O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

segunda-feira, 31 de maio de 2021

A casta patrimonialista e extratora do funcionalismo federal contra a nação - Demetrio Magnoli

 A casta


Por Demétrio Magnoli
31/05/2021 • 01:00

São “parasitas” que estão matando o “hospedeiro”? A sentença emitida por Paulo Guedes, como quase tudo que fala o já não tão poderoso ministro, é uma generalização estúpida. Nas suas desigualdades internas, o funcionalismo público é quase um microcosmo do conjunto da sociedade brasileira. Mas sua elite forma, de fato, uma casta aristocrática que extrai recursos vitais dos brasileiros comuns, amplificando a concentração de renda.

A casta está incrustada no funcionalismo federal: segundo o Ipea, em 2017, os servidores municipais tinham salário médio de R$ 2,9 mil, contra R$ 5 mil dos estaduais e R$ 9,2 mil dos federais. O Congresso e, especialmente, o Poder Judiciário formam os ecossistemas da casta: no Executivo, o holerite médio era de R$ 3,9 mil, contra R$ 6 mil dos funcionários do Legislativo e R$ 12 mil dos servidores do Judiciário.

Raymundo Faoro iluminou, nos idos de 1958, a relação intrínseca entre o poder estatal e o estamento dos servidores públicos. A conversão patrimonial do bem nominalmente público em propriedade privada — a prática sistemática de “tosquiar” a sociedade — expressa-se, entre tantas formas, na remuneração da casta. Os funcionários federais ganhavam, em média, 96% mais que os trabalhadores de empresas privadas, sempre em 2017. No Judiciário, 4,2% dos funcionários recebiam salários superiores a R$ 30 mil.

Getúlio Vargas esculpiu a transição para a economia urbano-industrial criando a moderna burocracia estatal e lançando as sementes da casta. Os filhos dos fazendeiros tornaram-se bacharéis. O PT, partido apoiado nos sindicatos de servidores, completou a obra varguista. Nos governos Lula e Dilma, o gasto com pessoal saltou de cerca de R$ 200 bilhões para mais de R$ 300 bilhões, já descontada a inflação.

O país existe para servir os servidores? Em 2019, o Brasil gastou 12,9% do PIB com o funcionalismo, um dos maiores dispêndios do planeta, superior ao do Canadá (12,1%) ou da França (11,8%), para não mencionar Reino Unido (9%), EUA (8,7%), Alemanha (7,6%) ou Chile (7,1%). Só o Judiciário — e sem contar o MP — consumiu 1,5% do PIB, um assalto à arca pública que fica evidente no cotejo com Itália (0,18%), França (0,15%) ou EUA (0,14%). Por aqui, terra de fidalgos togados, o vale-refeição dos juízes supera o salário mínimo em 24 das 27 unidades da Federação.

O lulismo impulsionou a casta a um novo patamar — e seus arautos nem sequer admitem a discussão de uma reforma administrativa capaz de limitar as rendas públicas destinadas a sustentar seus privilégios. O sociólogo Jessé Souza, o mais autêntico formulador da visão lulista sobre o Estado e a sociedade no Brasil, sintetizou a alegação da casta na seguinte sentença: “Os bancos querem enxugar os gastos do Estado, para que o Estado possa ter seu orçamento dirigido aos bancos”. Ficamos sabendo, então, que, segundo Jessé, propor uma reforma administrativa implica defender os interesses dos bancos.

A técnica de acusar o interlocutor de nutrir maléficas motivações ocultas, típica de espíritos autoritários, destina-se a circundar a argumentação histórica e factual, substituindo o debate informado por um torneio de insultos. Na maioria das nações democráticas, governos de diversos matizes políticos evitaram que a alta burocracia de Estado abocanhasse parcela da riqueza nacional similar à que alimenta a “nossa” casta. Seriam todos esses governos meros agentes do capital financeiro?

Na base do funcionalismo, especialmente nos níveis estadual e municipal, encontra-se a parcela dos servidores públicos de maior valor social. São, em grande parte, funcionários mal-remunerados da saúde e da educação que atendem à população de baixa renda. É a casta, não os malvados banqueiros, que desvia para si mesma os recursos necessários para a qualificação e modernização dos serviços públicos universais.

Uma reforma administrativa equilibrada — que, obviamente, não é a de Paulo Guedes — interessa à maioria dos brasileiros. Pena que, 90 anos depois de Vargas, os representantes políticos da casta ainda consigam se fantasiar como amigos do povo.

https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/post/casta.html

Columbia FDI Perspectives; ensaios tópicos sobre investimentos diretos estrangeiros

Columbia FDI Perspectives

Perspectives on topical foreign direct investment issues
Editor-in-Chief: Karl P. Sauvant (Karl.Sauvant@law.columbia.edu)
Managing Editor: Riccardo Loschi (Riccardo.loschi@columbia.edu)

The Columbia FDI Perspectives are a forum for public debate. The views expressed by the authors do not reflect the opinions of CCSI or our partners and supporters.

No. 306  May 31, 2021
Reducing regulatory risk to attract and retain FDI
by
Priyanka Kher, Trang Thu Tran, Sarah Hebous*
 
Amid the backlash against globalization, policy uncertainty has been a key concern for investors over the past few years. As the COVID-19 crisis continues, fear of contagion and uncertainty over trade and investment policies will further dampen investment activities. Estimates indicate that global FDI flows could decline by 30-40% during 2020-2021. Boosting investor confidence to attract and retain FDI is critical as countries move toward economic recovery.
 
One important response by countries is to reform their regulatory regimes to reduce risks for investors, while preserving countries’ right to regulate in the public interest. Qualitative findings from recent investor surveys consistently show that MNE executives rank countries’ legal and regulatory environments as one of the top three factors shaping investment decisions, along with political and macroeconomic stability. Further, investors indicate that exposure to regulatory risks (e.g., expropriation, breach of contract) in host countries can and has triggered withdrawals of investments or the cancelling of planned investments.
 
A new quantitative measure of regulatory risk—which links directly to specific elements of countries’ legal framework—helps gauge the progress of such reforms.[1]It draws on existing and newly collected data sources, including the content of international investment agreements and investment laws, and evaluates them along three dimensions: transparency, investment protection and access to effective recourse mechanisms. Evidence using a database of 14,335 parent companies investing in 159 host countries suggests that this new measure of regulatory risk is correlated with country risk premium and matters for FDI.
 
Higher regulatory risk—that is, lower levels of transparency, protection and less effective recourse—deters MNEs’ decisions to enter or expand in host countries. In aggregate, it is associated with lower FDI inflows. The effect of regulatory risk on investors’ location decision is sizeable: if the median country improves its performance to the level of a top 25th percentile performer on the regulatory risk measure, investors will be 5.5–22% more likely to locate in the country.[2]
 
These results highlight specific policy actions that governments should take to minimize regulatory risk. It is important to note that countries are already implementing these actions: the newly constructed regulatory risk measure helps explore the link between these actions and FDI outcomes.
  • To improve transparency and predictability, countries should ensure the systematic publication of, and public consultation on, laws and regulations. Availability of portals and other mechanisms to allow investors to find updated information about relevant laws and regulations can help. In addition, specificity and clarity in legal provisions can reduce room for discretion. For example, where investment approval is required under investment laws, countries can reduce regulatory risk by specifying the approval criteria and time-periods within which such approval should be granted.
  • Investment protection against arbitrary government conduct, provided in countries’ investment laws or international investment agreements, in accordance with well-established good practices can further reduce regulatory risk. An example is legal provisions on protection against both direct and indirect expropriation and requiring payment of timely and adequate compensation. Equally important is the ability to freely transfer funds in a timely manner and in a freely convertible or freely usable currency. Of course, the drafting of any legal provisions entails not just considerations of well-established principles of investor protection, but the overall context, legal traditions and political economy realities of countries (including flexibility clauses needed to reflect and protect countries’ right to regulate).
  • Legal provisions are only as good as their implementation. The challenges around lack of implementation across countries are well known. To strengthen the implementation of laws and regulations and balance the risk of potential costly disputes, countries can institute formal mechanisms to systematically address investor grievances and prevent their escalation into investor-state disputes.[3] Overall, strengthening judicial processes (e.g., by promoting specialized commercial courts, stipulating precise time-ranges for judicial processes, reinforcing efficient case-management systems) can further improve effective access to recourse.
The effects of the current pandemic require that governments pursue various avenues to remain successful in attracting and retaining FDI in the highly competitive world FDI market. Reducing regulatory risk is one such avenue.
 
* Priyanka Kher (pkher@worldbank.org) is a Private Sector Specialist in the Investment Climate unit of the World Bank; Trang Thu Tran (ttran6@worldbank.org) is a Senior Economist in the Firms and Entrepreneurship unit of the World Bank; Sarah Hebous (sarah.hebour@gmx.de) is a consultant at the World Bank. The authors would like to thank Persephone Economou, Peter Muchlinski and an anonymous peer reviewer for their helpful peer reviews.
[2] Ibid.
[3] The WBG has been supporting countries to set up institutional mechanisms to detect and resolve investor grievances that can potentially escalate into investor-state legal disputes. See World Bank, Report on Retention and Expansion of FDI: Political Risk and Policy Responses (Washington: WBG, 2019).
The material in this Perspective may be reprinted if accompanied by the following acknowledgment: “Priyanka Kher, Trang Thu Tran, Sarah Hebous, ‘Reducing regulatory risk to attract and retain FDI,’ Columbia FDI Perspectives No. 306, May 31, 2021. Reprinted with permission from the Columbia Center on Sustainable Investment (http://ccsi.columbia.edu).” A copy should kindly be sent to the Columbia Center on Sustainable Investment at ccsi@law.columbia.edu.
For further information, including information regarding submission to the Perspectives, please contact: Columbia Center on Sustainable Investment, Riccardo Loschi, riccardo.loschi@columbia.edu.
 
Most recent Columbia FDI Perspectives   
  • No. 305, Munir Akram, “Mobilizing FDI for sustainable infrastructure investment,” Columbia FDI Perspectives, May 17, 2021
  • No. 304, Anne van Aaken and Diane Desierto, “The Hague Rules on Business and Human Rights Arbitration,” Columbia FDI Perspectives, May 3, 2021
  • No. 303, Gary Clyde Hufbauer, “Dangers lurking in the OECD tax proposals,” Columbia FDI Perspectives,April 19, 2021
All previous FDI Perspectives are available at https://ccsi.columbia.edu/content/columbia-fdi-perspectives

Other relevant CCSI news and announcements
  • On June 10, CCSI will host Compensation under Investment Treaties: A Pareto-Improving Proposal. Emma Aisbett and Jonathan Bonnitcha use a law-and-economics approach to propose a new rule for compensation that limits compensation to that required to prevent investment deterring effects of opportunistic host behavior, thus seeking to better ensure treaty participation benefits both source and host countries. In this online event, Emma will present the proposal; Jeffrey Sachs and Kekeletso Mashigo will discuss it; and we will then open the event for questions and answers from participants. Please register here.
  • On May 26, CCSI, ASIL, and the Rutgers Center for Transnational Law hosted Investment Treaties and a New Legal Imagination. In the recently published book, Investment Treaties and the Legal Imagination, Nicolás M. Perrone excavates the origins and evolution of the legal thinking underpinning the investment treaty regime and ISDS practice. Kathleen Claussen (University of Miami School of Law), Mélida Hodgson (Jenner & Block LLP), and Chantal Ononaiwu (CARICOM Secretariat) discussed with the author the implications of these findings for the future of international investment law. CCSI’s Brooke Guven moderated, and Jorge Contesse (Rutgers Law School) provided an introduction. View the video here.
Karl P. Sauvant, Ph.D.
Resident Senior Fellow
Columbia Center on Sustainable Investment
Columbia Law School - Earth Institute
Ph: 
(212) 854-0689
Fax: (212) 854-7946
Copyright © 2021 Columbia Center on Sustainable Investment (CCSI), All rights reserved.
ccsi@law.columbia.edu

Our mailing address is:
Columbia Center on Sustainable Investment (CCSI)
Columbia Law School - Earth Institute, Columbia University
435 West 116th Street
New YorkNY  10027

Add us to your address book


unsubscribe from this list    update subscription preferences 

domingo, 30 de maio de 2021

Origens da hostilidade entre a China e a Índia: o Tibete, 1959

 https://www.youtube.com/watch?v=xthe53TvFg4&t=1538s

When India And Communist China Became Enemies | Mao's Cold War | Timeline

831.414 visualizações
11 de jun. de 2020

At the height of the Cold War, China's ally India would turn from friend to foe as the issue of Tibetan independence rips the Asian brotherhood apart. 📺 
It's like Netflix for history... 
Sign up to History Hit, the world's best history documentary service, at a huge discount using the code 'TIMELINE' ---ᐳ http://bit.ly/3a7ambu 
You can find more from us on:
Content licensed from Blue Ant International to Little Dot Studios. 
For all questions, please contact owned-enquiries@littledotstudios.com.


Amado Luiz Cervo: homenagem pelos seus 80 anos; aportes teóricos e metodológicos de sua obra - Raúl Bernal-Meza

No dia 5 de maio de 2021, o professor Estevão Chaves de Rezende Martins organizou uma sessão virtual em homenagem ao professor Amado Luiz Cervo, professor emérito da UnB, grande historiador e autor de muitas obras de história diplomática e de relações internacionais do Brasil, por ocasião de seus 80 anos.


 Na ocasião, o Professor Raúl Bernal-Meza, autor de um dos artigos que figuram na revista especial  Intelligere: revista de história intelectual (revistaintelligere@usp.br), apresentou um resumo, transcrito abaixo, da colaboração que ele apresentou para a revista, cujos dados editoriais e de acesso são os seguintes: 

(n. 10, dezembro 2020, ISSN: 2447-9020; p. 1-14; DOI: 10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2020.178316; link da revista: http://www.revistas.usp.br/revistaintelligere/issue/view/11853/1947; link do artigo: http://www.revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/178316/167375). Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/44801286/Intelligere_Revista_de_história_intelectual_Dossie_Amado_Cervo_2020_); divulgado no blog Diplomatizzando (30/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/revista-intelligere-numero-especial-n.html).

Eis o texto do Professor Raúl Bernal-Meza lido na ocasião; 

APORTES TEÓRICOS Y METODOLÓGICOS DE AMADO

Raul Bernal Mesa

Presentación oral, 5/05/2021 

 

La contribución de Amado Luiz Cervo a las relaciones internacionales se puede clasificar en tres grandes líneas: 

1) historia de la política exterior de Brasil; 

2) historia de las relaciones internacionales de América Latina;

3) elaboración de conceptos y categorías analíticas para el estudio de las relaciones internacionales y de los tipos ideales de Estado, de cuya abstracción derivaron interpretaciones sobre la praxis de la política exterior y la diplomacia correspondiente a cada modelo, en una perspectiva histórica que se articula con los estudios de las dos líneas precedentes.

PERO HAY DOS ASPECTOS QUE ME GUSTARÍA DESTACAR DE SU TRAYECTORIA:

 

I) ES EL OBJETIVO INTELECTUAL HACIA EL CUAL AMADO HA DIRIGIDO LA REFLEXIÓN SOBRE LOS CONCEPTOS Y LAS CATEGORÍAS EN RELACIONES INTERNACIONALES, QUE SE SOSTIENE EN DOS CRITERIOS:

 

A)    El aporte al pensamiento propiamente latinoamericano sobre las cuestiones teóricas para abordar el estudio de las relaciones internacionales de América Latina y de la política exterior del Brasil.

 

B)    Su presencia activa en un grupo de académicos e intelectuales latinoamericanos que desde hace un par de décadas buscamos desarrollar nuestras propias formas teóricas y metodológicas para entender nuestras relaciones internacionales.

 

II) SU CONTRIBUCIÓN A LA  IDENTIFICACIÓN DE UNA TRADICIÓN DE PENSAMIENTO, QUE YO HE DENOMINADO COMO LA ESCUELA DE BRASILIA, INCORPORANDO ELABORACIONES DE OTRAS ESCUELAS DE RELACIONES INTERNACIONALES, COMO LA INGLESA Y LA FRANCESA y PROMOVIENDO EL DESARROLLO DE ESTUDIOS HISTÓRICOS Y ANALÍTICOS DESDE UNA PERSPECTIVA QUE RECHAZA LA EXCLUSIVIDAD TEÓRICA QUE SE HA ATRIBUIDO A LO QUE SE CONOCE COMO LA TRADICIÓN ESTADOUNIDENSE o ESCUELA NORTEAMERICANA DE RR.II. (siguiendo la opinión de Stanley Hoffmann acerca de que los estudios internacionales son un dominio excluyente de los Estados Unidos.

AMADO HA RECHAZADO ESTA INTERPRETACIÓN QUE SE ARROGA SER LA ÚNICA QUE ES CAPAZ DE PERMITIR EL CONOCIMIENTO DE LOS ESTUDIOS INTERNACIONALES.

LA ESCUELA DE BRASILIA ES EL EJEMPLO Y RESULTADO DE ESE ESFUERZO DE INDEPENDENCIA TEÓRICA E INTELECTUAL.


Katia de Queiroz Mattoso: historiadora greco-brasileira - guia biobibliográfico

Aproveitei-me de uma postagem feita pela Biblioteca Virtual Consuelo Pondé, do Governo da Bahia, para reproduzir essa bibliografia de Katia Mattoso. 


Katia de Queirós Mattoso, guia biobibliográfico

 

Katia Mytilineou de Queirós Mattoso, nasceu aos 08 de abril de 1931, em Volos, na Grécia. Faleceu em Paris, em 11/01/2011. Formou-se em Ciência Política na Universidade de Lausanne e completou o doutorado na Universidade de Genebra e na Sorbonne-Paris.

Área de pesquisa

Conspiração dos Alfaiates. Séc. XIX: demografia, família, hierarquias sociais, estrutura e conjunturas econômicas, preços e salários. Estratificação socioeconômica na Bahia oitocentista. Escravidão e liberdade na Bahia colonial e imperial.

Especialidade: 

História econômica e social da Bahia e história da escravidão no Brasil.

Tese:

Au Nouveau Monde: une province d'un nouvel empire: Bahia au XIXe siècle (Thèse de Doctorat d'Etat, Université de Paris-Sorbonne), 5 v. 1986.(Mais tarde abreviada e publicada em português sob o título: Bahia, século XIX. Uma província no Império, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992)

Artigos em revistas, capítulos em coletâneas e brochuras:

“O consulado francês na Bahia em 1824”, Anais do Arquivo do Estado da Bahia, n. 39 (1970), pp. 149-220. 

“Caminhos estatísticos na história econômica da Bahia”, Universitas, n. 8/9 (1971), pp. 135-58. 

“A propósito de cartas de alforria, Bahia 1779-1850”, Anais de Historia, n. 4 (1972), pp. 23-52. 

“Os preços na Bahia de 1750 a 1930”, in L’histoire quantitative du Brésil, 1800-1930. (Paris: CNRS, 1973), pp. 167-82.

“Epidemias e flutuações de preços na Bahia no século XIX”, in L’histoire quantitative du Brésil, 1800-1930 (Paris: CNRS, 1973), pp. 183-202 (em parceria com Johildo Lopes de Athayde). 

“Como estudar a história quantitativa na Bahia no século XIX”, in L’histoire quantitative du Brésil, 1800-1930 (Paris: CNRS, 1973), pp. 361-73 (em parceria com Istvan Jancsò).

“Albert Roussin: testemunha da independência da Bahia 1822-1823”, Anais do Arquivo do Estado da Bahia, n. 41 (1973), pp. 116-68. 

“Sociedade e conjuntura na Bahia nos anos de luta pela Independência 1822-1823”, Universitas, n. 15/16 (1973), pp. 5-26. 

“Os escravos na Bahia no alvorecer do século XIX. Estudo de um grupo social”, Revista de História, n. 97 (1974), pp. 109-35. 

“Les esclaves à Bahia au XIXe siècle. Étude d’un groupe social”, Cahiers des Amériques Latines, n. 9/10 (1974), pp. 105-19. Sociedade e conjuntura na época da Revolução dos Alfaiates - Bahia 1798, IV Curso de Estudos Baianos: A Bahia no Século de Ouro, Salvador: Universidade Federal da Bahia, Coordenação Central de Extensão/ FFCH, Departamento de História, 1974. 

“Fontes para a história demográfica da cidade do Salvador, na Bahia”, in Atti dei XL Congresso Internazionale degli Americanisti, Roma e Gênova, 3-10 de setembro de 1972 (Gênova: Tilgher, 1975), v. 4, pp. 247-55. 

“Les recherches historiques à Salvador, Bahia. Un bilan: 1965-1975”, Revue d’histoire économique et sociale, v. 53, n. 4 (1975), pp. 541-58. 

“Para uma história social seriada da cidade do Salvador no século XIX: os testamentos e inventários como fonte de estudos da estrutura social e de mentalidades”, Anais do Arquivo do Estado da Bahia, n. 42 (1976), pp. 147-98. 

“A carta de alforria como fonte complementar para o estudo de rentabilidade da mão-de-obra escrava urbana (1819-1888)”, in C. M. Pelaez e J. M. Buescu (orgs.), A moderna historia econômica (Rio de Janeiro: APEC, 1976), pp. 149-63. 

“Fontes para o estudo da propriedade rural: o Recôncavo baiano, 1684- 1889”, in Anais do VIII Simpósio de Professores Universitários de História, Aracaju, setembro de 1975 (São Paulo: ANPUH, 1976), pp. 1121-23. 

“Introdução ao estudo dos mecanismos da formação da propriedade no eixo Ilhéus-Itabuna, 1890-1930”, in Anais do VIII Simpósio dos Professores Universitários de História, Aracaju, setembro 1975 (São Paulo: ANPUH, 1976), pp. 570-94 (em parceria com Angelina Nobre Rolim Garcez). 

“Um estudo quantitativo de estrutura social: a cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos, no século XIX. Primeiras abordagens, primeiros resultados”, Estudos Históricos, n. 15 (1976), pp. 7-28.

“A Bahia e os judeus: um velho amor”, Shalom, n. 146 (1977), pp. 18-21. Uma fonte para a pesquisa histórica, Salvador: Prefeitura Municipal de Salvador/Departamento de Cultura, 1977. 

“Inquisição: os cristãos novos da Bahia no século XVIII”, Ciência e Cultura, v. 30, n. 4 (1978), pp. 415-27. 

“Des bahianais comme les autres? 20 nouveaux chrétiens du début du XVIIIe siècle”, Mélanges Prof. Dr. Kellenbenz, Wirschaftskräfte und Wirtschaftswege, n. 4 (1978), pp. 313-32. 

“A família e o direito no Brasil no século XIX. Subsídios jurídicos para os estudos em história social”, Anais do Arquivo do Estado da Bahia, n. 44 (1979), pp. 217-44. 

“Testamentos de escravos libertos na Bahia no século XIX: uma fonte para o estudo de mentalidades”, Salvador: UFBA, 1979 (Coleção Centro de Estudos Baianos, n. 85). 

“Être esclave au Brésil”, Études Portugaises et Brésiliennes (Nouvelle Série III), n. 15 (1980), pp. 34-5. 

“Párocos e vigários em Salvador no século XIX: as múltiplas riquezas do clero secular da capital baiana”, Tempo e Sociedade, n. 1 (1982), pp. 13-48. 

“No Brasil escravista: relações sociais entre libertos e homens livres e entre libertos e escravos”, Anais de História, n. 2 (1982), pp. 392-424. 

“Prefácio”, in Maximiliano de Habsburgo, Bahia 1860. Esboços de viagem (Rio de Janeiro: CEB/FCE, 1982), pp. 11-24. 

“Bahia opulenta. Uma capital portuguesa no Novo Mundo (1549-1763)”, Revista de História, n. 114 (1983), pp. 5-20. 

“Research Note: Trends and Patterns in the Prices of Manumitted Slaves: Bahia 1819-1888”, Slavery and Abolition, v. 7, n. 1 (1986), pp. 59-67 (em parceria com Herbert S. Klein e Stanley Engerman).

“Au Nouveau Monde, une province d’un nouvel empire: Bahia au XIXe siècle (Introduction)”, Histoire, Economie & Société, v. 6, n. 4 (1987), pp. 535-68. 

“Slaves, Free and Freed: Family Structures in Nineteenth Century. Salvador, Bahia (Brazil)”, Luso-Brazilian Review, v. 25, n. 1 (1988), pp. 69-84. 

“Notas sobre as tendências e padrões de preços de alforrias na Bahia, 1819-1888”, in João José Reis (org.), Escravidão e invenção da liberdade: estudos sobre o negro no Brasil (São Paulo: Brasiliense/CNPq, 1988), pp. 60-72 (em parceria com Herbert Klein e Stanley Engerman). 

“Apresentação”, in Gilberto Ferrez, Bahia, velhas fotografias, 1858- 1900 (Rio de Janeiro: Kosmos, 1988), pp. 7-10. 

“Introdução”, in Louis Couty, A escravidão no Brasil (Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1988), pp. 11-44. 

“A riqueza dos baianos no século XIX”, CLIO - Revista de Pesquisa Histórica, n. 11 (1988), pp. 61-75. 

“O filho da escrava (em torno da Lei do Ventre Livre)”, Revista Brasileira de História, n. 16 (1988), pp. 37-55. Também publicado em M. del Priore (org.), História da criança no Brasil (São Paulo: Contexto, 1991), pp. 76-97. 

“Brésil, cinq siècles d’histoire”, Geopolitique, n. 28 (1989), pp. 16-30 (em parceria com Antonio Fernando Guerreiro de Freitas). 

“A Revolução Francesa e o movimento baiano de 1798”, Revista do Gabinete [de Leitura de Jundiaí, SP], n. 3 (1989), pp. 137-44. 

“Les chemins de fer au Brésil au XIXe siècle”, in Colloque International sur les Transports et l’Industrialisation, XIXe et XXe siècles (Madrid), 1990 (comunicação em parceria com Maria Barbara Levi). 

“Bahia 1798: os panfletos revolucionários. Proposta de nova leitura”, in Osvaldo Coggiola (org.), A Revolução Francesa e seu impacto na América Latina (São Paulo: EDUSP, 1990), pp. 341-56.

“De la Vieille République à l’Etat Nouveau”, Cahiers du Brésil contemporain, n. 19 (1992), pp. 5-8. 

“Entrevista. Ser historiadora no Brasil”, LPH: Revista de História (UFOP), v. 3, n. 1 (1992), pp. 5-12.

“Les marques de l’esclavage africain”, in Hélène Rivière d’Arc (org.), L’Amérique du Sud au XIXe et XXe siècles (Paris: A. Colin, 1993), pp. 63-84. 

“1492”, Histoire, Economie & Société, v. 12, n. 3 (1993), pp. 323-34. 

“Avant-propos” à segunda edição de Être esclave au Brésil, XVIe-XIXe siècles (Paris: L’Harmattan, 1994), pp. I-XXIX. 

“Pouvoir et nation: a propos de la construction de l’idée nationale brésilienne”, Cahiers du Brésil Contemporain, n. 23/24 (1994), pp. 5-16. 

“Grandeurs et misères du clergé bahianais à la fin de la période coloniale”, Histoire, Economie & Société, v. 13, n. 2 (1994), pp. 291- 319. 

“Au Brésil: cent ans de mémoire de l’esclavage”, Cahiers des Amériques Latines, n. 17 (1994), pp. 65-83. 

“Commentaire” de “Le Melting-pot nord-américain. Mythes et réalités d’hier et d’aujourd’hui”, de Jacques Portes, in Les mouvements migratoires dans l’Occident moderne (Paris: PUPS, 1994), pp.86-9. 

“Christentum und Afrobrasilianer”, in Michael Sievernich e Dieter Spelthahn (orgs.), Fünfhundert Jahre Evangelisierung Lateinamerikas (Frankfurt: Vervuert, 1995), pp. 109-16. 

“Commentaires”, in S. Gruzinski e N. Wachtel (orgs.), Le Nouveau Monde, mondes nouveaux. L’expérience américaine (Paris: EHESS, 1996), pp. 67-73. 

“Introduction”, in Littérature/Histoire: regards croisés (Paris: PUPS, 1996), pp. 7-13. 

“Introduction”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Mémoires et identités au Brésil (Paris: L’Harmattan/Centre d’Etudes sur le Brésil, 1996), pp. 5-26. 

“Introduction”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Les femmes dans la ville. Un dialogue franco-brésilien (Paris: PUPS/Centre d’Etudes sur le Brésil, 1997), pp. 5-13. 

“Développement et qualité de vie dans le Brésil contemporain: l’exemple de trois agglomérations urbaines”, Histoire, Economie & Société, v.16, n. 3 (1997), pp. 505-21.

“Introduction”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Esclavages. Histoire d’une diversité, de l’Océan Indien à l’Atlantique Sud (Paris: L’Harmattan/Centre d’Etudes sur le Brésil, 1997), pp. 5-25. 

“Introduction” ao dossiê “Le Brésil à l’époque moderne. Perspectives missionnaires et politiques européennes”, Cahiers du Brésil Contemporain, n. 32 (1997), pp. 1-5. 

“A opulência na província da Bahia”, in Luiz Felipe de Alencastro (org.), História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional (São Paulo: Companhia das Letras, 1997), pp. 143-79. 

“Être affranchi au Brésil: XVIIIe-XIXe siècles”, Diogène, n. 179 (1997), pp. 103-121 (em seguida, versão em inglês do mesmo artigo). 

“The Manumission of Slaves in Brazil in the Eighteenth and Nineteenth Centuries”, Diogenes, n. 179 (1997), pp. 117-138. 

“Para mestre Didi: 80 anos”, in Juana Elbein dos Santos (org.), Ancestralidade africana no Brasil (Salvador: SECNEB, 1997), pp. 150-7. 

“L’Europe et le Nouveau Monde au XVIe siècle”, in F. Crouzet e F. Furet (orgs.), L’Europe dans son Histoire. La vision d’Alphonse Dupront (Paris: PUF, 1998), pp.53-78. 

“Hommage à Celso Furtado”, Cahiers du Brésil Contemporain, n. 33/ 34 (1998), pp. 5-20. 

“Société esclavagiste et marché du travail: Salvador de Bahia (Brésil) 1850- 1868”, in M. Merger e D. Barjot (orgs.), Les entreprises et leurs réseaux: hommes, capitaux, techniques et pouvoirs, XIXe-XXe siècles. Mélanges en l’honneur de François Caron (Paris: PUPS, 1998), pp. 167-80. 

“Introduction”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Naissance du Brésil moderne, 1500-1808 (Paris: PUPS, 1998), pp. 5-10. 

“Prefácio”, in Ronaldo Costa Couto, História indiscreta da ditatura e da abertura, Brasil 1964-1985 (Rio de Janeiro: Record, 1998), pp. 11-15. 

“Pero Vaz de Caminha ou la rencontre de deux mondes”, Les langues néo-latines, v. 92, n. 307 (1998-99), pp. 221-31. 

“Apresentation”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Matériaux pour une histoire culturelle du Brésil. Objets, voix et mémoires (Paris: L’Harmattan/Centre d’Etudes sur le Brésil, 1999), pp. 7-9.

“Inégalités socio-culturelles au Brésil à la fin du XIXe siècle: Salvador da Bahia vers 1890”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Matériaux pour une histoire culturelle du Brésil. Objets, voix et mémoires (Paris: L’Harmattan/Centre d’Etudes sur le Brésil, 1999), pp. 21-37. 

“Avant-Propos”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Le Brésil, l’Europe et les equilibres internationaux, XVIe-XXe siècles. XXIIIe Colloque de L’IRCOM (Paris: PUPS/Centre d’Etudes sur le Brésil, 1999), pp. 6-9. 

“Avant-Propos”, in Mattoso (org.), L’Angleterre et le monde, XVIIIeXXe siècle. L’histoire entre l’économique et l’imaginaire. Hommage à François Crouzet (Paris: L’Harmattan, 1999), pp. 5-22. 

“Prefácio”, in Franck Ribard, Le carnaval noir de Bahia. Ethnicité, identité, fête afro à Salvador (Paris, L’Harmattan, 1999), pp. 13-5. 

“Le monde luso-brésilien: problèmes d’identité de part et d’autre de l’Atlantique”, in E. Carreira e I. Muzart Fonseca dos Santos (orgs.), Eclats d’Empire du Brésil à Macao (Paris: Maisonneuve et Larose, 2000), pp. 37-54. 

“Prefácio”, in Geraldo Pieroni, Os excluídos do Reino: a inquisição portuguesa e o degredo para o Brasil colônia (São Paulo: Imprensa Oficial de São Paulo/Ed. da UnB, 2000), pp. 9-10. 

“Introduction”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Modèles poliques et culturels au Brésil (Paris: PUPS, 2003), pp. 7-21. 

“Introduction: le noir et la culture africaine au Brésil”, in Mattoso, Santos e Rolland (orgs.), Le noir et la culture africaine au Brésil (Paris: L’Harmattan, 2003), pp.7-18. 

“A Bahia ela mesma”, in Ana Cecília Martins, Marcela Miller e Monique Sochaczewski (orgs.), Iconografia baiana do século XIX na Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2005), pp. 12-37. 

“Prefácio”, in André Héraclio do Rêgo, Famille et pouvoir régional au Brésil. Le coronelismo dans le Nordeste. 1850-2000 (Paris: L’Harmattan, 2006), pp. 7-9. 

“Quand Pierre Chaunu pensait le Nouveau Monde”, in Jean-Pierre Bardet, Denis Crouzet e Annie Molinié-Bertrand (orgs.). Pierre Chaunu historien (Paris: PUPS, 2012), pp. 131-4.

Livros 

Presença francesa no movimento democrático baiano de 1798, Salvador: Itapuã, 1969. 

Dirigentes industriais na Bahia. Vida e carreira profissional, Salvador: Mestrado em Ciências Econômicas da UFBA, 1975. 

Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789- 1963), São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1977. 

Bahia: a cidade do Salvador e seu mercado no século XIX, São Paulo: HUCITEC/Prefeitura Municipal de Salvador, 1978. 

Ser escravo no Brasil. Trad. James Amado. São Paulo: Brasiliense, 1982. 

Família e sociedade na Bahia do século XIX, São Paulo: Corrupio/CNPq, 1988.

Referências: Homenagem realizada pelos profs. João J. Reis e Evergton Sales Souza na Revista Afro-Ásia, n° 48 (2013) http://www.scielo.br/pdf/afro/n48/a11n48.pdf (bibliografia completa)

 

Quando trabalhei na embaixada do Brasil em Paris, estivemos, eu e Carmen Lícia, muitas vezes com Katia Mattoso, em sua casa e na Sorbonne. Dei algumas palestras para seus alunos.

409. “Introduction à l’Étude des Relations Internationales du Brésil”, Paris, 5 março 1994, 30 p. (Partes 1 e 2: “Nature du Problème et État de la Recherche” e “Périodisation Historique et Caractérisation Générale) e 22 pp (Parte 3: “Synthèse du développement depuis l’ère coloniale”, não terminada inteiramente em sua versão francesa). Texto baseado no trabalho n° 144 (publicado em português na Contexto Internacional vol. 13, nº 2, julho-dezembro 1991), concebido como suporte à conferência dada, a convite da Profa. Katia de Queiros Mattoso, no curso “Méthodes et Problématiques de l’Histoire Moderne et Contemporaine”, para formação de D.E.A. em “Histoire Moderne et Contemporaine” do “Institut d’Histoire” da l’Université de Paris-Sorbonne (Paris IV), pronunciada no dia 9 de março de 1994. Inédito. Postado na página de Academia.edu (28/12/2020; link: https://www.academia.edu/44784099/409_Introduction_a_letude_des_relations_internationales_du_Bresil_1994_); divulgado no blog Diplomatizzando (28/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/introduction-letude-des-relations.html).


Tenho um livro publicado com ela: 

447. “Le Brésil de 1984 à 1994: Stabilisation du régime démocratique et bouleversements dans la vie économique”, Paris, 15 agosto 1994, 21 p. Texto sobre a história contemporânea, elaborado para integrar, juntamente com texto dos Profs. Katia de Queirós Mattoso e Antonio Fernando Guerreiro de Freitas (Brésil: Cinq Siècles d’Histoire), brochura de divulgação da Embaixada. Longo processo de revisão (publicação delongada). Divulgado na plataforma Academia.edu (29/12/2020; link: https://www.academia.edu/44790963/447_Le_Bresil_de_1984_a_1994_Stabilisation_du_regime_démocratique_et_bouleversements_dans_la_vie_economique_1994_) e no blog Diplomatizzando (29/12/2020; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/12/le-bresil-de-1984-1994-stabilisation-du.html).

485. “Le Brésil de 1984 à 1995: Consolidation du régime démocratique et tentatives de stabilisation économique”, Paris 31 de agosto de 1995, 18 p. Atualização do trabalho n. 447, cobrindo a inauguração da Presidência Fernando Henrique Cardoso, para brochura da Embaixada do Brasil. Nova revisão geral e reformulação do último capítulo, sobre a questão social (Trabalho n. 497), em 4 de outubro de 1995. Publicado (p. 27-47), juntamente com o texto da Prof. Katia de Queirós Mattoso, sob o título geral Brésil: cinq siècles d’histoire (Paris: Ambassade du Brésil, 1995, 52 pp.). Relação de Publicados n. 183.

789. Une histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain, Washington, 10 mai. 2001, 140 p. Nova edição do livro de história do Brasil, Brésil: cinq siècles d’histoire, preparada a pedido da Embaixada do Brasil em Paris. Proposta de edição comercial feita à Edition L’Harmattan, mediante Denis Rolland. Consultada Prof. Katia de Queirós Mattoso para atualização da primeira parte. Revisão em 2 agosto, com base em correções francesas e novos acréscimos de atualidade. Enviada a Paris em 6 de agosto, com capa elaborada por Maira Palazzo de Almeida. Nova revisão efetuada em 31 setembro de 2001, enviada a Denis Rolland em 1 outubro. In: Paulo Roberto de Almeida et Kátia de Queiroz Mattoso, Une histoire du Brésil: pour comprendre le Brésil contemporain (Paris: Editions L’Harmattan, 2002, 142 p.; ISBN: 2-7475-1453-6). Relação de Publicados n. 342.


Minha homenagem em sua morte:  

2273. “Katia de Queiroz Mattoso: obituário de um membro do Conselho da RBPI”, Brasília, Brasília, 17 de maio de 2011, 3 p. Para a Revista Brasileira de Política Internacional (vol. 54, 1/2011, p. ; link: http://ibri-rbpi.org/2011/07/14/katia-de-queiroz-mattoso-obituario-de-um-membro-do-conselho-da-rbpi-por-paulo-roberto-de-almeida/). Divulgado no Blog Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/05/katia-de-queiroz-mattoso-saudades-de.html). Relação de Publicados n. 1041.


Meu pitaco, de agora a outubro-dezembro de 2022 - Paulo Roberto de Almeida

 Meu pitaco, válido de 29/05/2021 a outubro-dezembro de 2022

Paulo Roberto de Almeida


Vamos ser brutalmente sinceros: os organizadores das manifestações de 29/05 não estão minimamente interessados no impeachment do Bolsovirus; eles só querem enfraquecê-lo para as eleições de 2022. Esse foi o verdadeiro objetivo.

Mas, mesmo que quisessem o impeachment, não iriam conseguir. O Centrão, por oportunismo e conivência com a tradicional corrupção política, o Desprocurador Particular da republiqueta bolsonarista, por interesse próprio, não vão  sequer se mover.

Mas, se colocassem pelo menos as coisas claramente, os organizadores dos protestos seriam menos hipócritas. 

Sorry, meus caros manifestantes; vcs estão legitimamente interessados em afastar um genocida. Os que organizaram os protestos, não querem chegar a isso: usaram vcs como massa de manobra eleitoral. 

Estou aguardando contestação dos hipócritas, o que não vai mudar a realidade das coisas. 

Aqueles que detêm o real poder de mudar o destino do Brasil, não têm a mínima intenção de fazê-lo, nem políticos, nem militares, nem magistrados, nem os donos do Capital, e nem os poucos liberais que clamam no deserto têm a capacidade de mudar alguma coisa de forma decisiva.

Não é que essas supostas “elites” sejam simplesmente medíocres, ou ridículas, o que elas também o são.

A triste verdade é que o Brasil não possui sequer elites dignas desse nome.

Estadistas, então, nem pensar.

Vamos continuar no pântano por mais alguns anos, não sei quantos. 

Mesmo que surgisse, por acaso algum estadista, ele ainda precisaria de votos de eleitores motivados.

A tragédia é que só teria a oferecer algum equivalente funcional do “sangue suor e lágrimas”, o que não é exatamente o que gostariam de ouvir os eleitores das classes C e D, que são os que elegem dirigentes e representantes atualmente.

Portanto, não esperem milagres de aqui até o final de 2022: o que temos é mais ou menos isso que já está aí, com muito poucas surpresas na agenda eleitoral.

O que teremos, então?

Talvez mais do mesmo, o de agora e o de antes. Ou então um outro personagem que terá os mesmos problemas que todos já conhecemos: manobras ingentes e escusas para formar as bases de um presidencialismo de cooptação, ou mais provavelmente de corrupção. 

Esse é o Brasil, a menos de alguma grande tragédia que não é do interesse de ninguém, de gregos ou de goianos.

Vamos continuar afundando mais um pouco? Muito provavelmente, mas sempre lentamente, como é costume por aqui, que ninguém é de ferro.

Um dia conserta? Sim, parcialmente, que o estamento político não é de grandes reformas. Este é o país no qual os progressos dentro da ordem seguem o ritmo de uma lesma. Foi assim com o tráfico negreiro, foi assim com a abolição da escravidão, tem sido assim, desde sempre, com a educação de massa, ainda não se pensa eliminar o patrimonialismo, nem a corrupção política e os privilégios dos donos do Capital. Os militares estão mais interessados na ordem do que no progresso, os magistrados inteiramente satisfeitos com suas prebendas aristocráticas, as corporações de ofício com seus benefícios, e a classe média não tem educação suficiente para reclamar avanços mais ousados.

Quem paga o custo de tudo isso?

Os pequenos e médios empresários e os trabalhadores das classes C e D, os mesmos que elegem os mesmos políticos de sempre, os predadores da riqueza duramente criada pelos primeiros.

Desculpem pelo longo pitaco: era para ser pequeno e puramente conjuntural, mas acabou grande e estrutural. 

Não tenho grandes ilusões quanto ao futuro do Brasil: continuaremos a nos arrastar penosamente em direção à modernidade, que o progresso também é um fatalidade.

Esta é a conclusão a que chegou Mario de Andrade, o principal organizador da Semana de Arte Moderna de fevereiro de 1922 e profeta do modernismo no Brasil. Em 1928, ele publicou Macunaima, um romance passavelmente pessimista.

Não era a minha intenção: eu estava apenas tentando ser realista. 

Sorry, mais uma vez.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 30/05/2021