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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 20 de abril de 2008

866) Trabalhos PRA sobre relacoes internacionais e politica externa do Brasil

Sou frequentemente solicitado, por estudantes, pesquisadores, jornalistas ou curiosos em geral a responder uma ou outra questão sobre a diplomacia brasileira, geralmente tocando em assuntos que eu já abordei em um ou outro de meus inúmeros trabalhos nessa área. Ainda hoje (20.04.2008) fui solicitado a dar minha opinião sobre o papel do Brasil enquanto "potência média" e "economia emergente", para um pesquisador italiano.
Para não ter de elaborar novamente uma longa resposta em torno de questões de que já tratei extensivamente em alguns desses trabalhos, resolvi elaborar uma lista consolidada de alguns dos meus trabalhos nessas duas vertentes, à exclusão, porém, das muitas resenhas de livros que também fiz nesses mesmos campos.
Apresento abaixo, portanto, essa lista seletiva de trabalhos, em princípio disponíveis online em meu próprio site ou nas páginas dos veículos que os publicaram, com exceção dos livros e capítulos de livros que têm de atender a critérios mercadológicos de direitos autorais cedidos a editoras.
Se houver interesse em algum, posso tentar atender.

Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Trabalhos de Paulo Roberto de Almeida (Artigos; Livros e capítulos de livros)

Artigos:

1868. “Brazil’s Integration into Global Governance: The rise of the Outreach-5 countries to a G-8 status”, Brasília, 9 março 2008, 29 p. Versão em inglês, ampliada, em colaboração com Denise Gregory, Diretora Executiva do Cebri, do trabalho 1866. Draft paper prepared for the project Dialogue on Global Governance with the “Outreach” countries - Konrad Adenauer Stiftung, para apresentação em seminário no Cebri, Rio de Janeiro, em 4 de abril.

1866. “O Brasil e o processo de ampliação do G-8: análise de uma arquitetura evolutiva”, Brasilia, 3 março 2008, 24 p. Paper elaborado para o projeto “Dialogue on Global Governance with the ‘Outreach’ countries” da Fundação Konrad Adenauer, para seminário no Rio de Janeiro. Revisto no Rio de Janeiro, em 4 de abril, sob o título de “O Brasil no cenário global: aspectos da política externa atual”, para submissão a número especial monográfico da Revista Española de Desarrollo y Cooperación, da Universidade Complutense de Madri, http://www.ucm.es/info/IUDC/REDC.htm , dedicado ao Brasil, na perspectiva da análise de questões de política externa, luta contra a pobreza e, principalmente, cooperação, sob a coordenação de Bruno Ayllon.

1858. “O Brasil nas relações internacionais do século 21: fatores externos e internos de sua atuação diplomática”, Brasília, 11 fevereiro 2008, 50 p. Ensaio de caráter analítico, baseado na apresentação efetuada em julho de 2007 no III curso de inverno de Direito Internacional, feito em contribuição ao III Anuário Brasileiro de Direito Internacional, editor: Leonardo Nemer Caldeira Brant, Presidente do Centro de Direito Internacional – CEDIN (www.cedin.com.br). Publicado .

1856. “Brazil and Global Governance”, Brasília, 30 janeiro 2008, 17 p. Colaboração a trabalho a ser apresentado pelo CEBRI para centro de estudos do Canadá.

1748. “O Brasil como ator regional e como emergente global: Estratégias de política externa e impacto na nova ordem internacional”, Brasília, 3 maio 2007, 23 p. Contribuição ao seminário Re-Ordering the World? Emerging Powers and Prospects for Global Governance, organizado pela Friedrich Ebert Stiftung - Stiftung Wissenschaft und Politik (Berlim, 15-16 de maio de 2007). Feita versão em inglês, sob o título “Brazil as a regional player and as an emerging global power: Foreign policy strategies and the impact on the new international order”. Versão reduzida em inglês para publicação pela FES-SWP, dia 7.07.07; publicado sob a forma de Briefing Paper, series Dialogue on Globalization (Berlin: Friedrich Ebert Stiftung, July 2007; link: http://library.fes.de/pdf-files/iez/global/04709.pdf). Revisão substantiva em 14.09.2007 (com comentários de João Victor Scherrer: jvscherrer@gmail.com), em 25 p., publicado, sob o título de “O Brasil como ator regional e global: estratégias de política externa na nova ordem internacional”, na revista Cena Internacional (Brasília: Instituto de Relações Internacionais da UnB (IREL), vol. 9, nr 1, 2007, p. 7-36; ISSN: 1982-3347; link: http://mundorama.net/2007/09/30/revista-cena-internacional-vol-9-no-1-2007/); em pdf: http://www.mundorama.info/Mundorama/Cena_Internacional_files/Cena_2007_1.pdf). Aproveitado para compor ensaio (sob nr. 1811) destinado a livro a ser editado por Joseph Love e Werner Baer, sobre a primeira administração Lula. Republicado em duas partes no periódico eletrônico Cenário Internacional (Brasília: 14.12.2007; ISSN: 1981-9102; link da parte 1: http://www.cenariointernacional.com.br/default3.asp?s=artigos2.asp&id=58; link da parte 2: http://www.cenariointernacional.com.br/default3.asp?s=artigos2.asp&id=57). Revisto em janeiro de 2008 (Marilia) a pedido da revista Digesto Economico e publicado sob o titulo de “O Brasil como ator regional e como emergente global: estratégias de política externa e impacto na nova ordem internacional”, Digesto Economico (São Paulo: Associação Comercial; ano 6x, nr. 446, jan-fev 2008, p. 46-61; ISSN: 0101-4218).

1733. “A diplomacia do governo Lula em seu primeiro mandato (2003-2006): um balanço e algumas perspectivas”, Brasília, 6 março 2007, 15 p. Ensaio preparado a partir dos trabalhos 1637 e 1696, para número especial da Carta Internacional, do NUPRI/USP, programado para março de 2007 e dedicado ao tema “A Política Externa Brasileira no primeiro mandato Lula”; Contato: Flávio Antonio Gomes de Azevedo, Editor Carta Internacional (fagaps@yahoo.com; nupri@usp.br). Publicado na Carta Internacional (São Paulo: Nupri-USP, vol. 2, nr. 1, jan-mar 2007, p. 3-10; ISSN: 1413-0904; link: http://www.usp.br/cartainternacional/modx/assets/docs/CartaInter_2007-01.pdf). Reproduzido na seção de artigos do boletim eletrônico Cenário Internacional (28.05.2007; link: http://www.cenariointernacional.com.br/ri/default2.asp?s=artigos2.asp&id=32).

1639. “A diplomacia do governo Lula: balanço e perspectivas”, Brasília, 15 julho 2006, 9 p. Avaliação qualitativa da política externa do governo, para fins de publicação em boletim da Fundação Konrad Adenauer. Enviado a Ivan Tiago Machado de Oliveira, com vistas a publicação dos anais do Ciclo de Conferências San Tiago Dantas do Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos (IRAE), realizada na UFBA, Salvador, em 20 de outubro de 2006.

1603. “Uma nova ‘arquitetura’ diplomática?: Interpretações divergentes sobre a política externa do Governo Lula (2003-2006)”, Brasília, 19 maio 2006, 24 p. Artigo de revisão bibliográfica sobre a diplomacia do governo Lula. Enviada para a revista História Actual (Espanha: Asociación de Historia Actual: aha@uca.es). Encaminhado para Wagner Menezes, para eventual publicação em volume do 4º Congresso Brasileiro de Direito Internacional, a realizar-se em Curitiba, de 23 a 26 de agosto de 2006 (www.congressobrasileirodip.com.br), com organização de Wagner Luiz Menezes Lino (wagner.lino@utp.br); publicado no VIII volume da obra: Estudos de Direito Internacional (Curitiba: Juruá, 2006, p. 196-213; ISBN: 85-3621-362-0). Traducido al español y publicado bajo el título: “¿Una nueva ‘arquitectura’ diplomática? Interpretaciones divergentes sobre la política exterior del Gobierno Lula (2003-2006)”, Entelequia: revista interdisciplinar (2, Otoño 2006. Págs. 21-36; ISSN: 1885-6985; link: http://www.eumed.net/entelequia/es.art.php?a=02a02; arquivo em pdf neste link: http://www.eumed.net/entelequia/pdf/e02a02.pdf); indexado en bases de datos internacionales: IDEAS (University of Connecticut), EconPapers (Örebro University) y Socionet (Ford Foundation-Rusia); link: http://econpapers.repec.org/article/ervancoec/y_3A2006_3Ai_3A2_3Ap_3A21-36.htm. Preparada versão resumida, sob o título de “Fim de consenso na diplomacia?” (Brasília, 22 outubro 2006, 2 p.), para fins de publicação na imprensa. Publicado no jornal O Estado do Paraná (Curitiba, sexta-feira, 27.10.2006, Opinião, p. 4; link: http://www.parana-online.com.br/noticias/colunista.php?op=ver&id=240153&caderno=13). Republicado no boletim eletrônico Via Política (Porto Alegre: nº 21, 30/10/2006; link: http://www.viapolitica.com.br/diplomatizando_view.php?id_diplomatizando=14). Disponível no site pessoal, ink: http://www.pralmeida.org/05DocsPRA/1603arquitetdiplom.pdf). Relação de Publicados n. 705 e 713.

1424. “Políticas de Integração Regional no Governo Lula”, Brasília, 6 mai. 2005, 32 p. Colaboração a número especial da revista Política Internacional (Lisboa, Portugal: n. 29, II série, dez. 2005, p. 33-60), “O Brasil de Lula: retrospectiva 2003-2005, perspectiva 2006”, organizada por Clóvis Brigagão e Silvério Zebral. Serviu de base para palestra no seminário “Colombia y sus regiones: retos a la internacionalización”, organizado pela Friedrich Ebert Stiftung em Colômbia e realizado na Universidad de Antioquia (Medellin, 13/05/2005). Publicada na Revista do Programa de Mestrado em Direito do UniCEUB (Brasília, v. 2, n. 1, p. 20-54, jan/jun. 2005; http://www.mestrado.uniceub.br/revistamestrado/pdf/Artigo%20Prof%20Paulo%20Roberto%20Almeida.pdf); pelo Centro Argentino de Estudios Internacionales sob a forma de work paper (Buenos Aires: CAEI; Working Papers Integración Regional n. 11; 11 dez. 2005. Ver tb: www.caei.com.ar; info@caei.com.ar). Relação de Publicados n. 567 e 608.

1382. “A política da política externa: os partidos políticos nas relações internacionais do Brasil, 1930-2004”, Brasília, 31 jan. 2005, 85 p. Revisão e complementação do trabalho publicado in José Augusto Guilhon de Albuquerque (org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), v. IV : Prioridades, Atores e Políticas (São Paulo: Annablume/Nupri/USP, 2000, pp. 381-447; nova edição em 2006). Encaminhado ao editor José Augusto Guilhon de Albuquerque através de Flávio Antonio Azevedo (fagaps@yahoo.com). Programado para ser publicado in Guilhon de Albuquerque, José Augusto; Seitenfus, Ricardo; Nabuco de Castro, Sergio Henrique (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) (2. ed. v. IV: Prioridades, Atores e Políticas).

1337. “Duas diplomacias: FHC e Lula em visão comparada”, Brasília, 8 out. 2004, 16 p. Palestra efetuada no curso de relações internacionais da Unesp-Franca (22/10, das 11h às 12h), com base no trabalho comparativo sobre diplomacia de FHC e de Lula (Trabalho n. 1227).

1260. “Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula”, Brasília, 19 mai. 2004, 24 p. Comparação ampliada e análise crítica das diplomacias do governo FHC e do governo Lula, com cronologia de viagens e visitas. Revisto em 27/05. Transcrito no boletim eletrônico do PT, Linha Aberta, n. 1.855, 8 jun. 2004, e colocado no site do PT, seção Artigos (http://www.pt.org.br/). Publicado na Revista Brasileira de Política Internacional (Brasília: IBRI, a. 47, n. 1, 2004, ISSN: 0034-7329; p. 162-184); em forma de resumo, em espanhol, sob o título “La política exterior de Lula”, no site Centro para la Apertura y el Desarrollo de América Latina, CADAL, (Buenos Aires: 16/10/2004; http://www.cadal.org/articulos/nota.asp?id_nota=764). Transcrito a partir da publicação na RBPI, em espanhol (tradução de Carlos Tirado Zavala, ministro mexicano), sob o título de “Una política exterior comprometida: la diplomacia del gobierno de Lula”, no Boletim eletrônico ForoSEM, do Servicio Exterior Mexicano, (México: link: http://www.forosem.net/index.php?option=com_content&task=view&id=95&Itemid=123 ). Relação de Publicados n. 501 e 521.

1010. “A política internacional do Partido dos Trabalhadores: da fundação do partido à diplomacia do governo Lula”, Washington 19 fev. 2003, 27 p. Análise das posições de política externa do Partido dos Trabalhadores e do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, desde a fundação do partido e as eleições de 1989, até o pleito vitorioso de 2002, com destaque para os temas básicos e a evolução em direção de uma postura mais próxima da forma tradicional de atuação da diplomacia. Publicado na revista Sociologia e Política (Curitiba: UFPR; ISSN: 0104-4478; n. 20 jun. 2003, p. 87-102; Dossiê Relações Internacionais, Rafael A. D. Villa (org); http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782003000100008&lng=en&nrm=iso). Citado em matéria de Carlos Malamud, “El impacto de la elección de Lula en la Argentina”, publicada no site do Real Instituto Elcano (http://www.r-i-elcano.org/publicaciones/68.asp). Relação de Publicados n. 435.

Livros e capítulos de livros:

O estudo das relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (2a. Edição; Brasília: LGE, 2006)

“A diplomacia do liberalismo brasileiro” in José Augusto Guilhon de Albuquerque, Ricardo Seitenfus e Sérgio Henrique Nabuco de Castro (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), I volume: Crescimento, Modernização e Política Externa; 2a. ed.; Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, ISBN: 85-7387-909-2, p. 211-262.

“A política internacional do PT e a diplomacia do governo Lula”, in Guilhon de Albuquerque, José Augusto; Seitenfus, Ricardo; Nabuco de Castro, Sergio Henrique (orgs.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990) I volume: Crescimento, Modernização e Política Externa; 2a. ed.; Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2006, ISBN: 85-7387-909-2, p. 537-559.

Formação da diplomacia econômica no Brasil (2ª ed.; São Paulo: Senac, 2005)

“Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)” in José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (orgs.), O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; ISBN: 85-88270-15-3, pp. 231-270).

Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências (São Paulo: Saraiva, 2005)

Relações internacionais e política externa do Brasil (2ª ed.; Porto Alegre, 2004)

“A Alca e o interesse nacional brasileiro: doze questões em busca de um debate racional”, in Wagner Rocha D’Angelis (org.), Direito Internacional do Século XXI: integração, justiça e paz (Curitiba: Ed. Juruá, 2003, 388 p.; p. 127-154).

Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002)

“O Mercosul e a Alca na perspectiva do Brasil: uma avaliação política sobre possíveis estratégias de atuação” in Marcos Cintra; Carlos Henrique Cardim (orgs.), O Brasil e a Alca: seminário (Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, 2002, v. 1, p. 97-110).

“Relações Internacionais e política externa do Brasil: uma perspectiva histórica” in Atas do Simposio Brasil 500 anos depois (A Coruña: Imprenta da Deputación Provincial da Coruña, 2002, v. 1, p. 255-269).

Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Editora Senac, 2001)

“A Política da Política Externa: os partidos políticos nas relações internacionais do Brasil, 1930-1990”, in José Augusto Guilhon de Albuquerque (org.), Sessenta Anos de Política Externa Brasileira (1930-1990), IV volume: Prioridades, Atores e Políticas (São Paulo: Annablume/Nupri/USP, 2000, p. 381-447).

O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 1999)

O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999).

Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

865) Curso sobre Negociacoes Economicas Internacionais

Curso de Especialização em Negociações Econômicas Internacionais
Unesp, 2008


[Como todos sabem, não sou de fazer propaganda de nada, sequer do que eu mesmo faço ou publico, mas de vez em quando abro uma ou outra exceção. Como por exemplo esse curso que vai ter início no próximo dia 9 de abril, em SP, que justamente contará com minha participação, nas três primeiras aulas de abertura. Depois da apresentação geral logo em seguida, coloco o esquema de minha apresentação, in fine. PRA]

Apresentação
O Curso de Especialização em Negociações Econômicas Internacionais, atualmente no seu quinto oferecimento, visa o atendimento da crescente demanda no Brasil por profissionais qualificados para interagir de maneira competente e criativa com os desafios de um contexto global marcado pela acelerada ampliação e sofisticação da agenda de decisões, proporcionando uma formação adequada ao atendimento das novas realidades:
- elaborar, avaliar e combinar informações sobre a conjuntura internacional;
- preparar recursos humanos para atuarem nas negociações bilaterais e multilaterais;
- ter a capacidade técnica, comunicativa e de liderança para estabelecer contatos entre Empresas, Câmaras de Comércio, Embaixadas, Associações, Organismos Internacionais e órgãos governamentais;
- avaliar os processos políticos, econômicos, sociais, culturais e jurídicos em países e/ou regiões;
- elaborar estratégias de ação visando à cooperação, integração, e interações dos mais variados tipos, no contexto internacional;
- identificar os objetivos, métodos de operação, padrões e regras de procedimento das Organizações Internacionais (governamentais e não-governamentais);
- analisar os principais tratados e acordos internacionais;
- compreender, propor e intervir em negociações que envolvam Estados, instituições, organizações e associações transnacionais.

Dirigido a:
Profissionais portadores de diploma superior oriundos do setor público, privado e de organizações não-governamentais que desenvolvam atividades vinculadas à negociação e tomada de decisões, análise de conjuntura, elaboração de cenários, formulação e avaliação de projetos, gestão e planejamento estratégico, jornalismo internacional.

Temáticas abordadas:
- Relações Internacionais Contemporâneas
- A Dinâmica da Economia Internacional a partir do pós-guerra: Processos de Globalização, Empresas
- Transnacionais e Cadeias Produtivas
- Análise de política externa
- Diplomacia Econômica
- Multilateralismo, Regionalismo e Comércio Internacional
- Economia Política Internacional
- Aspectos ambientais e cláusulas trabalhistas nas negociações multilaterais
- As organizações da sociedade civil nos processos de negociação
- O Mercosul, a ALCA e a União Européia
- Processos de Integração na Ásia
- Negociações Econômicas Internacionais
- Relações interamericanas: perspectiva histórica e problemática atual
- Mídia, Comércio e Negociações Internacionais
- Lógica aplicada à Negociação
- O fator emocional nos processos de Negociação
- Metodologia de pesquisa
- Exercícios de simulação de negociações


Abertura do curso: 9, 10 e 11 de abril, Paulo Roberto de Almeida
Tema:
A ordem política e econômica mundial no início do século XXI:
Questões da agenda internacional e suas implicações para o Brasil

Aulas: dias 9, 10 e 11 de abril de 2008
Paulo Roberto de Almeida

Sumário:
1) A ordem política mundial: novos problemas, velhas soluções? (9 de abril)
1.1. Segurança estratégica
1.2. Relações entre as grandes potências
1.3. Conflitos regionais
1.4. Cooperação política e militar nos hot-spots;
2) A ordem econômica mundial: velhos problemas, novas soluções? (10 de abril)
2.1. Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais
2.2. Assimetrias de desenvolvimento
2.3. Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio
3) A ordem política e econômica mundial e o Brasil (11 de abril)
3.1. Crescimento econômico
3.2. Investimentos
3.3. Acesso a mercados
3.4. Integração regional
3.5. Recursos energéticos
3.6. Segurança e estabilidade

sábado, 5 de abril de 2008

864) O mercado de elaboracao de monografias, dissertacoes, teses (en douceur...)

Sempre achei que o mercado de "fabricação" de trabalhos acadêmicos é pujante e crescente, só perdendo, aqui em Brasilia, para o mercado de cursinhos preparatórios para concursos públicos. Deve ser pelo menos 15% do "PIB" educacional do DF, uma verdadeira indústria, com taxas de crescimento de dois dígitos ao ano.
Pois bem, a promoção abaixo se refere a um mercado mais restrito, mas não menos importante: os textos de besteirol e em bullshitês na área de ciências sociais.
Aproveitem (e depois me informem para que eu possa fazer algum trabalho, de mão própria, sobre esse vibrante mercado).

Gerador de textos pós-modernos - seus problemas acadêmicos acabaram!

A solução para mestrandos e doutorandos pós-modernos!
Seus problemas acabaram!

O "link" abaixo abre a página de um gerador de textos pós-modernos. Cada vez que você entra nele, você obtém um texto diferente, automaticamente gerado, com todo o jargão da pós-modernidade.
É só imprimir e entregar para a banca examinadora.

http://www.elsewhere.org/pomo/


Alan Sokal já havia demonstrado que é possível publicar textos absolutamente sem conteúdo e não dizendo absolutamente nada por trás de profusa verborragia pseudo-técnica mesmo nas mais conceituadas revistas pós-modernas ao submeter um texto nestas condições para os editores da revista estadunidense Social Text. Alguns meses após a publicação, Sokal revelou a "pegadinha" e escreveu, posteriormente, um livro, conjuntamente com Jean Bricmont, apontando os abusos de conceitos da Física e da Matemática efetuados por ilustres pensadores do pós-modernismo (demonstrou que estes autores não tinham a mais mínima idéia do que estes conceitos queriam dizer e tampouco tinham a preocupação de compreendê-los em seu contexto próprio antes de aplicá-los, levianamente, em suas teses).
Aproveitem o gerador de textos pós-modernos! Tornem-se acadêmicos hiperprodutivos instantaneamente!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

863) Joaquim Nabuco em Yale (sort of...)

JOAQUIM NABUCO HOMENAGEADO NOS EUA
Fonte: Diário de Pernambuco de 30.03.2008

EDUCAÇÃO // Universidade de Yale comemora o centenário da visita do abolicionista pernambucano à instituição de ensino americana

O abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco será homenageado, no próximo mês, por uma das mais respeitadas universidades do mundo, a Yale University, de New Haven, Estados Unidos. Será realizado um simpósio, uma exposição sobre a visita de Nabuco à Universidade (em 1908) e haverá o lançamento pela Editora Bem-Te-Vi e pela Yale Press de algumas obras de Joaquim Nabuco traduzidas para o inglês. A família de Joaquim Nabuco (que viveu entre 1849 e 1910) prestigiará o evento nos EUA. Nabuco esteve em Yale em 1908 para fazer duas conferências. Falou sobre Camões, literatura brasileira e portuguesa, sentimento de nacionalidade e história do Brasil. Traçou uma associação entre os temas e o valor estratégico da amizade e da cooperação entre os países das Américas.

O seminário, que acontecerá no Sterling Memorial Library nos dias 4 e 5 de abril, tem como título "Joaquim Nabuco at Yale - Brazilian Statesman, Author, Embassador - A Centenary commemoration (1908 - 2008)" - Veja programação ao lado. Discutirá o pensamentode política estratégia de Joaquim Nabuco, além de celebrar o centenário da visita do pernambucano à Universidade de Yale, em 1908. Na época, o líder social recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Letras e se tornou o primeiro brasileiro a conquistar a honraria de uma universidade estrangeira. O evento reunirá especialistas de países como a Inglaterra, Estados Unidos e Brasil. Representando a Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, estará o pesquisador Humberto França, chefe de projetos especiais do Museu do Homem do Nordeste da Diretoria de Documentação da Fundaj. O Museu abriga o Memorial de Joaquim Nabuco e o Centro de Literatura Mauro Mota.

A iniciativa de lembrar o centenário da visita de Nabuco é do professor David Jackson, coordenador do Departamento de Línguas Portuguesa e Espanhola e do Centro de Estudos Ibéricos da Universidade de Yale. Como parte das comemorações, o escritor Humberto França também fará uma palestra no auditório da biblioteca da União dos Escritores Brasileiros de Nova York, nodia 7 de abril às 19h. Recentemente, Nabuco foi objeto de uma extensa reportagem do Diario de Pernambuco. Em 13 de maio de 2005, o Diario publicou um caderno especial intitulado "Joaquim Nabuco, um radical do Império", de autoria do repórter especial Vandeck Santiago. Além de Humberto França, da Fundaj, estão entre os especialistas brasileiros que irão o professor e historiador Marco A. Nogueira, da Unesp (SP); o cônsul do Brasil em Chicago; o escritor João Almino; o professor da PUC (SP) Paulo Pereira e Jonh Schulz, da Brazilian Businnes School (SP).

Joaquim Nabuco foi nomeado embaixador do Brasil em Washington e exerceu a função entre 1905 e 1910. Tornou-se um líder informal dos diplomatas sul-americanos porque era o único embaixador entre eles. Era visto como um interlocutor privilegiado do presidente Theodore Roosevelt e era amigo do secretário de Estado Elihu Root.

Programação
Sexta- Dia 4/04
Palestras:

l Prof. K. David Jackson, "A statesman in the Academy: Joaquim Nabuco at Yale"
"Um estadista na Academia: Joaquim Nabuco em Yale"

l Stephanie Dennison, "A Aproximação das duas Américas: Joaquim Nabuco´s promotion of Brazil in US Universities"
"A aproximação das duas américas: Joaquim Nabuco e a promoção do Brasil nas universidades dos EUA"

l Leslie Bethell, "Joaquim Nabuco and the Abolition of Slavery in Brazil "Joaquim Nabuco e a Abolição da Escravatura no Brasil" - João Almino, "The Earthenware and the Iron Pot: Nabuco´s Utopia for the two Americas" "A Utopia de Nabuco para as duas Américas"

862) Addendum ao 1ro de Abril: Confieso la broma...

...e espero não ter abusado da confiança de ninguém...

Meus caros leitores, colegas de lista, curiosos, passantes:
Gostaria de me desculpar, sinceramente, pela brincadeira de 1º de abril, que tinha, obviamente, um sentido de puro divertissement inocente, remetendo a uma das tradições mais antigas do nosso comportamento social: um dia devotado às mentiras, como todos sabem.
Sem habilidades jornalísticas para montar uma matéria crível, preferi bater na tecla do “grande prêmio de loteria” que leva o indivíduo a mudar de vida e desaparecer no mundo... (Não seria de todo despropositado se eu, por acaso, aderisse a jogos de azar, o que é virtualmente impossível.)
Ao mesmo tempo em que fico gratificado por ter recebido tantas mensagens pesarosas por minha partida repentina (todas elas registradas, como manifestações de atenção e carinho), guardo um sincero remorso por ter tentado (e conseguido, em parte) enganar colegas com essa mentira quase inocente.
Ficam, pois, apresentadas minhas desculpas formais, tanto pela brincadeira inicial, como por seu prolongamento indevido, através desse “advogado” que remete ao cavaleiro da triste figura, por demais óbvio para passar despercebido.
Tudo isso nos confirma, se ainda fosse preciso, que não devemos confiar na internet e, eventualmente, até em pessoas tão sérias que parecem incapazes de sair da linha traçada pelo “comitê central”.
Vamos dar por encerrado um assunto já fez muita gente perder tempo e nos desviou do foco pretendido por uma instância voltada para (nunca é demais lembrar) temas de relações internacionais e de política externa do Brasil.

Paulo Roberto de Almeida, 2 de abril de 2008

terça-feira, 1 de abril de 2008

861) AS 30 MENTIRAS MAIS CONTADAS

AS 30 MENTIRAS MAIS CONTADAS:

1. ADVOGADO: - Esse processo é rápido.
2. AMBULANTE: - Qualquer coisa, volta aqui que a gente troca.
3. ANFITRIÃO: - Já vai? Ainda é cedo!
4. ANIVERSARIANTE: - Presente? Sua presença é mais importante.
5. BÊBADO: - Sei perfeitamente o que estou dizendo.
6. CASAL SEM FILHOS: - Visite-nos sempre; adoramos suas crianças.
7. CORRETOR DE IMÓVEIS: - Em 6 meses colocarão: água, luz e telefone.
8. DELEGADO: - Tomaremos providências.
9. DENTISTA: - Não vai doer nada.
10. DESILUDIDA: - Não quero mais saber de homem.
11. DEVEDOR: - Amanhã, sem falta!
12. ENCANADOR: - É muita pressão que vem da rua.
13. FILHA DE 17 ANOS: - Dormi na casa de uma colega.
14. FILHO DE 18 ANOS: - Antes das 11 estarei de volta.
15. GERENTE DE BANCO: - Temos as taxas mais baixas do mercado.
16. INIMIGO DO MORTO: - Era um bom sujeito.
17. JOGADOR DE FUTEBOL: - Vamos continuar trabalhando e forte.
18. LADRÃO: - Isso aqui foi um homem que me deu.
19. MECÂNICO: - É o carburador.
20. MUAMBEIRO: - Tem garantia de fábrica.
21. NAMORADA: - Pra dizer a verdade, nem beijar eu sei.
22. NAMORADO: - Você foi a única mulher que eu realmente amei.
23. NOIVO: - Casaremos o mais breve possível!
24. ORADOR: - Apenas duas palavras…
25. POBRE: - Se eu fosse milionário espalhava dinheiro pra todo mundo.
26. RECÉM-CASADO: - Até que a morte nos separe.
27. SAPATEIRO: - Depois alarga no pé.
28. SOGRA: - Em briga de marido e mulher não me meto.
29. VAGABUNDO: - Há 3 anos que procuro trabalho mas não encontro.
30. VICIADO: - Essa vai ser a última.

860) Despedida discreta (sem retorno, por favor)

Despedida discreta
(sem retorno, por favor)

Paulo Roberto de Almeida

Sem muito alarde, ou fanfarra, e também sem despedidas formais, como convém ao meu natural reservado, gostaria de comunicar aos amigos, conhecidos, aos colegas de trabalho, de academia, meus conhecidos em geral (e, talvez até, alguns desconhecidos), algo importante, no plano individual, mas provavelmente pouco importante no âmbito social e totalmente irrelevante no plano nacional: estou empreendendo um novo tipo de atividade, em função de acontecimento fortuito recentemente ocorrido, que implica em minha retirada completa dos circuitos até aqui freqüentados e percorridos. Ou seja: estou despedindo-me (sem tristeza, porém).
A razão é muito simples, mas em torno da qual eu pediria aos que receberem esta mensagem, absolutamente pessoal e reservada, a mais absoluta reserva: tive a sorte – que sempre me foi extremamente escassa nos meus anos bem vividos – de ter sido contemplado com um desses prêmios inesperados, em volume surpreendente para as minhas baixas expectativas em torno desse tipo de aposta, o que vai permitir-me uma retirada confortável (eu diria até luxuosa), sem qualquer tipo de preocupação financeira pelo tempo que me resta neste planeta insólito. Não apenas por isto, mas também pelo sempre acalentado desejo de dedicar-me integralmente ao que sempre gostei de fazer – ler e escrever – decidi, em família, que era chegada a hora de adotar, por uma vez, um estilo eremita e afastado (embora sempre ligado ao mundo).
Talvez não definitivamente, mas por um futuro ainda indefinível, decidi “liquidar” os poucos “negócios” que me atam à vida profissional atual, às atividades paralelas na academia, aos compromissos assumidos com instituições de ensino, de pesquisa, minha participação em pasquins de opinião, em folhas de discussão, listas de informação, grupos de debates, enfim, todos os vínculos existentes e obrigações auto-assumidas ou impostas por razoes orçamentárias, que sempre me tomaram um tempo excessivo, impedindo-me de me dedicar ao que realmente gosto: ler, refletir, escrever, eventualmente exercer alguma atividade dotada de impacto social, em geral na área da educação e da formação de jovens.
Não pretendo entrar em detalhes sobre a natureza exata desse inesperado golpe de sorte, sobre valores, ou decisões atuais e futuras, e até cogito, se me permitirem as circunstâncias e as possibilidades legais, adotar nova identidade, dando por terminada a que me acompanhou desde o berço, se ouso dizer. Será uma maneira discreta de dar partida a um novo estilo de vida, sem ter de explicar a conhecidos e outros curiosos por que, exatamente, decidi levar uma vida de usufruto discreto de uma renda mais do que razoável para os meus padrões de vida normalmente modestos. Vou partir...
Sim, vou poder fazer aquilo de que também mais gosto: viajar, conhecer outros lugares e pessoas, de preferência por terra, detendo-me onde me aprouver para usufruir de todos os benefícios que a civilização e a cultura construíram de magnífico nos últimos séculos (de fato, nos últimos dois ou três mil anos, para rendermos uma homenagem a povos da mais remota antiguidade). Viajar por onde for possível, entrar em quaisquer restaurantes e hotéis, de preferência os melhores, claro, ir a museus, entrar em livrarias, sentar em cafés, sem ter de contar os tostões, ou pensar na conta do cartão de crédito no final do mês, tudo isso representa uma felicidade imaginável para todos aqueles que apreciam o convívio com o que há de melhor na sociedade humana: não o dinheiro, não o poder, mas a cultura e a inteligência. Nem sempre é possível desfrutar desses bens normalmente escassos na vida diária, geralmente feita de trabalho rotineiro, compras regulares, pagamentos de contas, convivência social nem sempre escolhida mas determinada pelas nossas circunstâncias de trabalho, de vizinhança ou de obrigações familiares e outras chateações bem conhecidas de todos nós. Eu tive a sorte de poder, a partir de agora, determinar meu próprio destino, sem mais ter de prestar contas a ninguém, por necessidade financeira ou dever funcional.
Ser livre, finalmente, é isto: poder dispor de autonomia no emprego do tempo pessoal, decidir mudar de roteiro e de atividade quantas vezes se desejar, passar dias sem fazer absolutamente nada, a não ser aquilo que se escolhe fazer, sem maiores limitações do que aquelas impostas pela estúpida soberania dos Estados, que limitam a liberdade de locomoção e de estada de indivíduos livres, como agora passo a ser. Tudo isso, claro, só é possível quando se dispõe de franquias financeiras não disponíveis à maior parte dos indivíduos de minha condição, mas que doravante passa a ser minha condição “normal” em virtude dessa volta inesperada da “fortuna”.

Meu único desejo, agora expressamente formulado, seria o de não ter de me explicar, de responder a mensagens, de ter de atender a despedidas formais, enfim de voltar a me comunicar com todos aqueles que agora me lêem e que me conhecem, pessoalmente ou por este meio eletrônico tão corriqueiro. Não voltarei a comunicar-me com ninguém, como tampouco darei notícias unilaterais. Estarei bem, muito bem, melhor do que a maioria dos nossos concidadãos e até indivíduos mais abastados, com disposição para enfrentar minha nova profissão de “eremita da cultura” por muitos anos à frente. Eventualmente darei notícias, em algum momento indefinível do futuro, quando resolver adotar um outro estilo de vida do que aquele agora permitido pela minha repentina virada de sorte.
Levarei comigo poucos pertences: uma pequena mala de roupas, escova de dentes, um bom laptop para continuar lendo meus jornais preferidos, mas deixarei “congelados” meus meios de comunicação e penso até em cancelar a maior parte dos meus muitos endereços eletrônicos. Afinal de contas, não se imagina um “eremita” se comunicando com alguém, pelo menos não no sentido usual da palavra. Com o novo estilo de vida, talvez eu consiga ler pelo menos uma parte da imensa lista de livros que me aguardam silenciosamente em algum canto de minha biblioteca imaginária.

Fico por aqui, do contrário já falharei de partida na mudança prometida de estilo de vida, deixando de romper com um dos meus vícios mais notórios, que é o de escrever demais e prolixamente, defeito que só perde para outro, igualmente irritante, o de sempre estar lendo, em qualquer circunstância e lugar.
Mil perdões àqueles que vão se decepcionar com meu gesto inesperado, com essa retirada não prevista e unilateral, com este desaparecimento repentino, sem qualquer possibilidade de retorno e de resposta. Guardo boas lembranças de todos aqueles que comigo partilharam bons momentos de intercâmbio intelectual e de todos reterei gestos de carinho e de atenção que muito me confortaram e animaram, numa vida de ordinário solitária e voltada para os livros.
Je n’ai pas de regrets, como diria um poeta francês: não lamento nada do que fiz ou deixei de fazer. Acredito ter sido correto com todos aqueles que comigo se relacionaram e ter exercido minha proverbial honestidade intelectual em todas as atividades em que me engajei. Continuarei exercendo essas poucas qualidades no que me restar de tempo útil (e até inútil). Parto para a montanha do saber, com a vantagem de ser ela absolutamente móvel e múltipla, aonde me levar minha curiosidade e meu desejo de saber. Grato a todos pela consideração, uma última desculpa pela despedida sem retorno e meus bons votos a todos os que continuam sua caminhada em direção da felicidade. Creio que estarei “presente”, mesmo ausente...
Vale!

terça-feira, 25 de março de 2008

859) Interesse Nacional, uma nova revista de debates

Informação sobre a nova revista Interesse Nacional

Chega ao mercado editorial brasileiro, em fins de março, uma publicação inédita com textos de economistas, diplomatas, sociólogos, políticos, jornalistas e especialistas em temas como meio ambiente, economia, política social, política industrial e inovação, educação, segurança pública, tráfico de drogas e de armas, cultura da transgressão e política externa.
A revista Interesse Nacional, que tem em seu conselho editorial 25 membros, circulará em fins de março e será lançada em São Paulo, no dia 15 de abril, num seminário sobre a Globalização e o Interesse Nacional do Brasil, no Instituto Norberto Bobbio. A revista também será apresentada em Belo Horizonte, no dia 6 de abril, com debate no Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais.
Interesse Nacional, com periodicidade trimestral (quatro números ao ano), não terá uma linha editorial, não defenderá essa ou aquela visão e nem promoverá convergência de opiniões. A revista vem para ocupar um espaço ainda não preenchido no mercado editorial brasileiro, pois se trata de uma publicação que fica entre o jornalismo e o texto acadêmico, uma mistura que facilita o aprofundamento dos temas sem a necessidade de apresentá-los como uma tese acabada. De tal forma, que o leitor possa entender, em relação a cada uma das questões em pauta, o que está em jogo e quais as posições mais relevantes sobre o que fazer e como fazer para beneficiar o País numa perspectiva de longo prazo.
"Seu único compromisso é com o debate qualificado de idéias e com a relevância das questões levantadas, na intersecção crescente entre os assuntos domésticos e internacionais", explica o embaixador Rubens Barbosa, editor responsável da revista, que, inicialmente, terá uma tiragem de dois mil exemplares e será vendida em livrarias, algumas bancas e por meio de assinaturas.
A revista pretende atingir os meios político, acadêmico, empresarial e a mídia.
No Brasil, a idéia de se discutir os principais assuntos políticos e econômicos, do ponto de vista dos interesses nacionais, ainda não se firmou com a força necessária. "Em países mais ativos na definição de estratégias de inserção no mundo global, a noção de interesse nacional permeia os embates parlamentares, as disputas eleitorais, o debate público em geral", comenta Rubens Barbosa.

O primeiro número de Interesse Nacional trará oito artigos:

1e 2) "O que é o interesse nacional do Brasil hoje?" – textos de Luiz Gonzaga Belluzzo e Gustavo Franco.
3 e 4) "A política externa do Brasil na América do Sul e o ingresso da Venezuela no Mercosul" – textos de Marco Aurélio Garcia e Rubens Barbosa.
5) "A posição brasileira no pós-Kyoto" – Embaixador Everton Vargas.
6) "TV Pública ou TV Estatal?" – Eugênio Bucci.
7) "Capital estrangeiro no ensino superior: ameaça ou oportunidade?" – Cláudio Moura Castro.
8) "Judiciário: a reforma possível e relevante" – Joaquim Falcão.

São membros do Conselho Editorial:
André Singer, Berta Becker, Carlos Eduardo Lins da Silva, Cláudio Lembo, Cláudio Moura Castro, Daniel Feffer, Demétrio Magnoli, Eduardo Giannetti da Fonseca, Eliézer Rizzo de Oliveira, Eugênio Bucci, Fernão Bracher, Gabriel Cohn, Glauco Arbix, João Geraldo Piquet Carneiro, Joaquim Falcão, José Luis Fiori, Leda Paulani, Luiz Carlos Bresser Pereira, Raymundo Magliano, Renato Janine Ribeiro, Ricardo Carneiro, Ricardo Santiago, Roberto Pompeu de Toledo, Rubens Barbosa e Sérgio Fausto.


(O primeiro número circulará em fins de março de 2008, e o lançamento será em seminários em S. Paulo e Belo Horizonte)

segunda-feira, 24 de março de 2008

858) Curso sobre politica externa Brasileria, RJ

Não costumo fazer publicidade, de qualquer espécie, neste blog, especificamente dedicado à informção e à discussão sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Entendo, porém, que a nota abaixo se enquadre na categoria de informação, razão pela qual interpreto liberalmente minha regra não-publicidade...

CURSO SOBRE A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA

Os professores Adriano de Freixo e Alvaro de Oliveira Senra, da Coordenação de Ciências Sociais do CEFET-RJ, darão curso com o tema: "O BRASIL NO MUNDO: CINCO DÉCADAS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA (1960-2008)". O curso será dado no XIII Encontro Regional da Associação Nacional de História (ANPUH), que será realizado na
UFRRJ, entre os dias 4 a 7 de agosto próximo. Mais informações no site: www.encontro2008.rj.anpuh.org.
Adriano é doutor em História Social pela UFRJ; Alvaro é doutor em Ciências Sociais pela UERJ.

O BRASIL NO MUNDO: CINCO DÉCADAS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA (1960-2008)
ADRIANO DE FREIXO E ALVARO DE OLIVEIRA SENRA

Resumo:
Este mini-curso tem como objetivo traçar um amplo painel da evolução da Política Externa Brasileira e da inserção internacional do Brasil nas últimas cinco décadas, tomando como ponto-de-partida a "Política Externa Independente", implementada nos governos Jânio Quadros e João Goulart. A partir daí, analisaremos a Política Externa implementada pelos governos militares e, posteriormente, pelos governos democráticos que os sucederam, até chegarmos à "Era Lula". Neste sentido, procuraremos apresentar as rupturas e as continuidades dessa política acontecidas ao longo dos vários
governos, bem como discutir as relações existentes entre "Política Externa" e "Política Interna". Pretendemos, também, refletir sobre o impacto das diversas determinantes da conjuntura internacional sobre a inserção do Brasil no mundo, ao longo do período estudado.

quarta-feira, 19 de março de 2008

857) Revista de geografia franco-brasileira, Confins

Revista Confins - Franco-Brasileira
Novo número

Informação de:
Herve Thery
CNRS-Credal
Professor convidado na Universidade de Sao Paulo (USP)

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Caros amigos / Chers amis,
Noticias (boas) de nossa revista Confins (em parte sob a forma de mapas) no editorial do numero 2:
http://confins.revues.org/document2053.html

Aguardamos a sua opiniao....

Indice:
Hervé Théry et Neli de Mello
Editorial do número 2 [Texte intégral]
Éditorial du numéro 2
Antonio Jeovah de Andrade Meireles
Impactos ambientais decorrentes da ocupação de áreas reguladoras do aporte de areia: a planície Costeira da Caponga, município de Cascavel, litoral leste cearense. [Texte intégral]
Impacts environnementaux liés à l'occupation de secteurs régulateurs de l'apport de sable : la plaine Côtière du Caponga, Cascavel, littoral du Ceará
Rosângela Ap. de Medeiros Hespanhol
Perspectivas da agricultura sustentável no Brasil [Texte intégral]
Perspectives de l'agriculture durable au Brésil
José William Vesentini
Controvérsias geográficas: epistemologia e política [Texte intégral]
Controverses géographiques: épistémologie et politique
Ludivine Eloy
Resiliência dos sistemas indígenas de agricultura itinerante em contexto de urbanização no noroeste da Amazônia brasileira [Texte intégral]
Résilience des systèmes indigènes d'agriculture itinérante en contexte d'urbanisation dans le nord-ouest de l'Amazonie brésilienne
Ana Fani Alessandri Carlos
Dynamique urbaine et métropolisation, le cas de São Paulo [Texte intégral]
Dinámica urbana e metropolizaçao, o caso de São Paulo
Márcia Siqueira de Carvalho.
A vida por um trabalho: população estrangeira e ilegal na Espanha. [Texte intégral]
La vie contre un travail: population étrangère e illégale en Espagne

Projeto de pesquisa / Position de recherche
Resen

Ver los articulos al final de la pagina:
http://confins.revues.org/document2053.html#tocto1

Bovins et humains au Brésil en 2007 [Texte intégral]
Paru dans Confins, Imagens comentadas / Images commentées
Densidade demográfica em 2007 [Texte intégral]
Paru dans Confins, Imagens comentadas / Images commentées
A população brasileira em 2007 [Texte intégral]
Paru dans Confins, Imagens comentadas / Images commentées
Chaves para a leitura do território paulista [Texte intégral]
Paru dans Confins, Número 1 / Numéro 1, 2° semestre 2007 / 2e semestre 2007
Editorial [Texte intégral]
Paru dans Confins, Número 1 / Numéro 1, 2° semestre 2007 / 2e semestre 2007
São Paulo [Texte intégral]
Paru dans Confins, Imagens comentadas / Images commentées
America em Saint Dié des Vosges [Texte intégral]
Paru dans Confins, Imagens comentadas / Images commentées

sexta-feira, 14 de março de 2008

856) Revisando o modelo sueco: back to reality

Um ex-esquerdista chileno, emigrado na Suécia, revisa suas idéias do passado e simplesmente expõe a realidade atual do decantado "modelo social-democrata sueco", muito menos social-democrata, hoje, e ainda menos modelo. A esquerda continua referindo-se a uma realidade que já não existe mais, como explica Miguel Gil em entrevista à revista chilena Epoca
(do site do Hispanic American Center for Economic Research, neste link).

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“La izquierda en Suecia entiende que la competencia es fundamental”

Entrevista de Miguel Gil a Mauricio Rojas

Los mismos que ayer propagaban el mito del modelo sueco silencian hoy su espectacular transformación tras la crisis de los noventa, la que relata Rojas en ‘Reinventar el Estado del bienestar’ (Ed. Gota a Gota).

“Tuvimos que estrellarnos en los noventa para sacar a la gente del embrujo del estatismo“
“El ‘vale escolar’ fue el gran paso, ya que la escuela era el monopolio ideológico de la socialdemocracia“
“La competencia es básica para que exista responsabilidad personal; con monopolio no se puede elegir“

En su juventud, desde la ultraizquierda, se autoexilió de Chile durante la dictadura de Pinochet. Recaló en Suecia, donde poco a poco fue abandonando su pasado guevarista. La suya no fue una caída del caballo, sino que la acumulación de hechos es la que hizo que Rojas sea hoy uno de los exponentes del silenciado cambio sueco del Estado benefactor al posibilitador. Mientras, la izquierda europea se hace la sueca... ¿Hasta que nos estrellemos?

-El Estado de bienestar, pese a la experiencia sueca e independientemente de su viabilidad, parece instalado como un dogma incuestionable en Europa. ¿A qué se debe?
-Corresponde mucho a la constitución de Europa. Son sociedades étnicas, similares a grandes sociedades tribales donde el sentimiento de comunidad es muy fuerte. Se ve muy claro en contraste con EE UU, donde hay muchas y muy distintas comunidades. Allí se da una gran cercanía en cada comunidad de base, pero en la gran comunidad permanece una cierta distancia que provoca que el norteamericano medio se resienta cuando el Estado quiere meterse demasiado en su vida o sacarle impuestos. Sin embargo, los Estados europeos han sido de familia, donde éste adquiría el rol de gran padre o madre y ha cumplido un papel muy importante. Por eso pienso que en política europea el Estado de bienestar es un dato que no podemos cambiar; lo que podemos transformar es su tamaño y, sobre todo, la forma: es decir, el contenido del Estado de bienestar.

-¿Qué impacto tiene el Estado de bienestar en la responsabilidad e iniciativa individuales?
-Precisamente ahora estamos buscando restituir la responsabilidad personal, por ejemplo, ofreciendo libertad de elección. Al viejo Estado de bienestar lo denomino Estado benefactor, un déspota ilustrado que daba cosas como un padre se las da a su hijo. En cambio, hoy en Suecia posibilita tu elección: te da un vale para que elijas escuela o el hospital, servicios que posibilita, pero que no da el Estado. Se ha introducido un principio de responsabilidad personal que va creciendo con la diversidad, porque cuando hay monopolio, uno no puede elegir. La competencia es básica para que exista responsabilidad personal.

-Pese a que ya conocemos las consecuencias del socialismo real, los planteamientos estatistas continúan con una gran legitimidad moral.
-En Suecia fue así hasta que se derrumbó. Tuvimos que estrellarnos a comienzos de los noventa para sacar a la gente del embrujo con el estatismo. En el ser humano se da una cierta tendencia a que si se le da todo y se le quita la responsabilidad, uno se queda ahí. Es como en aquella película de Charles Chaplin donde un vagabundo ingresa en prisión y ve que allí hay seguridad y come todos los días... Cuando sale a la calle, libre de nuevo, lo primero que hace es romper un cristal para que lo metan en la cárcel porque no quiere la libertad.

-¿Cómo ha digerido la izquierda en Suecia estas reformas? ¿Ha llegado a asumirlas como propias?
-La izquierda en Suecia entendió el problema. No todo el proyecto, pero gran parte. La crisis fue tan grave que nadie dejó de entender el mensaje. Ojalá que España no tenga que pasar una crisis así para entenderlo. Antes, como toda la izquierda mundial, la izquierda sueca veía una antinomia entre libertad e igualdad y un antagonismo entre sector público y privado. Hoy ya no.

-¿Cómo lo han asimilado?
-Entienden que la empresa y la competencia son fundamentales para que no se construyan economías planificadas, que son un lastre. Ahora se dice: responsabilidad pública por la equidad, pero con una variada producción de los servicios. Quiere que la gente decida. A la izquierda sueca le costó mucho, pero no les quedó otra con la crisis. El gasto público llegó al 70% del ingreso nacional, un récord mundial. Cuando el Estado absorbe tanto, tiene que hacer que funcione; si no, no sale de la crisis. El primer ministro sueco socialdemócrata -el anterior, porque ahora hay una líder nueva, muy interesante-, llegó a decir, como Den Xiao Ping en China que “lo importante no es que el gato sea rojo, verde o azul, sino que cace ratones”. Y lo dijo en referencia al Estado de bienestar. Lo importante no es que sea de propiedad pública, sino que la gente reciba bienestar. Descubrió una base pragmática. Si son empresas privadas, magnífico -si lo hacen barato y a la gente le gusta-. Ese planteamiento ya se encuentra muy afianzado en la izquierda sueca, con un problema.

-¿Cuál?
-Hay una izquierda ex comunista militante que presiona a la socialdemocracia de forma que ésta todavía es tradicional en su retórica, pero en su práctica... Mire, las reformas que se hicieron del 91 al 94 con un Gobierno de centro derecha no se cambiaron durante los 12 años siguientes de poder socialdemócrata.

-Asumieron el paso del Estado benefactor al posibilitador...
-No lo dicen así, pero han entendido que no hay vuelta al pasado; un pasado peligroso y rechazado por la gente.

-¿Podría señalar los principales hitos del nuevo modelo?
-El cambio comenzó por algo bastante ridículo, pero ilustra bien de qué se trata. En los ochenta una municipalidad sueca dio derecho a los ancianos a que eligieran quién les cortaba las uñas, el podólogo. ¡Fue una revolución en el país! ¡El Estado no decidía quién te cortaba las uñas! Y una vez que los ancianos tuvieron ese derecho, ¿cómo se lo iban a quitar? Fue un cambio gradual y cada conquista de libertad fue irreversible, porque se mantuvo la equidad.

-¿Y por qué hay que darle el dinero al Estado para que luego te lo devuelva? Se podrían bajar directamente los impuestos...
-Ahí hay que considerar el dato europeo, la presencia del Estado. Lo posible en Europa es una reforma que cree mejores Estados del bienestar. No puedo traspasar EE UU a Europa, ni Europa a Estados Unidos, ni Chile a Europa... Así no funciona la política, que, como los individuos, parte de uno mismo. Uno no puede transformarse totalmente en otra persona, debe cambiar poco a poco, y ése es el cambio posible y necesario para Europa.

-¿Cómo funciona y responde la gente al ‘cheque escolar’ en Suecia?
-Es que el vale es para todo y depende de las municipalidades, todo se encuentra muy descentralizado. En algunas se dan vales a los ancianos hasta para las terapias familiares. La municipalidad te da un vale, y uno elige quién le proporciona el servicio entre una serie de productores autorizados (sin límite de productores). Funciona muy bien. El tema de las escuelas fue el gran paso, ya que era el monopolio ideológico de la socialdemocracia. Más del 99% de los niños iban a escuelas públicas, casi no había privadas, y ese movimiento prendió muy rápidamente porque había un sector que siempre demandaba más libertad; minoritario, pero existía, y en cuanto se dio la posibilidad comenzaron a crecer las denominadas escuelas libres.

-¿Cómo se explica que se haya gastado tanta tinta en los periódicos europeos hablando del modelo sueco y ahora, cuando se hacen reformas de otro tipo, no se hable prácticamente nada?
-Nada, la izquierda sigue usándolo como antes. Tenemos una izquierda mitológica a la que se le han ido cayendo, uno a uno, todos sus mitos: Rusia, la URSS, Mao, Che Guevara y Fidel Castro... Se fue quedando huérfana de utopías y le quedó Suecia... Un país lejano, bastante desconocido, con un idioma extraño y donde todo lo bueno sucede y ha sucedido. Y a esta izquierda le importa un comino la realidad, le importa el mito y vendértelo. No te hablan ni de la crisis, ni del hundimiento del modelo, ni de lo que nos costó, ni, por supuesto, de los cambios. Reinventar el Estado del bienestar es producto de mi sorpresa sobre la ignorancia de la Suecia real. Me ocurrió por primera vez en Uruguay. La izquierda me hablaba del modelo sueco, y yo les decía “¿pero ustedes saben que el correo, por ejemplo, está sometido a la competencia como los ferrocarriles? Que se ha privatizado más que en ningún país de Europa: las telecomunicaciones, la infraestructura... lo que ustedes quieran. Donde hay un vale escolar como el que planteó Milton Friedman... ¿Saben todo eso?”. Y me miraban como si viniera de Marte. La izquierda tiene una fantástica capacidad para no ver lo que no quiere ver.

Ficha biografica de Mauricio Rojas:
Nacimiento: Santiago de Chile, 1950.
Profesión: Diputado del Partido Liberal sueco, profesor de la Universidad de Lund, escritor.
Trayectoria: Graduado en leyes por la Universidad de Chile (1972), se doctoró en Historia Económica por la Universidad de Lund (1986), donde ha sido catedrático. Ha sido presidente del Instituto Timbro. Parlamentario sueco desde 2002. Entre sus obras destacan ‘Suecia después del modelo sueco’ (2005), ‘Mitos del milenio’ (2004) o ‘Beyond the Welfare State’ (2001).

Fuente: Revista Epoca

segunda-feira, 10 de março de 2008

855) Concurso do Itamaraty 2008: prova objetiva

Meu colega, hoje estudante do Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco, Mauricio Costa, tece considerações pertinentes sobre a prova objetiva do Rio Brano, primeira fase dos exames de ingresso, realizada neste domingo 9 de março de 2008:

Segunda-feira, 10 de Março de 2008
COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA OBJETIVA do CACD

Passada a espera do dia 9 de março e a tensão da realização da prova, podemos agora discutir os fatos sem especulações. A prova objetiva(não esqueçam, não se chama mais TPS) teve alto grau de imprevisibilidade. A entrada de tês matérias e a manutenção do mesmo número de questões certamente aumentaria, como aumentou, o grau de dificuldade da prova. Esse aumento não se deve, exclusivamente, ao fato de que a prova teria mais disciplinas, mas principalmente porque um número reduzido de questões a respeito de um programa tão amplo contribui para que muitos tópicos importantes fiquem de fora da prova, talvez boa parte deles considerados "temas quentes" ou previsíveis.

Leia o resto neste link, que remete diretamente a este post em seu Blog, Diálogo Diplomático.

quinta-feira, 6 de março de 2008

854) Comercio e Meio Ambiente: uma conciliacao possivel

Trade and climate change linkages
a scoping paper produced for the trade ministers’ dialogue on climate change issues
Exploring the links between trade and climate change
Authors A. Cosbey
Publisher: International Institute for Sustainable Development [ES], 2007

Full text of document

This paper sets out to scope the linkages between trade and investment and climate change. It aims to draw a broad picture on how trade and investment policy might contribute to efforts to address climate change.

The need for the international community to tackle climate change is clear, and has been repeatedly confirmed at the highest levels by leaders worldwide. At first, it is not so clear why trade policy makers should concern themselves with this challenge, the aims of trade being, after all, economic growth rather than environmental integrity. The answer is, the paper suggests, that trade policy is not about economic growth only.

Key points include:
as a general proposition there seem to be few inherent conflicts between climate change and trade policy, and these can be mutually supportive
there are a host of economic benefits to addressing climate change beyond avoiding costs. A vast array of mitigation measures involve increasing efficiency of production and consumption, reducing the amount of energy needed to power the global economy
the Kyoto Protocol may be an agreement focused on an environmental problem, but it is fundamentally an economic treaty, seeking at the base to reorganise the way the world consumes and produces goods and services.

segunda-feira, 3 de março de 2008

853) Rothschilds: os banqueiros do Brasil (e do Brazil) abrem seus arquivos

Great news, para os pesquisadores em história econômica (like myself):

Rothschild & Brazil Online Archive
**********************************

Message from: Caroline Shaw - info@rothschildarchive.org

I am pleased to be able to announce the launch of The Rothschild & Brazil Online Archive. The London banking house of N M Rothschild & Sons has a long history of involvement in Brazil, and extensive documentation of this history is preserved in The
Rothschild Archive in London. Over 25,000 digital images of key archive series from 1815-1940 are now available to researchers on this new website at
http://www.rothschildarchive.org/research/letters/brazil/default.aspx.

The Rothschild & Brazil Online Archive is made available to bonafide researchers free of charge, on completion of a registration form:
www.rothschildarchive.org/membership

For further information see
www.rothschildarchive.org/ib/?doc=/ib/articles/brazil1

We hope that you and your colleagues will find The Rothschild & Brazil Online Archive to be a useful resource.
With best wishes
Caroline Shaw
Archivist
The Rothschild Archive
info@rothschildarchive.org
www.rothschildarchive.org

domingo, 2 de março de 2008

852) Encontro sobre Defesa no Rio de Janeiro

Segundo Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa

Prezados associados da ABED e demais pesquisadores em Defesa, Segurança Internacional, Forças Armadas e Sociedade, Tecnologia e Economia de Defesa e temas afins:

Estão abertas as inscrições para o nosso Segundo Encontro Nacional, a ser realizado em Niterói, no campus da Universidade Federal Fluminense, de 15 a 19 de julho p.f.
Este ano as inscrições para trabalho deverão ser realizadas em Sessões Temáticas, conforme o documento abaixo.
O prazo para pleitear financiamento infelizmente é curto. As inscrições deverão ser feitas até o dia 10 de março, às 18hs.
Como foi feito no ano passado, aceitaremos inscrições fora do prazo, mas sem direito a financiamento e pendentes de espaço nas sessões.
Solicitamos divulgação ampla e urgente desta chamada, por todos os meios disponíveis.

Atenciosamente,
A diretoria da ABED

Propostas de inscrições para as Sessões Temáticas
Endereço para encaminhamento das propostas: abed@vm.uff.br
Nome:
Filiação:
E-mail:
Telefones:
Instituição:
Resumo: até 800 caracteres, com espaço.
Sessão Temática ou Painel da Sessão: (indicar)
Observação:
A aplicação das propostas poderá ser endereçada de duas formas. Em um tipo, “aberta”, a titulação dos painéis será definida a partir da recepção das propostas encaminhadas pelos candidatos. Em outro tipo, o candidato observará que os painéis estão “fechados”; ou seja, os sub-temas estão já enunciados. Nesse caso, o proponente encaminhará sua proposta para o sub-tema condizente com sua proposta. Em qualquer dos casos, caberá ao candidato optar pela modalidade que melhor corresponda aos seus interesses.

Sessões Temáticas - Programação
1ª Sessão
Tema: “Segurança Internacional em Perspectiva Comparada”,
Coordenador Geral: Almirante Antônio Rui Almeida Silva (CEPE / EGN)
Data: a ser definida
Ementa: Tendo o caso brasileiro como referência, a sessão convida para a reflexão e o debate a respeito das configurações passadas e presentes do sistema de relações internacionais e os arranjos das políticas de segurança internacional a partir da perspectiva histórico-comparada.
Coordenadores dos painéis (*)
(*) – A titulação dos painéis será definida a partir da recepção das propostas encaminhadas pelos candidatos.

2ª Sessão
Tema: Quais Teorias para os Estudos de Defesa?
Coordenador Geral: Professor Domício Proença Júnior (COPPE / UFRJ)
Data: 17 de julho. Dois painéis pela manhã e dois painéis pela tarde.
Ementa: Há pelo menos três maneiras distintas de enquadrar o tema das questões da defesa ou ao redor da defesa. O primeiro é compreendê-lo como um objeto pertencente à esfera de interesse de uma dada disciplina vertical. Pode-se tomar, por exemplo, a política de defesa como objeto da Ciência Política, ou os armamentos e seu uso como objeto da Engenharia; pode-se alargar o seu escopo lidando com os usos possíveis de seus instrumentos, por exemplo, dando foro à questão do relacionamento entre defesa e segurança pública, no interior dos Estados ou em exercícios como as Missões de Paz, entre outros focos de objetos e relacionamentos com disciplinas. O segundo é tomá-lo como um espaço interdisciplinar, ou multidisciplinar, em que se associam duas ou mais disciplinas em termos de uma fronteira comum de investigação ou de abordagens complementares, por exemplo, em termos de uma economia da (política de) defesa, ou o amplo agregado que se descreve como “guerra, arte e ciência”, 355 na classificação de Dewey. O terceiro é o que enquadra a defesa a partir de uma proposta de disciplina horizontal, tardia, como, por exemplo, os Estudos Estratégicos tendo a teoria de Clausewitz como seu centro. Esta sessão convida escritos que compartilhem as escolhas, critérios, resultados e problemas no seu enquadramento do assunto com uma inclinação teórica.

Coordenadores dos painéis (*)
Domício Proença Júnior
Eugênio Diniz (PUC-MG)
Jacqueline Muniz (UCAM)
Kai Kendel (PUC-RJ).
(*) – A titulação dos painéis será definida a partir da recepção das propostas encaminhadas pelos candidatos.

3ª Sessão
Tema: Forças Armadas e Gênero
Coordenador Geral: Professora Maria Celina D’Araújo (FGV)
Data: 18 de julho. Dois painéis pela manhã, dois pela tarde.
Ementa: Incorporação de mulheres nas Forças Armadas no Brasil e no mundo, perspectivas comparadas; o debate sobre as carreiras militares e as funções de combate para as mulheres; o tratamento disciplinar dispensado a questões de homossexualidade; como as mudanças culturais nas sociedades impactam as Forças Armadas; sexo, gênero e educação militar; percepções sobre a presença feminina nos quartéis.
Painel I – Carreiras e funções guerreiras para as mulheres
Coordenação: Profª Emília Emi Takahashi
Painel II - Educação e disciplina para mulheres e sobre mulheres nos quartéis – Coordenação: Profª Maria Celina D'Araujo
Painel III – O debate sobre masculinidade, feminilidade e homossexualidade em “instituições totais” .
Coordenação: Profº Sérgio Carrara.
Painel IV – O impacto dos valores feministas em instituições de defesa e segurança
Coordenação: Profª Mariana Muaze

4ª Sessão
Tema: Ciência, Tecnologia e as Forças Armadas
Coordenador Geral: Professor Manuel Domingos Neto (UFC)
Data:
Ementa: Esta sessão contemplará o exame da participação dos militares no desenvolvimento científico, tecnológico e da inovação no Brasil. Que avaliação pode ser feita da contribuição dos militares ao desenvolvimento da ciência? Quais as demandas e expectativas das Forças Armadas em termos de ciência e tecnologia? Atenção especial será dada as proposições de políticas científicas e tecnológicas das Forças Armadas, a formação de quadros militares especializados, o desempenho das instituições militares voltadas para a produção do conhecimento e cooperação internacional no desenvolvimento científico, em particular no que diz respeito a América Latina. As questões referentes as relações entre o mundo acadêmico civil e as instituições militares serão também objeto de análise.
Coordenadores dos painéis (*)
(*) – A titulação dos painéis será definida a partir da recepção das propostas encaminhadas pelos candidatos.

5ª Sessão
Tema: Forças Armadas e sociedade
Coordenador Geral: Professor Renato Lemos (UFRJ)
Data:
Ementa: Esta Sessão tem como principal objetivo discutir a presença das Forças Armadas na sociedade em diversos tempos e de diversos ângulos. Sem desprezar a importância das recentes experiências de regimes políticos capitaneados pelas Forças Armadas, pretendem-se analisar o papel histórico que este setor tem cumprido e ainda tem a cumprir na constituição de diversos campos de relações sociais. Por isso, estimula-se a apresentação de comunicações voltadas para a atuação das Forças Armadas em qualquer área e elaboradas a partir de todas as perspectivas analíticas.

Coordenadores dos painéis (*)
(*) - A titulação dos painéis será definida a partir da recepção das propostas encaminhadas pelos candidatos.

6ª Sessão
Tema: Percepção Regional sobre Segurança e Defesa
Coordenador Geral: Professor Samuel Alves Soares (UNESP)
Data:
Ementa: Eixos norteadores das políticas de Defesa dos países da América do Sul. Rivalidade e cooperação na defesa regional. O quadro de ameaças para a região.
Painel I: As Políticas de Defesa nos países da América do Sul
Coordenador: Prof. Luiz Alexandre Fuccille (NEE- UNICAMP)
Painel II: O histórico de rivalidades na América do Sul
Coordenador: Prof. Fortunato Pastore (UFMS)
Painel III: A Defesa Regional no âmbito da Segurança Internacional
Coordenador: Profa. Adriana Marques
Painel IV: A Estrutura de Defesa dos países da América do Sul
Coordenador: Prof. Paulo Kuhlmann (Exército Brasileiro)

7ª Sessão
Tema: Segurança e Defesa - Prevenção e Resolução de Conflitos
Coordenador Geral: Sérgio Luiz Cruz Aguilar (UNIVEM / GAPCon-UCAM)
Data:
Ementa: O termo segurança pode ser considerado um sentimento pelo qual o Estado entende ter liberdade para desenvolver e progredir por si próprio, livre de qualquer pressão, coerção ou possibilidade de intervenção externa. Já o termo defesa está ligado ao emprego do poder militar. A expressão “defesa nacional”, então, é abrangente, pois parte da análise do sistema de segurança internacional para organizar e operacionalizar o aparato de defesa doméstico. Assim, o estudo das questões de defesa nacional conduz, também, à necessidade de entender os mecanismos de prevenção, gerenciamento e resolução de conflitos, incluindo as operações de paz, o papel da comunidade internacional e da sociedade civil.
Painel I – Dissuasão e Persuasão: a Segurança sob os Aspectos Militar e Econômico
Coordenador – Isabelle de Andrade Araújo (GAPCon-UCAM)
Painel II – O Haiti e a discussão da Segurança e Defesa no Brasil e nos EUA
Coordenador - Flávio Rocha de Oliveira (FASM/GAPCON-UCAM).
Painel III – Organizações Regionais e a Prevenção de Conflitos
Coordenador – Leonardo Paz Neves (GAPCon-UCAM)
Painel IV – Gerenciamento e Resolução de Conflitos: as Operações de Paz
Coordenador – Sérgio Luiz Cruz Aguilar (UNIVEM/GAPCon-UCAM)

8ª Sessão
Tema: Defesa Nacional e Segurança Internacional
Coordenador Geral: Professor Vagner Camilo Alves (PPGEST – NEST / UFF) (*)
Data:
Ementa: Elementos constituintes da Defesa Nacional. As forças armadas brasileiras e sua visão sobre a Defesa Nacional, ontem e hoje. Interpretações sobre a questão da segurança no sistema internacional. O Brasil em face das novas e velhas ameaças estratégicas.
Coordenadores dos painéis
Carlos Eduardo Martins (PPGEST / UFF)
Thomas Heye (PPGEST / NEST – UFF)
Luiz Pedone (PPGEST / NEST – UFF)
Marco Antônio Cavalcanti da Rocha (NEST-UFF)
(*) - A titulação dos painéis será definida a partir da recepção das propostas encaminhadas pelos candidatos.

sábado, 1 de março de 2008

851) Forum de Estabilidade Financeira: G-20 no Brasil

Em 2008, o Brasil preside o G-20, fórum de países desenvolvidos e emergentes
Do site do Ministério da Fazenda:

Em 2008, o Brasil preside o Grupo dos Vinte Ministros da Fazenda e Presidentes de Bancos Centrais (G-20), fórum que objetiva promover o debate sobre aspectos relevantes à estabilidade econômica global e ao fortalecimento da cooperação econômico-financeira internacional. O G-20 reúne 19 países de economias desenvolvidas e emergentes: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. A União Européia também é membro e se faz representar por intermédio da presidência rotativa do Conselho da União Européia e do Banco Central Europeu. O Diretor-Gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Presidente do Banco Mundial também participam de maneira ex-officio das reuniões do G-20.

O G-20 representa aproximadamente 90% do PIB mundial e 2/3 da população global. Foi estabelecido em 1999 como resposta à necessidade de maior coordenação internacional percebida depois da ocorrência das crises financeiras do final daquela década. Atualmente, é um dos mais influentes fóruns internacionais, onde são discutidas questões fundamentais referentes ao funcionamento da economia global. O peso econômico do G-20 e a sua amplitude geográfica lhe conferem elevado grau de legitimidade e influência sobre a condução do sistema econômico-financeiro mundial. O Brasil é membro ativo do G-20 desde a sua criação, em 1999, e sua liderança no ano de 2008 alinha-se à estratégia de maior participação brasileira nos principais fóruns e organismos financeiros internacionais.

A Secretaria de Assuntos Internacionais (SAIN) do Ministério da Fazenda será responsável pelo Secretariado do G-20 em 2008, juntamente com a Diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central, e terá a incumbência de organizar e coordenar seminários e reuniões sobre temas relevantes ao crescimento econômico e à estabilidade econômico-financeira mundial.

Os temas a serem discutidos no G-20 em 2008 são pertinentes à realidade econômica brasileira, notadamente no que se refere ao espaço fiscal para políticas de crescimento econômico, eficiência dos gastos públicos e inclusão social, assim como ao mercado de commodities e à competição no sistema financeiro internacional. Durante este mesmo período, também serão discutidas temáticas relativas à questão energética na economia global e ao uso de energia limpa em conexão ao desenvolvimento do mercado de biocombustíveis e seus respectivos impactos sociais e econômicos.

Para maiores detalhes, visite o website do G-20 - www.g20.org.

Declaracao de Berlim do G-20, 2004:

G-20 ACCORD FOR SUSTAINED GROWTH
Stability, Competition and Empowerment:
Mobilising Economic Forces for Satisfactory Long-Term Growth

Berlin, 21 November, 2004

We, the Finance Ministers and Central Bank Governors of the G-20, have a common goal of promoting employment, welfare and development in our countries. We are convinced that strong and sustained economic growth is necessary both at national and global level to achieve this end. We have therefore discussed the requirements for long-lasting growth on the basis of our own experience and believe that domestic policy needs to address three tasks: establishing and maintaining monetary and financial stability; enhancing domestic and international competition; and empowering people to participate. Transparency and accountability within an internationally agreed framework of codes and standards remain key to ensuring sustained economic growth and stability at the global level. We agreed on the following key elements that will guide our domestic economic policies in the future. In implementing these elements, microeconomic aspects must be given due consideration. As these principles are interlinked, they must be implemented consistently, with due regard to possible trade-offs and complementarities, because many single elements have the potential of blocking the positive effects of others. While appropriate and credible policies are the basis for economic growth, they need to be backed by high-quality institutions, including ethical standards in corporate governance. Policymakers should build institutions in parallel with engaging in reforms and also ensure that institutions stay consistent with the requirements of a changing environment. However, given the diversity of institutional settings and the success of different economic strategies among G-20 countries, there is no single template for strong long-term growth. Policies need to be shaped to the special circumstances in individual countries. Efforts along these lines will unfold their full potential in a favourable international environment, in particular in the context of a robust and effective international financial and trade architecture which supports countries in the adoption of these principles.

Monetary and financial stability
• Price stability is indispensable for sustainable economic growth as it fosters investment and saving. Inflation is destabilizing and has a strong negative impact on the poor. Deflation squeezes profits, discourages investment and leads people to postpone spending. Experience has shown that central bank independence helps to achieve the goal of price stability in the long run.

• Fiscal discipline is equally important. Fiscal policy must ensure that public expenditures and debt remain at reasonable levels in relation to national aggregates in order to prevent economic growth being restrained by crowding-out, anticipated future tax increases and inflationary pressures. Public expenditure composition and the tax system should ensure fiscal sustainability without discouraging investment and employment. Demographic challenges may generate additional needs for consolidation and restructuring of public expenditure, including reforms to ensure the viability of public pension schemes. In addressing these challenges, transparent budget procedures are of the utmost importance.

• The domestic financial sector must be able to withstand economic shocks without giving rise to systemic problems which impair the allocation of savings to investment opportunities and the processing of payments in the economy. Excessive borrowing in foreign currencies for domestic activities has been identified as a major cause of international financial crises. Currency mismatches could be diminished by strengthening domestic banking systems and capital markets. Strong domestic financial sectors can reduce the need for foreign currency borrowing and become an alternative channel of external funding by attracting foreign investors into domestic currency instruments. High priority must be given to implementing the relevant internationally recognised standards and codes.

• The liberalisation of the capital account yields essential efficiencies and benefits for economic growth. However, countries still opening their capital account should proceed prudently in order to avoid an excessive volatility of capital flows. A prudent approach would be based on sound macroeconomic policies and gradual deregulation of the domestic financial sector combined with adequate enhancements of the supervisory framework. The elimination of restrictions on capital movements should be appropriately sequenced. Experience has shown that countries seeking domestic monetary autonomy while substantially liberalising their capital account should increase the degree of exchange rate flexibility accordingly.

Enhancing domestic and international competition

Competition is the driving force of economic growth because it fosters efficiency and stimulates innovation. It is also essential for strong investment activity. Carefully designed policies of deregulation, privatisation, and liberalisation of international transactions are important means of strengthening competition. However, ensuring competition and the functioning of markets requires setting the right incentives through efficient institutional arrangements. In particular, policymakers should aim at strengthening and enforcing intellectual and other property rights, contract law, bankruptcy procedures and anti-trust regulations. Also, efforts will be required to promote good governance and combat corruption.

• Global trade liberalisation is an essential instrument to promote growth by channelling resources to their most productive use. While trade liberalisation needs to take due account of adjustment costs, policymakers worldwide should move ahead vigorously on the basis of multilateral commitments. Multilaterally consistent bilateral and regional agreements can also contribute to trade liberalisation.

• Flexible labour market conditions are crucial cornerstones in achieving high employment levels and broad participation of the labour force. Both wage levels and working hours need to be responsive to market requirements and reflect national circumstances. Flexibility in work arrangements needs to be complemented by policies to provide opportunities and incentives to gain and improve skills, foster labour mobility, strengthen incentives to work in the formal sector and reduce information asymmetries.

• Small and medium sized enterprises (SMEs) are an important element of dynamic economies as they play a central role in creating jobs, facilitating the absorption and adaptation of technology and strengthening entrepreneurial skills. Policymakers can support SMEs by committing themselves to non-discriminatory measures and ensuring access to financial services, risk capital, innovation networks and public R&D programmes.

• A favourable overall investment climate, including adequate infrastructure, will support domestic capital accumulation and also be attractive for Foreign direct investment (FDI). FDI is generally a powerful means of enhancing competition and the growth potential. For one thing, FDI facilitates the international transfer of know-how, thus fostering the competitiveness of the host country directly. For another, FDI can help to improve the productivity of local companies by stimulating imitation of new technologies.

Empowering the people and reducing poverty
• Mobilising all productive forces of a society requires empowering individuals and enhancing economic participation. Equal economic opportunities allow people to better provide for themselves and their families, thus helping to reduce poverty and social tensions. Education and training are key requirements as they improve people’s chances of finding jobs and contribute to higher productivity. The broadly-based provision of high-quality primary and secondary education should be a responsibility of governments and provides the basis for successful tertiary education. Raising the level of education contributes to the quality of governance as an educated population is better placed to demand the provision of good governance and sound institutions.

• Broadly-based access to a wide range of financial services and reducing impediments to small businesses, such as the time to start a business, is of crucial importance as it fosters entrepreneurial capacities and facilitates the integration of people into the formal economy.

• While employment is the first and best safeguard against social exclusion, social safety-nets are needed to cushion the effects of unemployment. Moreover, the elements of social infrastructures such as clean water, sanitation and basic health services are public goods whose provision has a positive impact on welfare and potential growth. It is important to design social policies so as to permit market mechanisms to function effectively.

850) Apartheid brasiliense...

Não, não tem a ver com uma política de separação racial, stricto sensu, de populações de etnias diferentes em Brasília, mas sim de um projeto (e de um programa) de discriminação oficial contra os não-nascidos em Brasília, em favor de "brasilienses natos". Ou seja, algo claramente inconstitucional, ilegal, e estúpido, para dizer o mínimo.
Leiam primeiro a argumentação do remetente, cujo nome e e-mail omito para não lhe causar constrangimento (embora indique o site, uma vez que se pretende um movimento público).
Depois minha curta resposta ao remetente:

1) On 01/03/2008, at 00:57, Xxxxx Xxxx wrote:

"Olá meus amigos e amigas,
Peço que acesse o site www.geracaobrasilia.org.br e veja o trabalho que estamos realizando, somos um grupo de Brasilienses que fundamos o INSTITUTO GERAÇÃO BRASÍLIA, visando defender quem nasceu no DF.
Se você nasceu no Distrito Federal não perca tempo, cadastre-se e apóie a nossa bandeira de luta. Chegou a hora das pessoas nascidas em Brasília terem um tratamento digno, pois a Geração Brasília, já corresponde hoje a mais de 50% da população do Distrito Federal, e por ter esta representação, é que deve ser ouvida e tratada com respeito pelos Governos e pela mídia.
Mesmo àqueles que não nasceram no DF, mas são simpatizantes a nossa causa e ao nosso Projeto que prevê Moradia para os nascidos em Brasília, podem realizar o seu cadastro a fim de nos apoiar na coleta de assinaturas.
OBRIGADO PELO APOIO.
Xxxxx Xxxx
Presidente do Instituto Geração Brasília

(conheça o nosso Projeto na íntegra )

PROJETO DE LEI DE INICIATIVA POPULAR
Cria Política Habitacional no âmbito do Distrito Federal, visando atender as pessoas nascidas no Distrito Federal e dá outras providências.
Art. 1º Fica criada no âmbito do Distrito Federal, a Política Habitacional de Atendimento às Pessoas nascidas em Brasília, assim compreendidas como aquelas que nasceram dentro do perímetro do Distrito Federal.
Parágrafo único - Serão reconhecidas para efeito de inclusão nesta Política Habitacional, somente as pessoas nascidas e registradas no Distrito Federal que não dispõem de moradia própria.
Art. 2º Ficam criadas duas categorias a serem contempladas pela Política Habitacional de Atendimento às Pessoas nascidas em Brasília, a serem compostas da seguinte forma:
I - As pessoas que se enquadram no artigo 1º que possuam renda que não ultrapasse a cinco salários mínimos vigentes no País; e,
II - As pessoas que se enquadram no artigo 1º que possuam renda de no mínimo cinco e não ultrapassem o máximo de quinze salários mínimos vigentes no País.
Art. 3º Visando implementar o Programa Habitacional objeto desta lei, o Governo do Distrito Federal destinará novas áreas para moradia, as quais serão contempladas às pessoas que atendam às exigências constantes nos artigos 1º e 2º, sendo também:
I - Nas áreas já disponíveis e existentes para os Programas Habitacionais elaborados pelo Governo do Distrito Federal, visando atender pessoas de baixa renda, será destinado um percentual mínimo de 50% (cinqüenta por cento) para atendimento às pessoas nascidas no Distrito Federal e que se enquadram no inciso I artigo 2º desta lei.
II - Nas áreas já disponíveis e existentes, bem como, nas futuras áreas a serem programadas pelo Governo do Distrito Federal para Expansão Urbana Habitacional com fins econômicos para o tesouro do Distrito Federal, terá o percentual mínimo de 10% (Dez por cento) para o atendimento das pessoas que se enquadram no artigo 2º inciso II desta lei, adotando critérios acessíveis na aquisição da moradia, observando o caráter social não sendo permitido o comprometimento superior a 20% (vinte por cento) da renda a que se refere este inciso.
Art. 4º Fica criado pela presente lei, o Conselho Gestor Geração Brasília, que terá como função o acompanhamento e a fiscalização do fiel e integral cumprimento do Programa Habitacional ora criado, e o de sugerir ao Governador do Distrito Federal, possíveis alterações na aplicação do referido Programa, sendo composto da seguinte forma:
I - O Conselho Gestor Geração Brasília, será subordinado diretamente ao Governador do Distrito Federal;
II - O Conselho Gestor Geração Brasília, será composto por Nove Membros Efetivos e Nove Suplentes, com mandato de 2 (dois) anos sendo permitido a sua recondução;
III - Os Membros do Conselho Gestor, serão de livre nomeação do Governador do Distrito Federal, cabendo a indicação de 2 (dois) de seus Membros pela Câmara Legislativa do Distrito Federal; e,
IV - Caberá ao Governo do Distrito Federal, na regulamentação desta lei, disciplinar quanto ao recebimento ou não de remuneração dos membros deste Conselho, fixando o seu valor, bem como, o exercício das funções do Conselho, observando os princípios dispostos no Caput deste Artigo.
Art. 5º O Governo do Distrito Federal, editará decreto regulamentando esta lei, no prazo máximo de sessenta dias, o qual deverá conter todo o procedimento de aplicação e implementação desta lei, dentre os quais:
I - Prazo máximo de inscrição ao Programa instituído por esta lei;
II - Formas de pontuação para os inscritos, afim de que sejam atendidos conforme disponibilização das áreas; e,
III - Criação de rubrica orçamentária e destinação de recursos do tesouro do Distrito Federal, com o objetivo de aplicação e cumprimento desta lei.
Art. 6º O cadastramento das pessoas que se enquadram no perfil desta lei, se dará pelo Governo do Distrito Federal através de seus órgãos pré-determinados, onde seu início se dará em trinta dias após a publicação da regulamentação desta lei.
Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Brasília, 02 de Janeiro de 2008.
INSTITUTO GERAÇÃO BRASÍLIA

Deus sendo por nós,
quem será contra nós?"

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2) Agora minha resposta (PRA):

Trata-se de política claramente discriminatória e, portanto, anticonstitucional.
Não imagino como pessoas medianamente inteligentes possam propor tais tipos de políticas...
Trata-se de uma espécie de "racismo geográfico", um apartheid territorial absolutamente irracional, ilegal e prejudicial a todos os que vivem, trabalham e contribuem para a riqueza de Brasília.
Vocês deveriam parar com esse tipo de proposta absurda: no mínimo será ridicularizada, no máximo pode ser objeto de contestacao judicial e declaração de ilegalidade.
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Paulo Roberto de Almeida

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

849) Viva a batata...

Estas três matérias do The Economist (28Feb 2008) são altamente instrutivas do papel eminentemente positivo do modesto tubérculo na economia mundial...

The potato
Spud we like

The Economist, Feb 28th 2008

In praise of the humble but world-changing tuber

IT IS the world's fourth-most-important food crop, after maize, wheat and rice. It provides more calories, more quickly, using less land and in a wider range of climates than any other plant. It is, of course, the potato.

The United Nations has declared 2008 the International Year of the Potato (see article). It hopes that greater awareness of the merits of potatoes will contribute to the achievement of its Millennium Development Goals, by helping to alleviate poverty, improve food security and promote economic development. It is always the international year of this or month of that. But the potato's unusual history (see article) means it is well worth celebrating by readers of The Economist--because the potato is intertwined with economic development, trade liberalisation and globalisation.

Unlikely though it seems, the potato promoted economic development by underpinning the industrial revolution in England in the 19th century. It provided a cheap source of calories and was easy to cultivate, so it liberated workers from the land. Potatoes became popular in the north of England, as people there specialised in livestock farming and domestic industry, while farmers in the south (where the soil was more suitable) concentrated on wheat production. By a happy accident, this concentrated industrial activity in the regions where coal was readily available, and a potato-driven population boom provided ample workers for the new factories. Friedrich Engels even declared that the potato was the equal of iron for its "historically revolutionary role".

The potato promoted free trade by contributing to the abolition of Britain's Corn Laws--the cause which prompted the founding of The Economist in 1843. The Corn Laws restricted imports of grain into the United Kingdom in order to protect domestic wheat producers. Landowners supported the laws, since cheap imported grain would reduce their income, but industrialists opposed them because imports would drive down the cost of food, allowing people to spend more on manufactured goods. Ultimately it was not the eloquence of the arguments against the Corn Laws that led to their abolition--and more's the pity. It was the tragedy of the Irish potato famine of 1845, in which 1m Irish perished when the potato crop on which they subsisted succumbed to blight. The need to import grain to relieve the situation in Ireland forced the government, which was dominated by landowners who backed the Corn Laws, to reverse its position.

This paved the way for liberalisation in other areas, and free trade became British policy. As the Duke of Wellington complained at the time, "rotten potatoes have done it all."

The YouTuber generation
In the form of French fries, served alongside burgers and Coca-Cola, potatoes are now an icon of globalisation. This is quite a turnaround given the scepticism which first greeted them on their arrival in the Old World in the 16th century. Spuds were variously thought to cause leprosy, to be fit only for animals, to be associated with the devil or to be poisonous. They took hold in 18th-century Europe only when war and famine meant there was nothing else to eat; people then realised just how versatile and reliable they were. As Adam Smith, one of the potato's many admirers, observed at the time, "The very general use which is made of potatoes in these kingdoms as food for man is a convincing proof that the prejudices of a nation, with regard to diet, however deeply rooted, are by no means unconquerable." Mashed, fried, boiled and roast, a humble tuber changed the world, and free-trading globalisers everywhere should celebrate it.

Peru: Llamas and mash
Making the most of potato patrimony

MENTION potatoes in the United States and most people immediately think of Idaho, where more than a quarter of the country's crop is produced. In Europe, Ireland and its famine or Poland and its vodkas come to mind. But nowhere is prouder of its potatoes than Peru, where they were domesticated more than 7,000 years ago. The country is home to up to 3,500 different varieties of edible tubers, according to the International Potato Centre, whose headquarters are near Lima.

The United Nations has designated 2008 as the "International Year of the Potato" and not surprisingly Peru hopes to use this to draw attention to itself and its crop. Alan García, the president, has ordered that a government-sponsored programme of free breakfasts for poor families should serve bread made from a mixture of potato flour with (expensive and mainly imported) wheat. He also wants barracks, hospitals and prisons to start serving chuño, a naturally freeze-dried potato that is traditionally eaten by Andean Indians. Boiled chuño and cheese are said to have replaced sandwiches at cabinet meetings.

The government has joined forces with the potato centre to organise an international roadshow to promote the spud, starting this month. Apart from a giant foam-rubber model of a potato, the roadshow will include demonstrations of recipes by leading chefs.

But perhaps the propaganda should start at home. Many Peruvians eat more rice than potatoes; the country even imports frozen chips for use in fast-food restaurants. Only 25 varieties are grown commercially in Peru. Domestic consumption of spuds is about 90 kilos (200lb) per head a year, according to Ismael Benavides, the agriculture minister. That is barely a quarter as much as Belarusians, the world's champion potato-eaters, manage to chomp through. Nowadays Peru produces only 3.3m tonnes a year, or barely 1% of world output. "Peru needs to re-identify with the potato, because we have turned our back on it for too long," says Mr García.

Peru's farm exports totalled $2.2 billion last year, including asparagus, paprika and artichokes. Most of these crops are grown on the fertile Pacific coast. But potato exports amount to just $500,000. Officials hope that paying more attention to spuds could help some of the poorest Peruvians. Ordinary white potatoes are grown on the coast. But more unusual--and tastier--varieties survive in the Andean highlands. Peruvian yellow potatoes are prized by gourmets for mashing; tubular ollucos are firm and waxy. As Peru's rich cuisine becomes better known abroad, demand for these tubers could grow, reckons Luis Carranza, the economy minister.

Some farmers plan to export white potatoes to Brazil. To export yellow potatoes, farmers need to deal with bugs and fungal diseases, and to produce on a larger scale. Mr García wants to see processing plants in the highlands that would turn out potato starch and powder. The government has plans to draw up a registry of some 30 varieties for which it would fix a denomination of origin.

Whether that is the best way to promote potato exports is debatable. In Cutervo, the centre of a big potato-growing region in the northern highlands, farmers have yet to find a way to turn potatoes into prosperity. The European Union is paying for a pilot processing-plant in the town. But the mayor, Wilson Delgado, complains that prices for the crop are low, while those for fertilisers are rising. He worries that Peru's recently approved free-trade agreement with the United States will lead to a flood of subsidised imports. That fear is probably exaggerated. But it is certainly time for Peru to make more of its potato patrimony.

Book Review:
History of the potato
Wonder-food
The Economist, Feb 28th 2008

Book details
Propitious Esculent: The Potato in World History
By John Reader
Heinemann; 315 pages; £18.99

ON THE face of it, John Reader's new biography of the potato seems to have a silly title--"propitious esculent" is just a fancy way to say "helpful food"--and an even sillier subtitle. But that is because the virtues of the world's fourth biggest food crop (after maize, wheat and rice) and its influence on world history are easily overlooked. "I used to take potatoes for granted," the author writes. His aim is to discourage readers from doing likewise.

The key to the potato's value lies in its high yield and its almost perfect balance of nutrients. Potatoes can produce more energy per unit area per day than any other crop, and it is possible (though tedious) to subsist on a diet of spuds and very little else.

First domesticated in the Andes, the potato was carried to Europe in the 16th century. At first Europeans were suspicious: the potato was variously thought to be an aphrodisiac, to cause leprosy or to be poisonous. But it slowly caught on as its merits in times of famine and war became apparent (it is more reliable than grain and remains hidden underground until harvested). By the late 18th century it was being hailed as a wonder-food--for the poor, at least. Marie Antoinette promoted potatoes by wearing their flowers in her hair.

People then started to worry that the potato was too popular, and that its abundance was causing an unsustainable increase in population. Exhibit A was Ireland, where the booming population subsisted almost entirely on potatoes. The danger of such dependency was starkly revealed by the Irish potato famine of 1845: at least a million people died, and another million emigrated.

Mr Reader's tale ends with the modern efforts to understand the genetics of the potato, which could lead to more disease-resistant varieties. The propitious esculent, he explains, is likely to feature in the diets of space-farers who will have to grow their own food.

The all-potato diet will not appeal to all readers, but this accessible account embraces the latest scholarship and addresses the failings of previous works on the subject. Indeed the book, like the tuber it describes, fills a void: the spud now has the biography it deserves.