegre, 18/10/2012, 12:00hs) e no Instituto de Formação de Líderes de Minas Gerais (Belo Horizonte, 24/10/2012, 19:30hs). Divulgado na plataforma Academia.edu (links: https://www.academia.edu/5962599/2433_Brasil_o_futuro_do_pa%C3%ADs_est%C3%A1_no_passado_de_outros_pa%C3%ADses..._proposta_para_uma_Fronda_Empresarial_2102_). Postado novamente no blog Diplomatizzando em 8/07/2015 (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/07/brasil-o-futuro-do-pais-esta-no-passado.html). Canal pessoal no YouTube: https://youtu.be/RL6ZcpWyAWY.
2543. “Por uma Fronda Empresarial Brasileira”, Hartford, 8 Dezembro 2013, 2 p. Artigo em colaboração com o acadêmico e diplomata Paulo Fernando Pinheiro Machado, animador do blog No Bico da Chaleira (http://nobicodachaleira.wordpress.com). Publicado no jornal O Estado de S. Paulo (ISSN: 1516-2931; 18/12/2013; link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,por-uma-fronda--empresarial-brasileira-,1109902,0.htm). Divulgado no blog Diplomatizzando (i18/12/2013; link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2013/12/por-uma-fronda-empresarial-paulo-f-p.html).
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Citações de trabalhos no Google Scholar - Paulo Roberto de Almeida
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As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização
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A diplomacia do governo Lula em seu primeiro mandato: um balanço e algumas perspectivas
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Sobre políticas de governo e políticas de Estado: distinções necessárias
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O lugar da América do Sul na nova ordem mundial
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Um exercício comparativo de política externa
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Sobre o ensino do projeto
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Trajetória do Mercosul em sua primeira década (1991-2001): uma avaliação política a partir do Brasil
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Economia internacional e desenvolvimento econômico: a RBPI na vanguarda do pensamento brasileiro
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Mercosul: do otimismo à resignação
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Uma avaliação do governo Lula: políticas sociais e área institucional
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História do porvir: uma aposta contra o passado
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Da extração de pau-brasil ao seqüenciamento do genoma: a lenta emergência de uma história das ciências e das tecnologias no Brasil
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Dossier Amazônia 3. Terceira Onda de Boatos, Novembro de 2001
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John Russell-Wood: obituário de um membro do Conselho da RBPI
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Falácias acadêmicas, 13: o mito do socialismo de mercado na China
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A economia política do baixo crescimento: um prometeu acorrentado pela constituição
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Pequena lição de Realpolitik
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América Latina: novo rumo na direção da esquerda?
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Diplomacia presidencial: cronologia de viagens e visitas, 2002-2006
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A China e seus interesses nacionais: algumas reflexões histórico-sociológicas
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Seria o governo Lula neoliberal?: as inconsistências das políticas econômicas ditas “alternativas” numa era de constrangimentos fiscais
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VII Annual Meetings of the Hewlett/UIUC Project on Brazil: Brazil in a Neo …
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Uma Frase (In) Feliz?: O Que É Bom Para Os Eua É Bom Para O Brasil?
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A pesquisa histórica sobre o Brasil nos arquivos dos Estados Unidos: identificação preliminar e projeto de compilação
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A economia política da integração regional latino-americana: uma visão ultrarrealista do estado da arte institucional
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O moderno Príncipe e os principados da atualidade: Maquiavel aplicado à política contemporânea
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As crises financeiras internacionais e o Brasil desde 1929: 80 anos de uma história turbulenta
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As relações entre o Brasil e os Estados Unidos em perspectiva histórica: problemas das relações bilaterais na fase contemporânea
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A globalização e as desigualdades: quais as evidências?
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As relações econômicas internacionais do Brasil na primeira fase da era republicana (1889-1945)”
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A América Latina e os Estados Unidos desde o 11 de setembro de 2001
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Em busca da simplicidade e da clareza perdidas: Delgado de Carvalho e a historiografia diplomática brasileira
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A pesquisa histórica sobre o Brasil nos arquivos americanos: o resgate de fontes primárias na perspectiva das relações Brasil-EUA
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Contra as parcerias estratégicas: um relatório de minoria
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Siete tesis equivocadas sobre Brasil en el contexto latinoamericano: una relectura de la tesis de Stavenhagen aplicadas a Brasil
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A economia política da velha guerra fria e a nova “guerra fria” econômica da atualidade: o que mudou, o que ficou?
PR de Almeida
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Falácias acadêmicas, 14: o mito do colonialismo como causador de subdesenvolvimento
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Mudanças na economia mundial: perspectiva histórica de longo prazo
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A resistível decadência do marxismo teórico e do socialismo prático: um balanço objetivo e algumas considerações subjetivas
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Falácias acadêmicas, 12: o mito da exploração capitalista
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O discurso no novo capitalismo sob a perspectiva da Análise Crítica do Discurso
PR Almeida
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Coletânea planejamento e orçamento governamental: volume 1: a experiência brasileira em planejamento econômico-uma síntese histórica
PR Almeida
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP)
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O Contexto Geopolítico Da América Do Sul: Visão Estratégica Da Integração Regional
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¿ Una nueva'arquitectura'diplomática? Interpretaciones divergentes sobre la política exterior del Gobierno Lula (2003-2006)
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O Ibri e a Revista Brasileira de Política Internacional: tradição, continuidade e renovação
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A ALCA e o interesse nacional brasileiro
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Contra a corrente
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O Brasil e as crises financeiras internacionais, 1995-2001
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A educação de Maurício Tragtenberg (depoimento pessoal sobre um método político-pedagógico)
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Camaradas, agora é oficial: acabou o socialismo
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Dez regras modernas de diplomacia
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Ideologia da política externa: sete teses idealistas
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O movimento operário e a construção da Central Única dos Trabalhadores no Brasil: disputas e concepções 1977-1983
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Manual das organizações internacionais
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A marcha da integração no Mercosul: vivace ma non troppo
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De la (Non) Democratie en Amerique (Latine): A Tocqueville report on the state of governance in Latin America
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A Brazilian Adam Smith
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Direito comercial e políticas comerciais na primeira globalização: o caso do Brasil até a Primeira Guerra Mundial
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Constituição de subjetividades no discurso e no letramento escolar
PR Almeida
De volta ao futuro da lingua portuguesa. Atas do V SIMELP-Simpósio Mundial …
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2017
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A Brazilian Adam Smith: Cairu as the Founding Father of Political Economy in Brazil at the Beginning of the 19th Century
PR Almeida
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Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula^ ipt
PR Almeida
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Os sessenta anos do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais
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BRAZIL AND IMF SINCE BRETTON WOODS: A 70 YEARS HISTORY
PR Almeida
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2014
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Sixty years of the Brazilian Institute of International Relations
AC Lessa, PR Almeida
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Brazilian economic historiography: an essay on bibliographical synthesis
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Uma grande estratégia para o Brasil: elementos propositivos
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Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD 1 (2), 40-51
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Liberdade econômica no mundo: o caso do Estado ‘opressor’do Brasil
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 11 (125), 59-68
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Pode uma pessoa inteligente pretender-se comunista, hoje em dia? Reflexões sobre um paradoxo acadêmico brasileiro
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 11 (123), 125-136
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Falácias acadêmicas, 15: o modo repetitivo de produção do marxismo vulgar no Brasil
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 11 (122), 111-122
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2011
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Formação de uma estratégia diplomática: relendo Sun Tzu para fins menos belicosos
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (118), 155-160
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2011
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Brasileiras e brasileiros: quero falar diretamente a vocês...(o primeiro Estado da Nação da nova presidente)
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (117), 93-98
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2011
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Previsões imprevisíveis para o Brasil em 2011: resoluções para o novo governo à maneira de Benjamin Franklin
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (116), 101-107
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2011
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Katia de Queiroz Mattoso: obituário de um membro do Conselho da RBPI
PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 54 (1), 196-198
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2011
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Do “nunca antes” ao “finalmente depois”?: tarefas do novo governo brasileiro
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (115), 1-9
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2010
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Declaração de voto: dez pequenas regras contrarianistas
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (112), 80-87
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2010
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A ignorância letrada: ensaio sobre a mediocrização do ambiente acadêmico
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (111), 120-127
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2010
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Como (Não) crescer a 7%
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 10 (110), 73-83
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2010
| ||
Elogio da burguesia (com uma deixa para a aristocracia também)
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (108), 51-60
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2010
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A coruja de Tocqueville: fatos e opiniões sobre o desmantelamento institucional do Brasil contemporâneo
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (107), 143-148
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2010
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A produção do conhecimento nas sociedades contemporâneas: a concentração e as desigualdades são inevitáveis?
PR Almeida
Parcerias Estratégicas 11 (23), 435-446
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2010
| ||
Dimensões econômicas e sociais do desenvolvimento global
PR de Almeida
|
2010
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O Bric ea substituiçao de hegemonias: um exercício analítico (perspectiva histórico-diplomática sobre a emergência de uim novo cenário global)
PR Almeida
En: O Brasil e los demais BRICs: comércio e política. Brasília: CEPAL; IPEA …
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2010
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A Primeira Década do Século 21: um retrospecto e algumas previsões imprevisíveis
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (104), 27-37
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De la Démocratie au Brésil: Tocqueville de novo em missão
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (103), 130-138
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2009
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Um outro mundo possível: alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (102), 25-39
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2009
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Percalços da integração
PR de Almeida
Revista Conjuntura Econômica 63 (9), 58-61
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2009
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Falácias acadêmicas, 11: o mito da transição do capitalismo ao socialismo
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (99), 76-90
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2009
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Falácias acadêmicas, 10: mitos sobre o sistema monetário internacional
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (98), 15-21
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2009
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Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21
PR Almeida
Revista Espaço Acadêmico 9 (97), 12-24
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2009
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Hipólito antes do Correio: um repórter autodidata
PR de Almeida
Estudos em Jornalismo e Mídia 5 (2), 57-67
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2008
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Mercosul: Uma Revisão Histórica E Uma Visão De Futuro
PR Almeida
Meridiano 47 7 (77), 18
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2006
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MERIDIANO47
G Rudzit, JRM Neto, CS Pecequilo, PR de Almeida, V Arraes
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2006
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Entre a América e a Europa: a política externa do Brasil nos anos 1920
PR Almeida
Revista Brasileira de Política Internacional 49 (1), 222-224
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2006
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AS RELAÇÕES DOS ESTADOS UNIDOS COM A AMÉRICA LATINA. UMA INTERAÇÃO HISTORICAMENTE RECHEADA DE EQUÍVOCOS
PR de Almeida
Revista de historia actual, 87-94
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2006
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Mercosul Para Principiantes: Custos E Benefícios
PR Almeida
Meridiano 47 6 (63), 11
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2005
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Prometeu Desacorrentado: Transformação Tecnológica E Desenvolvimento
PR Almeida
Meridiano 47 6 (61), 1
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2005
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Idéias Que Mudaram O Mundo
PR Almeida
Meridiano 47 6 (60), 1
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2005
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Brasil E Argentina: Um Ensaio De História Comparada
PR Almeida
Meridiano 47 6 (59), 17
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2005
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