O instrumento por excelência do lulopetismo jornalístico, 247 (somando...) reproduz declarações do ex-chanceler dos dois governos lulopetistas e ex-ministro da Defesa no desastrado governo da sucessora.
Má-fé, mentiras e deformações recheiam suas declarações, o que já é típico de quem afundou na submissão sem limites a um dos governos mais corruptos da nossa história, senão do hemisfério, quiçá do mundo.
Essa coisa de "projeto anti-nação" é típico dos comunistas de antigamente, distilando um stalinismo rastaquera, e obviamente mentiroso.
Um papel lamentável de quem serviu a diplomacia brasileira, mas de maneira oportunista preferiu colocar a mentira a serviço de interesses inconfessáveis
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 31 de outubro de 2017
Todo mundo pergunta onde está o Brasil, diz Celso Amorim
https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/324478/Todo-mundo-olha-hoje-e-pergunta-onde-est%C3%A1-o-Brasil-diz-Celso-Amorim.htm
Ex-ministro das relações Exteriores, Celso Amorim fez um diagnóstico
sombrio da atual política internacional brasileira; segundo o
diplomata, o País era chamado para facilitar conversas na America
Latina, na África e no Oriente Médio; “O Brasil estava a frente dessas
conversas. Agora, não está nem a reboque. Está parado lá atrás. Todo
mundo olha hoje e pergunta: onde está o Brasil? O Brasil hoje vai nas
reuniões dos organismos internacionais para cumprir tabela, não
apresenta nenhuma iniciativa"
Por Marco Weissheimer, do Sul 21
O Brasil deixou de ter uma política externa e um projeto nacional. Na
verdade, o que existe hoje é um projeto anti-nação, um assustador
processo de desnacionalização e de destruição de ativos nacionais. O
diagnóstico é do ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que
participou nesta quarta-feira (25) da sétima edição do Fórum de Grandes
Debates, promovido pela presidência da Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Sul.
Amorim foi recebido, no final da tarde, pelo presidente da
Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT), conversou com jornalistas e,
logo e seguida, proferiu uma conferência no auditório Dante Barone. O
ex-chanceler do governo Lula criticou os rumos da política externa
brasileira no governo Temer que, segundo ele, abandonaram completamente o
protagonismo que o Brasil vinha exercendo nos últimos anos, voltando a
assumir uma postura subalterna aos interesses econômicos e políticos de
Washington.
Na avaliação de Celso Amorim, a política externa brasileira
praticamente desapareceu. “O Brasil tem participado de certas reuniões,
meio na lógica de cumprir tabela. Não se tem notícia de nenhuma
iniciativa importante, como houve sobretudo no governo Lula. Pode ser
que tenha alguma coisa acontecendo e o problema seja com o porta-voz que
não está comunicando”, ironizou. “Nas poucas coisas em que parece haver
uma orientação”, acrescentou, “eu não concordo com ela”. Celso Amorim
citou o exemplo da Venezuela:
“Você pode ter a preferência que quiser, mas não pode, em uma
situação grave envolvendo um país vizinho ao nosso, se dar ao luxo de
não contribuir para a construção de um diálogo. Eu fico chocado quando
ouço que o Brasil não pode participar de uma mediação na Venezuela
porque tomou partido. Acusavam o presidente Lula de ter uma política
externa ideológica, mas o Brasil ouvia a oposição da Venezuela da mesma
forma que ouvia o governo. Quando havia uma disputa entre a Venezuela e a
Colômbia, que tinha um governo de centro-direita, o Brasil participava
tentando construir uma situação de diálogo, pois nos interessava a paz e
esta se baseia no diálogo. O que o país não pode é se auto-excluir do
diálogo, o que aconteceu confessadamente”.
O Brasil, acrescentou Celso Amorim, era chamado para facilitar
conversas na America Latina, na África e no Oriente Médio. “O Brasil
estava a frente dessas conversas. Agora, não está nem a reboque. Está
parado lá atrás. Todo mundo olha hoje e pergunta: onde está o Brasil? O
Brasil hoje vai nas reuniões dos organismos internacionais para cumprir
tabela, não apresenta nenhuma iniciativa. Nós sempre tínhamos uma
iniciativa nova. O próprio G-20 nasceu, entre outros fatores, pelo papel
que o Brasil passou a desempenhar no cenário internacional. O nosso
país tinha um papel muito importante no cenário internacional, tanto na
parte econômica como na parte política. O Brasil foi chamado para
intervir em questões envolvendo o Oriente Médio. Muita gente questionou o
envolvimento do Brasil no Irã. Mas não foi o Brasil que quis se
envolver no Irã. O presidente do Estados Unidos, Barack Obama, pediu que
o Brasil ajudasse, apenas para dar um exemplo”.
Celso Amorim falou sobre as relações entre a política externa e o
desenvolvimento, na Assembleia Legislativa. (Foto: Guilherme
Santos/Sul21)
Falando sobre o cenário internacional, Celso Amorim
avaliou que o mundo pode estar entrando, mais do que na era Trump, na
“era Xi”, uma referência ao novo presidente da China, Xi Jinping. O
grande fato novo, enfatizou, é o crescimento da China, não só o
crescimento econômico, mas a disposição desse país em assumir uma
postura de liderança. O ex-chanceler lembrou que, na primeira reunião
dos BRICS (grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do
Sul), a China não mostrava muito engajamento, ao contrário do Brasil e
da Rússia. Hoje, a China desempenha um papel central, sendo a sede,
inclusive, do banco dos BRICS. “No último congresso do Partido Comunista
chinês ficou claro não só o fortalecimento do presidente Xi, como
também uma disposição de atuar com liderança”.
Questionado sobre o futuro dos BRICS a partir da mudança política
ocorrida no Brasil, Celso Amorim disse não acreditar que o país saia
dessa iniciativa. “Por mais subserviente que a nossa classe empresarial
possa ser, há fortes interesses econômicos em jogo, como os do
agronegócio que exporta muito para esses países. Por mais voltado
ideologicamente para Washington que possa ser o atual governo, não vejo a
possibilidade de o Brasil sair dos BRICS. Acho que há aí um mínimo de
pragmatismo que não permite que eles saiam. Só não vão tomar nenhuma
iniciativa, até porque não têm nenhuma credibilidade para lançar alguma
coisa nova. Vão indo na rabeira. Hoje, nestes encontros internacionais,
ninguém quer tirar foto com o Temer. Na época do Lula, todo mundo queria
aparecer na foto com ele”.
Amorim manifestou preocupação, por outro lado, com a destruição dos
ativos nacionais, que estão sendo entregues a outros países. Para ele, o
que está ocorrendo no governo Temer não é propriamente uma
privatização, mas sim uma desnacionalização. “Comparando com o que está
acontecendo hoje, Roberto Campos seria considerado um desenvolvimentista
desvairado. “Muitos dos nossos ativos estão sendo comprados por
estatais de outros países. O que não presta é a estatal brasileira, a
estatal de outros países serve? As empresas brasileiras ficaram sob
suspeita com essa questão da Lava Jato, de uma maneira que não se vê em
país nenhum. A Volkswagen teve um problema sério recentemente com a
falsificação de resultados envolvendo um software de meio ambiente. Você
ouve falar que a Alemanha está destruindo a Volkswagen por isso? Aqui
há uma autoflagelação que está a toda velocidade”.
“Quando os Estados quiseram vender os aviões F-18 para o Brasil
teve carta da Condolezza Rice, da Hillary Clinton”. (Foto: Guilherme
Santos/Sul21)
Na opinião do diplomata, a Lava Jato acabou provocando a
criminalizando coisas que são absolutamente normais como oferecer
subsídios para um investimento na África, por exemplo. “Está sendo
colocado como tráfico de influência uma coisa que todos os países fazem.
Pergunte ao rei da Suécia, ao presidente da França ou ao presidente dos
Estados Unidos o que eles fazem? Quando os Estados quiseram vender os
aviões F-18 para o Brasil teve carta da Condolezza Rice, da Hillary
Clinton. Essas coisas são normais. No Brasil, tudo isso foi
criminalizado. Fico até com pena dos diplomatas brasileiros. Eu não sei o
que eu faria se eu fosse um diplomata brasileiro no exterior diante de
uma oportunidade comercial para uma empresa brasileira. Ele vai pensar:
melhor não falar nem fazer nada, senão vão dizer que estou sendo
corrompido”.
Celso Amorim questionou também alguns mitos que ficam sendo repetidos
pela grande imprensa como se fossem verdade, como o suposto fracasso do
Mercosul. “Uma das mentiras mais repetidas é que o Mercosul deu errado.
Desde a criação do Mercosul até 2014, o comércio envolvendo os países
do bloco cresceu 12 vezes, enquanto, no mesmo período, o comércio
mundial cresceu cinco vezes. Que fracasso é esse?”.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
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terça-feira, 31 de outubro de 2017
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
O que sobrou da diplomacia sul-sul? Foi desmantelada? Acabou? - Augusto Nunes
Este texto, do conhecido crítico do lulopetismo diplomático, e do lulopetismo em geral, foi escrito logo após a derrocada (que ainda era provisória) dos companheiros no poder, mais exatamente em 20 de maio de 2016.
Lembro-me que as previsões feitas por eles sobre a política externa do "governo golpista" eram as piores possíveis: que voltariamos para o nosso cantinho com o rabo entre as pernas, que acabaria a diplomacia ativa e altiva, que voltaríamos a ser subordinados ao Império, que abandonaríamos os nossos vizinhos, preferindo olhar só para o Norte, que acabaria a brilhante diplomacia Sul-Sul, enfim, toda espécie de alarmes alarmistas (a redundância é necessária) sobre como estaríamos condenados a uma política externa diminuída, alinhada, submissa, anti-progressista, essas coisas horríveis que só os companheiros conseguiriam evitar.
Enfim, não vou me estender sobre o terror político.
Fica de lembrança sobre o resto de ano de 2016 que se passou sem os companheiros no poder, o que já foi uma grande coisa. A corrupção pode não ter acabado, mas acho que diminuiu um pouquinho. Ou terá sido um poucão?
Paulo Roberto de Almeida
Córdoba, 20/012017
Lembro-me que as previsões feitas por eles sobre a política externa do "governo golpista" eram as piores possíveis: que voltariamos para o nosso cantinho com o rabo entre as pernas, que acabaria a diplomacia ativa e altiva, que voltaríamos a ser subordinados ao Império, que abandonaríamos os nossos vizinhos, preferindo olhar só para o Norte, que acabaria a brilhante diplomacia Sul-Sul, enfim, toda espécie de alarmes alarmistas (a redundância é necessária) sobre como estaríamos condenados a uma política externa diminuída, alinhada, submissa, anti-progressista, essas coisas horríveis que só os companheiros conseguiriam evitar.
Enfim, não vou me estender sobre o terror político.
Fica de lembrança sobre o resto de ano de 2016 que se passou sem os companheiros no poder, o que já foi uma grande coisa. A corrupção pode não ter acabado, mas acho que diminuiu um pouquinho. Ou terá sido um poucão?
Paulo Roberto de Almeida
Córdoba, 20/012017
O fim da política externa da canalhice
A drástica mudança de rota anunciada pelo chanceler José Serra implodiu a opção preferencial pela infâmia que envergonhou o país decente por mais de 13 anos
Augusto Nunes, blog na Veja, Publicado em 20 de maio de 2016
O pedido de socorro remetido por Dilma Rousseff à comunidade internacional foi ouvido por cinco países da série D ─ Cuba, Nicarágua, Bolívia, Venezuela e Equador ─ e duas organizações regionais: Alba e Unasul. A isso se resumiu a aliança com a qual a presidente de férias no Palácio da Alvorada pretendia neutralizar o golpe imaginário e voltar ao emprego: uma ditadura caribenha, uma irrelevância centro-americana, três vizinhos bolivarianos e duas siglas inúteis. Sete anões. Com a adesão de El Salvador, segundo baixinho da América Central a meter-se em assunto de gente grande, os sete viraram oito. Ou sete e meio.
Dilma viu no punhado de pigmeus insolentes a perfeita tradução da “indignação internacional diante da farsa aqui montada”. Governantes de nações civilizadas, que têm mais o que fazer, só conseguiram ver um tedioso esperneio de cúmplices da nulidade demitida com a aplicação de normas constitucionais. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, viu um bando de embusteiros insones com a suspeita de que uma das primeiras vítimas da troca de governo seria a política externa da cafajestagem. E decidiu mostrar com quantas palavras se desfaz um desfile de bravatas.
Bastaram duas notas oficiais e meia dúzia de declarações para calar o coro dos cucarachas. Nesta quarta-feira, em seu discurso de posse, o chanceler concluiu o desmonte da usina de falsidades. Como constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o país que presta não vai mais envergonhar-se com a submissão do Itamaraty aos velhacos da seita lulopetista e aos matusaléns do Foro de São Paulo. “A política externa será regida pelos valores do Estado e da nação, não do governo e jamais de um partido”, resumiu Serra ao anunciar a prioridade número 1.
A prioridade número 2 formalizou a retomada da defesa sistemática dos direitos humanos, da democracia e da liberdade “em qualquer país e qualquer regime político”. Que se cuidem, portanto, os gigolôs da diplomacia do cinismo, nascida do acalamento incestuoso de stalinistas farofeiros do PT e nacionalistas de gafieira do Itamaraty — uns e outros ainda sonhando com a Segunda Guerra Fria que destruirá para sempre o imperialismo ianque. Em janeiro de 2003, acampado na cabeça baldia de Lula, o aleijão que pariram subiu a rampa do Planalto.
Nos oito anos seguintes, fantasiado de potência emergente, o Brasil acanalhado pela revogação de valores morais eternos não perderia nenhuma chance de reafirmar a opção preferencial pela infâmia. O governo Lula acoelhou-se com exigências descabidas do Paraguai e do Equador, suportou com passividade bovina bofetadas desferidas pela Argentina, hostilizou a Colômbia democrática para afagar os narcoterroristas das FARC, meteu o rabo entre as pernas quando a Bolívia confiscou ativos da Petrobras e rasgou o acordo para o fornecimento de gás, .
Confrontado com bifurcações ou encruzilhadas, nunca fez a escolha certa. E frequentemente se curvou a imposições de parceiros vigaristas. Quando o Congresso de Honduras, com o aval da Suprema Corte, destituiu legalmente o presidente Manuel Zelaya, o Brasil se dobrou às vontades de Hugo Chávez. Decidido a reinstalar no poder o canastrão que combinava um chapelão branco com o bigode preto-graúna, convertido ao bolivarianismo pelos petrodólares venezuelanos, Chávez obrigou Lula a transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa na Pensão do Zelaya.
Para afagar Fidel Castro, o governo deportou os pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, capturados pela Polícia Federal quando tentavam fugir para a Alemanha pela rota do Rio. Entre a civilização e a barbárie, o fundador do Brasil Maravilha invariavelmente cravou a segunda opção. Com derramamentos de galã mexicano, prestou vassalagem a figuras repulsivas como o faraó de opereta Hosni Mubarak, o psicopata líbio Muammar Kadafi, o genocida africano Omar al-Bashir, o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad e o ladrão angolano José Eduardo dos Santos.
Coerentemente, o último ato do mitômano que se julgava capaz de liquidar com conversas de botequim os antagonismos milenares do Oriente Médio foi promover a asilado político o assassino italiano Cesare Battisti. Herdeira desse prodígio de sordidez, Dilma manteve o país de joelhos e reincidiu em parcerias abjetas. Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, ficou com o reprodutor de batina. Juntou-se à conspiração que afastou o Paraguai do Mercosul para forçar a entrada da Venezuela. Rebaixou-se a mucama de Chávez até a morte do bolívar-de-hospício que virou passarinho. Para adiar a derrocada de Nicolás Maduro, arranjou-lhe até papel higiênico.
Ao preservar a política obscena legada pelo padrinho, a afilhada permitiu-lhe que cobrasse a conta dos negócios suspeitíssimos que facilitou quando presidente, sempre em benefício de governantes amigos e empresas brasileiras bancadas por financiamentos do BNDES. Disfarçado de palestrante, o camelô de empreiteiras que se tornariam casos de polícia com a descoberta do Petrolão ganhou pilhas de dólares, um buquê de imóveis e a gratidão paga em espécie dos países que tiveram perdoadas suas dívidas com o Brasil. Fora o resto.
Enquanto Lula fazia acertos multimilionários em Cuba, Dilma transformava a Granja do Torto na casa de campo de Raúl Castro, também presenteado com o superporto que o Brasil não tem. Ela avançava no flerte com os companheiros degoladores do Estado Islâmico quando a Operação Lava Jato começou. Potencializada pela crise econômica, a maior roubalheira da história apressou a demissão da mais bisonha governante do mundo.
Os crápulas que controlavam o Itamaraty hoje descem ao lado da chefe a ladeira que conduz ao esquecimento. “O Brasil vai perder o protagonismo e a relevância mundial”, miou Dilma nesta quinta-feira. O que o país perdeu foi o papel que desempenhou desde 2003: o de grandalhão idiota e obediente aos anões da vizinhança. A recuperação da altivez há tanto tempo sumida vai antecipar a colisão entre o Brasil e os populistas larápios, os ditadores assumidos e os tiranos ainda no armário que prendem quem discorda, assassinam oposicionistas e sonham com a erradicação do Estado de Direito.
O compadrio vergonhoso acabou. Os incomodados que se queixem ao bispo. Ou a Dilma, caso a desterrada do Alvorada esteja por lá. Ou a Lula, se o parteiro da Era da Canalhice ainda estiver em liberdade.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Politica Externa: coerencia total e sem falhas - Augusto Nunes
Sem comentários. E precisa?
Paulo Roberto de Almeida
23/09/2014 às 21:48
Augusto Nunes \ Direto ao Ponto
23/09/2014 às 21:48
Augusto Nunes \ Direto ao Ponto
A defesa do Estado Islâmico é uma prova de coerência: a condutora da política externa da canalhice jamais desperdiçou alguma chance de envergonhar o Brasil
Instituída
no governo Lula, a política externa da canalhice foi encampada com
muita animação por Dilma Rousseff. Ao longo de oito anos, o padrinho
sempre escolheu o lado errado. Nesta terça-feira, ao baixar em Nova
York, a afilhada confirmou que nunca perde alguma chance de envergonhar o
país que presta. Ao comentar a ofensiva militar americana contra o
Estado Islâmico, Dilma solidarizou-se com a turma da caverna e garantiu
que, embora não pareça, até decepadores de cabeças aceitam convites para
um diálogo civilizado. “Lamento enormemente os ataques na Síria”,
recitou em dilmês primitivo. “Nos últimos tempos, todos os últimos
conflitos que se armaram tiveram uma consequência: perda de vidas
humanas dos dois lados”.
O choro de Dilma depende da nacionalidade do morto. Ela não derramou uma única e escassa lágrima pelas incontáveis vítimas do bando de fanáticos. Não deu um pio sobre a decapitação ─ em ritos repulsivos filmados pelos carrascos e transformados em programas de TV ─ de dois jornalistas e um agente humanitário. Não emitiu nenhum sinal de desconforto com os massacres intermináveis, os estupros selvagens, a rotina da tortura, a pena de morte por heresia aplicada a quem não se subordina aos dogmas da seita. A presidente só “lamenta enormemente” a perda de aliados na guerra irremediavelmente perdida que move desde a juventude contra o imperialismo ianque.
Erguido durante a entrevista coletiva convocada pela doutora em nada, o monumento ao cinismo foi implodido por uma nota subscrita por Ban Ki-Moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas. Além de endossar os bombardeios americanos, Ki-Moon lembrou que os devotos da barbárie só serão contidos por mais operações militares semelhantes às executadas pelos Estados Unidos. Sem ter lido o documento, Dilma avisou que o besteirol seria reprisado em seu discurso na ONU. Caso cumpra a promessa, todos os presentes entenderão por que um representante do governo de Israel, inconformado com o ostensivo apoio do governo lulopetista ao Hamas, qualificou o país de “anão diplomático”
Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, Dilma escolheu o reprodutor de batina. Também se juntou aos patifes da vizinhança na conspiração que afastou do Mercosul o Paraguai e permitiu a entrada da Venezuela chavista, fez todas as vontades do bolívar-de-hospício que virou passarinho, arranjou até um estoque de papel higiênico para adiar o naufrágio de Nicolás Maduro, curvou-se aos caprichos do lhama-de-franja que reina na Bolívia, presenteou a ditadura cubana com o superporto que o Brasil não tem e transformou a Granja do Torto em residência de verão de Raúl Castro. Fora o resto.
O apoio enviesado ao Estado Islâmico é também uma prova de coerência. Só poderia agir assim quem fez há pelo menos 12 anos a opção preferencial pela infâmia.
O choro de Dilma depende da nacionalidade do morto. Ela não derramou uma única e escassa lágrima pelas incontáveis vítimas do bando de fanáticos. Não deu um pio sobre a decapitação ─ em ritos repulsivos filmados pelos carrascos e transformados em programas de TV ─ de dois jornalistas e um agente humanitário. Não emitiu nenhum sinal de desconforto com os massacres intermináveis, os estupros selvagens, a rotina da tortura, a pena de morte por heresia aplicada a quem não se subordina aos dogmas da seita. A presidente só “lamenta enormemente” a perda de aliados na guerra irremediavelmente perdida que move desde a juventude contra o imperialismo ianque.
Erguido durante a entrevista coletiva convocada pela doutora em nada, o monumento ao cinismo foi implodido por uma nota subscrita por Ban Ki-Moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas. Além de endossar os bombardeios americanos, Ki-Moon lembrou que os devotos da barbárie só serão contidos por mais operações militares semelhantes às executadas pelos Estados Unidos. Sem ter lido o documento, Dilma avisou que o besteirol seria reprisado em seu discurso na ONU. Caso cumpra a promessa, todos os presentes entenderão por que um representante do governo de Israel, inconformado com o ostensivo apoio do governo lulopetista ao Hamas, qualificou o país de “anão diplomático”
Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, Dilma escolheu o reprodutor de batina. Também se juntou aos patifes da vizinhança na conspiração que afastou do Mercosul o Paraguai e permitiu a entrada da Venezuela chavista, fez todas as vontades do bolívar-de-hospício que virou passarinho, arranjou até um estoque de papel higiênico para adiar o naufrágio de Nicolás Maduro, curvou-se aos caprichos do lhama-de-franja que reina na Bolívia, presenteou a ditadura cubana com o superporto que o Brasil não tem e transformou a Granja do Torto em residência de verão de Raúl Castro. Fora o resto.
O apoio enviesado ao Estado Islâmico é também uma prova de coerência. Só poderia agir assim quem fez há pelo menos 12 anos a opção preferencial pela infâmia.
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