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terça-feira, 31 de outubro de 2017

E por falar em dia das bruxas... o que houve na historia? - Delanceyplace

Today's selection -- from Haunted by Leo Braudy. In James I's England, the witch became a powerful symbol of those hated forces that opposed the king. During the English Civil War, this notion persisted, with the self- described "Witchfinder General," Matthew Hopkins. He was responsible for the hanging deaths of more than 300 women between 1644 and 1646, roughly 40 percent of all witches ever executed in England:

"Maleficiumthe usual Latin word for witchcraft, was what witches were accused of, literally 'doing evil,' which often included copulating with the devil, kissing his ass, and other combinations of the diabolic and the sexual that are characteristic of the charge of trafficking with demons. ...

"During the sixteenth and the seventeenth centuries, scattered previous references to groups of witches called covens and a conclave of witches called the witches sabbath became much more widespread, with detail upon detail being added to the description of satanic orgies and conspiracy plans that supposedly happened there. When it was objected that otherwise poor old women scattered around the countryside had no way of getting to their infer­nal meetings, these theorists of witchcraft found it necessary to supply flying broomsticks as a ready transportation device. ...


Witches by Hans Baldung. Woodcut, 1508
"James I of England ... linked religious subversion with po­litical subversion, usurpation, and the attack on monarchical divine right au­thority in his book Daemonologie (1597). ...  In News from Scotland, published by James in 1591 and reprinted as part of Daemonologie, he details the confessions of some Danish witches that they tried to assassi­nate him first by poison and then by summoning up a storm to sink the ship in which he was returning to the British Isles from Denmark with his Danish­ born queen, Anne. ... 

"James was a patron of Shakespeare's acting company, and in Macbeth the playwright pays due deference to James's views with the tale of an erstwhile political usurper who dabbles in the black arts to gain his way. That the play was prob­ably written in the wake of the Witchcraft Act of 1604, which broadened earlier laws to include the penalty of death, as well as around the time of the thwarted Gunpowder Plot of Guy Fawkes to blow up Parliament (1605), suggests that on this occasion (and for the rest of the century) the diabolic forces are to be identified specifically with the Catholic threat to Protestant England.

"The pressures of war, along with the paranoia about one's enemies, created a fertile ground for witch-hunting to flourish. ... In England, for example, during the civil war conflicts in the 1640s between the king and Parliament, a young man in his twenties named Matthew Hopkins, calling himself the Witchfinder General, blazed through the east of England in strongly Puritan areas, accusing supposed witches of a pact with the devil even without evidence of maleficium. By the time he died of tuberculosis at the age of twenty-seven in 1647 he was responsible for hanging upward of three hundred women, according to some estimates more than the total of the previous century and a half -- around 40 percent of all the witches ever executed in England. 


Frontispiece from Matthew Hopkins: The Discovery of Witches (1647) showing witches identifying their familiar spirits
"In the year of his death, his Discovery of Witches was published, a book that became very influential in the New England witch trials that lasted from the late 1640s to the early 1690s [including the Salem witch trials]. ...

"The whole process [of witch hunts] resembles a kind of social pathology, a safety valve to compensate for fears of the unconventional sexuality of older, no longer fertile women who were without any defined social role and so occupied the bottom reaches of the gender hierarchy. Some of this sense of potential social upheaval lies behind the expanded usage of 'witch hunt' in the twentieth century to mean the search for any who criticize established authority."

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Ex-chanceler do governo lulopetista critica o governo atual - Brasil 247

O instrumento por excelência do lulopetismo jornalístico, 247 (somando...) reproduz declarações do ex-chanceler dos dois governos lulopetistas e ex-ministro da Defesa no desastrado governo da sucessora.
Má-fé, mentiras e deformações recheiam suas declarações, o que já é típico de quem afundou na submissão sem limites a um dos governos mais corruptos da nossa história, senão do hemisfério, quiçá do mundo.
Essa coisa de "projeto anti-nação" é típico dos comunistas de antigamente, distilando um stalinismo rastaquera, e obviamente mentiroso.
Um papel lamentável de quem serviu a diplomacia brasileira, mas de maneira oportunista preferiu colocar a mentira a serviço de interesses inconfessáveis
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 31 de outubro de 2017

Todo mundo pergunta onde está o Brasil, diz Celso Amorim
 https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/324478/Todo-mundo-olha-hoje-e-pergunta-onde-est%C3%A1-o-Brasil-diz-Celso-Amorim.htm
Ex-ministro das relações Exteriores, Celso Amorim fez um diagnóstico sombrio da atual política internacional brasileira;  segundo o diplomata, o País era chamado para facilitar conversas na America Latina, na África e no Oriente Médio; “O Brasil estava a frente dessas conversas. Agora, não está nem a reboque. Está parado lá atrás. Todo mundo olha hoje e pergunta: onde está o Brasil? O Brasil hoje vai nas reuniões dos organismos internacionais para cumprir tabela, não apresenta nenhuma iniciativa"
Brasil 247, 27 de Outubro de 2017 às 06:50 // TV 247 no Youtube Youtube
Por Marco Weissheimer, do Sul 21
O Brasil deixou de ter uma política externa e um projeto nacional. Na verdade, o que existe hoje é um projeto anti-nação, um assustador processo de desnacionalização e de destruição de ativos nacionais. O diagnóstico é do ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que participou nesta quarta-feira (25) da sétima edição do Fórum de Grandes Debates, promovido pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Amorim foi recebido, no final da tarde, pelo presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), conversou com jornalistas e, logo e seguida, proferiu uma conferência no auditório Dante Barone. O ex-chanceler do governo Lula criticou os rumos da política externa brasileira no governo Temer que, segundo ele, abandonaram completamente o protagonismo que o Brasil vinha exercendo nos últimos anos, voltando a assumir uma postura subalterna aos interesses econômicos e políticos de Washington.
Na avaliação de Celso Amorim, a política externa brasileira praticamente desapareceu. “O Brasil tem participado de certas reuniões, meio na lógica de cumprir tabela. Não se tem notícia de nenhuma iniciativa importante, como houve sobretudo no governo Lula. Pode ser que tenha alguma coisa acontecendo e o problema seja com o porta-voz que não está comunicando”, ironizou. “Nas poucas coisas em que parece haver uma orientação”, acrescentou, “eu não concordo com ela”. Celso Amorim citou o exemplo da Venezuela:
“Você pode ter a preferência que quiser, mas não pode, em uma situação grave envolvendo um país vizinho ao nosso, se dar ao luxo de não contribuir para a construção de um diálogo. Eu fico chocado quando ouço que o Brasil não pode participar de uma mediação na Venezuela porque tomou partido. Acusavam o presidente Lula de ter uma política externa ideológica, mas o Brasil ouvia a oposição da Venezuela da mesma forma que ouvia o governo. Quando havia uma disputa entre a Venezuela e a Colômbia, que tinha um governo de centro-direita, o Brasil participava tentando construir uma situação de diálogo, pois nos interessava a paz e esta se baseia no diálogo. O que o país não pode é se auto-excluir do diálogo, o que aconteceu confessadamente”.
O Brasil, acrescentou Celso Amorim, era chamado para facilitar conversas na America Latina, na África e no Oriente Médio. “O Brasil estava a frente dessas conversas. Agora, não está nem a reboque. Está parado lá atrás. Todo mundo olha hoje e pergunta: onde está o Brasil? O Brasil hoje vai nas reuniões dos organismos internacionais para cumprir tabela, não apresenta nenhuma iniciativa. Nós sempre tínhamos uma iniciativa nova. O próprio G-20 nasceu, entre outros fatores, pelo papel que o Brasil passou a desempenhar no cenário internacional. O nosso país tinha um papel muito importante no cenário internacional, tanto na parte econômica como na parte política. O Brasil foi chamado para intervir em questões envolvendo o Oriente Médio. Muita gente questionou o envolvimento do Brasil no Irã. Mas não foi o Brasil que quis se envolver no Irã. O presidente do Estados Unidos, Barack Obama, pediu que o Brasil ajudasse, apenas para dar um exemplo”.

Celso Amorim falou sobre as relações entre a política externa e o desenvolvimento, na Assembleia Legislativa. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Falando sobre o cenário internacional, Celso Amorim avaliou que o mundo pode estar entrando, mais do que na era Trump, na “era Xi”, uma referência ao novo presidente da China, Xi Jinping. O grande fato novo, enfatizou, é o crescimento da China, não só o crescimento econômico, mas a disposição desse país em assumir uma postura de liderança. O ex-chanceler lembrou que, na primeira reunião dos BRICS (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), a China não mostrava muito engajamento, ao contrário do Brasil e da Rússia. Hoje, a China desempenha um papel central, sendo a sede, inclusive, do banco dos BRICS. “No último congresso do Partido Comunista chinês ficou claro não só o fortalecimento do presidente Xi, como também uma disposição de atuar com liderança”.
Questionado sobre o futuro dos BRICS a partir da mudança política ocorrida no Brasil, Celso Amorim disse não acreditar que o país saia dessa iniciativa. “Por mais subserviente que a nossa classe empresarial possa ser, há fortes interesses econômicos em jogo, como os do agronegócio que exporta muito para esses países. Por mais voltado ideologicamente para Washington que possa ser o atual governo, não vejo a possibilidade de o Brasil sair dos BRICS. Acho que há aí um mínimo de pragmatismo que não permite que eles saiam. Só não vão tomar nenhuma iniciativa, até porque não têm nenhuma credibilidade para lançar alguma coisa nova. Vão indo na rabeira. Hoje, nestes encontros internacionais, ninguém quer tirar foto com o Temer. Na época do Lula, todo mundo queria aparecer na foto com ele”.
Amorim manifestou preocupação, por outro lado, com a destruição dos ativos nacionais, que estão sendo entregues a outros países. Para ele, o que está ocorrendo no governo Temer não é propriamente uma privatização, mas sim uma desnacionalização. “Comparando com o que está acontecendo hoje, Roberto Campos seria considerado um desenvolvimentista desvairado. “Muitos dos nossos ativos estão sendo comprados por estatais de outros países. O que não presta é a estatal brasileira, a estatal de outros países serve? As empresas brasileiras ficaram sob suspeita com essa questão da Lava Jato, de uma maneira que não se vê em país nenhum. A Volkswagen teve um problema sério recentemente com a falsificação de resultados envolvendo um software de meio ambiente. Você ouve falar que a Alemanha está destruindo a Volkswagen por isso? Aqui há uma autoflagelação que está a toda velocidade”.

“Quando os Estados quiseram vender os aviões F-18 para o Brasil teve carta da Condolezza Rice, da Hillary Clinton”. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Na opinião do diplomata, a Lava Jato acabou provocando a criminalizando coisas que são absolutamente normais como oferecer subsídios para um investimento na África, por exemplo. “Está sendo colocado como tráfico de influência uma coisa que todos os países fazem. Pergunte ao rei da Suécia, ao presidente da França ou ao presidente dos Estados Unidos o que eles fazem? Quando os Estados quiseram vender os aviões F-18 para o Brasil teve carta da Condolezza Rice, da Hillary Clinton. Essas coisas são normais. No Brasil, tudo isso foi criminalizado. Fico até com pena dos diplomatas brasileiros. Eu não sei o que eu faria se eu fosse um diplomata brasileiro no exterior diante de uma oportunidade comercial para uma empresa brasileira. Ele vai pensar: melhor não falar nem fazer nada, senão vão dizer que estou sendo corrompido”.
Celso Amorim questionou também alguns mitos que ficam sendo repetidos pela grande imprensa como se fossem verdade, como o suposto fracasso do Mercosul. “Uma das mentiras mais repetidas é que o Mercosul deu errado. Desde a criação do Mercosul até 2014, o comércio envolvendo os países do bloco cresceu 12 vezes, enquanto, no mesmo período, o comércio mundial cresceu cinco vezes. Que fracasso é esse?”.

A maior obra da gestão econômica lulopetista: a Grande Destruição 

A maior obra de Dilma Rousseff

Economia 30.10.17

O Comitê de Datação de Ciclos Econômicos da FGV, Codace, concluiu hoje que a recessão brasileira chegou ao fim no último trimestre de 2016.

Iniciada no segundo trimestre de 2014, ela durou 11 meses –a mais longa desde o período Sarney/Collor– e fez o PIB do país desabar 8,6%, semelhante à retração verificada entre 1981 e 1983, com a ditadura militar já nos estertores.

Essa é a grande obra da “nova matriz econômica” de Dilma Rousseff. Agradeçam à Gerente.



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O Brasil e a Grande Guerra: diplomacia e historia - seminario no IHGB, RJ, 6/11/2017


O Brasil e a Grande Guerra: diplomacia e história

Paulo Roberto de Almeida
 [Nota sobre o seminário a ser realizado no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no Rio de Janeiro, em 6/11/2017]
 

O conflito matricial do século XX
Todos admitem – não só os historiadores, mas também cientistas políticos e analistas de relações internacionais, de modo geral – que a Grande Guerra, que mais tarde recebeu o título de Primeira Guerra Mundial por razões mais do que óbvias, foi o conflito seminal do século XX, que provocou imensas alterações políticas, sociais e propriamente militares em todos os países por ela afetados, mas também enormes impactos econômicos que perduram até a atualidade – na intromissão dos Estados na vida econômica – e, sobretudo, no plano das relações internacionais, ao acelerar os movimentos nacionalistas que redundariam nas descolonizações da segunda metade do século e alteraram completamente a geopolítica mundial. Essas mudanças afetaram em primeiro lugar a Europa, mas também os impérios coloniais e mesmo povos e regiões distantes do epicentro do conflito, inclusive no hemisfério americano e no Pacífico.
A historiografia, ao longo do último século, identificou as origens da guerra – uma simples disputa de honra nacional e de defesa de soberania entre o Império Austro-Húngaro e o reino da Sérvia –, nas atitudes propriamente “feudais” (na visão de Arno Mayer) dos monarcas disputando poder e influência nos Balcãs, uma subida aos extremos por causa de um ultimatum mal concebido, exacerbado pelos ardores de chefes militares que pensavam apenas num conflito de pequena duração, finalmente extravasado para as grandes potências europeias por causa de um sistema de alianças militares e de garantias ambíguas vinculando os dois extremos da Europa central. Mas se tratava, ao início, de uma “guerra local”, que extravasou para as grandes potências vinculadas entre si pela lógica confrontacionista das alianças.
A guerra se tornou mundial pela ação dos submarinos alemães, afundando inclusive navios de países neutros, como os Estados Unidos e o próprio Brasil. Suas consequências foram ainda mais vastas, pois foi em grande medida devido à Grande Guerra que o czarismo foi derrocado na Rússia e que um novo sistema sócio-político e econômico, consolidado após anos de guerra civil, emergiu na União Soviética e projetou sua sombra sobre as relações internacionais durante mais de oito décadas.

Programa de seminário sobre a Grande Guerra
Para examinar os diversos aspectos da Grande Guerra, o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI-Funag/MRE), do qual sou diretor, está organizando um seminário no Instituto Histórico e Geográfico (Rio de Janeiro), em 6 de novembro, segundo o programa que se detalha a seguir:

O BRASIL E A GRANDE GUERRA: DIPLOMACIA E HISTÓRIA
Seminário no dia 06 de novembro de 2017

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rua Augusto Severo 8, RJ, 09:00-18:30hs

09:00               Abertura: Apresentação do programa

09:30               Conferência de abertura:
“A América Latina e a Grande Guerra (1914-1918)” – Prof. Olivier Compagnon (Universidade de Paris III – Institut des Hautes Études de l´Amérique Latine), autor de O Adeus à Europa: a América Latina e a Grande Guerra. 
10:30               A imprensa brasileira e a Grande Guerra – Prof. Sidney Garambone (PUC-RJ), autor de A Primeira Guerra Mundial e a Imprensa Brasileira.
11:20 O Brasil da neutralidade à guerra - Embaixador Rubens Ricupero (FAAP), autor de A Diplomacia na construção do Brasil: 1750-2016.
12:10 A neutralidade argentina – Embaixador Juan Archibaldo Lanús (CARI), autor de Aquel apogeo: politica internacional argentina 1910-1939.

13:00   Almoço

14:00    Rui Barbosa e o debate parlamentar sobre a neutralidade brasileira - Embaixador Carlos Henrique Cardim (UNB), autor de A raiz das coisas - Rui Barbosa: o Brasil no mundo.
14:50   A Marinha do Brasil na Grande Guerra – Prof. Francisco Eduardo Alves de Almeida (EGN/IGHMB), co-autor de Atlântico – a História de um Oceano.
15:40 Aviadores brasileiros na Grande Guerra (power point) Prof. Carlos Daróz (UNISUL/UNIVERSO/IGHMB), autor de O Brasil na Primeira Guerra Mundial – A Longa Travessia.
16:10  O Exército Brasileiro na Grande Guerra: a Missão Médica Militar e o Hospital Brasileiro de Paris - Prof. Cristiano Enrique de Brum (PUC-RS), doutorando em História.
17:00 Epitácio Pessoa e a Conferência de Paz de Paris - Procurador Marcílio Toscano França Filho (UFPB), autor de Epitácio Pessoa e a Codificação do Direito Internacional.

17:50               Debate
18:30 Encerramento


Guia de leitura, bibliografia:
A bibliografia sobre a Grande Guerra é, obviamente, imensa, mas menos abundante no que se refere ao envolvimento dos países latino-americanos e do Brasil. Um dos palestrantes, o prof. Olivier Compagnon, é autor da obra de pesquisa histórica L’adieu à l’Europe: l’Amérique Latine et la Grande Guerre (Paris: Librairie Arthème Fyard, 2013), com edições em português: O adeus à Europa: a América Latina e a Grande Guerra (Rio de Janeiro: Rocco, 2014); e em espanhol: América Latina y la Gran Guerra: el adiós a Europa (Argentina y Brasil, 1914-1939) (Buenos Aires: Crítica, 2014). Outro participante também tem obra publicada; Sidney Garambone: A primeira guerra mundial e a imprensa brasileira (Rio de Janeiro: Mauad, 2003).
Compagnon cita, em sua bibliografia, livros sobre a mesma temática, entre os quais: Bill Albert; Paul Henderson: South America and the First World War: the impact of the war on Brazil, Argentina, Peru and Chile (Cambridge: Cambrisge University Press, 1988); Percy Alvin Martin: Latin America and the War (Baltimore: Johns Hopkins Press, 1925); Clodoaldo Bueno: Política externa da Primeira República: os anos de apogeu, de 1902 a 1918 (São Paulo: Paz e Terra, 2003).
O grande estudo sobre o tema é o de Francisco Luiz Teixeira Vinhosa: O Brasil e a Primeira Guerra Mundial: a diplomacia brasileira e as grandes potências (Rio de Janeiro: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1990), com ampla bibliografia sobre o assunto. O diplomata Fernando Paulo de Mello Barreto Filho publicou Os Sucessores do Barão: relações exteriores do Brasil, 1912-1964 (São Paulo: Paz e Terra, 2001). Mais recentemente, o historiador Carlos Daróz publicou O Brasil na Primeira Guerra Mundial: a longa travessia (São Paulo: Contexto, 2016).
Em 2014, convidado pelo jornalista Alberto Dines para participar de uma emissão sobre a Grande Guerra na série do Observatório da Imprensa, mesmo estando fora do país, elaborei pequeno texto-guia e preparei dois pequenos vídeos sobre o impacto do conflito no Brasil, do ponto de vista econômico: “A guerra de 1914-1918 e o Brasil: impactos imediatos, efeitos permanentes”, Mundorama (28/07/2014; ISSN: 2175-2052; link: http://www.mundorama.net/?p=14424); Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/a-grande-guerra-e-seus-efeitos-sobre-o.html).

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 30 de outubro de 2017

domingo, 29 de outubro de 2017

A diplomacia do marechal Floriano - livro de Sergio Correa da Costa


 

FUNAG – Lançamento da terceira edição do livro “A Diplomacia do Marechal: intervenção estrangeira na Revolta da Armada” de Sérgio Corrêa da Costa

A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) lança a terceira edição do livro “A Diplomacia do Marechal: intervenção estrangeira na Revolta da Armada”, de autoria do embaixador Sérgio Corrêa da Costa, com apresentação do embaixador Sérgio Moreira Lima.
O livro traz um dos episódios reveladores do novo regime republicano e de seus atores. As ações do Exército, que precipitaram a queda da monarquia, provocaram em segmentos da Marinha profunda insatisfação e questionamentos da autoridade do presidente da república, Floriano Peixoto, o Marechal de Ferro. A ameaça de bombardeio da capital, à época Rio de Janeiro, a partir da esquadra dos insurretos atracada na baía de Guanabara, ficou conhecida como a “Revolta da Armada”. Como pano de fundo da disputa entre Exército e Marinha para a possível restauração da Monarquia, estavam os suportes de estrangeiros de algumas monarquias da Europa contra a ajuda dos Estados Unidos, que apoiavam a nova República.
O livro está disponível para download gratuito na biblioteca digital da FUNAG.