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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Simplifique, simplifique, fica melhor! Nem sempre… - Paulo Roberto de Almeida

Jornalistas precisam simplificar, eu sei; mais ainda os chefes de redação: “O Brasil fez isto mais aquilo”; “a diplomacia brasileira disse isto, ou aquilo”. Eu entendo, pela necessidade de concisão, espaço nos títulos.

Mas acadêmicos, analistas políticos, internacionalistas nunca poderiam incorrer nesses pecados.

Nunca é o país ou a sua diplomacia que fez isto ou que escolheu aquela postura na sua política externa. Nunca. Sempre é o governo, o dirigente maximo, o presidente ou o seu chanceler.

Se a diplomacia tem responsabilidade direta por tal escolha ou tal posição, então é o caso de dizer. Mas, via de regra, a diplomacia sempre cumpre instruções, que emanam do chefe de Estado, de governo ou da chancelaria.

Por vezes, a posição adotada numa determinada questão da agenda externa não tem nada a ver com o que recomendou a diplomacia corporativa (e pode ser até o contrário do sugerido pelos profissionais). 

Já assisti esse tipo de contradição várias vezes, sobretudo quando a política externa é excessivamente partidária, ideológica, ou a quando a diplomacia presidencial é personalista ao extremo. 

Já viram algo parecido?

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata e professor

Brasília, 10/12/3025


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