O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Democracia e política externa: o período lulopetista - Paulo Roberto de Almeida

De volta de viagem de férias, encontro me aguardando na caixa de correspondência dois exemplares deste livro, resultado do IV Simpósio Internacional de Ciências sociais, realizado na Universidade Federal de Goiás, em Goiania, de que participei em novembro de 2015, cujas intervenções foram finalmente publicadas no final de 2016:

A ficha de meu trabalho, já com os dados editoriais do livro está aqui:
“Democracia e Política Externa: considerações sobre o caso brasileiro”, in: Pedro Célio Borges et al. (org.), Democracia e ciências sociais : memória, políticas e desigualdades. Goiânia: Gráfica UFG, 2016, 285 p.; ISBN 978-85-495-0035-9; pp. 93-116. Relação de Originais n. 2892. Relação de Publicados n. 1247.

Por algum motivo que desconheço, no momento da impressão gráfica do livro, a composição editorial alterou a ordem da minha bibliografia, misturando títulos meus com os de outros autores.
O trabalho original está disponível na plataforma Academia.edu, neste link:
http://www.academia.edu/26619963/Democracia_e_Politica_Externa_consideracoes_sobre_o_caso_brasileiro_2015_

 A parte inicial do meu texto vai aqui reproduzida: 


Democracia e política externa: considerações conceituais preliminares
As relações entre a democracia e a política externa, tal como propostas como temática para esta mesa redonda, serão aqui considerada no sentido estrito dos conceitos expressos. Não se trata, portanto, de examinar, em geral, as conexões entre os regimes democráticos e as relações interestatais no sistema internacional, nem de saber como este funciona no plano de sua organização política em função de critérios mais ou menos democráticos, que são aqueles simbolizados pelo princípio da representação eleita, por debates de tipo parlamentar, pelo controle e pela responsabilização dos poderes, e pelos demais elementos inerentes a uma organização política de tipo democrático. Uma abordagem a esse nível de generalidade integraria, mais bem, estudos de sociologia das relações internacionais, tais como os propostos, por exemplo, por um especialista como Marcel Merle (1974; 1981; 1984).
O objetivo aqui é o de considerar como determinados países membros da comunidade internacional refletem, ou não, princípios ou valores democráticos em sua política externa, uma das mais importantes políticas públicas de qualquer Estado contemporâneo. Ao empreender este tipo de exercício, nas condições objetivas do Brasil atual, parece natural dedicar maior atenção ao caso do Brasil, tanto no plano histórico quanto no atual governo, com ênfase nas difíceis e ambíguas relações que o partido hegemônico na última década e meia, o Partido dos Trabalhadores (PT), mantém com o princípio democrático, a começar pelas relações entre Estado e partido, uma relação clássica no campo do marxismo, universo político e referência conceituais às quais o PT está ideologicamente associado, tal como expressamente reconhecido por alguns de seus dirigentes e por diversas de suas correntes internas (Almeida, 2003).
Uma consideração de ordem prática, vinculada tanto à temática proposta quanto à ênfase acima indicada, poderia ser formulada sob a forma de uma pergunta inicial: pode um país que se pretende democrático apoiar, em sua política externa, ditaduras reconhecidas? Registre-se que não se está falando, neste caso, de relações diplomáticas interestatais, que países de diferentes regimes políticos mantém entre si, desde que respeitados padrões mínimos de comportamento, que estão basicamente expressos na Convenção de Viena de 1961 sobre Relações Diplomáticas e, de modo mais amplo, na Carta ONU (1945). Trata-se, mais objetivamente, de apoio político deliberado, de suporte financeiro concreto – como, por exemplo, financiamentos concedidos por vias não transparentes e não controladas pelo parlamento nacional – e até de solidariedade moral, que um país que se pretende democrático pode vir a conceder a regimes políticos que nitidamente não se pautam pelos mesmos valores e princípios das democracias reconhecidas. O que impeliria a política externa de um país tido por democrático a emprestar esses tipos de apoios a ditaduras abertas, quando não tiranias consolidadas?
É o caso do Brasil atual, sem qualquer hipocrisia na afirmação: os governos do PT, desde o início de seu exercício legítimo à frente do Estado brasileiro, em 2003, apoiam ditaduras reconhecidas e parecem não ver nenhum problema nisso. Para ser mais concreto ainda: o governo do PT tem um caso de amor explícito com Cuba, derivado, provavelmente, de relações não reveladas e não sabidas pela maior parte dos cidadãos que se exercem como eleitores e participantes do sistema político, ou até mesmo dos próprios diplomatas, categoria da qual faz parte o autor deste texto. Esse governo, como já foi amplamente evidenciado pela crônica dos eventos correntes, também tem manifestas simpatias por outras ditaduras, mas o seu caso de amor com Cuba é mais longo, mais durável, mais consistente, simbolizado inclusive nos milhões de dólares transferidos para a mais longeva ditadura do continente e uma das mais antigas do planeta, só superada pela da família Kim, da infeliz Coreia do Norte. Uma associação de tal forma explícita, num contexto histórico caracterizado pela aparente ascensão e disseminação dos regimes democrático e pelo isolamento crescente dos regimes de força ou abertamente ditatoriais, deveria chamar a atenção dos cientistas políticos e dos analistas de relações internacionais; no entanto, essas simpatias não estão sendo suficientemente analisadas pelos especialistas que se ocupam dessa área no Brasil.
Antes, contudo, de nos ocuparmos do caso brasileiro, no contexto atual – ou seja, o dos governos petistas exercendo o poder político desde 2003 –, caberia efetuar considerações iniciais sobre a relação altamente ambígua entre a democracia e a política externa, em suas conexões nos planos metodológico e conceitual, temática de que se ocupará a seção seguinte; as seções subsequentes serão dedicadas a considerações do ponto de vista da prática, ou seja, ao exame dessas conexões a partir de exemplos retirados da experiência brasileira da última década e meia do reino companheiro.

Leia a íntegra no link a seguir: 
http://www.academia.edu/26619963/Democracia_e_Politica_Externa_consideracoes_sobre_o_caso_brasileiro_2015_

A China, quem diria?, combate a corrupcao em tom mais vigoroso

Em 2001, o eterno candidato à presidência da República, chefe também eterno do PT, que ele trata como seu feudo particular, visitou a China, sendo recebido quase como chefe de Estado.
Na ocasião, o PT e o PCC (Partido Comunista da China), que domina o governo, o Estado, o país, a nação, toda a sociedade naquele imenso território asiático, assinaram um protocolo de cooperação, que sempre envolve a troca de informações e de experiências práticas em todos os terrenos da vida partidária, da administração pública, da governança.
Parece que o PT faltou às aulas de combate à corrupção, como evidenciado por esta matéria do Observatório da Política China sobre o endurecimento das penalidades contra delitos econômicos:
Paulo Roberto de Almeida

Fiscalía suprema china anuncia castigos más duros contra delitos económicos

05/02/2017
BEIJING, 5 feb (Xinhua) -- La Fiscalía Popular Suprema (FPS) de China se ha comprometido a imponer castigos más severos a los responsables de delitos económicos que afecten los intereses de grandes comunidades, entre ellos la absorción ilegal de depósitos públicos y la recolección fraudulenta de fondos.
BEIJING, 5 feb (Xinhua) -- La Fiscalía Popular Suprema (FPS) de China se ha comprometido a imponer castigos más severos a los responsables de delitos económicos que afecten los intereses de grandes comunidades, entre ellos la absorción ilegal de depósitos públicos y la recolección fraudulenta de fondos.
El ente acusador también urgió a las fiscalías locales a dar más prioridad a la prevención de los riesgos financieros, luchando contra delitos como el blanqueo de dinero y la banca clandestina, así como a tomar parte activa en el manejo de los riesgos financieros en Internet, de acuerdo con un comunicado de la FPS.
Igualmente, la fiscalía se comprometió a fortalecer la labor contra la manipulación y el tráfico de información privilegiada en los mercados de títulos y futuros, y también en la supervisión de los mercados inmobiliarios.
En los últimos años se han registrado en China varios casos de delitos financieros con amplio despliegue mediático, entre ellos las actividades ilegales de recolección de fondos de Ezubao y el caso de Xu Xiang, gerente general de una compañía de inversiones con sede en Shanghai, quien fue acusado por presuntamente haber manipulado el mercado de valores.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Os "bad hombres" mexicanos que Trump vai reprimir... no México!

Em 1912, o Big Stick Theodore Roosevelt (tio de FDR) mandou invadir Vera Cruz por motivos equivalentes (não semelhantes, sequer similares). O Brasil ficou dois anos representando os interesses americanos depois da ruptura de relações diplomáticas. Será que o Brasil vai exercer o mesmo papel depois que Mister Trump invadir novamente o México?
Porfírio Diaz tinha razão?
Paulo Roberto de Almeida 

O Estado de S. Paulo – Governo do México nega ameaça de Trump a ‘homens maus’

 

Chancelaria mexicana divulgou nota repudiando o que chamou de 'informações falsas' publicadas pela imprensa

 

CIDADE DO MÉXICO - O governo do México desmentiu nesta quarta-feira, 1º, reportagens sobre "humilhações e ameaças" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao seu homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto, supostamente feitas durante uma conversa telefônica.

 

A diretora de Comunicação da Secretaria de Relações Exteriores mexicana, Claudia Algorri, assegurou em um texto publicado no Twitter que as reportagens carecem de sustentação e que o tom das conversas entre os presidentes na sexta-feira, 27, foi "construtivo".

 

No documento, a funcionária assegurou que a informação publicada "está baseada em absolutas falsidades e com evidente má intenção".

 

"Durante a ligação, o presidente Peña Nieto foi claro e enfático em assinalar as diferenças de posições a respeito de algumas informações feitas pelo presidente Trump em público e que foram repetidas durante seu diálogo", escreveu a chefe da comunicação da chancelaria mexicana.

 

"O tom foi construtivo, se chegou a um acordo entre os presidentes de seguir trabalhando e foi assegurado que as equipes dos países se reúnam de maneira frequente para construir um acordo que seja positivo para o México e os Estados Unidos."

 

As reportagens, que foram publicadas em diversos veículos de imprensa norte-americanos, indicam que Trump ameaçou na conversa telefônica enviar soldados americanos para conter os "bad hombres" (homens maus), a menos que o Exército mexicano tome mais medidas para controlá-los. "Vamos construir o muro e vocês vão pagar, gostem ou não", teria falado o presidente dos Estados Unidos.

 

O porta-voz da Presidência do México, Eduardo Sánchez, também negou a ameaça de Trump a Peña Nieto. "Isto é absolutamente falso", afirmou, em entrevista ao canal mexicano Milenio Televisión.

 

De acordo com Sánchez, Peña Nieto sublinhou durante sua conversa com Trump que "a capacidade dos grupos de narcotraficantes em nosso país está alimentada pela introdução ilegal de armas e dinheiro vivo a partir dos Estados Unidos". / EFE

 

O Estado de S. Paulo – Trump diz a México que detenha seus ‘homens maus’

 

Segundo transcrições de telefonema a presidente mexicano, novo líder americano ameaça enviar Exército ao país vizinho para resolver situação; governo do México nega declarações       

 

WASHINGTON – Em um telefonema ao presidente do México, Enrique Peña Nieto, na sexta-feira, Donald Trump ameaçou enviar soldados americanos para conter os “bad hombres” (homens maus), a menos que o Exército mexicano tome mais medidas para controlá-los, revelou uma transcrição da conversa obtida pela agência Associated Press.

 

A jornalista mexicana Dolia Estevez, que vive em Washington e escreve para a revista Forbes, confirmou a ameaça em entrevista à âncora de um programa no México, Carmen Aristegui. Citando fontes confidenciais, Estevez disse que Trump humilhou Peña Nieto.

 

“Não preciso dos mexicanos. Não preciso do México”, disse Trump a Peña Nieto, segundo Estevez. “Nós vamos construir o muro e vocês pagarão por ele, queiram ou não queiram”, disse o americano, ainda de acordo com a jornalista mexicana.

 

As transcrições entregues à Associated Press por um funcionário com acesso ao material, não contêm a resposta de Peña Nieto às declarações de Trump. “Você tem um bando de homens maus aí. Você não está fazendo o suficiente para detê-los. Acho que seus soldados estão assustados. Nossos militares não, então eu poderia enviá-los aí para lidar com isso”, declarou Trump ao mexicano, segundo as transcrições.

 

O texto não deixa claro quem exatamente Trump considera “bad hombres” – se narcotraficantes, imigrantes ou ambos –, mas a conversa é um exemplo de como o novo presidente conduz sua diplomacia nos bastidores. As declarações de Trump também sugerem que ele está usando com os líderes mundiais o mesmo tom agressivo que usou durante os atos de campanha.

 

Segundo a AP, a Casa Branca não respondeu ao pedido de comentário. Já o Departamento de Relações Exteriores do México negou as ameaças, dizendo que a notícia tinha como base “absolutas falsidades”.

 

“As declarações não correspondem à realidade. O tom (do telefonema) foi construtivo e os dois presidentes concordaram em continuar trabalhando. As equipes continuarão se reunindo com frequência para chegar a um acordo que seja positivo para o México e os EUA”, disse a chancelaria mexicana em comunicado.

 

Tanto o governo mexicano quanto o americano divulgaram o telefonema, que ambos qualificaram de “amigável”, mas nenhum dos dois lados revelou sobre o que os dois presidentes conversaram. Peña Nieto cancelou uma visita que realizaria esta semana aos EUA em meio à polêmica sobre a construção do muro na fronteira com o México.

 

Trump já usou a expressão “bad hombres” antes. Em outubro, durante debate presidencial, ele prometeu livrar os EUA dos “barões das drogas” e dos “bad hombres”. / AP

Diplomatas reagem a diretivas imorais do Chefe de Estado

Diplomatas não precisam ser passivos (com perdão da expressão), ou submissos. Eles podem, em determinadas circunstâncias devem, dizer claramente de que lado está o direito, a conduta correta, a ética profissional e a moral pessoal. 

Paulo Roberto de Almeida 


NYTimes: State Dept. Dissent Cable on Trump’s Ban Draws 1,000 Signatures

https://www.nytimes.com/2017/01/31/world/americas/state-dept-dissent-cable-trump-immigration-order.html?smprod=nytcore-iphone&smid=nytcore-iphone-share

The cable, asserting that the president’s order on immigration will not make the nation safer, has wended through dozens of embassies and is still spreading.


NAIROBI, Kenya — It started out in Washington.

Then it went to Jakarta. Then across Africa.

One version even showed up on Facebook.

Within hours, a State Department dissent cable, asserting that President Trump’s executive order to temporarily bar citizens from seven Muslim-majority countries would not make the nation safer, traveled like a chain letter — or a viral video.

The cable wended its way through dozens of American embassies around the world, quickly emerging as one of the broadest protests by American officials against their president’s policies. And it is not over yet.

By 4 p.m. on Tuesday, the letter had attracted around 1,000 signatures, State Department officials said, far more than any dissent cable in recent years. It was being delivered to management, and department officials said more diplomats wanted to add their names to it.

The State Department has 7,600 Foreign Service officers and 11,000 civil servants.

The letter had been evolving since this weekend, when the first draft emerged. It was edited as it moved along, with some diplomats adding words and others striking out passages.

For example, one diplomat suggested this sentence should simply end on “lasting shame”: “The decision to restrict the freedom of Japanese-Americans in the United States and foreign nationals who wanted to travel to or settle in the United States during the 1940s has been a source of lasting shame for many in our country.”

Some officials who were trying to sign the document on Tuesday said it was not clear who was in charge or who was collecting signatures. The letter was passed through official State Department email accounts and on government time — several diplomats said union rules allowed them to work on dissent memos on the clock.

“Policy dissent is in our culture,” said one diplomat in Africa, who did not want to speak publicly before the letter was released. “We even have awards for it.”

The letter, which harshly took apart the executive order, said the visa ban would “alienate allies” and “hurt America economically.” Foreign travelers inject nearly $250 billion into the American economy, the letter said, supporting more than one million jobs.

Some diplomats said they joined the dissent by sending an email saying “I’m in” or “Please add my name as a signer” along with their full name, title, position and post.

The letter was apparently circulated through informal networks of diplomats and not through any State Department-wide email list. One diplomat on vacation in the United States said he received the letter from a colleague in another part of the world who was not connected to the drafters and was simply passing it along.

The diplomat predicted that hundreds of other diplomats would be eager to sign it if they could, but because of the complications of figuring out where the dissent memo originally came from, he was not sure how many would actually sign it.

Most people in the State Department have never seen anything like this, the diplomat said. He said dissent memos were reserved for major policy issues, not for little grumbles like bad food in the embassy cafeteria.

That diplomat also requested anonymity, saying that Foreign Service officers were not supposed to criticize American policy publicly and that he did not want to open himself up to accusations that he had violated the rules. That could threaten his job, he said, especially in such a polarized environment.

This is exactly what the dissent channel, as it is called, was intended for.

Starting in 1971 during the Vietnam War, the channel encourages department officials to voice their criticisms internally through a process of sending a memo or a cable to the secretary of state expressing their concerns and suggesting solutions. The final part of the visa ban memo lays out detailed alternatives, including increased vetting for specific nationalities.

State Department rules are supposed to protect dissenters from being retaliated against, and last year several dozen diplomats signed a dissent memo criticizing American policy on Syria.

But however officially tolerated, several veteran diplomats said dissent was still risky. When it comes to ambassadorships, the selection process is highly competitive — and highly subjective — and the diplomats said it would be impossible to prove why someone had been blocked from a coveted post. Previous dissent could easily be used against the person.

Some State Department officials said on Tuesday that they would not sign the letter because of those risks. While one said he disagreed with the visa ban, he considered it his job to enforce American government policies whether or not he agreed with them.

Other diplomats said the letter did not mean that dissenters would disobey the visa ban. The intent was to try to change the policy so the ban would be lifted, they said.

The diplomat who said he would not use a dissent memo to complain about cafeteria food said that he had been torn when the United States invaded Iraq because he was strongly against the war, but that he did not know how to express his concern.

He said he was just starting out at the time.

The visa ban, he said, “was such obviously bad policy” that he was trying to find a way to sign the dissent letter.

He also said that many diplomats were using the letter as a vehicle to express broader concerns about the way the Trump administration has appeared to sideline the State Department.

The diplomat spoke in defense of refugees, saying that the tiny percentage from, say, Somalia who had been approved for resettlement in the United States had been scrutinized by several agencies and were among the most vulnerable of very vulnerable people. Now, many are stuck in limbo in transit centers.

The diplomat also criticized Mr. Trump’s press secretary, Sean Spicer, who said on Monday that State Department officials who did not agree with Mr. Trump’s agenda “should either get with the program or they can go.”

He called that “bullying at the highest levels.”

Follow Jeffrey Gettleman on Twitter @gettleman.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

James Steuart merece um coloquio, 250 anos depois? Em Sevilha, certamente...

Please note that the deadline for abstract submission for the conference,
JAMES STEUART AND AN ECONOMY WITHOUT INVISIBLE HANDS
Seville, 26-27 October 2017
has been extended to 15 February 2017.
https://www.upo.es/econ/Steuart/

Abstract submission is now open for a conference to be held in Seville on the 26-27 October 2017, to commemorate the 250th anniversary of the publication of An Inquiry into the Principles of Political Œconomy (1767). Please send an abstract of no more than 500 words to José Manuel Menudo, at jmmenpac@upo.es no later than 15 February 2017 (extended deadline).

The decision on acceptances will be sent to authors by 15 March 2017. The deadline for submission of full papers is 15 September 2017. Papers may be written in English, in Spanish or in French. The scientific committee offers a number of grants to young scholars interested in participating at the Conference.

James Steuart (1713 -1780) published An Inquiry into the Principles of Political Œconomy in 1767, the first systematic treatise on economics as a science, nine years before Adam Smith’s Wealth of Nations.  The conference aims at discussing different approaches to the analysis of Steuart’s oeuvre within the context of the writings of other 18th-century authors (1680 to 1830). Steuart’s economic thought will be presented as an alternative approach to many key developments in economic theory.

Authors are invited to examine various aspects of the life, works and influence of James Steuart, including his links to other authors who conceive – as Steuart did – the economic system of “natural liberty” as an artificial creation.  Submissions are welcome in areas such as:
−    James Steuart and the World of the Enlightenment. The bank of Amsterdam, the East India Company, the Scottish parliament or the House of Stuart.
−    James Steuart and the physiocrats. Similarities and contrasts or the relationship between Steuart and the members of Quesnay's group/movement.
−    The diffusion of James Steuart’s works around the world. The reception of Steuart’s ideas and the translation of his works.
−    The authors opposed to Adam Smith's apologetic stance (in particular the theorists of the 18th and 19th centuries), that there is an invisible hand which coordinates needs and which underpins the unintended social benefits of individual actions.
−    James Steuart and Money. Real price and money price, the anti-quantity theory of money, fiat money and payment systems.
−    James Steuart's statesman. Subordination and dependence in hierarchical societies, response to social relations that are in continual flux, the duties of an active statesman, the imbalance between supply and demand, and the plan of political economy.

Scientific Committee: Manuela Albertone (Università di Torino), Christopher Berry (University of Glasgow), Jean Cartelier (Université de Paris X), Yutaka Furuya (Tohoku University), Rebeca Gomez Betancourt (Université Lyon 2), Claudia Jefferies (City, University of London), Alexandre Mendes Cunha (Universidade Federal de Minas Gerais), José M. Menudo (Universidad Pablo de Olavide), Bertram Schefold (Goethe University), Claire Silvant (Université Lyon 2), André Tiran (Université Lyon 2), Keith Tribe (Independent Scholar) and Ramón Tortajada (Université Grenoble-Alpes)

Meridiano 47: numero especial sobre pesquisa e extensao em RI - ABRI 2017

Meridiano 47 – Journal of Global Studies
Dossiê especial sobre Ensino, Pesquisa e Extensão em RI no Brasil

Permanece aberta até 30/03 a chamada de contribuições para o Dossiê Especial sobre Desafios e Caminhos do Ensino, Pesquisa e Extensão em Relações Internacionais no Brasil, em organização em Meridiano 47 – Journal of Global Studies.

A ampliação dos cursos de graduação e de pós-graduação, a diversidade das atividades com interface internacional, assim como os avanços teóricos e empíricos da disciplina nos últimos anos evidenciam a consolidação do campo das Relações Internacionais no Brasil. Ao mesmo tempo, as mudanças nas tecnologias da informação, as novas possibilidades de atuação profissional e os desdobramentos interdisciplinares estimulam a discussão sobre o perfil dos egressos, bem como sobre as expectativas do mercado de trabalho e do Estado em relação ao campo.

A publicação deste Dossiê pretende contribuir para o debate sobre as Relações Internacionais no Brasil, congregando avaliações sobre questões e metodologias que movem o campo nas dimensões do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, inclusive nas suas inter-relações. Nessa perspectiva, convidamos a comunidade a submeter trabalhos que abordem, entre outros, os seguintes temas:

- a relação entre o ensino na graduação e na pós-graduação;
- desenvolvimentos recentes de temas substantivos nas agendas de pesquisa e sua inter-relação com o ensino e a extensão;
- formas de aprendizado ativo e experienciais;
- o desenvolvimento da área no Brasil e/ou comparação com a experiência de outros países, o papel das simulações; projetos pedagógicos, conteúdos programáticos e análise de currículos;
- perspectivas e expectativas do mercado de trabalho; modalidades de avaliação, inclusive da área; experiências de integração entre disciplinas; metodologias de pesquisa.

As normas de colaboração da Revista podem ser verificadas aqui e submissões se fazem aqui
O lançamento do dossiê se fará em julho de 2017, no contexto do Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais – ABRI.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

This Day in History: Emancipation Act, January 31, 1865 - 113 yeas, 58 nays (NYT)

On Jan. 31, 1865, the House of Representatives passed a constitutional amendment to abolish slavery.

From Washington
Abolition Of Slavery


Passage of the Constitutional Amendment
ONE HUNDRED AND NINETEEN YEAS AGAINST FIFTY-SIX NAYS
Exciting Scene in the House
Enthusiasm Over the Result
THE PEACE MISSION IN THE SENATE
A RESOLUTION CALLING FOR INFORMATION
Passage of Retaliation Resolutions in the Senate
Special Dispatches to the New York Times
OTHER HEADLINESThe Peace Question:Its Latest Aspect: Three Commissioners Coming from Richmond: They Apply for Admission to General Grant's Lines: A Flag of Truce and a Parley: General Grant In Communication With The Government: Respected Arrival of the Commissioners at Annapolis
Washington, Tuesday, Jan. 31.
THE PASSAGE OF THE CONSTITUTIONAL AMENDMENT
The great feature of the existing rebellion was the passage to-day by the House of Representatives of the resolutions submitting to the Legislatures of the several States an amendment to the Constitution abolishing slavery. It was an epoch in the history of the country, and will be remembered by the members of the House and spectators present as an event in their lives. At 3 o'clock, by general consent, all discussion having ceased, the preliminary votes to reconsider and second the demand for the previous question were agreed to by a vote of 113 yeas, to 58 nays; and amid profound silence the Speaker announced that the yeas and nays would be taken directly upon the pending proposition. During the call, when prominent Democrats voted aye, there was suppressed evidence of applause and gratification exhibited in the galleries, but it was evident that the great interest centered entirely upon the final result, and when the presiding officer announced that the resolution was agreed to by yeas 119, nays 56, the enthusiasm of all present, save a few disappointed politicians, knew no bounds, and for several moments the scene was grand and impressive beyond description. No attempt was made to suppress the applause which came from all sides, every one feeling that the occasion justified the fullest expression of approbation and joy.

Grande empresa e Estado: a promiscuidade "natural" - Augusto de Franco

DAGOBAH

NL 0039 - 31/01/2017


Dagobah.com.br


Grandes empresas: pouco de mercado, muito de poder

As grandes corporações empresariais do capitalismo não são propriamente entes de mercado e sim estruturas hierárquicas de poder autocrático. O assunto já foi tratado na introdução do artigo Reflexões sobre a natureza das empresas, sobre os casos da Odebrecht e da Oi, no Brasil. 

Quem analisar o caso da Odebrecht verá que não há nada ali que se possa chamar de livre mercado. O mesmo vale para a OAS, para a Carmargo Correia, para a Andrade Gutierrez, para a Engevix, para a Galvão Engenharia e a Queiroz Galvão, para a Iesa, para a Mendes Junior e para a UTC-Constran e dezenas de outras. Não são só as empreiteiras: existem centenas de empresas com o mesmo perfil, como a AG, a Alumni Engenharia, GDK, Promon Engenharia, Fidens Engenharia, Sanko Sider e SOG Óleo e Gás e a Schahin envolvidas no Brasil das últimas duas décadas em escândalos de corrupção. 

Mas a questão central não é a corrupção e sim a autocratização dos modos de regulação de conflitos que esses entes monstruosos, invariavelmente associados ao Estado, introduzem na sociedade. O mesmo que vale para as empresas que, no Brasil, se organizam e atuam como verdadeiras máfias, valia para empresas como a Krupp, a Ig Farben (Agfa, Casella, Basf, Bayer, Hoeschst, Huels, Kalle) e Siemens na Alemanha hitlerista. E vale para as atuais Exxonmobil, Apple inc., BHP, Billiton, Royal Dutch Shell, Chevron, Microsoft, General Electric, Berkshire Hathaway, Nestlé, IBM, Gazprom, JP Morgan Chase, HSBC, Wal-Mart, AT&T, Procter & Gamble, Oracle, Vale do Rio Doce, Wells Fargo, Johnson & Johnson, Pfizer, Coca Cola, Google, Vodafone, Rio Tinto, Novartis, Total, Toyota, Samsung Group, Roche, Schlumberger e, novamente… para a Siemens e centenas de milhares de outras menores. Petrochina, ICBC e China Construction Bank, se organizam e se comportam exatamente da mesma maneira. 

O capitalismo realmente existente (não o dos livros dos ideólogos da Economics) é, geneticamente, o fruto de uma associação entre a empresa monárquica e o Estado hobbesiano (no caso, a forma que conhecemos como Estado-nação). 

A grande empresa do capitalismo jamais foi violada pela ideia de democracia. Aliás, este é o conselho que o tarado Michael Porter deu a milhares de empresários do mundo todo que foram lá nos USA frequentar seus cursos nos últimos 40 anos: “se vocês quiserem vencer, esqueçam completamente a ideia de democracia”. Sim, Porter e seus empregados repetiam essa frase, literalmente. 

Os que acham que democracia é apenas um modo político de administração do Estado – e não um processo de desconstituição de autocracia – têm dificuldade de entender isso. Pensam que se a grande empresa hierárquica e autocrática for honesta, respeitar as leis, tudo bem (formalmente, porque elas nunca respeitam). Acham que se esses organismos sociais (na verdade, antissociais) monstruosos se subordinarem ao Estado democrático de direito, podem se organizar de forma hierárquica e se regular de modo autocrático. 

Mas não, não está tudo bem. A deformação no campo social que uma empresa desse tipo provoca é desumanizante. 

Num comentário a um resumo deste artigo no Facebook, Tito Costa Santos escreveu: 

Concordo com a crítica ao “capitalismo de compadres”. Entendo que a solução é mais livre mercado e menos intervenção estatal. 

Partindo do pressuposto de que uma organização em rede tende a gerar mais valor e a ser mais eficiente do que uma empresa autocrática e centralizada, se não houver proteção estatal aos “amigos do rei” através de isenções fiscais, crédito subsidiado, regulações tendenciosas, barreiras de entrada a novos empreendimentos e inovações etc, as corporações centralizadas tendem a perder competitividade, clientes, diminuir e mudar (ou morrer). 

Sim, mas é mais do que isso, muito mais. Há um embricamento entre grande empresa e Estado que vai além da proteção aos “amigos do rei”. Não se trata apenas da Odebrecht associada ao governo do PT, nem das empresas da curriola de Hugo Chávez na Venezuela, nem das empresas que se associaram à FSB (ex-KGB) de Putin (ou foram roubadas por ele) – sobretudo no setor de petróleo e gás, embora as relações do Estado russo protoditatorial com os chamados oligarcas sejam um capítulo a parte bastante instrutivo. Uma análise das trajetórias de Mikhail Khodorkovsky (Yukos), Vagit Alekperov e Leonid Fedun (Lukoil), Boris Berezovsky e Roman Abramovich (Sibneft), Mikhail Fridman e Viktor Vekselberg (TNK-BP) e Vladimir Bogdanov (Surgutneftgaz) seria capaz de revelar a mistura maligna de autocracia estatal e hierarquia empresarial ou vice-versa. 

Banditismo de Estado à parte (como ocorreu no Brasil, e ainda ocorre na Venezuela ou na Rússia), o mesmo padrão se repete nas mega-empresas consideradas normais, sediadas em Estados democráticos de direito. Porque o problema é a estrutura e a dinâmica da grande empresa e do Estado (cujos isomorfismos permitem a manifestação de fenômenos que não dependem da vontade dos atores, sejam ou não corruptos os dirigentes empresariais e os funcionários estatais: não se trata de simbiose alcançada por sintonia e sinergia e sim de uma espécie de coniunctioperversa ou degenerada, a custa de reverberação). São organismos que mutuamente se predam, se retroalimentam, se parasitam e, entre tapas e beijos, terminam abraçados copulando indecentemente (às vezes em praça pública, como se fosse a coisa mais normal do mundo). A corrupção ativa e passiva de funcionários empresariais e estatais é um mero efluxo do que está reverberando lá dentro, na intimidade do conúbio. 

Uma grande empresa é uma aberração que, em geral, não surge e se mantém “naturalmente”, sem a participação do Estado como tronco gerador de programas verticalizadores (ou de outro centro qualquer com alta gravitatem, em alguns casos históricos é possível encontrar uma igreja ou alguma ordem religiosa, como os Templários – mas mesmo assim há sempre alguma forma de Estado presente). 

O fluxo do mercado impede que se chegue a um nível de concentração capaz de gerar uma grande empresa. Isso só pode ocorrer quando se erigem armadilhas para capturar fluxos e quando há reverberação entre a dinâmica própria da estrutura que foi erigida com base na desigualdade de renda e riqueza, com a dinâmica própria de outra estrutura que foi erigida com base na desigualdade de poder (ou seja, em desliberdade). 

O fluxo do mercado não coagula, dissolve. A vida média das empresas (tomando-se como base um levantamento de 2011 feito nas 500 Standard & Poor’s) caiu de 75 anos em 1937 para 15 anos no final de 2011.

Dagobah.com.br


Assim, um empreendimento – deixado ao sabor da dinâmica puramente mercantil – tende a morrer pelo esgotamento do seu ciclo de vida (e aí entra tudo, desde a aparição de novas tecnologias até a inviabilidade econômico-financeira por imperícia de gestão ou em razão do aumento dos chamados custos invisíveis, como os de transação, de atritos de gestão e de sinergia, até a conformação de ambientes desfavoráveis ao seu funcionamento – mas sempre por deficit de adaptação ou de capacidade de mudar tempestivamente em congruência com a mudança das circunstâncias). Quando não morre é porque virou outro empreendimento, seja por aquisição (por outra empresa), fusão ou por reinvenção. Para coagular a ponto de se agigantar – mantendo-se como foi (em vez de se adaptar continuamente para ser o que será) – é necessário capturar o fluxo, obrigá-lo a ficar rodando dentro de um mesmo ambiente, à revelia do mercado. Ora isso não se consegue por processos intrínsecos às condições variacionais do mercado. Isso só se consegue com poder (ou seja, com centralização da rede promovida por exclusão de nodos, eliminação de conexões ou desatalhamento de clusters, que é tudo que as mega-empresas fazem, no seu interior e no ecossistema de seus stakeholders, deformando o campo social no seu entorno próximo e distante e, assim, nos atingindo – reduzindo os graus de nossa liberdade, em especial da liberdade de empreender -, mesmo que não sejamos seus clientes ou consumidores). 

A introdução deste texto foi publicada originalmente no Face em 24/01/2016.

A "nova" anti-politica comercial de Trump e as oportunidades para a China - Alasdair Macleod

What Trump Means for Brexit, China, and the EU
by Alasdair Macleod
Mises Daily, January 31, 2017

The easy pattern of prolonged trade negotiations has been rudely interrupted by President Trump. Even before he had become president, his anticipated presence in the White House changed global attitudes and expectations. In Europe, EU officials are wrong-footed, while British trade officials cannot believe their luck.

EU officials were prepared to punish the UK knowing they could prevaricate for ever, because the EU should never, in its view, be challenged by a member state. The UK has been a disruptive member, and other members must be discouraged from following Britain’s exit at a time when there are increasing signs of rebellion by Europe’s "deplorables." Britain, having shocked its own establishment by voting for Brexit, faced the prospect of protracted negotiations with the EU that could, in the words of one British official who has since resigned, take a decade or more.

President Trump has dramatically changed the balance of power in Britain’s trade negotiations with the EU. It is probably no accident that the British approach was finally declared after Trump won the presidential election, and his attitude to trade with Britain was more friendly than Obama’s. The British negotiating strategy is remarkably sensible from a government that hasn’t until now believed in free markets, at least to the extent that it is prepared to back genuine free trade as a policy. Effectively, the EU has been told by Prime Minister Theresa May that Britain will propose, and they can take it or leave it, because Britain’s focus is now to trade relatively freely with the rest of the world. And if they don’t agree, Britain will cut corporation taxes to compensate British-based businesses from EU intransigence.

The threats from members of the European political establishment sound increasingly desperate, signaling they are waking up to the weakness of their position. They claim Britain will be cut out from the EU’s existing trade agreements. But when you look at them, you see there are only two of them with other G20 members — South Korea and Mexico. The rest are with small states, damning evidence of the failure of the EU to interact with the rest of the world. Big businesses in Europe are now switching sides, having unsuccessfully argued against a hard Brexit. They are now lobbying European governments instead for tariff-free trade with the UK.

Trump and Trade

Donald Trump apparently sees himself as bringing business priorities to government. He intends to run America in the manner of a nineteenth century mercantilist, where the priority is that America Inc. must become great again, with every able-bodied person regarded as potential contributors to the national enterprise. With respect to trade agreements, he will tear up the rules agreed between long-winded diplomats in favor of more effective business-driven resolutions, favoring America. Business negotiating strategies will be implemented, as we can see with the early signs of public negotiations between mercantilist Trump and China’s mercantilist Xi.

Britain’s free traders are likely to be at odds with Trump. He is signaling he is not interested in free trade. His attitude to the EU also marks a major change in American geopolitical thinking. Europe is now regarded as a leach, sucking America’s blood, not paying its way in NATO. Its socialism is alien to Trump. That’s the new world, as proposed by Trump, but the reality can be expected to turn out somewhat differently.

Trade Fallacies

All this would be fine, if President Trump based his understanding on the economics of trade imbalances. Like most people, he appears to think a trade deficit is the result of unfair foreign competition. It is not. It is the result of monetary expansion. In a sound money environment, everything is paid for out of real money. If I buy a foreign good, it must be matched by a fellow citizen’s export. If people change their preferences for real money, there will be a temporary surplus or deficit, but prices will rapidly adjust to find a new balance, the flows stop, and trade balances again.

In a sound-money environment, permanent or semi-permanent trade surpluses and deficits cannot exist. With unsound money, in other words if extra money is conjured up out of thin air and spent into the economy, excess demand is created, which either drives up prices domestically, or it is spent on imported goods. And given a country’s total production usually matches its total consumption, that extra money is certain to lead to an increase in imports.

It’s the cheat factor of fiat currency that’s responsible for trade imbalances, not unfair competition from foreigners. And because all countries cheat with their own fiat currencies, untangling the trade surpluses and deficits becomes a fruitless task.

We can conclude that however Trump’s trade policies turn out, America’s trade deficits will not go away. He will need to take a firm grasp of the budget deficit, and the Fed must take tighter control over the expansion of bank credit and money, both of which are unlikely.

Unintended Consequences

The Trump administration appears to be set to discourage imports by the introduction of a border tax, or discriminatory corporate income taxes. We know this will not achieve its objective, unless bank credit fails to grow. And if bank credit fails to grow despite the Fed’s desire for it to do so, a reduction in the trade deficit would be part and parcel of a contracting economy. America would then risk triggering a rerun of the depression of the 1930s, which was given an extra spin from the Smoot-Hawley tariff signed into law by President Hoover. In those days, both the dollar and sterling, as the two leading currencies, started the decade on the gold standard, which continued for the dollar after sterling abandoned it in 1931. This meant that commodity prices priced in both gold and dollars collapsed, impoverishing miners and agricultural producers worldwide. If the same thing happened today, the dollar would go down with commodity prices, because we know the Fed would expand money supply to avoid a slump. But measured in gold, commodity prices would still fall.

For now, this outcome is regarded by markets as a low risk, but given Trump’s contradictory statements on trade, it would be wrong to dismiss a Smoot-Hawley rerun. Trump’s rhetoric is indeed frighteningly similar.

China would be justified in taking the view that Trump’s intentions are protectionist, and therefore represent an escalation of the financial war between the two countries. That will depend on the outcome of negotiations between Presidents Trump and Xi. China could equally console herself with the knowledge that the dollar will become less important if gross American trade (as opposed to the net balance) diminishes because of protectionist measures. For the moment, the dollar is riding high, partly due to the declining use of the euro. But a higher dollar could be regarded as an opportunity for China to sell more Treasuries to invest in commodity stockpiles, before the dollar declines. And when the dollar declines, the yuan is likely to stabilize and become more attractive as a global trade settlement currency.

If, and it is an if, the Chinese take this view, they will not worry too much about Trump and his aggressive stance. He might be surprised that the Chinese give in on very little in the trade negotiations due to take place later this year. Their view could be that Trump is fighting yesterday’s trade war. Instead, China will be content with free trade agreements between the Pacific nations cut out of the Trans-Pacific Partnership. South-East Asia will manufacture the cheap goods China used to make, because China is already upscaling her economy into services and technology, redeploying capital from the manufacture of cheap goods.

Where are Europe and Britain likely to end up in all this? The will for a rapid resolution of an Anglo-American trade agreement is there at both the White House and Downing Street. However, under the terms of Brexit, a deal cannot be signed before March 2019, which is a long time in politics. The threat of a US/UK agreement is more important as a lever to pull the EU into line, than its eventual reality. Additionally, Britain can easily sign agreements with Commonwealth members, comprised of 52 countries and a third of the world’s population. Importantly, these are the growing economies of the future. South Korea, Mexico, and the minor nations that have existing agreements with the EU should also be ready signatories, assuming the EU does not successfully pressure them not to enter agreements with the UK. The ASEAN (Association of Southeast Asian Nations) countries and China total another two billion, again growing more rapidly than the advanced nations, taking the potential total to well over half the world’s population.

The opportunity for Britain presented by Brexit, and facilitated by Trump’s election, is truly extraordinary, but that’s not reckoning with the politics. Politicians do not define free trade in the way that free trade should be. To politicians, free trade is a complex agreement, regulating every provision of goods and services. Free trade without politicians is simple: we can all get on with buying and selling with each other what we truly desire.

The greatest threat to world trade comes not from the break-up of the EU, nor from China. It appears to be Trump’s lack of understanding of why trade imbalances exist, and his wrongheaded policy of American protectionism.

Alasdair Macleod is the head of research at GoldMoney.

sábado, 28 de janeiro de 2017

O PT cleptocrata encontra um socio do seu quilate: Cabral e seus zilhoes - Editorial Estadao

Nunca Antes Neste País: nunca antes no país um slogan vagabundo, mentiroso, vergonhoso, hipócrita e lamentável se revelou tão verdadeiro, tão apropriado, tão adequado aos dois grandes mafiosos mega-ultra-super-cleptocratas, cada um com seu estilo peculiar, mas ambos, juntos ou separadamente, combinados ou não, são os maiores representantes da mesma erva daninha, do mesmo estrume que emporcalha o Brasil, os grandes cleptocratas, e organizadores de roubos em escala tão gigantesca.
Coisa de levantar o chapéu, se me permitem a expressão: realmente, nunca antes no Brasil assistimos a assaltos dessa magnitude contra os recursos públicos, promiscuidade tão grande no roubo.
Um único desejo, se possível: que os dois partilhem a mesma cela por aproximadamente dez anos, como mínimo, para pagar pelos seus crimes...
Paulo Roberto de Almeida

Campeão da roubalheira
Editorial | O Estado de S. Paulo, sábado, 28 de janeiro de 2017

A história da República registra proezas de cleptocratas extremamente proficientes na arte de meter a mão nos cofres públicos – que o diga a São Paulo dos tempos do ademarismo e do malufismo. O que talvez não se esperasse é que sobre os protagonistas daquelas épocas reinasse agora, impávido, um fantástico “campeão nacional” da roubalheira, cujas proezas levaram à falência todo um Estado da Federação, o Rio de Janeiro: o hoje encarcerado ex-governador Sergio Cabral, em seus melhores dias amigo do peito dos presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff.

De acordo com o que foi até agora apurado pela força-tarefa da Lava Jato no âmbito da Operação Eficiência, o esquema de corrupção comandado por Cabral é simplesmente fantástico: pelo menos US$ 100 milhões foram encontrados em contas no exterior ligadas ao grupo criminoso, dos quais cerca de US$ 80 milhões pertenceriam ao ex-governador, dono também de US$ 1,8 milhão em diamantes que serão igualmente repatriados. Assim mesmo, segundo revelaram procuradores e delegados da operação, “o patrimônio da organização criminosa comandada por Cabral é um oceano não completamente mapeado”. Para o Ministério Público, “as cifras são indubitavelmente astronômicas” e “esses US$ 100 milhões são apenas uma parte do dinheiro do esquema”.

O jornal O Globo revela que Sergio Cabral, em 25 anos de carreira política, fez seu patrimônio crescer gradativamente, sempre por conta de recursos de origem suspeita. Como deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa fluminense, entre 1991 e 2002, inicialmente filiado ao PSDB e depois ao PMDB, Cabral acumulou um patrimônio de US$ 2 milhões em contas no exterior. Como senador, de 2003 a 2006, seu patrimônio não declarado fora do País já era de US$ 7 milhões. Como governador, de 2007 a 2014, a movimentação de suas contas secretas no exterior foi de US$ 152 milhões, o que equivale a inacreditáveis US$ 18,1 milhões por ano de governo. Dinheiro que financiou um alto padrão de vida não apenas para Sergio Cabral e família, mas também para parentes próximos, como um irmão, a ex-mulher e toda uma quadrilha que se encarregava da captação e distribuição dos recursos de origem escusa depositados em 12 contas no exterior.

Essas novas descobertas foram feitas pela Operação Eficiência – e, mais uma vez, não se trata de coincidência – a partir de investigações que tinham como objeto o empresário Eike Batista, que, conforme já havia sido anteriormente descoberto, teria pagado a Cabral propina de US$ 16,6 milhões por “favores” diversos. Por ironia, as novas revelações sobre o ex-governador fluminense vêm a público simultaneamente com aquelas relativas ao empresário, que cinco anos atrás, surfando nas prerrogativas de “campeão nacional” do empreendedorismo a que fora elevado pelo lulopetismo, foi apontado pela revista Forbes como o sétimo homem de negócios mais rico do mundo. Só o BNDES contribuiu com US$ 6 bilhões para os planos mirabolantes de Eike Batista que se revelaram inexequíveis e o acabaram levando à falência.

A prisão de Sergio Cabral e seu bando não chega a ser um consolo para a população do Estado do Rio de Janeiro, que não consegue honrar suas contas, nem mesmo a obrigação elementar de pagar em dia seus milhares de funcionários. Mas, se essa desgraça pode ser atribuída, em boa parte, à corrupção deslavada de quem governou o Estado por mais de sete anos, o conjunto da obra é responsabilidade de um poder central que anos a fio vendeu ao País a ilusão da Pátria Grande lastreada na gastança irresponsável que alimentou programas sociais, necessários, mas insustentáveis, e a ilusão de importantes empreendimentos privados reservados para “campeões nacionais” politicamente escolhidos e descuidadosamente financiados por abundantes recursos públicos.

Essa foi uma experiência dispendiosa e frustrada da qual Eike Batista e seu império de fachada são um triste exemplo. Assim, o título de “campeão nacional”, que o lulopetismo não conseguiu garantir para empreendedores amigos de Lula e Dilma, é ironicamente ostentado agora – finalmente por direito de conquista – por um político corrupto que privava da intimidade do gabinete presidencial.

Grande Guerra: a ordem internacional - Coloquio em Oxford (setembro)

CfP: Rethinking the World Order: International Law and International Relations at the End of the First World War
by Jan Stoeckmann

Type:  Call for Papers
Date: March 31, 2017
Location: United Kingdom
Subject Fields: Intellectual History, Law and Legal History, Political History / Studies, Political Science

Rethinking the World Order:
International Law and International Relations at the End of the First World War

Oxford, 31 August – 1 September 2017 (Apply by 31 March 2017)

The horrors of the Great War and the desire for peace shaped scholarship in International Law and International Relations (IR) during the late 1910s—a stimulating time for both disciplines. Scholars observed and analysed political events as they unfolded but also took an active part, as governmental advisors or diplomatic officials, in devising the new international order. The Paris Peace Conference and the subsequent birth of the League of Nations as well as the Permanent Court of International Justice served as testing grounds for new legal and political concepts. The end of the First World War was in many ways a milestone for both disciplines, prompting scholars to reflect on the consequences of the war on society, politics, and the world economy. How could another world war be avoided in the future? How could states be held accountable for violations of international law? What were the preconditions for peaceful international governance? These questions led to pioneering research on issues such as arbitration, sanctions, revision of treaties, supra-national governance, disarmament, self-determination, migration, and the protection of minorities. At the same time, the study of International Law and IR also advanced in terms of methodology and teaching, including new professorships, journals, conferences and research centres.

A century later, it is a good moment to reflect upon disciplinary histories and revisit some of the theoretical and practical debates that shaped the period from 1914 to 1945. The workshop conveners are particularly (but not exclusively) interested in the following research questions:

Was the First World War a watershed moment for the development of International Law and IR? 
Which were the key debates in both disciplines? And how can they be re-interpreted today? 
What were the connections and/or dividing lines between the two disciplines?
Did International Law and IR evolve similarly across different countries?
Who were the principle actors, both individuals and institutions, in the respective fields?
Which role did International Law and IR respectively play in shaping ‘real-world’ policy? And to what extent were theoretical developments shaped by political events?
How did ideas float between academia and politics?
How successful were non-governmental organisations—such as academic societies, arbitration clubs, political pressure groups, League of Nations clubs, the International Committee of the Red Cross (ICRC), etc.—in achieving their goals?
The two-day interdisciplinary workshop will be held at the European Studies Centre (ESC) at St Antony’s College, Oxford from 31 August to 1 September 2017. We invite abstracts from early career researchers and advanced postgraduate students in history, law, IR and other related disciplines to share their research in a multi-disciplinary environment. By facilitating this exchange we hope to open new avenues of research and to encourage new approaches to the history of both disciplines. We are planning to have six panels, one keynote address, and an open plenary session that allows all participants to pitch their research projects.

Please submit your proposal (including a title, 300 words abstract, and a short bio) to jan.stoeckmann@new.ox.ac.uk by 31 March 2017. Successful applicants will be notified by 30 April 2017. We are currently working on logistical details, including reimbursements and publication plans, and will keep you updated.

For updates see: www.rethinkingtheworldorder.wordpress.com

The convenors are Dr Gabriela Frei, British Academy Postdoctoral Research Fellow and Junior Research Fellow in History Jesus College, Oxford, and Jan Stöckmann, DPhil Candidate in History New College, Oxford.

Contact Info:
Jan Stöckmann, New College, Oxford

Contact Email:
jan.stoeckmann@new.ox.ac.uk
URL:
https://rethinkingtheworldorder.wordpress.com/