O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador talibã. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador talibã. Mostrar todas as postagens

domingo, 31 de março de 2024

O Talibã reintroduz o apedrejamento feminino - Hoje no Mundo Militar

 A comunidade internacional não faz absolutamente nada em favor das mulheres afegãs desprovidas completamente de quaisquer direitos, submetidas a um cruel regime misógino e tirânico que as impede de estudar e trabalhar dignamente. Muito pior que no regime teocrático iraniano, também opressivo para as mulheres.

Os Talibãs, que voltaram a controlar o Afeganistão em 2020, anunciaram que voltarão a apedrejar mulheres em público até a morte por crimes como o adultério. Recentemente o chefe da ONU, @antonioguterres, parabenizou o Afeganistão pela “estabilidade e segurança” alcançadas nos últimos 4 anos, mas ainda não se pronunciou sobre essa medida dos Talibãs.

quarta-feira, 23 de março de 2022

Talibã revoga permissão para meninas irem à escola (Deutsche Welle)

EducaçãoAfeganistão

Talibã revoga permissão para meninas irem à escola

Deutsche Welle, 23/03/2022 

Volta às aulas para meninas e meninos estava prevista para esta quarta-feira, mas ordem do grupo que comanda o Afeganistão vetou a presença delas "até segunda ordem". Missão da ONU no país critica a medida.

O Talibã determinou nesta quarta-feira (23/03) às autoridades do Afeganistão que impeçam meninas de participarem de aulas em escolas do ensino fundamental e médio no país, segundo o Ministério da Educação afegão.

"Informamos a todas as escolas de ensino médio para meninas e às escolas com alunas acima do sexto ano que elas estão vetadas até segunda ordem", informou um comunicado do Ministério da Educação.

A pasta informou que as escolas para meninas seriam reabertas assim que um plano fosse elaborado de acordo com a "lei islâmica e a cultura afegã".

O anúncio veio um dia depois de o porta-voz do Ministério da Educação ter divulgado um vídeo parabenizando os alunos pela volta às aulas. A pasta havia anunciado que abriria as escolas para todos os alunos, inclusive para meninas, a partir desta quarta-feira.

Imagens de meios de comunicação afegãos mostraram garotas chorando e protestando contra a mudança repentina.

ONU e EUA criticam medida

"A ONU no Afeganistão deplora o anúncio feito hoje pelo Talibã de que eles estão prorrogando ainda mais sua proibição por tempo indeterminado de que estudantes femininas acima da sexta série sejam autorizadas a voltar às aulas", disse a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama) em um comunicado.

Ian McCary, encarregado da embaixada dos Estados Unidos em Cabul, que está operando atualmente a partir de Doha, no Catar, escreveu no Twitter que estava "muito preocupado" com a ordem. "Todos os jovens afegãos merecem ser educados", disse.

O Talibã ainda não decidiu os próximos passos, disse Waheedullah Hashmi, um membro sênior do grupo fundamentalista. Segundo ele, matricular meninas no ensino médio poderia corroer o apoio ao governo do Talibã. "A liderança não decidiu quando ou como eles permitirão que as meninas retornem à escola", disse.

Hashimi afirmou que havia apoio para a educação das meninas nos centros urbanos, mas que grande parte do Afeganistão rural, especialmente nas regiões tribais de Pashtun, permanecia contra a ideia de educar as meninas.

Talibã cerceia os direitos das mulheres

Desde que assumiu o poder em agosto, após a retirada das tropas dos Estados Unidos e da Otan do Afeganistão, o Talibã impôs uma série de restrições às mulheres, incluindo a proibição de frequentarem escolas.

Em fevereiro, algumas universidades públicas foram reabertas e o Talibã disse que permitiria que as mulheres fossem às aulas, desde que as classes permanecessem segregadas e baseadas em princípios islâmicos. No entanto, houve relatos mistos sobre a medida, com mulheres sendo tanto permitidas como proibidas de frequentar as universidades.

O Talibã proibiu a educação para mulheres na última vez em que o grupo esteve no poder, de 1996 a 2001. A comunidade internacional tem repetidamente feito da educação de meninas e mulheres um ponto-chave de suas exigências, enquanto o Talibã busca o reconhecimento internacional de seu governo e mais ajuda estrangeira para o país.

bl/ek (AP, Reuters)

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Fantasias companheiras: talibans do Brasil se congratulam com o estado excelente da economia

Eu nunca me surpreenderei com as fantasias companheiras, mas algumas são realmente uma surpresa...

Como esta aqui, por exemplo:


O vice-líder do PT na Câmara  analisou na sexta-feira (16) os números divulgados na segunda edição de 2013 do Caderno Destaques lançado pelo Governo Federal .   “Mesmo com o mundo em crise o Brasil acerta nos rumos da economia”, disse.  Para Bohn Gass, apesar das dificuldades  os investimentos foram mantidos, a inflação controlada e a distribuição de renda foi ampliada.

Na avaliação do deputado,  os resultados refletem a força dos programas sociais e mostram a sintonia do governo com seu programa.  “Porém, se quisermos ampliar temos que realizar reformas mais profundas como a reforma política, a reforma urbana e a reforma tributária”, destacou.

Um balanço da conjuntura econômica recente mostra que o emprego com carteira assinada continua crescendo e a inflação em queda deve encerrar o ano dentro da meta pelo décimo ano consecutivo.

A solidez econômica brasileira também é confirmada por outros indicadores. O superávit primário do setor público consolidado (Governo Central, governos regionais e empresas estatais) foi de R$ 52,2 bilhões no primeiro semestre de 2013, correspondendo a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Já o superávit do Governo Central – que inclui, além do Governo Federal, o Banco Central e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – correspondeu a R$ 33,7 bilhões (1,46% do PIB).

A manutenção de superávits primários sucessivos tem permitido uma queda consistente do endividamento público. Em junho de 2013 a dívida líquida do setor público correspondia a 34,5% do PIB.  Em 2002, último ano de FHC, a dívida  era 60,4%
.

Os companheiros acham que anda tudo uma maravilha, e estão sempre focados nos resultados do governo FHC, mais de dez anos atrás. Eles não dizem, por exemplo, que a dívida pública ao início do governo FHC era de apenas 32% do PIB, e que ela só aumentou porque o governo teve de absorver todas as dívidas estaduais e municipais, além de bancos em falência, com o que a dívida foi a mais de 60% do PIB. Mas, pelo menos ele deixou a casa em ordem para os companheiros.
Paulo Roberto de Almeida

Fantasias companheiras: talibans do Afeganistao lamentam violencia e mortes no Egito

Este mundo é mesmo surpreendente...

Os talibãs, ou seja, os companheiros fundamentalistas do Afeganistão, emitiram um comunicado lamentando, sinceramente, ao que parece, a violência no Egito.

O Emirado Islâmico do Afeganistão -- que é o nome oficial do regime talibã -- soltou uma nota lamentando, com grande pesar, os atuais acontecimentos no Egito, com grande perda de vidas. O comunicado lamenta a perda de vidas e a queda do presidente constitucionalmente eleito do Egito.

Não é engraçado?
Paulo Roberto de Almeida.



sábado, 13 de outubro de 2012

Abatam todas as mulheres que sabem ler... (calma, nao sou eu)

Este poderia ser o grito de guerra dos talibãs, não é mesmo?
Talvez até preventivamente: "abatam todas as mulheres que pretender ir para a escola, que ousam aprender a ler, que pensam em sair da ditadura dos homens..."
Pronto, assim fica melhor.
Acredito que o Afeganistão, o Paquistão, junto com alguns redutos outros em países asiáticos e africanos (muçulmanos, por certo), são os lugares mais miseráveis do ponto de vista das mulheres.
Estou errado?
Estou sendo anti-islâmico?
Gostaria que me provassem o contrário.
Aceito qualquer evidência material, intelectual, espiritual, virtual, de que não é assim nesses lugares. 
Vou me penitenciar, e admito até dialogar com um talibã.
Mas, seria mesmo possível?
Paulo Roberto de Almeida 


By DECLAN WALSH
The Pakistan police said they had made several arrests in the shooting of the teenage education activist Malala Yousafzai, but the Taliban said she would be targeted again.


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Republica Misogina do Taliban: onde estao as feministas e os progressistas?

Eu sempre me pergunto onde estão todos os progressistas, humanistas e feministas que nunca empreendem uma campanha contra os países e movimentos que discriminam, por vezes violentamente, como no exemplo abaixo, as mulheres e outras minorias religiosas perseguidas...
Paulo Roberto de Almeida 

Taliban says it shot Pakistani teen for advocating girls’ rights

ISLAMABAD, Pakistan — A 14-year-old Pakistani student who won international acclaim for speaking out for girls barred from school by the Taliban was critically wounded Tuesday by a gunman who boarded her school bus, asked for her by name, aimed his pistol at her head and fired, officials said.
The Pakistani Taliban asserted responsibility for the attack on ninth-grader Malala Yousafzai, who gained notice in early 2009 when she wrote a diary about Taliban atrocities under a pen name for the BBC’s Urdu service. Yousafzai lives in Mingora, a city in the scenic northwestern Swat Valley, where Taliban insurgents imposed harsh Islamic law for two years before being routed by a major military operation in May 2009.
Today, the army promotes Swat as a tourist destination — it sponsored a festival there in July, trying to restore its reputation as the Switzerland of Pakistan. Residents say militants rarely strike, but Tuesday’s daylight attack demonstrated the Taliban’s continued ability to infiltrate the area, which adjoins Pakistan’s insurgency-plagued tribal belt.
Two months ago, Taliban gunmen shot and seriously injured the president of Swat’s hotel association in Mingora and vowed further attacks on those it considers pro-government.
Many Pakistanis view Yousafzai, who also promoted literacy and peace, as a symbol of hope in a country long beset by violence and despair. In 2011, the Pakistani government awarded her a national peace prize and 1 million rupees ($10,500).
She also was a finalist last year for the International Children’s Peace Prize, awarded by a Dutch organization that lauded her bravery in standing up for girls’ education rights amid rising fundamentalism when few others in Pakistan would do so.
Yousafzai was flown by helicopter to a military hospital in Peshawar, where doctors on Wednesday said they removed a bullet lodged near her spine. The girl’s condition was improving, but officials said she had not yet regained consciousness. President Asif Ali Zardari directed that Yousafzai be sent abroad for further medical care if needed; the Interior Ministry arranged documents for her to enter Britain or the United Arab Emirates.
While school children throughout the nation held prayer vigils for Yousafza, and many Pakistanis and politicans expressed revulsion over the shooting, major religious parties and mosque leaders were largely silent. Clerics frequently do not rebuke suicide bombings or sectarian attacks for fear of alienating their increasingly conservative congregants or provoking the Taliban.
On Wednesday morning, Pakistan’s top military official, Chief of Army Staff Gen. Ashfaq Parvez Kayani,, became was the first national leader to visit the victim. He called the shooting “inhuman” and a “heinous act of terrorism,” the military’s information office said.
Kayani, arguably Pakistan’s most powerful man, quoted the words of the Prophet Muhammad: “The one who is not kind to children, is not amongst us,” the statement said.
The army has lost thousands of soliders and officers in its war with the Pakistani Taliban, which has stepped up its attacks and now frequently beheads captured troops.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Da extrema miseria humana: no Afeganistao do taliban

Quando as forças ocidentais se tiverem retirado do Afeganistão (elas terão de fazê-lo algum dia, cansadas de ver soldados morrerem inutilmente), e o país tiver sido novamente "normalizado" pelos soldados talibãs, os aliados dos ocidentais terão de partir junto ou enfrentar a morte.
O país, mesmo que não volte a ser o refúgio e quartel-general da Al Quaeda, se tornará, inevitavelmente um maior produtor de ópio do que já é, atualmente. Mas, ele será também, provavelmente, o lugar mais miserável do mundo para as mulheres, como se pode ver pela amostra abaixo.
Quem vai salvar as mulheres do Afeganistão? Provavelmente ninguém...
Existe maior miséria humana do que essa?
Paulo Roberto de Almeida 

Más de 120 afganas envenenadas para evitar que reciban educación

Reuters – 23/05/2012
Niñas y niños en una clase en Afganistán. | Roberto Benito Leborans
Más de 120 alumnas y tres profesores han sido envenenados en el segundo ataque en dos meses atribuido a los radicales conservadores en el norte del país, según han declarado la policía afgana y funcionarios de educación.
El ataque se produjo en la provincia de Takhar, donde según la policía, los radicales se oponen a la educación de las mujeres y las niñas. Utilizaron un polvo tóxico no identificado para contaminar el aire en las aulas, lo que ocasionó que decenas de estudiantes quedaran inconscientes.
La agencia de inteligencia de Afganistán, la Dirección Nacional de Seguridad (NDS), ha dicho que los talibán parecen empeñados en cerrar las escuelas antes de la retirada en 2014 de las tropas de combate extranjeras.
“Una parte de la operación ofensiva de Al Faruq tiene por objetivo [...] cerrar las escuelas. El envenenamiento de niñas genera miedo. Ellos tratan de hacer que las familias no envíen a sus hijos a la escuela”, declaró el portavoz del NDS Lutfullah Mashal.
EL Ministerio de Educación de Afganistán ha asegurado que 550 escuelas en 11 provincias han cerrado por culpa de los insurgentes, sobre todo donde los talibán tienen un fuerte apoyo.
El mes pasado, 150 escolares fueron envenenadas en la provincia de Takhar después de haber bebido agua contaminada. Desde el año 2001, cuando los talibanes fueron expulsados del poder por Estados Unidos y las fuerzas afganas, las mujeres han vuelto a las escuelas, especialmente en la capital, Kabul.
Pero todavía hay ataques periódicos contra los estudiantes, maestros y centros escolares, por lo general en la parte más conservadora del país, al sur y al este, donde la insurgencia talibán tiene el mayor apoyo.