Volto a reproduzir o mesmo esquema analítico-orçamentário da minha postagem sobre as motivações maquiavélicas (mas no sentido vulgar) e profundamente leninistas-bolcheviques da reforma ministerial petista, que visa consolidar os eixos fundamentais e o centro essencial de seu controle sobre o poder político e suas vertentes ditas sociais.
Reparem que o peronismo de botequim lulopetista conservou sua dominação mafiosa sobre TODAS as correias de transmissão que têm a ver com o controle da sociedade, inclusive na formação do curral eleitoral que lhes garantiu domínio sobre a sociedade até aqui, tanto na "justiça" (e no aparato de segurança militar), quanto na distribuição de "benesses" ao populacho.
Só faltou a rede da Saúde, mas que nas condições atuais de penúrias orçamentárias (aliás provocadas por sua própria inépcia administrativa e assalto criminoso aos recursos) é menos um "asset" e mais uma "liability ".
Não nos enganemos: os neo-bolcheviques lulopetistas estão reconsolidando o seu poder sobre toda a nação, que continua refém desses desmandos, roubalheiras, fraudes e crimes.
Retomo:
Dizem, por aí, que o PT cedeu espaço para o PMDB na organização ministerial.
Ora, fiz o exercício pelo orçamento dos respectivos ministérios, e se descobre que o PT abocanha quase 70% do total das despesas do Executivo federal, fica com quase 5 vezes mais a parte do orçamento que é administrada pelo PMDB e continua reinando absoluto sobre centenas de bilhões de reais, muitos deles obrigatórios, é verdade (como a Previdência), mas também muita coisa concentrada nas chamadas "áreas sociais".
Ou seja, o PT fez uma reforma ao seu gosto, e o PMDB ficou chupando o dedo mais uma vez, a despeito de ter levado o segundo maior orçamento da União, o da Saúde, mas ainda assim o mais suscetível de ser objeto de críticas e reclamações, uma vez que o dinheiro nunca alcança as necessidades.
Observado o pobre MRE, é de chorar: 0,24% do total do Executivo federal, ou seja, cabem mais de 400 MREs nas despesas do governo (nem estamos comparando com os outros poderes).
Quem quiser que tire suas conclusões sobre se a reforma realmente distribuiu poder entre os partidos, e se o partido perdeu espaços. Ao contrário, ficou com a melhor parte...
Paulo Roberto de Almeida
Os novos ministérios, por partido e respectivos orçamentos:
3. Desenvolvimento Social R$ 75. 494.970.547,00
5. Desenvolvimento Agrário R$ 6.169.594.177,00
6. Cultura R$ 3.360.903.050,00
7. PR + Casa Civil, SG, Com. Soc. R$ 2.402.801.296,00
3) Ciência, Tecnologia, Inovação R$ 9.951.484.769,00
4) Secretaria da Aviação Civil R$ 5.524.048.946,00
5) Minas e Energia R$ 4.461.631.171,00
6) Turismo R$ 1.993.660.408,00
7) Secretaria dos Portos R$ 1.102.886.660,00
PT x PMDB = 4,66 vezes
6) PP: Integração Nacional: R$ 8.069.481.238,00
7) PRB: Esporte R$ 3.401.170.805,00
8) PTB: MDIC: R$ 3.318.459.024,00
3) Meio Ambiente R$ 3.202.621.371,00
4) AGU R$ 3.039.982.350,00
5) Itamaraty R$ 2.675.468.581,00
6) CGU R$ 857.440.409,00
7) Mulheres, Ig. Racial, DH R$ 745.882.534,00
PT x Sem Partido = 12,55
Parte do PT no Orçamento Total: 68% - Parte do PMDB no Total: 14,6%
Parte de todos os demais partidos e dos sem partido: 17,4%
Parte do Itamaraty no Orçamento: 0,24%; cabem 402 Itamaratys no Executivo
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