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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Carta do jornalista Jamil Chade para um certo JB

 Carta para Bolsonaro

Jamil Chade 11/12/2022

Jair,

Sabe quem é o presidente da Suíça?

Fique tranquilo. Essa não é uma pegadinha. Muitos aqui na Suíça, de onde eu escrevo, tampouco sabem. E sabe o motivo? Aqui, as instituições são mais relevantes que o líder. A democracia sempre vence e o estado de direito está assegurado.

Já dizia Aldous Huxley que, enquanto os homens venerarem personalidades como Cesar ou Napoleão, tais líderes vão sempre surgir para tornar a vida desses homens miserável.

Você é um deles, guardadas obviamente as distâncias entre esses dois nomes com lugar garantido na história e teu destino para a sombra fria da irrelevância.

O seu desgoverno está terminando. Mas isso não significa que suas responsabilidades estejam terminadas. Você nos deve explicações. Muitas.

Confesso que não sei exatamente para onde enviar esta carta. Não entendi se está trabalhando ou não. Ou se apenas ocupa um cargo político, como parece ter sido o caso nos últimos 30 anos de sua vida. Escrevo, ainda assim, para cobrar um esclarecimento.

Você trouxe para dentro do Palácio do Planalto de uma República e para os demais ministérios, nestes últimos anos, a escória dos teóricos da conspiração, torturadores, charlatães e alguns dos movimentos mais perigosos da extrema direita mundial.

Alguns dos quais envolvidos até mesmo com movimentos que têm simpatizantes entre golpistas detidos em outras partes do mundo, negacionistas e entidades sob o monitoramento por representarem ameaças à democracia.

Nesta semana, na Alemanha, 25 pessoas foram detidas, acusadas de planejar um golpe contra o estado. Mas, sabe, alguns desses extremistas de direita eram simpatizantes de um movimento cujos integrantes você, seu filho Eduardo e Damares Alves receberam de braços abertos, o Querdenker.

Antes, você recebeu uma parlamentar alemã que não consegue ser recebida por nenhum líder democrático do mundo. Sabe o motivo? Ela é a herdeira de um dos ministros mais poderosos do nazismo e braço direito de Adolf Hitler. Hoje, faz parte de um partido de extrema direita que está sob o monitoramento das autoridades alemãs por ameaçar a democracia.

Você e seus lacaios ainda foram alguns dos poucos no mundo democrático que hesitaram em condenar a invasão do Capitólio. Você e seus lacaios repetiram mentiras sobre uma suposta fraude na eleição americana.

Você passou meses anunciando que apenas Deus te tiraria da presidência, enquanto incentivava apoiadores a atacar qualquer um que pensasse de forma diferente.

Enquanto seu filho diz que vai supostamente entregar um pendrive no Qatar e ocupa os camarotes da elite mundial, seus apoiadores cegos ainda acreditam em Papai Noel diante dos quartéis. Quando é o que o senhor vai contar a verdade para eles?

Num país que registrou 2 mil novas armas por dia apenas entre setembro e novembro graças a suas iniciativas e numa sociedade que abriu mil clubes de tiro durante o seu mandato, temos o direito de exigir explicações sobre seu papel para a rede globalizada da extrema direita.

No Brasil do século 21, não iremos tolerar mais anistias. Você deve explicações. Mas não a mim. Para a Justiça.

Saudações democráticas,

Jamil

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Crônica de um futuro imaginado: por um país desenvolvido - Paulo Roberto de Almeida, entrevista para a TCV-Leg-MG

Meu mais recente "trabalho" publicado:  

1410. “Por um país desenvolvido”, entrevista gravada em 1/06/2021 com o jornalista Brune Montalvão, da TV Legislativa da Assembleia de MG, na série "Crônica de um futuro imaginado”, transmitida em 28/06/2021, no canal YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=Ko0xV4aYuNk). Relação de Originais n. 3920.

Elaborei, antes da entrevista, algumas notas para o tema que me tinha sido indicado como prioritário, o 'nacionalismo". Acabou sendo sobre temas completamente diferentes.

Em todo caso, aqui figuram partes de minhas notas preliminares; 

3920. “Crônica de um futuro imaginado: nacionalismo”, Brasília, 30 maio 2021, 5 p. Notas para uma entrevista gravado com o jornalista Brune Montalvão, da TV Legislativa da Assembleia de MG; gravada em 1/06/2021, 15hs. Relação de entrevistas já publicadas (link: https://www.youtube.com/playlist?list=PLUCq_zFD6m5pGLAxIe0CUCmsgPD0Xh7F8). Exibido, sob o título de “Paulo R. de Almeida; por um país desenvolvido”, no site da TV Leg-MG (28/06/2021; link: https://www.youtube.com/watch?v=Ko0xV4aYuNk). Texto adaptado com o título de “Nacionalismo, passado e presente”, para o Boletim de Conjuntura (BOCA; 2 junho 2021, Boa Vista, v. 6, n. 18, p. 35–39, 2021; ISSN: 2675-1488 DOI: 10.5281/zenodo.4891020; link: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/352), da Editora Ioles (http://revista.ioles.com.br/boca/). Relação de Publicados n. 1404.


Paulo R. de Almeida: por um país desenvolvido

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28 de jun. de 2021


 A tragédia brasileira é a não educação". Para o diplomata Paulo Roberto de Almeida, entre outros aspectos, essa condição impede o desenvolvimento econômico e social do país. No episódio que encerra a terceira temporada de "Crônica para um futuro imaginado", o doutor em Ciências Sociais apresenta um apanhado da trajetória econômica do país e reflete outros motivos que impedem o Brasil de se integrar ao mercado internacional, tarefa que ele considera necessária para a superação dos nossos problemas. Almeida ainda analisa "discursos contra a globalização" e sugere o que é preciso ser feito para o país recuperar o caminho do desenvolvimento.

Sobre a série "Crônica para um futuro imaginado" é uma série da TV Assembleia de Minas, com depoimentos de acadêmicos, pensadores e atores sociais sobre a realidade política, social e cultural do Brasil e uma reflexão sobre os caminhos e tarefas para um país melhor. Na primeira temporada, o enfoque foi os impactos da pandemia do coronavírus na vida brasileira. Participaram os economistas Monica de Bolle e Flávio Comim, os filósofos Vladimir Safatle e Francisco Razzo, as jornalistas Eliane Brum e Cecília Olliveira, o editor do Estado da Arte, Gilberto Morbach, a atriz Yara de Novaes, o teólogo Ed René Kivitiz e o cientista político Fernando Schüler. Na segunda temporada, as análises incorporaram as expectativas sobre as eleições municipais e como o pleito poderia sinalizar e afetar o futuro do país. Os entrevistados: a psicanalista Maria Homem; o escritor e analista político Pedro Doria; o economista e filósofo Joel Pinheiro da Fonseca; o presidente da Cufa (Central Única das Favelas), Preto Zezé; a antropóloga Isabela Kalil, a jornalista Flavia Lima, ombudsman da Folha de São Paulo; o professor de Direito Constitucional Conrado Hübner; a economista Elena Landau; e o neurocientista Sidarta Ribeiro. Nesta terceira temporada, a série propõe uma reflexão sobre os impasses políticos e sociais no Brasil, com depoimentos de Christian Dunker, Lênio Streck, Élida Graziane, André Singer, Paulo Cruz, Marcia Tiburi, entre outros. Confira todos os episódios aqui: 

"Crônica para um futuro imaginado" é uma série da TV Assembleia, com depoimentos de acadêmicos, pensadores e atores sociais sobre a realidade política, social e cultural do Brasil e uma reflexão sobre os caminhos e tarefas para um país melhor. Na terceira temporada, a série propõe uma reflexão sobre os impasses políticos e sociais no Brasil. Afinal, estamos ou não numa normalidade democrática? Como chegamos ao atual cenário? E o que é preciso fazer para superar os atuais impasses sociais? Na primeira temporada, o enfoque foi os impactos da pandemia do coronavírus na vida brasileira. Na segunda temporada, as análises incorporam as expectativas sobre as eleições municipais de 2020 e como o pleito poderia sinalizar e afetar o futuro do país.

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1


7:51TOCANDO AGORA

 

Paulo R. de Almeida: por um país desenvolvido

Assembleia de Minas Gerais

2


8:18TOCANDO AGORA

 

Paulo Cruz: por uma cultura de diálogo

Assembleia de Minas Gerais

3


7:46TOCANDO AGORA

 

Andre Singer: em defesa da Democracia

Assembleia de Minas Gerais

4


7:20TOCANDO AGORA

 

Marcus Melo: o risco da ruína institucional

Assembleia de Minas Gerais

5


8:03TOCANDO AGORA

 

Marcia Tiburi: pela igualdade social

Assembleia de Minas Gerais

6


8:14TOCANDO AGORA

 

Élida Graziane: em defesa do pacto social

Assembleia de Minas Gerais

7


7:30TOCANDO AGORA

 

Lenio Streck: Direito a favor da democracia

Assembleia de Minas Gerais

8


7:16TOCANDO AGORA

 

Pablo Ortellado: contra a degradação política

Assembleia de Minas Gerais

9


7:27TOCANDO AGORA

 

Christian Dunker: pela superação da "cultura de condomínio"

Assembleia de Minas Gerais

10


7:33TOCANDO AGORA

 

Sidarta Ribeiro: por um país que sonhe

Assembleia de Minas Gerais

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7:24TOCANDO AGORA

 

Elena Landau: o poder do cidadão

Assembleia de Minas Gerais

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7:57TOCANDO AGORA

 

Conrado Hübner Mendes: por uma democracia nota 10

Assembleia de Minas Gerais

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7:32TOCANDO AGORA

 

Isabela Kalil: por um país unido na diversidade

Assembleia de Minas Gerais

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7:33TOCANDO AGORA

 

Flavia Lima: a política é a solução

Assembleia de Minas Gerais

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7:43TOCANDO AGORA

 

Pedro Doria: um país em transformação

Assembleia de Minas Gerais

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7:53TOCANDO AGORA

 

Preto Zezé: pelo povo no poder

Assembleia de Minas Gerais

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7:34TOCANDO AGORA

 

Joel Pinheiro da Fonseca: por um país sustentável

Assembleia de Minas Gerais

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8:29TOCANDO AGORA

 

Maria Homem: o remédio para um país doente

Assembleia de Minas Gerais

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7:38TOCANDO AGORA

 

Yara de Novaes: A arte incomoda

Assembleia de Minas Gerais

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8:06TOCANDO AGORA

 

Gilberto Morbach: Covid-19 e as respostas fáceis

Assembleia de Minas Gerais

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8:22TOCANDO AGORA

 

Eliane Brum: segredo revelado

Assembleia de Minas Gerais

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8:56TOCANDO AGORA

 

Fernando Schüller: pandemia evidencia as nossas fragilidades

Assembleia de Minas Gerais

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8:57TOCANDO AGORA

 

Ed René Kivitz: tempo de valorizar os afetos

Assembleia de Minas Gerais

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7:36TOCANDO AGORA

 

Cecília Oliveira

Assembleia de Minas Gerais

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7:56TOCANDO AGORA

 

Vladimir Safatle

Assembleia de Minas Gerais

26


7:52TOCANDO AGORA

 

Flávio Comim

Assembleia de Minas Gerais

27


8:04TOCANDO AGORA

 

Mônica De Bolle

Assembleia de Minas Gerais

28


TOCANDO AGORA

 

Francisco Razzo

Assembleia de Minas Gerais


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Yale: perigosa para jornalistas? Apenas na Faculdade de Direito...

Estive dando uma palestra na Law School da Universidade de Yale duas semanas atrás. Havia segurança para o controle de visitantes externos, mas nada excepcional.
Aparentemente, a peesença de ilustres presidentes de supremas cortes provocou esse excesso de zelo, provavelmente dos dois lados, da jornalista do Estadão, e do segurança da Universidade, que deve ter chamado um policial.  Alguns policiais podem ser perfeitamente trogloditas, mas a maioria é muito bem educada, desde que se cumpra suas instruções...
Consultaram-me sobre esse caso por telefone, desde Washington, mas eu estava, como estou, a 3 mil milhas de distância, na California. Forneci os contatos que tinha na Law School, mas foi tudo...
PRA

Correspondente do 'Estado' é presa e algemada em Yale (EUA)

Destacada para cobrir a visita do ministro Joaquim Barbosa, que fazia uma conferência na universidade, a jornalista foi autuada por 'invasão de propriedade privada', segundo a polícia

27 de setembro de 2013 
O Estado de S. Paulo
A correspondente do Estado em Washington, Cláudia Trevisan, foi detida nesta quinta-feira, 26, na Universidade Yale, uma das mais respeitadas dos Estados Unidos, enquanto tentava localizar o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, que fazia uma conferência no local. A jornalista foi algemada e mantida incomunicável por quase cinco horas, inicialmente dentro de um carro policial e depois em uma cela do distrito policial de New Haven, cidade onde fica a universidade. Sua liberação ocorreu apenas depois de sua autuação por "invasão de propriedade privada".
O caso foi acompanhado pelo Itamaraty, em Brasília, e especialmente pela embaixada brasileira em Washington e pelo consulado em Hartford, Connecticut, que colocou à disposição da jornalista seu apoio jurídico. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, estava em Nova York e foi informado por assessores sobre o incidente. Claudia, pouco antes de ser presa, pudera informar um diplomata da embaixada brasileira por telefone.
Claudia Trevisan é correspondente do Estado em Washington desde o final de agosto. Nos últimos cinco anos, atuara em Pequim, na China, onde foi também diretora da Associação de Correspondentes Estrangeiros. Por outros meios de comunicação brasileiros, havia trabalhado como correspondente em Buenos Aires e em Pequim.
"Eu não invadi nenhum lugar", declarou ela, ao mostrar-se indignada pela acusação policial e por sua prisão."Passei cinco anos na China, viajei pela Coreia do Norte e por Mianmar e não me aconteceu nada remotamente parecido com o que passei na Universidade de Yale", completou nesta quinta-feira, 26, ainda abalada.
A jornalista havia sido destacada para cobrir a visita do ministro Joaquim Barbosa à Universidade Yale, onde participaria do Seminário Constitucionalismo Global 2013. Ela trocara e-mails com a assessora de imprensa da Escola de Direito da universidade, Janet Conroy, que lhe informara ser o evento fechado à imprensa. Claudia aquiesceu, mas disse que, por dever de ofício, esperaria pelo ministro do lado de fora do Woolsey Hall, o auditório onde se daria o seminário.
Ela também havia conversado previamente, por telefone celular, com o próprio ministro Barbosa, a quem solicitou uma entrevista. Barbosa disse que não estava disposto a falar com a imprensa. Claudia, então, informou o presidente do STF que o aguardaria e o abordaria do lado de fora do prédio.
Portas abertas. O prédio é percorrido constantemente por estudantes e funcionários da universidade e por turistas. Suas portas estavam abertas às 14h30 de quinta-feira. Claudia ingressou e, na tentativa de confirmar se o evento se daria ali, dirigiu-se ao policial DeJesus, em guarda no primeiro andar. Ele pediu para Claudia acompanhá-lo. No piso térreo do prédio, a pedido do policial, Claudia forneceu seu endereço em Washington, telefone e passaporte. Ao alcançarem a calçada, do lado de fora do prédio, DeJesus recusou-se a devolver seu documento.
"Nós sabemos quem você é. Você é uma repórter, temos sua foto. Você foi avisada muitas vezes que não poderia vir aqui", disse o policial, segundo relato de Claudia Trevisan, para em seguida agregar que ela seria presa.
Algemas. O processo de prisão teve uma sequência não usual nos EUA. Os argumentos de Claudia não foram considerados pelo policial. Na calçada, ele a algemou com as mãos nas costas e a prendeu dentro do carro policial sem a prévia leitura dos seus direitos. Ela foi mantida ali por uma hora, até que um funcionário do gabinete do reitor da Escola de Direito o autorizou a conduzi-la à delegacia da universidade, em outro carro, apropriado para o transporte de criminosos.
Na delegacia, Claudia foi revistada e somente teve garantido seu direito a um telefonema depois de quase quatro horas de prisão, às 21h20. O chefe de polícia, Ronnell A. Higgins, registrou a acusação de "transgressão criminosa". Ela deverá se apresentar no próximo dia 4 diante de um juiz de New Haven.
Estado manifestou hoje sua indignação à Escola de Direito da Universidade Yale pela prisão arbitrária de sua correspondente em Washington. Solicitou também respostas a cinco perguntas pontuais sobre o episódio e seu acesso às imagens de câmeras de segurança do prédio de Woolsey Hall, para comprovar o fato de Claudia ter obedecido as instruções do policial. A resposta dessa instituição está sendo aguardada.

Confira as perguntas cujas respostas são aguardadas pelo 'Estado':
Em virtude dos infelizes fatos ocorridos, O Estado de S. Paulo gostaria de obter, nesta sexta-feira, de preferência, alguns esclarecimentos da Escola de Direito da Universidade Yale:
1. Quais foram - especificamente - as instruções recebidas pelo policial DeJesus antes do evento, com relação ao tratamento dado ao jornalistas?
2. Por que a jornalista Cláudia Trevisan foi presa por 'invasão de propriedade privada' se ela não estava no interior de um prédio privado naquele momento, não resistiu às instruções dadas pelo policial DeJesus e não foi agressiva?
3. Qual é o nome do oficial que deu ao policial DeJesus a permissão para conduzir a jornalista Cláudia Trevisan ao distrito policial e processá-la? Por que ele fez isso?
4. O ministro Joaquim Barbosa deu alguma instrução à faculdade de Direito ou para pessoas da organização do evento de como tratar a imprensa?
5. O mesmo procedimento foi usado antes pela Faculdade de Direito em outros episódios parecidos.

Estado gostaria de ter acesso à cópia do vídeo feito pelas câmeras de segurança, capturadas equipamentos instalados no ambiente interno e externo do prédio, com imagens dos movimentos da jornalista.

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Correspondente brasileira é detida nos Estados Unidos
Jornalista Cláudia Trevisan foi algemada enquanto esperava pelo presidente do STF
DE SÃO PAULO
Folha de S.Paulo. 27/09/2013
A jornalista brasileira Cláudia Trevisan, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" em Washington, foi presa anteontem nos Estados Unidos enquanto esperava pelo fim de uma palestra do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na Universidade Yale, na cidade de New Haven.
Trevisan ficou detida por algumas horas e foi liberada no mesmo dia. Ela foi autuada por "transgressão criminosa". O Itamaraty foi acionado pela Embaixada em Washington e pelo consulado em Hartford. Segundo a assessoria do órgão, a jornalista receberá assistência jurídica. O "Estado" manifestou indignação à Universidade Yale.
Segundo o "Estado", Trevisan não invadiu nenhuma parte da universidade. Ela teria avisado a assessora de imprensa da Escola de Direito da instituição, além do próprio Joaquim Barbosa, que o aguardaria do lado de fora do prédio para entrevistá-lo.

A reportagem da Folha, que também estava na universidade para falar com Barbosa, se identificou e foi alertada de que a conferência seria fechada e de que a mídia não poderia entrar. A reportagem foi escoltada por um policial até a rua e recebeu o aviso de que seria presa caso tentasse entrar no prédio. Ficou esperando na porta.