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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Petrobras: a Grande Destruição lulopetista atinge a companhia em cheio

A Lava Jato é apenas uma consequência das ações nefastas das ratazanas petralhas, que simplesmente esgotaram a vaca petrolífera ordenhando-a de forma absolutamente selvagem, como hienas...
Se não fosse a Lava Jato, a companhia estaria exsangue igualmente...
Paulo Roberto de Almeida 

O GLOBO, 13 de Dezembro de 2015

Petrobras encolhe

Petroleira corta 128 mil terceirizados em um ano e meio com queda do petróleo e Lava-Jato

Ramona Ordoñez e Bruno Rosa

Afetada pela queda no preço do petróleo e pela Operação Lava-Jato, a Petrobras dispensou 128 mil terceirizados de dezembro de 2013 a junho deste ano. A área de engenharia concentra a maior parte das demissões. Ao entrar no elevador de um dos prédios da Petrobras no Centro do Rio, é possível ter uma ideia de como está o clima entre os empregados da estatal. É no sobe e desce dos andares que os funcionários aproveitam para conversar sobre as demissões que vêm atingindo a companhia. Em meio ao clima de incertezas e várias investigações internas, foram demitidos, em apenas um ano e meio, de dezembro de 2013 até junho de 2015, 128.744 empregados terceirizados que prestavam serviços em todo o Sistema Petrobras, que inclui subsidiárias, como BR Distribuidora e Transpetro. Para se ter uma ideia do tamanho do corte feito no período, o total de demissões supera o efetivo de servidores da Prefeitura do Rio, de 123 mil trabalhadores. 

O corte é "avassalador", como definiu um funcionário da estatal. Nos primeiros seis meses deste ano, foram dispensados 59.638 funcionários terceirizados no Sistema Petrobras. Desse total, o número de demissões somente na holding Petrobras chega a 56.121 terceirizados. E, segundo especialistas, o Rio é um dos mais afetados pelas demissões, com impacto no mercado de trabalho e no crescimento da economia, já que o estado concentra cerca de 70% da produção de petróleo do país. 

Os números foram obtidos com base na Lei de Acesso à Informação após pedido feito pelo GLOBO. Os dados foram complementados, posteriormente, pela assessoria de imprensa da companhia. Segundo fontes, a cada semana são demitidos de 60 a 80 empregados, muitos deles com mais de dez anos na empresa. Via Lei de Acesso, a Ouvidoria Geral da estatal explicou que vêm ocorrendo "desmobilizações de contratos" junto a empresas. Por isso, segundo a estatal, "as possíveis demissões não são realizadas pela companhia". 

O corte faz parte do plano de redução de custos da estatal, que sente os efeitos da queda do preço do petróleo e da Operação Lava-Jato da Polícia Federal. Para 2015 e 2016, a Petrobras reduziu em US$ 7 bilhões os gastos operacionais. Ao mesmo tempo, reduziu investimentos. Até 2016, já foram cortados US$ 11 bilhões em novos projetos. 

- É só entrar no elevador que você fica sabendo qual setor está cortando. A situação está tão ruim que até as recepcionistas, que ficavam em cada um dos andares dos prédios, e os estagiários foram cortados - disse um funcionário. 

ÁREA DE GOVERNANÇA TEM 49 PESSOAS 

Assim, o número de funcionários terceirizados no Sistema Petrobras passou de 360.180, em dezembro de 2013, para 231.436 em junho deste ano. Na holding Petrobras, o total caiu de 320.152 para 207.645 no mesmo período. Do fim do ano passado até junho, o maior volume de cortes entre os contratados na holding ocorreu no setor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, cujo total de empregados passou de 83.724 para 31.999, um corte de 51.700 pessoas. Em seguida, aparece a área de Exploração e Produção, que passou de 126.748 para 122.198, uma queda de 4.500 funcionários. 

O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, disse que a redução ocorre com o menor nível de investimento: - A partir do momento em que reduz investimentos, a empresa tem de cortar em algum lugar. A Petrobras está hibernando (desativando) várias sondas de perfuração e muitos são trabalhadores terceirizados. Enquanto não retomar os investimentos, a tendência é a situação se agravar. 

A redução também atingiu a área de "Gás e Energia": o número de terceirizados passou de 5.419 para 3.631, um recuo de 1.788 pessoas. Na área Internacional, a diretoria foi extinta, e o número de funcionários foi reduzido a zero. Mas houve aumento em algumas áreas. É o caso de Abastecimento, Financeiro e Corporativo e Serviços, que juntos tiveram acréscimo de 2.066 funcionários. Ao mesmo tempo, a área de Governança, Risco e Conformidade, criada este ano, conta com 49 terceirizados. 

Pela Lei de Acesso, a estatal explicou que "a Petrobras pode desmobilizar postos de serviços de determinadas atividades, mas o empregado da prestadora de serviços (pode) não ser demitido porque existe a possibilidade de ser alocado". A Petrobras disse, por meio da assessoria de imprensa, que "houve redução nas atividades contratadas para prestação de serviços de obras e montagem, tendo em vista a conclusão de uma série de projetos nos últimos dois anos, bem como o menor ritmo de investimentos, frente ao cenário atual de queda dos preços do petróleo e de elevação da taxa de câmbio". 

Funcionários ouvidos pelo GLOBO avaliam que os cortes estão sendo feitos sem critério claro. Segundo o relato de um empregado, a meta da companhia é cortar 40% do pessoal em cada área: - Estão sendo demitidas pessoas muito competentes e também incompetentes. 

Os funcionários próprios da Petrobras já sentem os efeitos das demissões dos terceirizados: tiveram de aprender funções que eram desempenhadas por colegas terceirizados. 

Um empregado que teve seu contrato encerrado no início do mês e que trabalhava na Petrobras como terceirizado nos últimos dez anos afirmou que o quadro de pessoal da companhia havia aumentado demais nos anos anteriores. Ele também fez críticas à forma como a empresa conduziu esse processo: - A empresa tem de reduzir custos, e é óbvio que a prioridade é cortar os terceirizados. A Petrobras estava inchada - desabafou o profissional, que pediu para não ser identificado. 

A Petrobras explicou que as reduções de pessoal contratado estão acontecendo em todas as unidades da companhia, sendo mais acentuadas nas obras da Engenharia. A estatal afirmou que não tem meta de redução de prestadores de serviços, mas que, conforme seu Plano de negócios 2015/2019, "está reduzindo seu nível de investimentos e de gastos operacionais, o que acaba refletindo na contratação de serviços". 

A Petrobras não informou quanto economizou com a dispensa de terceirizados até o momento. A estatal destacou que a folha de pagamento dos funcionários próprios na holding Petrobras foi de R$ 21,4 bilhões em 2014, incluindo salários, encargos, benefícios e gastos com plano de saúde e previdência.

Para economista, Rio só sentirá integralmente os efeitos após os Jogos

Petrobras dispensou 6.838 profissionais concursados do fim de 2013 até junho deste ano 

por 

RIO - O corte de funcionários atingiu também os empregados concursados da estatal. No Sistema Petrobras, o número passou de 86.111 para 79.273 do fim de 2013 a junho deste ano — recuo de 6.838 pessoas. Boa parte desse número está atrelada ao Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário, lançado em 2014, quando 7.634 empregados aderiram. Desse total, 5.674 funcionários já se desligaram e 1.350 têm previsão de saída até junho de 2017. A estatal abriu a possibilidade para que 610 funcionários que tinham se inscrito, mas desistiram, possam aderir ao plano.

Para o professor Tiago Cabral Barreira, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, as demissões no setor de petróleo no Rio têm sido elevadas:

— Há uma paralisia na Petrobras. Só iremos ver os efeitos reais da crise do petróleo em meados de 2016, quando acabarem as obras das Olimpíadas.

Aluízio Júnior, prefeito de Macaé e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), ressalta que o petróleo é a âncora da economia do Rio. Segundo ele, as demissões na Petrobras se refletem em vários setores da economia. Assim, ele cita o caso de Macaé, que neste ano já registrou o corte de sete mil empregos.

— A atividade de Exploração e Produção parou — destaca Júnior.

Edmar Almeida, professor da UFRJ, lembra que o volume de demissões na Petrobras tende a aumentar:

— O Rio está no olho do furacão, pois o estado concentra cerca de 70% da produção no país. O problema central é que as demissões na Petrobras têm efeito maior na economia em relação a segmentos da construção civil, por exemplo, já que os salários são maiores. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

O Grande Desastre lulopetista explicado em detalhes - Editorial Estadão, matéria do Valor sobre as pedaladas fiscais

 Agradeço ao Mauricio David o envio das duas matérias.
Paulo Roberto de Almeida 

Recomendação especial : o excelente artigo publicado pelo jornal Valor Econômico na sexta-feita 11Dez15 ( segue abaixo ) recapitulando toda a saga das chamadas "pedaladas fiscais" que são a base do pedido de impeachment encaminhado pelos juristas Hélio Bicudo (ex-sumidade petista), Miguel Reale Jr. (professor titular da Faculdade de Direito da USP) e Janaína Pascoal (profa. da Faculdade de Direito da USP). A cronologia estabelecida pelo Valor em base a documentos somente agora vindos à luz acaba definitivamente com a mistificação de que a presidente Dilma não cometeu nenhum crime doloso pelos quais possa ser responsabilizada. Dilma, em seu desvario habitual, passou os últimos anos só cometendo crimes de responsabilidade. Reiteradamente. Daria para fazer dezenas de impeachments...
Mauricio David
 
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domingo, 13 de dezembro de 2015

Irresponsabilidade como método – Editorial / O Estado de S. Paulo

A petista Dilma Rousseff não pode mais permanecer na Presidência da República pela simples razão de que adotou a irresponsabilidade como método de governo. Sua administração violou de forma sistemática e deliberada as leis referentes à gestão das contas públicas, mas não o fez porque foi obrigada por circunstâncias adversas e passageiras, como costumam alegar Lula, Dilma e a tigrada, e sim em razão de certezas ideológicas da petista, derivadas de uma visão deletéria do papel do Estado.

Ao longo do primeiro mandato de Dilma, mesmo diante de insistentes alertas de técnicos do governo segundo os quais tal conduta estava comprometendo a capacidade do Estado de honrar seus compromissos, a equipe econômica da petista – por ordem expressa dela – continuou a cavoucar o erário para dele extrair os recursos necessários para manter as políticas populistas do PT, enquanto maquiava as contas para enganar o País a respeito do estado putrefato das finanças nacionais.

Se ainda havia alguma dúvida a respeito dessa irresponsabilidade, mesmo diante das contundentes conclusões do Tribunal de Contas da União (TCU), um documento sigiloso produzido por técnicos do Tesouro Nacional em julho de 2013, revelado agora pelo jornal Valor, comprova de uma vez por todas que o governo sabia perfeitamente dos riscos que assumiu ao recorrer às mutretas fiscais para sustentar a malfadada “nova matriz macroeconômica” – um delírio estatista nascido das convicções de Dilma.

O relatório dizia que, a se manter aquela política inconsequente, o Brasil perderia o grau de investimento em até dois anos e teria um passivo de R$ 41 bilhões em razão das “pedaladas” no pagamento de diversos subsídios. Afirmava também que a chamada “contabilidade criativa” – conjunto de truques para simular superávit em contas que apresentavam déficit – minava a credibilidade da política fiscal.

Esse estudo foi apresentado ao secretário do Tesouro, Arno Augustin, em novembro de 2013. Na época, já estava claro que a “nova matriz” fazia água por todos os lados – a inflação subia mesmo com a contenção dos preços administrados, as despesas do governo cresciam mais do que a arrecadação e as desonerações já atingiam R$ 70 bilhões. Com esse cenário, informa a reportagem, os técnicos alertaram que a situação fiscal se tornaria em breve insustentável e que a meta de superávit primário daquele ano, de 2,3% do PIB, não seria atingida. O secretário reagiu. Disse que aquela reunião tinha o objetivo de acabar com o “motim” dos técnicos contra a política econômica – que, segundo Augustin, era fundamental para manter o crescimento do País. Ademais, afirmou ele, somente quem havia sido eleito – Dilma Rousseff – tinha a prerrogativa de ditar a política econômica. Aos técnicos, portanto, cabia somente acatá-la. Qualquer forma de crítica era considerada uma sabotagem.

Ao longo de 2014, em razão da campanha eleitoral, o controle de informações e decisões no Tesouro e na Fazenda, do ministro Guido Mantega, ficou ainda mais rígido. Naquele ano, as “pedaladas” já haviam inflado os resultados fiscais em quase 300% – tudo para que Dilma pudesse garantir, no palanque, que o País estava com as contas em ordem e pronto para dar um formidável salto a partir de sua reeleição. “O Brasil vai bombar em 2015”, chegou a declarar a presidente, acusando os adversários de “alarmismo”.

Naquela oportunidade, como agora ficou claro, Dilma já sabia qual era o tamanho do desastre que estava por vir e mentiu deliberadamente para se eleger. Portanto, que as aparências não enganem. Arno Augustin pensava e agia conforme suas convicções, mas todas as suas atitudes resultaram de ordens diretas de Dilma, de quem o secretário era apenas um “soldado”, um “cumpridor de tarefas”, na definição de alguns dos entrevistados pelo Valor. Arno cometeu vários delitos, mas o principal foi não ter contrariado a chefe – esta sim, inteiramente responsável por todas e cada uma das medidas que resultaram no flagelo fiscal que o Brasil enfrenta hoje.

O dolar, antes de sua unificação pelo Fed: uma babel monetaria

Uma bagunça inacreditável: os bancos emitiam notas de dólar e a última que queriam era que elas voltassem; quanto mais longe melhor...
Paulo Roberto de Almeida
Today's selection -- America's Bank by Roger Lowenstein. On the eve of the American Civil War, there was no single currency in the United States as exists today. Instead, there were thousands of different types of currency in circulation:

"In 1858, the United States was an industrializing nation with a banking system stuck in frontier times. ... Heated battles over 'the money question' came to dominate the country's politics, but no matter how unsatisfied the people, any solution that tended toward centralization was, due to the prevailing prejudice, off the table.

 "America was a monetary Babel with thousands of currencies; each state regulated its own banks and they collectively provided the country's money. Officially, America was on a hard-money basis, but the amount of gold in circulation was insignificant. In any event, as a contemporary would write, it was impractical for a traveler 'to carry with him the coin necessary to meet his expenses for a protracted journey.' If he traveled with notes of any but a few of the biggest banks in New York, Boston, and Philadelphia, his money was likely to be refused, or greatly discounted. If he did carry gold, then, 'at the hotel, in the railroad car, on the river or lake,' he would be offered slips of engraved paper that, in the words of a western banker, might include 'the frequently worthless issues of the State of Maine and of other New England States, the shinplasters of Michigan, the wild cats of Georgia, of Canada, and Pennsylvania, the red dogs of Indiana and Nebraska, the miserably engraved notes of North Carolina, Kentucky, Missouri and Virginia, and the not-to-be-forgotten stumptails of Illinois and Wisconsin.'

5 dollars portland note

"In theory, these notes were redeemable in gold or in state bonds, but notes from western banks were notoriously unreliable. Bankers, not surprisingly, sought to circulate their paper as far as possible from the point of issue. That way, the notes might never -- or not for a very long while -- return, and the bank avoided the annoying detail of having to redeem its debts. There was no institution to regulate either the quality or the quantity of money, and after states adopted so-called free banking, a promoter needed little more than a printing press to set up shop. In 1853, Indiana's governor lamented, ' The speculator comes to Indianapolis with a bundle of banknotes in one hand and the stock in the other; in twenty-four hours he is on his way to some distant point of the union to circulate what he denominates a legal currency, authorized by the legislature of Indiana.' The system was certainly democratic -- almost anyone could issue 'money' -- but it was just as certain to lead to credit booms and inevitable busts.

"According to Jay Cooke, a Philadelphia financier, some banks issued notes equal to twenty-five times their capital 'with no other security than the good faith of their institution.' Since such faith was often short-lived, Cooke hardly needed to add, 'confusion ... was the order of the day.' During the Civil War, the Chicago Tribune counted 1,395 banks in the Union states, each with bills of various denominations -- some 8,370 varieties of notes in all. Even for the careful bank teller, scrutinizing this profusion of paper became an almost hopeless task. In addition to bank failures, the country was plagued by con men whose note forgeries could be worthy of a Rembrandt. So widespread were phony notes that 'Counterfeit Detectors' were published, and these guides were widely circulated.

Naramore's United States Treasury and National Banknote Detector.

"This monetary chaos formed the tableau for late-nineteenth century reformers, and it is key to understanding how people of Glass's generation thought about money. Money -- generally, gold or silver -- was something of intrinsic value. Circulating paper, even though it served as a medium of exchange, was but a token, a promise of the real thing, discounted according to the degree to which people feared that the promise might not be kept.

"Legislation during the Civil War provided a remedy -- somewhat. With the government desperate for credit, Lincoln's Treasury secretary, Salmon P. Chase, was left no choice but to propose, and Congress to approve, a new system of nationally chartered banks, which were permitted to issue circulating paper money in the form of National Bank Notes. These notes were to be a new, and mercifully uniform, currency, with a standard engraving on one side and the bank's name on the other.

"However, note circulation was tightly controlled. National banks had to hold a reserve and submit to federal banking examinations. Also, to issue notes, they had to invest in a proportionate amount of government bonds and deposit them with the Treasury as collateral. This requirement heightened the demand for government securities -- which was, of course, Chase's purpose. By giving banks an incentive to invest in government debt, the United States contrived a means of financing the war. National banks were formed at a rapid clip, and many state banks converted to federal charters so they could qualify to circulate notes."

America's Bank: The Epic Struggle to Create the Federal Reserve
Author: Roger Lowenstein
Publisher: Penguin Press
Copyright 2015 by Roger Lowenstein
Pages 11-14

  


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Argentina: posse do presidente Macri teve apoio da Fuerza Aerea Uruguaya

Eis porque o avião presidencial brasileiro ficou sobrevoando Buenos Aires durante uma hora, sem autorização de pouso.
A deterioração dos equipamentos da Força Aérea Argentina é tão grande que tiveram de apelar para a pequena força aérea do Uruguai para ajudá-los na tarefa:

La FAU debió auxiliar a la Argentina durante la asunción de Macri
(Recebido 13/12/2015)

La Fuerza Aérea Uruguaya debió auxiliar a la Argentina durante la asunción presidencial de Mauricio Macri, pues Cristina Kirchner desactivó, al irse, todos los escudos de Defensa de su país.
Debido a su apremiante falta de medios y a la asistencia de decenas de Jefes de Estado, Primeros Ministros, cancilleres y ex mandatarios a la toma de mando Mauricio Macri, la Fuerza Aérea Argentina debió accionar operativamente  la denominada NBDA, o Norma Bilateral de Defensa Aérea entre Argentina y Uruguay, que generalmente suele regir ejercicios binacionales, cooperación en materia de Búsqueda y Rescate, o  persecuciones de vuelos clandestinos, evidenciando la histórica relación fluida  entre las aeronáuticas militares de ambos países. La mandataria saliente había desactivado las alertas aéreas habituales en este tipo de eventos antes de dejar el cargo.
Así, además del débil despliegue local de 4 FMA IA-58 Pucará a la I Brigada Aérea de El Palomar de la Fuerza Aérea Argentina, principal unidad de transporte aéreo militar de este país, ubicada en la provincia de Buenos Aires, como parte del operativo de seguridad motivado  por la ceremonia en curso,  se solicitó a la FAU que 3 Cessna A-37 Dragonfly permanecieran en alerta máximo en su sede operativa, la Base Aérea No. 2 (Durazno) ubicada en el centro del territorio uruguayo.
Al parecer, desprogramados recientemente los vetustos Mirage III, ningún A-4 AR argentino está en orden de vuelo, y probablemente ningún Super Etendart aeronaval, más allá de la contingencia política inesperada que obligo a esta coordinación binacional de emergencia.

No es esta la primera vez que la Fuerza Aérea Uruguaya asiste a la de Argentina, ya que en 2013, ante la carencia de Hércules para volar a la Antártida, Uruguay prestó a la FAA una unidad para ello.
Ahora la presidente saliente Cristina Fernández y su ex ministro de defensa, Agustín Rossi, en un último gesto de rencor hacia las nuevas autoridades, desactivaron,  horas antes de abandonar el cargo, el sistema de defensa aérea nacional usualmente utilizado ante la presencia en el país de personalidades extranjeras.
Se incumplió con este extremo, sin tiempo para que hubiera entrado en vigencia inmediata con el nuevo presidente, salvo que se vulnerase la normativa internacional de OACI que regula un anticipo de 5 días para dar a conocer las restricciones al vuelo y la instalación y activación del Sector de Defensa Aeroespacial sujeto a  tales operaciones militares.
La comunicación de la Administración Nacional de la Aviación Civil local  (ANAC) conocida por Notam (acrónimo inglés de Notice to Airman, Aviso a los Aviadores) con los datos de la creación y activación del sector de defensa aeroespacial y la "zona de no vuelo" con indicación de los horarios de vigencia debió haberse difundido legalmente el 5 de diciembre pasado, lo cual , vengativamente, el kirchnerismo evitó.
Javier Bonilla

Política brasileira: notícias das frentes de batalha - Carlos Brickmann

A QUEDA DOS CAÍDOS

Carlos Brickmann

( EDIÇÃO DOS JORNAIS DE DOMINGO, 13 DE DEZEMBRO DE 2015)

A discussão sobre o impeachment, de certa forma, não tem sentido. Ninguém vai derrubar um Governo que já está no chão. A presidente mora no palácio, usa o avião presidencial, tem um bom cartão corporativo. Mas governar não governa.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seu adversário mais visível, é um morto político adiado, com muito passado e zero de futuro. Está acossado pelo Ministério Público, preso a explicações em que é difícil acreditar, defendido por aliados de ocasião, prontos a abandoná-lo; e envergonhados por estar a seu lado. Pois este deputado encurralou a presidente. Para enfrentá-lo, Dilma transformou sua Presidência na Geni de Chico Buarque: "pra tudo que é nego torto, do mangue e do cais do porto", deu empregos na Esplanada. Tenta garantir um terço dos deputados para salvar-se do impeachment - pois é, 171. E, cedendo tudo o que cedeu, nas últimas votações teve só um tiquinho a mais. Não chega a 200 deputados num plenário de 513; perde uma votação atrás da outra; parece sonada.

No boxe, há derrotas por pontos, há derrotas por nocaute; e há o nocaute técnico, quando o treinador joga a toalha, considerando que o boxeador está sem condições de continuar a luta. Dilma está sem condições de continuar a luta. É surrada impiedosamente por um adversário que se preocupa com ela apenas parte do tempo, porque a outra parte, muito maior, tem de usar para salvar a própria pele. Salvar, no caso, não é manter o mandato: é livrar-se do japonês da Federal.

Para os dilmistas, é hora de jogar a toalha e preservar a pessoa que defendem.

A onça bebe água

O ex-presidente Lula deve depor nesta quinta-feira, 17, na Polícia Federal, em Brasília. Objetivo: ouvi-lo sobre a suspeita de compra de medidas provisórias editadas em seu Governo, investigada pela Operação Zelotes. Segundo o delegado Marlon Oliveira Cajado dos Santos, Lula deverá prestar esclarecimentos sobre "fatos relacionados ao lobby realizado para a obtenção de benefícios fiscais para as empresas MMC Automotores, subsidiária da Mitsubishi no Brasil, e o Grupo CAOA (fabricante de veículos Hyundai e revendedor das marcas Ford, Hyundai e Subaru), bem como outros eventos relacionados a essas atividades". 

Prepare-se, caro leitor: se alguém mexe com Lula, o PT se eriça e se pinta para a guerra.

Na lei ou na marra

Na terça, dia 8, quando ficou claro que o Governo seria derrotado no Congresso, a tropa de choque petista optou pelo confronto físico, tentando matar a sessão. O sempre atento colunista Ucho Haddad (www.ucho.info), analisando os vídeos, localizou o deputado federal Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso, gritando com seus companheiros para que destruíssem as urnas. "Quebrem as máquinas, quebrem as máquinas!" 

Refrescando a memória, foi Zeca do PT que apresentou a Lula o empresário José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava Jato. Só que, com ou sem urna, a votação ocorre. E Dilma não tem os votos.