O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Meus livros podem ser vistos nas páginas da Amazon. Outras opiniões rápidas podem ser encontradas no Facebook ou no Threads. Grande parte de meus ensaios e artigos, inclusive livros inteiros, estão disponíveis em Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida

Site pessoal: www.pralmeida.net.
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu - Paulo Roberto de Almeida

Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu
(apenas os superiores a 100 acessos)

Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025)

Country All-Time Views
1) Brazil 234,129
2) Unknown 93,967
3) United States of America 30,492
4) Portugal 9,089
5) France 4,465
6) Mozambique 3,569
7) Angola 3,375
8) Spain 2,897
9) Unknown 2,849
10) Canada 2,538
11) United Kingdom of Great Britain 2,475
12) Argentina 2,295
13) China 2,249
14) Germany 2,045
15) Republic of Korea 1,718
16) Italy 1,604
17) Russian Federation 1,446
18) India 1,252
19) Belgium 1,224
20) Mexico 1,191
21) Japan 1,130
22) Viet Nam 999
23) Finland 935
24) Netherlands 911
25) Switzerland 899
26) Venezuela (Bolivarian Republic of) 798
27) Singapore 765
28) Peru 707
29) Chile 695
30) Turkey 666
31) Ukraine 659
32) Hong Kong 649
33) Australia 638
34) Colombia 624
35) Indonesia 613
36) Uruguay 609
37) Ecuador 586
38) Cabo Verde 577
39) Poland 551
40) Puerto Rico 512
41) Morocco 485
42) Guatemala 483
43) Paraguay 456
44) South Africa 453
45) Ireland 425
46) Philippines 409
47) Romania 407
48) Greece 389
49) Egypt 383
50) Sao Tome and Principe 370
51) Sweden 353
52) Pakistan 333
53) Taiwan, Province of China 285
54) Serbia 276
55) Hungary 276
56) Algeria 269
57) Austria 261
58) Israel 250
59) Unknown 246
60) Bolivia 245
61) Lebanon 244
62) Denmark 244
63) Malaysia 241
64) Nigeria 238
65) Côte d'Ivoire 235
66) Czech Republic 229
67) Iraq 222
68) Saudi Arabia 217
69) Senegal 214
70) Guinea-Bissau 201
71) Bangladesh 189
72) Madagascar 180
73) Thailand 179
74) Bulgaria 150
75) Nicaragua 149
76) Dominican Republic 146
77) Mali 137
78) Belarus 136
79) Kenya 130
80) Norway 127
81) United Arab Emirates 125
82) Islamic Republic of Iran 123
83) Slovenia 122
84) Ethiopia 121
85) Timor-Leste 119
86) Costa Rica 117
87) Slovakia 114
88) Panama 114
89) Tunisia 109
90) Nepal 108
91) Uzbekistan 104
92) Luxembourg 101

PS: Depois do Luxemburgo, seguem 112 outros países, mas cabe descontar os três “serviços secretos”, aqui classificados como “Unknown”, e que podem ser repetições dos existentes (mas com um volume importante de acessos: 97.062 no total, mais do que qualquer outro, salvo o próprio Brasil). Os últimos países, com apenas UM acesso cada um, são estes: Tonga, Saint Kitts and Nevis, Sint Maarten, Faroe Islands, Andorra, Virgin Islands e Turks and Caicos Islands.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5147: 15/12/2025

domingo, 14 de dezembro de 2025

Um debate sobre a política externa brasileira a propósito da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia - Paulo Roberto de Almeida

 Um debate sobre a política externa brasileira a propósito da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Respondendo a um comentarista anônimo sobre uma postagem de meu blog.


        Uma postagem de meu blog Diplomatizzando recebeu comentários de um leitor anônimo, em 14/09/2025, a propósito desta postagem, do dia imediatamente anterior: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/09/duas-guerras-dois-massacres-duas.html.
        Eu me referia à diferença de posturas da política externa do governo Lula, refletido em declarações de sua diplomacia, em relação aos conflitos paralelos de Gaza – objeto de críticas severas ao governo de Netanyahu, nas quais se mencionou inclusive o termo de genocídio – e a guerra de agressão (não existe nenhuma outra palavra senão essa) da Rússia contra a Ucrânia, jamais condenada ou criticada pelo governo lulopetista e objeto, inclusive, de um apoio objetivo, pois que o governo Lula aumentou de maneira expressiva suas impostações de fertilizantes e combustíveis russos, ou seja, concedendo um tratamento desigual, e contraditório com respeito a posições tradicionais da diplomacia brasileira.
        Recomendo que os interessados neste debate leiam primeiro a minha postagem e se detenham depois no comentário feito pelo leitor anônimo, que reproduzo abaixo, na qual destaquei, em itálico [aqui entre aspas], afirmações que serão objeto de minhas considerações: 

 
"Caro professor,
Sou um grande admirador e leitor há anos do seu blog. Partindo da minha posição de ignorante, direi algumas especulações. Formalmente, houve a condenação de ambos os autores. "Sanção não funciona e ainda agrava a vida dos civis." A globalização criou interdependência. "A Europa continua comprando petróleo russo através da Índia". "O Brasil depende do fertilizante russo. Qualquer disrupção afetaria brutalmente a economia interna e externa. Além de crise alimentar (alguém deixaria de receber alimento). O Brasil assinou, nos últimos anos, diversos contratos e acordos com a Rússia." Em áreas estratégicas e importantes ao Brasil. Ou seja, no mundo ideal haveria condenação constante da Rússia, mas "o tempo de hoje é bem diferente daquele de Rui Barbosa": "não há imparcialidade entre o direito e a injustiça" O Direito Internacional foi uma luz, porém vilipendiada pelas potências. "A regra do jogo só é respeitada quando todos os membros jogam dentro da regra." Todavia, a natureza humana, por ser livre, há de trapacear. E assim caminha a história, como sempre foi, entre som e fúria. Como você disse: "Eu já sei a resposta, como diplomata experiente que sou, pelas razões das diferenças". "Então, professor, caso a questão esteja lhe perturbando emocionalmente, experimente psicoterapia." É preciso integrar a nossa sombra para vivermos bem. Eu já sofri com isso e só por isso estou comentando. Espero que o professor fique bem e continue com o coração esperançoso, pois uma coisa é saber da realidade... e outra é continuar no caminho certo. (Como você sempre demonstrou em suas posições)."

PRA:
        Pois bem, devo, em primeiro lugar agradecer ao meu anônimo comentarista, que suponho seja um colega diplomata, e desculpar-me por demorar algum tempo para autorizar a publicação de seu comentário, agora feita, e para responder a seus argumentos, que encontrei sobranceiros, se assim posso dizer, como pretendendo ensinar-me coisas, ou dar-me uma lição sobre coisas que eu não percebi, ou que seria muito ingênuo ou irrealista por aceitar serem realidades do mundo, com as quais não concordo, (para talvez, equivocadamente). Ele se permite até desprezar Rui Barbosa, por achá-lo démodé, ou seja, ultrapassado. Eu sublinhei seus comentários em itálico, para melhor responder ao envergonhado comentarista. Vamos lá, portanto, para que algumas coisas fiquem estabelecidas. 

 
        Caro comentarista anônimo,
        Permita-me responder a suas afirmações, ainda que do alto de algumas certezas que não recebem meu assentimento, num tom de condescendência com meus “equívocos”. Grato, em primeiro lugar, por ser um leitor fiel e longevo de minhas postagens, e espero que possa ter aproveitado algumas delas (não todas, pois vejo que contesta quase toda esta postagem). Vou apenas destacar algumas afirmações suas, e tentar responder.

1) “Sanção não funciona e ainda agrava a vida dos civis.”
        Posso até concordar, mas esse é um “remédio” utilizado como substituto à guerra direta, bem mais custosa, e agravadora da vida dos civis. Foi usada desde a mais remota antiguidade (guerra de Troia, já ouviu certamente falar), em assédios a fortalezas medievais e no bloqueio de Napoleão contra a Inglaterra e desde no bloquei continental contra toda a Europa dominada pelo imperador francês. Depois a guerra se encarregou de agravar ainda mais a vida dos civis. A Grande Guerra levou a Alemanha imperial à fome, assim como a Turquia, e nas negociações de paz de Paris Woodrow Wilson defendeu as sanções como “remédios mais terríveis do que a guerra”, sendo, portanto, introduzidas na convenção da Liga das Nações, o primeiro instrumento (oligárquico) que tentou defender a paz, mas que obviamente falhou (a despeito de sanções, modestas, contra a Itália, por exemplo). Se sanção não funciona é sua opinião, mas as grandes potências voltaram a reproduzir os mesmos artigos da Liga na Carta da ONU, desde o rompimento de relações diplomáticas, a sanções financeiras, o bloqueio naval, etc. Nem sempre funciona, como sabemos, mas o Iraque de Saddam Hussein pagou um alto preço (sua população sobretudo) pela invasão do Kuwait. A Rússia vem sofrendo sanções por sua violação deliberada da Carta da OTAN, e parece que elas têm funcionado parcialmente, embora países importantes (China, Índia e outros, inclusive o Brasil) as tenham violado, em parte pela alegação de que são “ilegais”, por não serem “multilaterais” (um argumento capcioso, em virtude do uso abusivo do direito de veto pelo Estado agressor).

2) “A Europa continua comprando petróleo russo através da Índia.”
        Pode até ser, mas não está provado. Países são dependentes de certos produtos essenciais e governos são hipócritas, como sabemos. Mas isso não invalida o argumento, pois a Carta da ONU continua preconizando sanções contra Estados agressores. Fico com a Carta.

3) “O Brasil depende do fertilizante russo. Qualquer disrupção afetaria brutalmente a economia interna e externa. Além de crise alimentar (alguém deixaria de receber alimento). O Brasil assinou, nos últimos anos, diversos contratos e acordos com a Rússia.”

        Argumento capcioso. O Brasil pode até depender de fertilizante importado (o que é uma falha de sua estrutura produtiva), não necessariamente de fertilizante russo, pois existem muitos outros países que poderiam nos fornecer (ou você acha que o mundo inteiro depende do fertilizante russo?). Não haveria disrupção nenhuma se buscássemos fornecedores de outros países. Isso de “crise alimentar” é uma hipótese não confirmada, e, até me permito agregar, totalmente ridícula. O Brasil assinou acordos com dezenas de países, e o que isso tem a ver com o respeito à Carta da ONU e necessidades específicas de nossa agricultura?

4) “...o tempo de hoje é bem diferente daquele de Rui Barbosa...”
        Recomendo que você leia toda a conferência de Rui Barbosa, de 1916 – existe uma excelente edição da Casa que leva seu nome: Conceitos Modernos do Direito Internacional (1983), para depois explicar melhor porque ele estaria superado. Rui Barbosa é um dos esteios doutrinais da diplomacia brasileira e algumas de suas lições figuram no eixo central do multilateralismo contemporâneo. Volte a me escrever depois de fazer o dever de casa.

5) “A regra do jogo só é respeitada quando todos os membros jogam dentro da regra.”
        Entendo, pelo seu argumento, que o Direito Internacional não tem importância nenhuma, e que devemos voltar ao tempo em que o direito da força primava sobre a força do Direito (o que ainda pode ser o caso, mas não diga, por favor, que isso é o novo normal).

6) “Então, professor, caso a questão esteja lhe perturbando emocionalmente, experimente psicoterapia.”
        Não se trata propriamente de um argumento político, mas apenas uma demonstração de comiseração para comigo, e por isso nem ouso recusar ou criticar. Apenas registro o conselho como uma preocupação de natureza paternal, o que talvez seja o caso (o que duvido) se você for bem mais velho do que eu. Não sendo, fica a sugestão, mas posso dizer que toda a minha postagem desvelou preocupação com a credibilidade de nossa diplomacia, não uma angústia pessoal.
 

        Continue lendo e criticando minhas postagens, escrevo exatamente com esse objetivo.
        Saudações acadêmicas e diplomáticas.


Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5146, 14 dezembro 2025, 4 p.

sábado, 13 de dezembro de 2025

O fim e o começo de uma época: outra vez a Alemanha - Paulo Roberto de Almeida, Friedrich Merz

 O fim e o começo de uma época: outra vez a Alemanha

Paulo Roberto de Almeida, Friedrich Merz

Agora é, realmente, efetivamente, o fim de uma época, mas não apenas os últimos 80 anos, desde 1945. Essa época, que agora vem a termo, começou em 1870, com a ascensão da Alemanha Imperial, como estado revisionista, e expansionista, militarmente agressivo, e que esteve na origem das duas guerras europeias e mundiais, que liquidaram com os 500 anos de dominação europeia sobre o resto do mundo e sobre a própria Europa. Esse século e meio, desde a derrota da França pelo Reich, foi dominado pela chamada Deutsche Frage, a questão alemã que esteve no centro das disputas interimperiais desde então. A partir de agora, talvez tenhamos uma nova Deutsche Frage, pois o chanceler Merz anuncia que a nova Alemanha pretende ser a maior e a principal força militar (por enquanto convencional) na Europa e da Europa (como queria Bismarck). É o fim e o começo de uma época de contornos ainda indefinidos. Apertem os cintos. PRA

Chancellor Merz:

Dear friends, the decades of Pax Americana are largely over for us in Europe, and for us in Germany as well. It no  longer exists as we knew it.

That's  the way it is. The Americans are now very, very aggressively pursuing  their own interests. And that can only mean one thing: that we, too,  must now pursue our own interests.

And, dear friends, we're not so weak after all. We're not so small after all.”

 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Rato de Biblioteca: memórias intelectuais de um diplomata não convencional - Paulo Roberto de Almeida

Rato de Biblioteca: memórias intelectuais de um diplomata não convencional

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Nova redação do trabalho n. 5126, com aportes dos trabalhos 5062 e 5072, para avançar na redação das minhas memórias entre a academia e a diplomacia.

 

 

Vamos começar primeiro por uma exposição em torno dos três conceitos duplos inscritos no título deste trabalho. “Rato de Biblioteca” nada mais representa senão minha natureza mais profunda, minha condição mais estável e durável ao longo de mais de meio século, provavelmente três quartos, desde a segunda metade do século XX e o primeiro quarto do atual. Devo ter passado mais da metade da minha vida entre livros, seja em bibliotecas públicas ou universitárias, seja em minhas próprias bibliotecas, agora divididas em três lugares diferentes, com diferentes graus de organização e acesso.

Memórias intelectuais é, provavelmente, o que. mais define o presente escrito, assim como dezenas de outros escritos, em diferentes formatos e finalidades variadas, mas todos convergindo para o mesmo objetivo: retraçar minha trajetória de vida, sempre focado na leitura, no estudo, na escrita, na produção de artigos, ensaios, livros, que todos trazem a marca da leitura atenta, da reflexão ponderada e inovadora, expressando elaborações próprias a partir do que li e do que observei na vida real, e, por fim, desprovida de objetivos literários, mas buscando, justamente, sintetizar e apresentar um roteiro de vida que se fez nos livros, entre livros e para os livros.

“Diplomata não convencional”, finalmente, é o que talvez me defina profissionalmente, o que fui durante mais de quatro décadas a serviço das relações exteriores do Brasil, mas nunca muito bem ajustado aos padrões convencionais da carreira, ou totalmente aderente aos ritos e convenções típicas de um ofício de Estado, e vista, justamente, de uma disposição precoce a expressar minhas próprias ideias e defender posturas não exatamente conformes ao que se espera de um funcionário obediente de uma respeitável máquina estatal. Já fui chamado de accident-prone diplomat, eu mesmo achei que poderia ser chamado de anarco-diplomata, em função de uma baixíssima disposição em acatar ordens superiores sem que eu mesmo estivesse convencido de sua adequação, justeza, racionalidade e em conformidade com minha própria interpretação dos interesses nacionais do Brasil, não exclusivamente em sua estrita dimensão diplomática.

Pois será em torno desses três conceitos duplos que procurarei organizar minhas lembranças de uma dupla carreira mantida em paralelo, a academia (bem mais longa) e a diplomática (agora já fora da ativa), assim como as memórias pessoais, familiares, afetivas, de uma vida que pode ser considerada pouco típica, nessas três dimensões: o estudo, a trajetória acadêmico-diplomática e a vivência com meus entes queridos, Carmen Lícia, meus dois filhos, Pedro e Maira, e os quatro netos até aqui: Gabriel, Rafael, Yasmin e Theodora, convivência compartilhada por meio século, com a Carmen Lícia (infinitamente mais leitora e mais inteligente do que eu), e em durações decrescentes com os demais integrantes da família próxima. As três dimensões receberão, em meus registros seguintes, um tratamento de memórias intelectuais” cobrindo, em primeiro lugar, as leituras e escritos que percorrem praticamente toda a vida, desde que aprendi a ler e começar a rabiscar os papeis à disposição, a dupla profissão de professor e de burocrata das relações exteriores do Brasil, que se completam intimamente – a atividade acadêmica subsidiando boa parte do trabalho diplomático e vice-versa –, e, também, a vida pessoal, feita de viagens, experiências enriquecedoras, gratificantes na maior parte das vezes, desafiadoras em certas ocasiões, em todo caso muito ricas.

Eu já havia preparado um roteiro de “memórias”, com o mesmo título inicial, mas diferente subtítulo, que foi formulado pouco tempo atrás, ao qual retorno para adaptá-lo às novas intenções do presente. Reproduzo esse roteiro in fine, como forma de aproveitar algumas ideias e sugestões, e de começar, finalmente, a concretizar, um antigo desejo pessoal – planejado de maneira intermitente ao longo das duas últimas décadas, mas nunca avançado – e, também, sob a discreta pressão de alguns amigos, que consideram que minha trajetória pode conter alguns ensinamentos aos mais jovens da atualidade e do futuro, estudantes, acadêmicos ou diplomatas. Deixo aqui esta primeira reflexão e reproduzo abaixo um esquema vai provavelmente sofrer muitas mudanças no decorrer das noites de escrita e de rememoração. 

Digo, desde já, que não me considero um escritor, apenas um escrevinhador aplicado, ou seja, alguém que escreve segundo seus próprios critérios, reproduzindo aquilo que o mais célebre escritor e humorista Millor Fernandes, dizia, sob o pseudônimo de Vão Gogo: “enfim, um escritor sem estilo”. “Meu caminho pela vida, eu mesmo traço”, já disse um poeta-compositor; assim será com meu estilo e abordagem dos temas que vão entrar nestas memórias, um pouco do que vai abaixo, e outras coisas que acabarão sendo escrevinhadas ao sabor das lembranças e dos cadernos de notas, que também fazem parte – junto com o computador, para as últimas três décadas – das minhas “fontes primárias”.

Não cabe nenhuma conclusão, pois este é o começo, e também um Rubicão, daqui para a frente cabe apenas avançar e oferecer algo razoável aos meus poucos leitores. Vale!

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 514412 dezembro 20252 p.

Postado no blog Diplomatizzando (link: ).

 

Anexo: 

 

Rato de Biblioteca: uma trajetória nas relações internacionais do Brasil

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Projeto de novo livro autobiográfico

 

Prefácio

Apresentação: da academia para a diplomacia, numa breve linha do tempo

1. Das origens: na esteira dos imigrantes que vieram ao Brasil

2. Uma eterna fascinação pelas bibliotecas: livros a perder de vista

3. O aprendizado da política imposto pela ditadura militar

4. A formação universitária, construída fora do Brasil, mas voltada ao Brasil

5. No retorno, uma incursão não planejada em direção à diplomacia

6. Da sociologia política para as relações internacionais e a política externa

7. Um olhar para o Brasil, visto desde fora: comparações inevitáveis

8. Uma longa estada produtiva na biblioteca do Itamaraty

9. As últimas janelas diplomáticas em postos do exterior

10. Divertimentos ecléticos na diplomacia acadêmica

11. Uma descida aos arquivos do Itamaraty e uma literatura de combate

12. O legado intelectual, com plena liberdade de expressão

 

Livros publicados pelo autor

Livros editados pelo autor

Colaborações em obras coletivas

Uma linha do tempo dos meus muitos exílios

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 5126: 30 de novembro de 2025.

Roteiro preliminar já esquematizado nos trabalhos n. 5072 (“Memória Diplomática: Linha do tempo de PRA” (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/09/memoria-diplomatica-linha-do-tempo-de.html).) e n. 5062 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/09/memoria-diplomatica-paulo-roberto-de.html), contendo roteiro cronológico sobre as principais etapas da vida pessoal e da carreira diplomática.

 

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A resistência intelectual contra o bolsonarismo diplomático: uma seleção de obras digitais - Paulo Roberto de Almeida

 A resistência intelectual contra o bolsonarismo diplomático

uma seleção de obras digitais

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.
Esquema de publicação a partir dos livros digitais produzidos entre 2019 e 2022. (trechos)

Reproduzo abaixo os índices de todos os meus livros digitais tratando do bolsonarismo diplomático, escritos e divulgados durante os anos de dominação da política externa brasileira pelos representantes do bolsonarismo político, entre ele familiares do ex-presidente golpista e o chanceler acidental...
(trechos apenas, texto completo, aqui:

1) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5; Boa Vista: Editora da UFRR, Clube de Autores, 2019, 165 p., Coleção “Comunicação e Políticas Públicas vol. 42; ISBN livro impresso: 978-85-8288-201-6; ISBN livro eletrônico: 978-85-8288-202-3; Academia.edu; Amazon.com.br).
2) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 205 p.; 1309 KB; ISBN: 978-65-00-05968-7; Kindle, ASIN: B08B17X5C1).
3) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-4; Academia.edu).
4) O Itamaraty sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo (Brasília: Diplomatizzando, 2021, 130 p. ISBN: 978-65-00-22215-9; ASIN: B094V28NGD)
5) Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021, 291 p.; ISBN: 978-65-250-1634-4; Amazon.com.br)
(...)
No meio de tudo, um colega anônimo ofereceu uma série de crônicas desabusadas, sob o pseudônimo de “Ereto da Brocha”, que eu coletei e editei num volume da séria humorística, digamos assim:
Memorial do Sanatório ou Ernesto e seus Dragões no País de Bolsonaro, por Ereto da Brocha, Ombudsman do Itamaraty (Brasília: Ombudsman, 2021, 180 p.). Blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/02/memorial-do-sanatorio-ou-ernesto-e-seus.html), disponível, também, na plataforma de interação acadêmica Academia.edu (link: https://www.academia.edu/71720946/MemorialdoSanatorioEretodaBrochaOmbudsmandoItamaraty2021 .
Convido todos a lerem essas crônicas: depois de minha análise cáustica, nada como um pouco de diversão para aliviar nossas agruras daqueles anos sombrios.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 11/12/2025

Minha luta contra o bolsonarismo diplomático continua: preservando a política externa e a diplomacia do Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Minha luta contra o bolsonarismo diplomático continua: preservando a política externa e a diplomacia do Brasil

Paulo Roberto de Almeida 

O bolsolavismo diplomático foi temporariamente vencido, mas os ataques dos bolsonaristas à democracia brasileira continuam. E eu continuo em meu combate puramente digital contra aqueles que atacaram os fundamentos de nossa política externa e a credibilidade conceitual de nossa diplomacia.
Depois de minha postagem sobre as "ironias" (ou sorte involuntária) do chanceler acidental, que ficou de fora do processo contra os golpistas, por ter sido exonerado em março de 2021 do Itamaraty (ver neste link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2025/12/ironias-da-historia-de-vida-do.html), recebi o apoio de um embaixador distinguido:

"Parabéns pelo registro, mais uma vez, da maior aberração até hoje impingida ao Itamaraty."

Respondi o que segue:

PRA: "Grato Xxxxx. Parece que levei um combate solitário e silencioso contra os horrores do bolsolavismo diplomático. Mas entre meus livros digitais “Miséria da Diplomacia”, “O Itamaraty num Labirinto de Sombras” e “O Itamaraty Sequestrado”, eu tentei um exercício de resistência, propondo uma coalizão de “like-minded diplomats” para estabelecer as bases e princípios de uma “Politica Externa pós-bolsonarista”.
Enviei cerca de 60 e-mails “bilaterais” a colegas com essa intenção: as respostas foram escassas, talvez porque já vivíamos o auge da pandemia da Covid, quando o genocida negacionista estava levando brasileiros à morte (muitos seus seguidores na recusa de vacinas e medidas profiláticas), o que me induziu a suspender o projeto, embora lamentando a ausência de reações dos colegas.
Ainda assim publiquei um outro livro digital: “Uma Certa Ideia do Itamaraty”. Vou elaborar sobre esse exercicio frustrado, agradecer os colaboradores e lamentar mais uma vez que a postura passiva da sociedade em geral, elites do mandarinato estatal, não tenham sido capazes de conter o projeto autoritário naquela oportunidade, o que nos teria poupado de uma tentativa de golpe e da destruição material dos três poderes, ademais dos ataques contínuos às instituições democráticas.
Outros desafios continuam na agenda, como podem ser nossa autonomia decisória em política externa e a defesa estrita do Direito Internacional no plano da diplomacia.
Com todo o apreço,
______________________
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 11/12/2025

A luta continua...


PS em 13/12/2025:

Um outro colega diplomata ne escreveu hoje para dizer que estava se “divertindo” com mus materiais dobre o chanceler acidental. Respondi o que segue:

 Tem muita coisa para se divertir HOJE,  mas aqueles tempos foram dificeis para mim, como vc deve saber. Pelo menos salvei minha dignidade e pude oferecer algum divertimento para os colegas. Na época não tive muita solidariedade, sequer atenção, quando propus preparar o esboço de uma PExtBr pós-bolsonarista.

Acredito que o mesmo tipo de indiferença prevaleça hoje, com o apoio objetivo do Brasil a um criminoso de guerra procurado pelo TPI.
O abraço do PRA”


Trabalhos mais acessados PRA em Academia.edu (acima de 1.000) - Paulo Roberto de Almeida

Trabalhos mais acessados PRA em Academia.edu


Paulo Roberto de Almeida
Compilação feita em 11/12/2025 (apenas acima de 1.000 acessos)

Title All-Time Views
22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Edição de Autor, 2014): 15,946
054) As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização (2006): 7,988
16) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (2010): 7,491
1297) Contra a antiglobalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento antiglobalizador (2004): 6,248
A Constituicao Contra o Brasil: Ensaios de Roberto Campos: 6,171
107) A diplomacia brasileira perante o potencial e as pretensões belgas (2014): 5,717
19) Integração Regional: uma introdução (2013): 4,874


(...)

2801) Por Que a América Latina é Pobre e a América do Norte Rica? (2015): 1,078
526) O legado do Barão: Rio Branco e a moderna diplomacia brasileira (1996): 1,064
007) OCDE, UNCTAD e OMC: uma perspectiva comparada sobre a macroestrutura política das relações econômicas internacionais (1998): 1,063
Falacias Academicas: ensaios sobre alguns mitos persistentes (draft book, 2010): 1,061
Por que o Brasil ainda não é um país desenvolvido?: 1,003
2800) Por Que a América Latina é Pobre e a América do Norte Rica? (2015): 994

Relação completa postada na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/145366370/5141_Trabalhos_mais_acessados_PRA_em_Academia_edu_2025_

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5141: 11/12/2025


Política Externa e interesse nacional: três versões do mesmo argumento (existem interações e distanciamentos) - Paulo Roberto de Almeida

 Três textos de atualidade, que convergem para um só

Paulo Roberto de Almeida

Política Externa e Interesse Nacional: Interações e descompassos

https://www.academia.edu/keypass/VVA5UGF1M1Zjclh4NStIWDZzaDl5K0UwTnpFeXJoNkJDckVZUW9tOG9xMD0tLU0rOUdrbzBBUHZJUFZ3NU1MYS9ZekE9PQ==--927cf9feb5262a2caba1faaa9a328c3f17f38de6/t/Poy5-S1xhVZh-bwr7Z5/resource/work/145030539/Política_Externa_e_Interesse_Nacional_interacoes_e_descompassos

https://www.academia.edu/keypass/Kzk5QzYydVQ3SU9TaVA3aStGd1Z1K3VGcGR0NTdFN0syRFdFaFY1ZWlmcz0tLWI3SUJ0dXMwSENLRW1JbVlpTXh5MUE9PQ==--6709581b50bb1b1d15c38c0ff12fc915589c79c8/t/Poy5-S1xhQ2M-uvQ88/resource/work/145030554/5105_Politica_Externa_e_Interesse_Nacional_interacoes_e_descompassos_2025_

https://www.academia.edu/keypass/YmVXdVkrOER4b3ZXRjBPdytWNkJKUVNnOHRSelZnRUZrbUNYYVpRb2VwUT0tLUVac1hkOFoxZ3VFeG5CTGEvUGYwQmc9PQ==--dc9f6404456da7365e49d3efb4a1ffa40ddf13eb/t/Poy5-S1xhNSa-bmj5MN/resource/work/145065684/5122_Politica_Externa_e_Interesse_Nacional_uma_visao_critica_sobre_as_dificeis_convergencias_no_caso_brasileiro_2025_

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Simplifique, simplifique, fica melhor! Nem sempre… - Paulo Roberto de Almeida

Jornalistas precisam simplificar, eu sei; mais ainda os chefes de redação: “O Brasil fez isto mais aquilo”; “a diplomacia brasileira disse isto, ou aquilo”. Eu entendo, pela necessidade de concisão, espaço nos títulos.

Mas acadêmicos, analistas políticos, internacionalistas nunca poderiam incorrer nesses pecados.

Nunca é o país ou a sua diplomacia que fez isto ou que escolheu aquela postura na sua política externa. Nunca. Sempre é o governo, o dirigente maximo, o presidente ou o seu chanceler.

Se a diplomacia tem responsabilidade direta por tal escolha ou tal posição, então é o caso de dizer. Mas, via de regra, a diplomacia sempre cumpre instruções, que emanam do chefe de Estado, de governo ou da chancelaria.

Por vezes, a posição adotada numa determinada questão da agenda externa não tem nada a ver com o que recomendou a diplomacia corporativa (e pode ser até o contrário do sugerido pelos profissionais). 

Já assisti esse tipo de contradição várias vezes, sobretudo quando a política externa é excessivamente partidária, ideológica, ou a quando a diplomacia presidencial é personalista ao extremo. 

Já viram algo parecido?

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata e professor

Brasília, 10/12/3025


Ironias da história de vida do chanceler acidental - Paulo Roberto de Almeida

Ironias da história de vida do chanceler acidental: defenestrado precocemente, escapou de figurar no processo dos golpistas; sorte dele…

Todos sabem que os verdadeiros chefes do chanceler acidental, enquanto ele esteve à frente do Itamaraty, de janeiro de 2019 a março de 2021, eram, pela ordem de importância política, o Bananinha 03, um mediocre completo e uma ignorância excepcional, e depois pela importância intelectual, o Filipe Martins, vulgo Robespirralho, que tinha algumas luzes universitárias. Aliás, desde antes de 2019, pois que desde 2018, talvez até antes, o soturno diplomata havia começado a colaborar clandestinamente com uma folha digital de extrema-direita do Robespirralho, inaugurando logo em seguida o seu pasquim eletrônico, o blog clandestino “Metapolítica 17: contra o globalismo”, aderindo às aberrações mais bizarras da franja lunática da extrema-direita americana. 

Soube, muito tardiamente, que ele se apossou de vários exemplares da revista que eu editava no IPRI, Cadernos de Política Exterior, que continha seu artigo “Trump e o Ocidente”, e foi correndo entregar ao seu guru adorado, mestre Olavo, já instalado numa casa das cercanias de Richmond, na Virginia, em maio de 2018, aproximadamente.

Pronto: foi o que bastou, junto com a sabujice demonstrada nos meses da campanha presidencial aos seus novos mestres e senhores, para que Olavo de Carvalho o recomendasse fortemente ao presidente eleito como seu novo chanceler “sem ideologia” (de esquerda, entenda-se).

Durante todo 2019 e 2020 ele serviu obedientemente a seus dois senhores e cumpriu servilmente todas as loucuras do capitão negacionista e elogiador de torturadores da ditadura militar. Chegou a exagerar na adesão a tudo o que vinha de Trump - invasão da Venezuela, por exemplo - e na oposição a tudo o que fosse do odiado “comunismo chinês”.

Foi o que o salvou, quero dizer, precipitou sua queda, no início de 2021: essa aversão a tudo o que fosse da “China comunista” fez com que a senadora Katia Abreu, que devia estar lucrando muito com as exportações do agronegócio para o gigante asiático, pedisse a sua cabeça ao chefe de governo. Em dois dias ele foi ingloriosamente defenestrado do Itamaraty (que respirou aliviado).

Se o chanceler acidental tivesse sido menos burro e ideológico, ele teria continuado a desgraçar o Itamaraty, e certamente estaria de conluio com o Robespirralho na preparação do golpe do capitão covarde e incompetente.

Em 2025, seu patrão diplomático está quase às portas da prisão e o o chefe deles, o Bananinha 03, que chegou a ser cogitado para embaixador em Washington, amarga um amargo exílio na Trumplândia, sem perspectiva de voltar ao Brasil.

O ex-chanceler acidental também amarga um exílio involuntário, de licença (eterna?) do Itamaraty, sem perspectiva de ser um dia reintegrado ao serviço ativo da diplomacia. Pelo menos escapou da cadeia, e talvez esteja relendo as “Gesamtwerke” do seu guru adorado, ex-comunista, ex-astrólogo, ex-muçulmano e várias outras coisas mais. 

A ele eu dediquei o primeiro dos meus cinco livros sobre o bolsolavismo diplomático, “Miséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty”, publicado digitalmente logo em junho de 2019. Ele se vingou em seguida: me lotou nos Arquivos e me cortou (ilegalmente) pelo menos dois salários, supostamente por eu não cumprir horário de operário nas catacumbas do Bolo de Noiva.

Continuei escrevendo outros livros sobre seus dois anos de loucuras a serviço dos dois chefes aloprados, entre eles “O Itamaraty num labirinto de sombras”, “Uma certa ideia do Itamaraty” (com um projeto para uma política externa pós-bolsonarista), “O Itamaraty Sequestrado” e “Apogeu e Demolição da Política Externa”.

Eu me diverti bastante criticando o nosso “ornitorrinco diplomático”, e suponho que a cada nova postagem no meu blog Diplomatizzando ele ficasse arquitetando novas formas de me punir arbitrariamente.

Acredito que o mais bizarro chanceler em dois séculos de história de nossa (Santa) Casa deveria sinceramente agradecer à Senadora Katia Abreu sua demissão do Itamaraty, o que lhe poupou também de ser o primeiro chanceler condenado em nossa gloriosa trajetória a serviço do Estado brasileiro. 

Ironias bem-vindas…

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 10/12/2025