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sábado, 6 de abril de 2019

Sobre o nacionalismo rastaquera no caso do Acordo de Alcantara - Paulo Roberto de Almeida

Os nacionalistas rústicos estão escandalizados com o acordo de salvaguardas tecnológicas Brasil-EUA para o uso da base de Alcântara, quando áreas determinadas serão de uso restrito dos responsáveis pelos lançamentos empregando tecnologias e equipamentos salvaguardados.
 Não mencionam que as restrições só se aplicam quando de lançamentos usando tecnologias salvaguardadas justamente, que é o que o Brasil aplica, por exemplo, a inspeções de agentes da AIEA (alguns prováveis espiões de grandes potências) no caso de centrífugas de processamento de urânio da usina de Rezende, salvaguardadas como tecnologia brasileira. 
E se esquecem de mencionar que, secularmente, existem centenas de espaços físicos isentos e exemptos da soberania brasileira, que são embaixadas e consulados estrangeiros, da mesma como temos centenas de espaços soberanos em países estrangeiros. 
Tudo isso, ou seja, restrições soberanas a espaços físicos nacionais de uso restrito por nações estrangeiras, está devidamente regulamentado pelas convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares.
Em conclusão, essas demonstrações de nacionalismo bocó não fazem nenhum sentido.
Os opositores ideológicos ao AST Brasil-EUA não leram o acordo e não fazem a mínima ideia sobre o que seja soberania nas relações internacionais.
Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 6 de março de 2019

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