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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Os 80 anos da ONU na visão de um diplomata brasileiro - Prefácio de Paulo Roberto de Almeida, a livro coletivo

 Os 80 anos da ONU na visão de um diplomata brasileiro

Paulo Roberto de Almeida, diplomata de carreira; doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas; membro do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Publicado como prefácio, in: Luciane Klein Vieira, Luís Alexandre Carta Winter, Sidney Guerra (orgs.), 80 anos da Organização das Nações Unidas (Rio de Janeiro: Grande Editora, 2025, 421 p.; ISBN: 978-65-6125-025-2, p. 13-19). Inserido na plataforma Academia.edu, com apresentação, sumário, dados (link: https://www.academia.edu/144482123/5000_Prefacio_ao_livro_80_Anos_da_ONU_2025_)

A Organização das Nações Unidas constitui a estrutura principal do multilateralismo contemporâneo, depois da trajetória frustrada da Liga das Nações na primeira metade do século XX. O sistema internacional está sendo atualmente abalado por fricções geopolíticas derivadas da ascensão de potências desafiadoras da ordem mundial criada nos estertores da Segunda Guerra Mundial. Dessa situação decorre uma fragmentação das instituições criadas no contexto da ONU, assim como uma relativa marginalização do seu papel como o cenário ideal para debates em torno das questões relevantes da governança global, comprometendo o futuro da cooperação multilateral em temas de paz e segurança, assim como nas demais vertentes do multilateralismo, sobretudo em economia e em direitos humanos.
A diplomacia brasileira pode ser considerada uma das fundadoras do multilateralismo contemporâneo: o ponto de partida se encontra na defesa feita por Rui Barbosa, na segunda conferência internacional da paz na Haia, em 1907, do princípio da igualdade soberana das nações, que é o eixo central do multilateralismo contemporâneo. O princípio da igualdade soberana das nações está inserido na Carta da ONU, aprovada na conferência de San Francisco, em junho de 1945. Registre-se o protesto da delegação do Brasil ao opor-se, de forma explícita, ao privilégio concedido aos cinco Estados considerados vencedores da Guerra Mundial, detentores do status de membros permanentes do Conselho de Segurança da organização, mas igualmente como detentores do direito de veto no mesmo órgão central da ONU.
(...)

Texto original, com notas e remissões bibliográficas, in Academia.edu: https://www.academia.edu/144482418/5000_Os_80_anos_da_ONU_na_visao_de_um_diplomata_brasileiro_original_2025_

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