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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 23 de novembro de 2024

Bestializado: os brasileiros e o G20 - Simon Schwartzman (Estadão)

 Bestializado

By Simon Schwartzman on Nov 22, 2024 07:19 am

(Versão modificada de artigo publicado em O Estado de São Paulo, 22 de novembro de 2024)

José Murilo de Carvalho, em “Os bestializados”, lembra como como o povo do Rio de Janeiro, sem saber do que se tratava,  assistiu à mobilização dos militares que implantaram a República em 1889. Foi assim que me senti ao acompanhar de perto, na Zona Sul do Rio de Janeiro, as grandes movimentações da reunião G20, só comparáveis às da Olimpíada e da Copa do Mundo em 2014 e 2016. Mais uma vez o Brasil, e especialmente o Rio de Janeiro,  se colocavam no centro do mundo, e eu, tão pertinho, não havia sido convidado…

Não é que o povo, desta vez, tivesse ficado totalmente de fora. A Cúpula Social do G20, alguns dias antes, contou com a presença de milhares de participantes de 271 entidades da sociedade civil, que em três dias aprovaram um documento que foi encaminhado ao Presidente Lula para ser incluído na pauta da reunião. Além disso, inúmeros grupos de trabalho e de engajamento foram mobilizados, e a declaração final foi um documento com 85 recomendações e compromissos assinados pelos chefes de estado das maiores economias do mundo, sob a coordenação do governo brasileiro. A proposta de taxação das grandes fortunas não foi aprovada, mas em compensação ficou registrada a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Fala-se em mais de 40 bilhões de dólares a serem mobilizados até 2030, com recursos já existentes em agências como o Banco Interamericano de Desenvolvimento e outros a serem levantados. Para gerenciar a aliança, o Brasil desde já vai financiar a instalação de um escritório em Brasília e outro em Roma. Um grande sucesso, e mais uma vez não só a Europa, como o mundo, se curvam diante do Brasil

Será? Criado 25 anos atrás como um fórum para lidar com as crises financeiras internacionais, reunindo ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das grandes potências e países emergentes, o G20 evoluiu para uma reunião anual de chefes de Estado e de Governo, tendo como prioridade o fortalecimento da governança internacional da economia, mas ampliando a agenda para temas como crescimento sustentável, redução da pobreza e desigualdade e clima.  Na reunião do Rio de Janeiro predominou a ideia de que ela deveria contribuir para a instalação de uma nova ordem internacional, baseada no consenso e na participação ampla de países do “sul global” e da sociedade civil, que substituiria a ordem criada depois da Segunda Guerra, com as Nações Unidas, o FMI e o Banco Mundial. Nesta nova ordem países de porte médio, ou “emergentes”, como o Brasil, Índia, México, África do Sul e Indonésia, assumiriam posições de liderança em um sistema multipolar no qual os Estados Unidos e a Rússia teriam menos importância do que até agora. Com a Rússia isolada pela guerra da Ucrânia e a eleição de Trump apontando para um novo isolacionismo americano, esta nova ordem seria claramente liderada pela China. Não é à toa que a figura em destaque da reunião foi Xi Jinping, que vem liderando os esforços de criação de uma um novo sistema internacional multipolar e globalizado liderada por Pequim.

Sem Vladimir Putin e com John Biden em final de mandato, nada de novo surgiu em relação às guerras da Ucrânia e de Gaza, e as propostas de reformular as Nações Unidas, reforçando o peso da Assembléia Geral e a composição do Conselho de Segurança, simplesmente reiteram o que representantes do Brasil e de outros países vêm dizendo há anos, e não há nenhuma indicação de que elas serão implementadas desta vez. Neste como nos temas de mudança climática e as questões emergentes das novas tecnologias de informação e da inteligência artificial, a maioria das decisões e compromissos do documento final são recomendações gerais,  inexequíveis  ou já em andamento de alguma outra forma.

A pergunta que fica é se grandes mobilizações de pessoas e recursos como esta, que culminou com dois dias de caos na Zona Sul do Rio de Janeiro – com tropas e caminhões do exército nas esquinas, aeroporto fechado, motocicletas e sirenes abrindo caminho para as autoridades, sem falar no dinheiro gasto – produz resultados que justificam o esforço, ou não são simplesmente um grande exemplo de turismo diplomático. A resposta está em algum lugar entre os extemos do entusiasmo e do ceticismo total, e eu tendo a ficar mais próximo do segundo. Não há dúvida que juntar pessoas para discutir e elaborar propostas sobre temas importantes é sempre útil, e contatos entre representantes de governos e outras entidades públicas e privadas podem gerar novas modalidades de cooperação. As reuniões servem também para colocar em evidência alguns temas relevantes que algum dia podem gerar políticas e mecanismos específicos de cooperação.

O velho sistema bipolar do pós-guerra já não existe, mas a construção desta nova ordem é uma tarefa difícil, que passa entre outras coisas pela capacidade de a comunidade internacional administrar conflitos locais como as guerras da Ucrânia e Gaza e cooperar efetivamente em grandes temas de comércio, meio ambiente, pobreza e valores democráticos.  É uma construção complexa e incerta, que depende mais de negociações técnicas bi e multilaterais do que por conferências de grande visibilidade como as do G20.

Tomara que as recomendações da reunião do Rio de Janeiro se cumpram. Enquanto isto, se houver lugar, me candidato para trabalhar no novo escritório em Roma que o governo brasileiro vai abrir.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Livro "Brasileiros" - Jose Roberto de Castro Neves (org.)

Recebo, de um amigo comum, o anúncio do próximo lançamento do livro:
Brasileiros
organizado por José Roberto de Castro Neves
O lançamento vai ocorrer no dia 31/03/2020, uma terça-feira, às 18 hs, na Livraria da Travessa do Leblon.

Sumário

Ancelmo Góes – Luiz Gonzaga
Beth Ramos – Graciliano Ramos
Cacá Diegues – Glauber Rocha
Cândido Mendes – Golbery do Couto e Silva
Celia Arns – Zilda Arns
Celina Vargas – Getúlio Vargas
Chiquinho Brandão – Zózimo
David Zylbersztajn – Di Cavalcanti
Eleazar de Carvalho Filho – Eleazar de Carvalho
Euclides Penedo Borges – Euclides da Cunha
Fabio Altman – João do Pulo
Fernanda Montenegro – Irmã Dulce
Fernando Henrique Cardoso – Tancredo Neves
George Vidor – Machado de Assis
Gustavo Franco – Roberto Campos
Iza Salles – Dom Pedro I
Jaime Lerner – Oscar Niemeyer 
Joaquim Falcão – Gilberto Freyre
José Luiz Alquéres – Barão de Mauá
José Roberto de Castro Neves – Sobral Pinto
Liana Leão – Barbara Heliodora
Luís Roberto Barroso – Rui Barbosa
Luiz Cesar Faro – Eliezer Batista
Marcelo Madureira – Monteiro Lobato
Marcílio Marques Moreira – Santiago Dantas
Marcos Pereira – José Olympio
Mary Del Priore – Barão de Guaraciaba
Merval Pereira – Castelinho
Miguel Reale Júnior – Ulysses Guimarães
Nelson Motta – Vinícius de Moraes
Paulo Niemeyer Filho – Paulo Niemeyer
Paulo Ricardo – Cazuza
Pedro Bial – Marechal Rondon
Pedro Malan – Ruth Cardoso
Pedro Corrêa do Lago – Oswaldo Aranha
Pedro Henrique Mariani – Visconde de Cairú
Renato Aragão – Oscarito
Roberto Feith – Niomar Moniz Sodré Bittencourt
Sergio Abramoff – Carlos Chagas
Sonia Nolasco Heilborn – Paulo Francis
Vanda Klabin – Lygia Clark

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Quem são os grandes benfeitores da Humanidade? - Paulo Roberto de Almeida

Quem são os grandes benfeitores da Humanidade?

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: discussão livre; finalidade: debate público]
  
Liberais tendem, eu sei, a conceder primazia ao indivíduo sobre entidades coletivas. Como se diz: a menor minoria é o indivíduo, uma simples pessoa humana, que sempre deve ser protegida contra certos desvarios da coletividade, como fundamentalismo religioso, sectarismo e intolerância política, preconceitos raciais, étnicos, comportamentais de diversos tipos. O liberalismo clássico emergiu na consciência coletiva justamente pela sua defesa do individualismo, e portanto são os indivíduos que devem ser protegidos e, eventualmente, homenageados, pelas realizações, descobertas, inovações, progressos científicos e morais que fizeram em benefício de toda a humanidade.
Não vou agora fazer uma lista desses benfeitores, mas meu critério básico é o de ver, identificar, denominar aqueles que mais vidas salvaram, mais bem-estar trouxeram a seus semelhantes, sem necessariamente buscar a glória, a riqueza ou o prestígio universal. São pessoas que se dedicaram a salvar vidas, a proteger os indefesos, a elevar os padrões morais, espirituais, educacionais, eventualmente científicos, da espécie humana, aquilo que se poderia chamar de Humankind.
Sócrates entra numa categoria especial, ao defender a lógica elementar, a simples racionalidade, como critério básico do entendimento humano sobre as coisas dos homens. Confúcio entra em outra categoria especial, ao enunciar certos códigos de conduta que deveriam orientar as pessoas no seu relacionamento com os semelhantes, com os pais e com os seniores, ademais de relembrar aos poderosos, aos dirigentes, as responsabilidades que eles sempre têm com relação ao povo mais simples (aspectos por vezes eludidos em sua filosofia moral). Cristo é certamente um grande benfeitor da humanidade, ao pregar o amor e a fraternidade, mesmo para com o opressor, rompendo com a Lei do Talião, que era a do seu povo original; costumes bárbaros de sacrifícios humanos passaram a ser repelidos com vigor, ainda que o fanatismo religioso tenha provocado milhões de vítimas nos séculos que se seguiram à disseminação do cristianismo. Leonardo da Vinci, Fernão de Magalhães, o grande inventor e o primeiro globalizador – ou globalista, ainda que ambicioso – entram, para mim, naquela categoria de intrépidos aventureiros do saber, da descoberta, da inovação, da coragem e da ousadia. 
Se eu fosse um economista, e não o sociólogo meio marxista que sou, talvez eu colocasse Adam Smith entre esses grandes benfeitores da humanidade, ao ter rechaçado com vigor o mercantilismo egoísta e proclamado as virtudes do livre comércio, não apenas para ganhos materiais, mas também para benefícios morais. Fez mais para os progressos materiais de muitos povos – a começar pelo seu, o escocês, depois os ingleses e, finalmente britânicos, que talvez se dividam agora novamente – do que os socialistas utópicos (ainda que bem intencionados) e outros igualitaristas econômicos, atualmente representados pelos mesmos obtusos anticapitalistas que se disseminaram na esteira de Marx. 
Mas ficando apenas na vertente propriamente científica, a que mais salvou milhões de seres humanos, ou diminui-lhes o sofrimento em virtude de doenças endêmicas e epidêmicas, temos vários inventores de vacinas, de antibióticos, ou de inovações no campo da agricultura, das ciências naturais, que merecem figurar no rol de benfeitores da humanidade: Pasteur, Sabin, Pauling e muitos outros, cujos nomes desconheço por não trabalhar no campo dessas ciências, biológicas ou outras. Mesmo bilionários, como Bill e Melinda Gates merecem figurar nesse panteão, justamente por facilitar o acesso a milhões de crianças e adultos, em todas as latitudes e longitudes de países pobres, a vacinas e outras ferramentas preventivas e curativas de doenças capazes de dizimar todos esses seres desprotegidos por governos corruptos ou ineptos. Aliás, eu acho que bilionários em geral prestam mais serviços úteis à Humanidade, apenas por serem bilionários – quando o são pelo mercado, evidentemente, e não por favores de quaisquer governos e políticos corruptos –, do que outros cidadãos que trabalham normalmente para ficar apenas na “armadilha da renda média”: afinal de contas, os bilionários são um exemplo e um estímulo para milhões de outros indivíduos, sobretudo os mais pobres, que também querem viver no luxo e no conforto, o que os incita a trabalhar mais duramente, a inventar algo de útil, a procurar servir melhor a “tirania do consumidor”, de que falava Ludwig von Mises.

Mas eu gostaria de deixar essa vertente liberal do individualismo, ainda que meritório, e refletir sobre entidades coletivas, propondo um prêmio aos povos que melhor serviram às causas da humanidade como um todo, mesmo involuntariamente, inconscientemente, sem sequer pretender fazer o bem. O que eu quero dizer é que certos povos, pelas suas virtudes morais, pela suas energias inventivas, pela sua dedicação ao trabalho, à família, à busca de bem estar por meio da cooperação voluntária, pela ausência de instintos de conquista, de desejos de hegemonia imperial, de dominação pela submissão de outros povos, certos povos merecem igualmente entrar na categoria de benfeitores da humanidade, como um todo. 
Eu colocaria em primeiro lugar o povo judeu, uma parcela “insignificante” da humanidade, que raramente alimentou desejos de conquista, de submissão, ou de proselitismo religioso sobre outros povos, mas que trouxe, certamente por indivíduos magníficos que emergiram de seu cadinho multissecular para oferecer à humanidade grandes inventores, artistas, científicos, filósofos, líderes morais, que, sem qualquer dúvida, fizeram muito para elevar os padrões materiais, culturais e espirituais de todos os demais povos (mesmo quando estava ele mesmo subjugado, nas várias diásporas enfrentadas ao longo do tempo). O povo judeu representa, provavelmente a mais longa continuidade cultural, étnica, religiosa em milênios de existência humana sobre a Terra, quase tão longa quanto a continuidade cultural e étnica – mas não religiosa – do povo chinês, que entra também no mesmo universo.
Justamente, eu colocaria o povo chinês, em sua longa continuidade histórica, como o segundo, e talvez único grande povo dotado da mesma cultura ao longo de séculos, como um grande benfeitor da humanidade, quaisquer que sejam suas outras “qualidades” em termos de organização política e de direitos humanos. Foi o povo mais avançado do mundo durante séculos, tendo “oferecido” invenções e descobertas, instituições e obras de arte de qualidade inigualável, quando outros povos ainda se debatiam na incultura e nos conflitos guerreiros. A globalização iniciada nos Descobrimentos se destinava precisamente a fazer com que esses povos “atrasados” da Europa ocidental tivessem acesso à riqueza e sofisticação da China, mesmo quando esta se debatia, como sempre foi o caso, com regimes políticos marcadamente opressores, assim caracterizados pelos sociólogos do “despotismo oriental”. Muito disso ficou perdido nos séculos anteriores à era contemporânea, quando a China se atrasou na primeira e na segunda revolução industriais, para só entrar tardiamente na terceira, ou quarta, e agora avançar celeremente na vanguarda da quinta revolução industrial. Mas ela já prestou grandes serviços à economia mundial, e ainda presta, no último meio século, depois de se ter liberado do “maoísmo demencial”, e dos resquícios mais irracionais do comunismo – agora disfarçado e subsumido numa enganosa designação de “socialismo de mercado, que não tem nenhuma “característica chinesa”, sendo apenas o velho e duro capitalismo –, para penetrar em todos os desvãos da interdependência econômica global. 
Não tenho nenhuma hesitação em colocar o povo chinês – não a China da República Popular – como “benfeitor da humanidade”, uma vez que nem ele nem, aliás, os próprios novos mandarins da RPC pretendem exportar o seu regime político, ainda hoje nas antípodas do que significa uma “democracia de mercado”, no sentido ocidental da palavra. Os chineses só querem ficar ricos, como já o fizeram europeus ocidentais, americanos e outros povos que enveredaram pelos caminhos dos governos representativos, respeitadores das franquias democráticas, dos direitos humanos, das plenas liberdades, tais como consagradas em documentos históricos de avanços civilizatórios, tais como a Magna Carta (1215), o Bill of Rights (1689), a Declaração de Emancipação americana (1776), a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), a Carta da ONU (1945) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), ademais de vários outros documentos históricos nas mesmas vertentes civilizatórias. 
Os chineses, é verdade, não têm muito a ver com esses instrumentos universais da dignidade humana, que na verdade são representativos de uma “dominação” ideológica da cultura ocidental sobre o resto do mundo ao longo de quase um milênio. Uma “história chinesa” da humanidade e da filosofia provavelmente teria outros aportes significativos que fogem neste momento do alcance do conhecimento deste simples escriba. Mas, acredito que os chineses também vão se juntar às grandes correntes da cultura universal que colocam a dignidade do ser humano à frente de quaisquer outras virtudes civilizatórias, como aliás já o fizeram os judeus desde a mais remota antiguidade.
Outros povos também fizeram grandes aportes ao bem-estar da civilização moderna e contemporânea, nos terrenos da arte, da música, da literatura, das ciências e dos progressos tecnológicos e demais avanços na filosofia política e nos direitos humanos desde o início da era moderna. Difícil identificar essas contribuições, que também são por vezes mais ligadas a certos indivíduos do que representativas de todo um povo, e seria ousado eu selecionar agora os exemplos mais significativos. Se ouso falar em nome do próprio povo brasileiro, eu traria o exemplo da mistura racial como uma das mais belas contribuições do nosso povo em benefício de toda a humanidade, o que não impede a existência de racismo e discriminação na sociedade brasileira. 
Se me permitem citar outros exemplos do Brasil, eu colocaria Pelé e Tom Jobim como grandes “benfeitores” da humanidade, e sem dúvida o futebol e a Bossa Nova são grandes aportes, não exclusivos, de nosso povo para o prazer e o deleite universais. Assim também são o jazz, a Coca-Cola, o iPhone do ponto de vista do patriotismo americano, mas vejam que os chineses já estão chegando com os seus equivalentes ainda mais funcionais que as ferramentas de comunicação social, da mesma linha do WhatsApp e Facebook, atualmente disponíveis. Assim como os europeus dominaram os padrões técnicos da economia global no século XIX, e os americanos e japoneses o fizeram em boa parte do século XX, os chineses estão entrando com vigor na determinação dos novos padrões industriais do século XXI. Assim caminha a humanidade, cada vez para padrões mais elevados de bem estar material, que sempre precedem a elevação espiritual de todos os povos.
Não creio que a ONU, ou qualquer outra entidade distribuidora de prêmios para indivíduos benfeitores da humanidade ao redor do mundo – como as instituições do prêmio Nobel e seus equivalentes setoriais – venham a criar esse prêmio que estou propondo: o de povos benfeitores da humanidade. O que não me impede de institui-lo pessoalmente: eu começaria pelo povo judeu, continuaria com o povo chinês, e depois veríamos quem mais merece. O povo brasileiro talvez apareça entre os dez primeiros da fila, junto com outros certamente meritórios, mas não vou entrar nessa discussão neste momento.
Vale pela reflexão no meio da noite. Passem bem todos e todas...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 8 de fevereiro de 2020

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SwissLeaks: ah, essa inveja dos ricos, essa curiosidade malsa; quem sao os bilionarios brasileiros?

Desproporção gritante, neste meu blog, entre as buscas pelos nomes de brasileiros com contas no HSBC de Genebra, e as demais buscas por quaisquer outros motivos, como se pode constatar por estas estatísticas dos últimos dias (no caso do SwissLeakes apenas cinco dias):

Posts


Será que todo mundo quer saber quem são os felizes proprietários de contas na Suíça?
Simples curiosidade ou voyeurismo financeiro?
Nem vou buscar: quem achar o meu nome, favor avisar...
Paulo Roberto de Almeida

terça-feira, 11 de junho de 2013

Brasileiros ocupam postos e mandatos em organismos internacionais - Agencia Brasil

Brasileiros ocupam funções de destaque em organismos internacionais
Agência Brasil, 10/06/2013

Nos últimos dois anos, as autoridades brasileiras comemoram as vitórias conquistadas nas disputas por cargos em organismos internacionais.
As celebrações mais recentes são na Organização Mundial do Comércio (OMC), na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), na Organização dos Estados Americanos (OEA) e no Comitê Consultivo Internacional do Algodão (em inglês Icac).
Mas a relação reúne as mais diversas especialidades, como as áreas jurídica, de saúde, agrícola, armas químicas e direitos humanos e das mulheres.
A eleição do ex-ministro Paulo Vannuchi para uma das três vagas da CIDH, da OEA, marca mais uma vitória do Brasil nas instâncias internacionais.
A eleição dele ocorreu um mês depois de o embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo conquistar a direção-geral da OMC, sendo o único latino-americano a ocupar o posto na história da instituição.
No último dia 7, o brasileiro José Sette foi escolhido para o cargo de diretor executivo do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (cuja sigla em inglês é Icac).
Sette concorreu com mais 26 candidatos de diferentes nacionalidades.
Recentemente foi reeleito o embaixador José Augusto Lindgren Alves como membro do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial (Cerd) da Organização das Nações Unidas (ONU)
Desde maio de 2011, as conquistas nas disputas internacionais por cargos aumentam.
O início foi com a escolha do ex-ministro José Graziano da Silva para o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Quatro meses depois, Robério Oliveira Silva foi eleito para o cargo de diretor executivo da Organização Internacional do Café.
Em novembro de 2011,o embaixador Gilberto Saboia foi eleito para a Comissão de Direito Internacional. Em junho de 2012, o advogado Roberto Figueiredo Caldas foi escolhido para uma das sete vagas da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
No mesmo mês e ano, a jurista Silvia Pimentel conquistou um lugar no Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres.
O ano passado foi de vitórias na disputa por cargos em organismos internacionais. Em janeiro de 2012,  Bráulio Ferreira de Souza Dias foi escolhido para ser o secretário executivo da  Convenção sobre Diversidade Biológica.
Em agosto de 2012, o Comitê Jurídico Interamericano (CJI) elegeu como presidente o ex-secretário-geral da OEA e embaixador aposentado João Clemente Baena Soares. Em outubro, a advogada Maria Margarida Pressburger foi reeleita para mais um mantado no Subcomitê de Prevenção da Tortura.

Em setembro, o brasileiro Marcelo Kós Silveira Campos foi designado para ser o diretor de Inspeções da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) no período 2012-2015. No final de 2012, o médico Luiz Loures foi escolhido para ser o diretor executivo adjunto do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids).
O brasileiro Leonardo Nemer Caldeira Brandt foi eleito para o Comitê Consultivo para Nomeações do Tribunal Penal Internacional e Wanderlino Nogueira Neto para o Comitê dos Direitos da Criança.