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sábado, 29 de março de 2025

Brasil: um país de assistidos - IBGE, Ricardo Bergamini, Paulo Roberto de Almeida

Se, e quando, for implementado projeto de desoneração do imposto de renda dos trabalhadores com vencimentos inferiores a R$ 5.000, as receitas no quesito Renda dependerão de um punhado de algumas centenas de milhares de contribuintes, pois que a maioria da população estará isenta. Ou seja, um pais excepcional… (PRA)

Do Ricardo Bergamini:

 Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Fonte IBGE

 

Base: trimestre encerrado em fevereiro de 2025

 

No trimestre encerrado em fevereiro de 2025, existiam 177,1 milhões de pessoas em idade de trabalhar, sendo 66,9 milhões fora da força de trabalho.

 

No trimestre encerrado em fevereiro de 2025, existiam 110,1 milhões de pessoas na força de trabalho, sendo 7,5 milhões de desocupadas e 39,1 milhões de informais.

 

No trimestre encerrado em fevereiro de 2025, existiam apenas 63,5 milhões de brasileiros formais, sendo apenas 40,6 milhões de declarantes de imposto de renda.

 

Resumindo: O Brasil é um acampamento de refugiados.

 

PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 6,8% e taxa de subutilização é de 15,7% no trimestre encerrado em fevereiro

 

28/03/2025

 

taxa de desocupação (6,8%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2025 cresceu 0,7 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre anterior (6,1%) e caiu 1,1 p.p. ante o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2024 (7,8%).

 

Indicador/Período

Dez-jan-fev 2025

Set-out-nov 2024

Dez-jan-fev 2024

Taxa de desocupação

6,8%

6,1%

7,8%

Taxa de subutilização

15,7%

15,2%

17,8%

Rendimento real habitual

R$ 3.378

R$ 3.335

R$ 3.260

Variação do rendimento habitual em relação a:

1,3%

3,6%

 

população desocupada (7,5 milhões) cresceu 10,4% (ou mais 701 mil pessoas no trimestre e recuou -12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.

 

população ocupada (102,7 milhões) caiu 1,2% (menos 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e cresceu 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 58,0%, caindo 0,8 p.p. no trimestre (58,8%) e crescendo 0,9 p.p. (57,1%) no ano.

 

taxa composta de subutilização (15,7%) cresceu 0,4 p.p. frente ao trimestre anterior (15,2%) e caiu 2,1 p.p. ante o mesmo trimestre do ano anterior (17,8%). A população subutilizada (18,3 milhões) cresceu 2,8% (mais 491 mil pessoas) no trimestre e caiu 11,5% (menos 2,4 milhões) no ano.

 

população subocupada por insuficiência de horas (4,5 milhões) recuou 10,9% (menos 557 mil pessoas) no trimestre e caiu 10,7% (menos 542 mil pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (66,9 milhões) cresceu 1,4% (mais 902 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano. A população desalentada (3,2 milhões) cresceu 6,9% (mais 208 mil pessoas) no trimestre e caiu 11,8% (menos 435 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,9%) cresceu 0,2 p.p. no trimestre e recuou 0,4 p.p. no ano.

 

O número de empregados no setor privado (53,1 milhões) caiu 0,8% (menos 440 mil pessoas) no trimestre e cresceu 3,5% (mais 1,8 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012: 39,6 milhões, com altas nas duas comparações: 1,1% (mais 421 mil pessoas) no trimestre e 4,1% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 6,0% (menos 861 mil pessoas) no trimestre e manteve estabilidade no ano.

 

O número de empregados no setor público (12,4 milhões) recuou 3,9% (menos 496 mil pessoas) no trimestre e subiu 2,8% (mais 334 mil pessoas) no ano.

 

O número de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 1,7% (ou mais 434 mil pessoas) no ano. Já o número de trabalhadores domésticos (5,7 milhões) recuou nas duas comparações: -5,0% (menos 300 mil pessoas) no trimestre e -3,7% (menos 219 mil pessoas) no ano.

 

taxa de informalidade foi de 38,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % (ou 40,3 milhões) no trimestre encerrado em novembro de 2024 e 38,7 % (ou 38,8 milhões) no trimestre encerrado em fevereiro de 2024.

 

rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.378) subiu nas duas comparações: 1,3% no trimestre e 3,6% no ano, chegando ao recorde da série histórica iniciada em 2012.

 

massa de rendimento real habitual (R$ 342,0 bilhões) foi novo recorde, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,2% (mais R$ 20,0 bilhões) no ano.

 

Estudo completo clique abaixo:

 

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/42964-pnad-continua-taxa-de-desocupacao-e-de-6-8-e-taxa-de-subutilizacao-e-de-15-7-no-trimestre-encerrado-em-fevereiro

 

Ricardo Bergamini

ricardobergamini@ricardobergamini.com.br

www.ricardobergamini.com.br

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