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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

1535) Samuel Pinheiro Guimaraes, entrevista a Zero Hora

O Brasil não pede licença: Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos.
FÁBIO SCHAFFNER E KLÉCIO SANTOS, Brasília
Entrevista publicada na edição dominical de Zero Hora
Zero Hora, Porto Alegre, 22.11.2009

Uma espécie de ideólogo da política externa na Era Lula, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-número 2 do Itamaraty, recebeu há um mês a incumbência de pensar o Brasil de 2022. Sentado na cadeira que pertenceu ao ex-ministro Mangabeira Unger, de onde desfruta uma vista privilegiada da Esplanada dos Ministérios, o diplomata se diz à vontade na Secretaria de Assuntos Estratégicos. Planeja desenvolver programas interministeriais e políticas para o desenvolvimento da Amazônia, cujos mapas decoram seu ambiente.

Foram as controversas relações diplomáticas do Brasil, porém, que dominaram os 52 minutos da entrevista concedida sexta-feira a Zero Hora, a primeira a um jornal desde que assumiu o ministério. Acostumado a agir nos bastidores, influente e sobretudo polêmico, Pinheiro é amigo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e tachado como “representante do anti-imperialismo” no Itamaraty. Sobre o papel do Brasil na política latino-americana e os empréstimos concedidos pelo BNDES aos países vizinhos, é categórico:

– Sou favorável a um Plano Marshall para a América do Sul. Tão grave quanto uma guerra é o subdesenvolvimento.

Bacharel em Direito e mestre em Economia pela Universidade de Boston, em 2006 Pinheiro recebeu da União Brasileira de Escritores o título de Intelectual do Ano, pela obra Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. Sobre o prêmio, revela uma mágoa:

– Não saiu uma linha na imprensa sobre isso.

Zero Hora – A diplomacia do governo Lula é estratégica para o governo. Da sua experiência no Itamaraty, o que o senhor pretende aplicar no ministério, por exemplo, em relação ao Mercosul?

Samuel Pinheiro – Quando se prepara um plano para o país, tem de se levar em conta os vizinhos. Os laços econômicos e políticos que o Brasil mantém com países vizinhos são muito intensos. É do nosso interesse contribuir para o desenvolvimento regional e reduzir diferenças. Quanto mais prósperos, mais estáveis social e politicamente serão esses países.

ZH – Mas o Brasil se envolveu em vários conflitos nos últimos anos, com Argentina, Bolívia, Paraguai.

Pinheiro – Temos disputas comerciais com a Argentina, assim como os Estados Unidos têm com a Europa, com a China. Isso é normal, pois afeta o interesse de empresas, que acabam pressionando os governos. São coisas pontuais, de circunstância. Nossa relação com a Bolívia é amistosa. No episódio das refinarias, a imprensa disse que haviam sido expropriadas. Elas foram compradas, por um preço avaliado como justo. O desenvolvimento do Paraguai também é do nosso interesse, trata-se de um dos países mais ricos do mundo em recursos hídricos, mas tem dificuldade de investimento.

ZH – O senhor se arrepende de ter sido contra o ingresso do Brasil na Área de Livre Comércio das Américas (Alca)?

Pinheiro – Nem por um décimo de segundo. Se tivéssemos entrado na Alca, talvez hoje estaríamos como o México, cujo PIB retrocedeu em mais de 10%. A Alca não é um acordo de livre comércio, ela estabelece regras que eliminam a possibilidade de uma política econômica autônoma. Em um país subdesenvolvido como o Brasil, com enormes diferenças sociais, a ação do Estado é indispensável. Se tivéssemos aderido à Alca, o Banco do Brasil não seria mais público, nem existiriam o BNDES ou a Caixa Econômica Federal.

ZH – O senhor não se incomoda com o rótulo de antiamericano?

Pinheiro – Não sou antiamericano, sou a favor do Brasil.

ZH – O senhor tinha fama de ser doutrinador na época do Itamaraty, de incentivar leituras de esquerda. Isso é verdade?

Pinheiro – Incentivar leituras é uma coisa importante. Agora, de esquerda não é verdade. É uma coisa extraordinária achar que as pessoas no mundo vão ser doutrinadas porque leem. Um dos livros que indiquei era a biografia de Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira.

ZH – Por que há tanta controvérsia em relação a sua figura? Dizem que foi o senhor quem incentivou a entrada do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na embaixada brasileira.

Pinheiro – Imagina. Quem disse isso foi o ex-ministro Jorge Castañeda. Não o conheço e jamais estive com ele.

ZH – O senhor acha que o Brasil não deve reconhecer a eleição presidencial em Honduras?

Pinheiro – Claro que não. É uma eleição conduzida por um governo ilegal.

ZH – O senhor acha que a oposição está tratando de forma ideológica o ingresso da Venezuela no Mercosul?

Pinheiro – Certamente. Há um equívoco e muita desinformação. Nós temos com a Venezuela o maior superávit comercial.

ZH – O senhor é realmente o guru do presidente Hugo Chávez?

Pinheiro – (Risos) Tenho certeza que não. Ele nunca disse isso. Alguém fez esse comentário porque ele mencionou uma vez que gostava do meu livro (500 Anos de Periferia).

ZH – A Venezuela é importante para o Brasil? Há muita controvérsia em relação ao governo de Chávez.

Pinheiro – A Venezuela é muito importante para nós, um país muito rico, não só em petróleo. A soberania é parte do povo. Se o povo decide... Aqui no Brasil houve uma prorrogação de mandato que não foi aprovada pelo povo. Foi um episódio nebuloso, em que pessoas confessaram ter vendido o voto. O presidente Chávez concorreu em mais de 10 eleições, todas consideradas legítimas e com acompanhamento de organizações internacionais.

ZH – Mas e quanto à liberdade de imprensa?

Pinheiro – Vocês conhecem algum jornalista que esteja preso na Venezuela? Se houvesse, estaria denunciado nos jornais. Houve uma emissora de TV cuja concessão não foi renovada. Talvez esteja aí o foco da preocupação em outros países. As TVs são concessões públicas, não são propriedade privada. É necessário que os veículos de comunicação sejam imparciais para que a liberdade de imprensa seja efetiva.

ZH – Política externa é um assunto um tanto árido para a maioria da população, mas no governo Lula ganhou uma dimensão maior, virou assunto de bate-papo entre amigos. A que o senhor atribui isso?

Pinheiro – É a dimensão brasileira que mudou. Na política internacional ninguém diz: “Vou ser líder”. Isso é uma convicção que se forma nos outros. O presidente Lula é um grande líder popular porque ele interpreta os anseios das pessoas. Isso nos permite influir de forma mais eficaz nas negociações de interesse do Brasil.

ZH – Por que a política externa do governo Lula gera tanta controvérsia? O governo irá enfrentar mais polêmica agora com a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Pinheiro – Antes havia o hábito de se pedir licença para fazer as coisas, o hábito de ser pequeno. O Brasil agora é maior de idade, não pede licença para ter relações com qualquer país. Agora mesmo, veio ao Brasil o presidente de Israel, Shimon Peres. Também está aqui o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Eles não vêm aqui para visitar as belezas naturais. É porque eles consideram importante a posição e a atuação do Brasil. Quem critica é quem não faz ou quem não fez.

ZH – O chanceler Celso Amorim se filiou ao PT, o senhor se tornou ministro. A diplomacia está indo às urnas?

Pinheiro – Nunca fui filiado a nenhum partido político. O futuro não se sabe. Não sei quais os objetivos do ministro Celso Amorim, mas há outros diplomatas politicamente engajados. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, é filiado ao PP. Há vários diplomatas vinculados à oposição, não sei se são filiados, que nos criticam. Eu prefiro a crítica ao elogio. O elogio me ilude, mas a crítica me aperfeiçoa.

domingo, 22 de novembro de 2009

1534) Relações do Brasil com a América Latina e os EUA

Percalços da integração
Paulo Roberto de Almeida
Edição especial sobre Política Externa da revista
Conjuntura Econômica (Rio de Janeiro: FGV; vol. 63, n. 9, Setembro 2009, p. 58-61; ISSN: 0010-5945).

Os três lustros que vão do início dos anos 1990 a meados da década seguinte são dominados, no que se refere às relações econômicas dos Estados Unidos (EUA) com os países latino-americanos, pelo projeto americano de uma área de livre comércio, iniciado sob a forma de um esquema radial de liberalização comercial tendo os EUA em seu centro – a “Iniciativa para as Américas” de George Bush pai, em 1990 – e continuado sob a forma multilateral de um Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca), como decidido na cúpula de Miami, em 1994, mas concebido pela maior economia hemisférica como uma simples extensão do acordo de livre comércio da América do Norte (Nafta) aos demais países da região.
Depois de uma fase inicial voltada para os procedimentos negociadores – durante a qual o Brasil conseguiu assegurar que a metodologia de constituição da eventual área de livre comércio seria feita por meio de building blocks, ou seja, preservando os esquemas existentes, entre eles o Mercosul, e não pela adesão individual dos países ao esquema trilateral do Nafta – as negociações propriamente ditas, começadas em 1999, revelaram diferenças sensíveis de orientação entre os principais protagonistas.
O Brasil, em particular, sempre alimentou suspeitas sobre a real vontade liberalizante dos EUA, em especial na área agrícola, onde se situam suas principais vantagens comparativas. Esses temores se mostraram plenamente justificados quando o mandato negociador aprovado pelo Congresso em 2002 – a partir de então chamado de Trade Promotion Authority, e não mais de fast track, segundo a anterior designação coloquial – confirmou a modestíssima abertura dos EUA nas áreas de maior interesse brasileiro e a continuidade das restrições em setores tradicionais da indústria (geralmente labor intensive, mas também siderúrgica e transportes).
Da parte do Brasil, igualmente, as sensibilidades se estendiam de algumas indústrias dotadas de maior intensidade tecnológica aos setores de serviços e aos regimes de investimentos e propriedade intelectual. Ambos os países presidiam ao processo negociador a partir de 2002 e estavam, assim, em condições de determinar o seu sucesso ou fracasso. Os obstáculos protecionistas dos dois lados agregados à má vontade do novo governo do PT em relação ao projeto mesmo da Alca, determinaram o impasse no processo negociador e sua suspensão, a partir da cúpula de Mar del Plata, em 2005. No intervalo, os EUA já tinham iniciado a ‘minilateralização’ de sua estratégia comercial para a região, fazendo ofertas diferenciadas para grupos de países e consolidando uma rede de acordos comerciais que, embora excluindo o Mercosul, passou a ligar ao modelo americano de livre comércio grande número de economias hemisféricas, entre elas o Chile.

Antagonismo
No plano político, o cenário foi dominado por temas negativos, como o tráfico de drogas – assim como a guerrilha e o crime organizado, a ele associados – e a imigração ilegal, ambos objeto de uma abordagem unilateral da parte dos EUA que muito antagonizou seus principais parceiros na região. A perspectiva adotada pelos EUA, de pretender resolver essas questões pelo lado da oferta, antes que pelo lado da demanda, especificamente americana em ambos os capítulos, não ajudou no encaminhamento de soluções cooperativas aos dois problemas, gerando desentendimentos, acrimônia e acusações, tanto em âmbito bilateral, como por ocasião de encontros multilaterais regionais.
Algumas iniciativas tomadas pelos EUA, como por exemplo o Plano Colômbia – de combate à narcoguerrilha nesse país, com ajuda financeira e técnica de Washington, à altura de vários bilhões – causaram maiores suspeitas, inclusive no Brasil, do que ajudaram na recomposição das relações entre a grande potência hemisférica e seus vizinhos latino-americanos. A evolução política em boa parte do continente determinaria, inclusive, a deterioração dessas relações, com a emergência de novas lideranças políticas de esquerda, claramente antipáticas ao centro hegemônico e certamente contrárias à visão americana de integração hemisférica, tradicionalmente baseada na abertura comercial e aos investimentos diretos.
As relações do Brasil com os EUA, de um lado, e com os países latino-americanos, de outro, evoluíram positivamente tanto no âmbito econômico como comercial – com expansão das exportações de manufaturas e dos investimentos –, embora com tendências erráticas no plano da integração e algumas frustrações políticas, em aspectos específicos desse relacionamento.
As mudanças nas relações bilaterais foram pouco perceptíveis, permanecendo os mesmos focos de contencioso comercial, embora tenha ocorrido alguma alteração na natureza desse relacionamento, com uma evolução declinante no plano dos entendimentos pessoais entre os respectivos chefes de Estado, passando da real empatia da era FHC-Clinton – que chegou a receber o primeiro em sua casa de Camp David e que com ele mantinha um diálogo substantivo – à falsa cordialidade da era Lula-Bush, feita de cuidados visíveis para minimizar os terrenos de desentendimento (Alca, rodada Doha, meio ambiente, protecionismo setorial, temas de segurança, etc.).
Nas suas relações com os vizinhos continentais, o governo brasileiro aprofundou a política de privilegiar o conceito sul-americano iniciada no governo precedente, antes que a noção politicamente vaga e geograficamente muito ampla de América Latina, lançando diversas iniciativas nesse âmbito, inclusive para afastar o que foi identificado como “tutela imperial” sobre o hemisfério. Embora a crise do Mercosul só tenha feito aprofundar-se, desde 1999 – a partir da desvalorização e da flutuação cambial brasileira e da profunda crise vivida pela Argentina desde então, com a acentuação de seu protecionismo discriminatório a partir da retomada do crescimento – o Brasil lançou-se em ambiciosos projetos de integração física e de coordenação política que não produziram, até o momento, os retornos esperados.

Liderança
O Mercosul estagnou no plano comercial – mesmo com a retomada relativa dos fluxos de comércio – e só foi mantido ativo graças a diferentes projetos nos campos cultural, social, educacional e alguns outros de cunho essencialmente político, como o Parlamento, por exemplo. A proposta de uma Comunidade Sul-Americana de Nações – lançada no Peru, em dezembro de 2004 – acabou transformada numa União de Nações Sul-Americanas, com secretariado em Quito, por manobras do principal competidor do Brasil pela liderança regional, o presidente da Venezuela Hugo Chávez.
O tema da liderança regional brasileira ocupou, aliás, boa parte do cenário político no período recente, nem sempre com percepções positivas por parte dos vizinhos. A despeito dos esforços brasileiros, os projetos de integração física, e mesmo de liberalização comercial, não conheceram, de fato, a impulsão que deveriam experimentar em função das carências percebidas nessas áreas. A Unasul recebeu, inclusive, um componente de segurança e de coordenação de temas estratégicos, sob a forma do Conselho Sul-Americano de Defesa, mas ainda não se firmou, de fato, como o órgão central da integração sul-americana.
No período recente, o Brasil ensaiou nova ofensiva de âmbito latino-americano, ao convidar todos os países compreendidos nesse conceito a uma Cúpula hemisférica – realizada na Bahia, em dezembro de 2008 – à exclusão da ‘potência imperial’. O país também foi muito ativo na reintegração de Cuba aos esquemas regionais – Aladi, Grupo do Rio e a abertura para a OEA – mas as escolhas dos países ‘bolivarianos’ e seus modelos alternativos nos campos político e econômico ainda representam um sério desafio ao conceito brasileiro de integração regional.

Paulo Roberto de Almeida
Diplomata de carreira, professor no Mestrado do Uniceub (Brasília)

Publicada versão em inglês:
“Brazilian Foreign Relations with South America and USA”,
The Brazilian Economy: Economy, Politics and Policy Issues
(FGV, Brazilian Institute of Economics: vol. 1, n. 8, September 2009) p. 30-33. Postada no website pessoal.

1533) Venezuela: back to the future, or rather to the past, again and again (notwithstanding the lessons, and the deja-vu)...

Inacreditavel como certas pessoas não aprendem com a experiência dos outros, os fracassos, quero dizer.
Desde o início da construção do socialismo em Cuba, foram proclamados muitos "anos disso e daquilo": 1961, se não me engano foi o da alfabetização, o que certamente é admirável, posto que se trata de um terrível mal social que cabe banir para sempre. Todos os demais anos, em Cuba, consoante a mania de engenharia social de construir o "homem novo", foram anos de construção da indústria, da agricultura, da pesca, dos povos oprimidos, da libertação da penúria, enfim, sempre de alguma coisa.
Não se sabe bem -- eu pelo menos nunca li nenhuma avaliação independente -- dos resultados efetivos dessas campanhas admiráveis, a não ser alguns grandes cartazes pelas ruas e praças exortando a população a trabalhar em prol disso ou daquilo (como essas campanhas da fraternidade da CNBB no Brasil, ou o Criança Esperança, que já alcançou o seu 20. ano sem que que se vislumbre solução definitiva ao problema da criança pobre no Brasil).
Enfim, a Venezuela deve saber o resultado de todas essas campanhas em Cuba, que parece que já cansaram a população, pois ninguem fala mais nisso, sequer os gerontocratas no poder.
Agora, Chávez pretende imitar Fidel, e promete a todos cumprir o prometido ou então todos serão "mártires".
Bem, acho que a maioria da população não tem intenção de se converter em mártir de nada, as pessoas querem apenas viver normalmente, sem ter de participar de campanhas para não sair do lugar.
Como dizia o cantor Georges Brassens, "mourir pour des idées, d'accord, mais de mort lente, de mort lente..."
Estou com ele...
Paulo Roberto de Almeida

Presidente Chávez bautizó próximo trienio 2010-2012 como la nueva Campaña Admirable
Agencia Bolivariana de Venezuela (ABN) - 22/11/09

Caracas, 21 Nov. ABN.- El Presidente del Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), Hugo Chávez Frías, bautizó el próximo trienio 2010-2011-2012 como la nueva Campaña Admirable, donde los militantes de la tolda roja librarán una gran lucha por la justicia social total.

Así lo anunció el Mandatario nacional durante el acto de instalación del I Congreso Extraordinario del PSUV, que se llevó a cabo este sábado desde la sala Ríos Reyna del Teatro Teresa Carreño, en Caracas.

“Convirtamos este trienio 2010-2011 y 2012 en la nueva Campaña Admirable, porque admirable va a ser en su ejecutoria, en sus resultados y en su avance, para que nos admiremos todos con esta campaña estratégica que permitirá consolidar el Socialismo del Siglo XXI”, expresó Chávez Frías.

Asimismo, invitó a prepararse a la otra campaña que será más larga que irá desde el 2013 hasta 2019 que será una campaña de vida total, de batalla de construcción ideológica y que la llamará la nueva Campaña de Angostura.

“Para 2019 ya Venezuela debe ser un país socialista, en un primer espacio, un primer horizonte, si no lo fuera así seremos mártires”, indicó.

Ante ese señalamiento parafraseó unas palabras de Fidel Castro “en tal fecha o seremos libres o seremos mártires. Yo lo quiero poner en estos mismos términos en el 2019 o Venezuela es un país socialista ya o nosotros seremos mártires”.

En ese sentido, el Presidente Chávez reconoció que la lucha será muy dura pero también será hermosa y buena, haciendo necesario que todos y todas luchen con toda el alma, con los huesos y la vida entera para el bien de la revolución, de la justicia social para todos los venezolanos y de la construcción del Socialismo del Siglo XXI.

1532) Russian intervention in South Ossetia: responding to a Russian journal

O que segue abaixo são minhas respostas, eminentemente pessoais, a questões colocadas cinco meses atrás (em julho de 2009) por uma jornalista russa a propósito da questão da Ossétia do Sul. Suponho que não tenham apreciado minha sinceridade -- e, portanto, a condenação do "imperialismo" russo -- pois não fui mais contatado para responder questões do mesmo jornal (ou revista). Em todo caso, não costumo acomodar respostas para agradar perguntadores, e respondo exatamente aquilo que penso. Quem não gostar não precisa ler, ou divulgar...

The question of Ossetia and Russian intervention: a personal Brazilian view
Paulo Roberto de Almeida
Brazilian professor of International Political Economy at University Center of Brasilia (Uniceub) (responding in his personal capacity).
Answers to questions submitted by Yulia Netesova, European Bureau Chief of the Russian Journal.

1) Who in your opinion started the war in Ossetia in 2008?
PRA: There are many answers to this question. The precise one does not depend solely on how one can define “war” – or hostilities, from another point of view – but on how we should consider – and I stress that point – the already conflicting situation and the bellicose state prevailing before the opening of military maneuvers and the actual arms firing after that. One of the alternate answers could be to attribute all responsibilities on the shoulders of Georgian president, who tried to recover full sovereignty over a region of his country that did not respond to his command. Indeed, he seems to carry the main responsibility for the launching of the military operations by the feeble Georgian Army. But we cannot ignore the previous situation of open defiance of this national sovereignty by Ossetian leaders and their Russian allies. In this sense, another alternate answer could also be that Russia, in fact, was acting deliberately to provoke the conflict. So, even if Georgian president bears responsibility for ‘starting’ the actual conflict, both sides could be blamed for the opening of the inevitable war in that region. They objectively share the blame.

2) Taking into account that Russia and the West have opposite points of views about it, do you think that there is a need for new understanding of such terms as "aggressor" and "aggression"?
PRA: In the context of United Nations legal texts – foundational Chart and some Protocols – and in the framework of a formal understanding of those acts by legal fora – the International Law Commission, for instance – those terms are mainly applied in situations implying inter-state relations, that is, acts engaging two (or more) States having full sovereign rights over certain territories. In this sense, aggression clearly implies an unlawful act of a military or likewise nature, against norms and rules of international law, first of all the UN Charter and pertinent covenants.
I do not think that we – or in any case, a competent legal body – should redefine those concepts, but one can read them in connection with other legal terms, like non-intervention in the internal affairs of other states, or non-interference. Nevertheless, one also has to bear in mind concrete situations of unrestrained acts of repression against civilians and other unarmed people, which could arise the difficult question of humanitarian intervention (there is not yet a formalized corpus of doctrine and practice concerning humanitarian intervention). But even taking that into account, it is also clear that the Russian response to Georgian military initiatives in Ossetia did not have only humanitarian concerns as its main motivation: there was also a sense of imperial affirmation that is inseparable of Russian geopolitics since Peter the Great.

3) How should these terms be interpreted from now on?
PRA: As regards inter-state relations, there should be no reinterpretation at all, at least if one has to fully respect the Westphalian principles that are at the core of the current international political system, that is, the UN Charter and the most important protocols and conventions dealing with armed conflicts, since the Hague Peace conferences and other multilateral instruments. But if there could be a new understanding, arising from a conceptual evolution of international law, of a different kind of aggression, say of an intra-State nature against civilian populations pertaining to the recognized sovereignty of the same State, then, perhaps, those concepts should be reinterpreted in a sense more respectful of the rights of individuals than of the rights of the said State.
I consider this to be a needed progress of the international law, that is, a clear advancement over the sovereign rights of the State, going instead to favor citizens’ rights, but I’m also skeptical that such an evolution – which should be acquired peacefully and in a consensual manner among most of member States of the UNO system – is really possible or feasible. We are still living in a Westphalian world, that is, one of Nation-States, and any retreat from that legal universe is not only controversial, in doctrinal terms, and difficult in the actual practice of the Nation-States (which will be part of the political scenario for the foreseeable future).

4) To which extent Russia's recognition of the independence of South Ossetia and Abkhasia altered the traditional Russian course to maintain the stability of the already existing borders on the post Soviet space?
PRA: From a foreign point of view, it seems that Russia acted much more on territorial and geopolitical motivations than on legal grounds. Imperial nostalgia – besides legitimate concerns with Russian people in those regions – is still a driving force in Russian current diplomacy and in his muscled actions at the immediate borders. The implosion of Soviet Union and the chaotic constitution of independent states at the periphery, in 1991-2, represented a significant diminution of Russia’s power and territory; nationalistic feelings and some sense of dispossession are inevitable in those circumstances. In this context it is understandable that Russia will act decisively trying to recover some sense of the honneur perdu. In doing this, Russia concurs to the instability and political tension in the – and possibly to the rearmament of the – entire region, and not only South Ossetia, Abkhasia, Georgia and other neighboring countries. History puts Russia on the expanding side of other comparable great nation-states, and from that vision arises an image of an imperial Russia that is inherently aggressive and domination-prone.

5) Did this move create a legal precedent that might be repeated in the future?
PRA: Certainly. It establishes a pattern of interference and intromission in other States’ internal affairs that could be followed by other States in similar or comparable circumstances. The whole system of UN principles regarding non-intervention and non-interference could be jeopardized. But, of course, there is also an inevitable tension with another principle, that of self-determination. In any case, those difficult questions should be peacefully discussed at a legal multilateral level, preferably UN Security Council or International Law Commission, eventually going to the International Court of Justice. Imposing a solution by faits-accomplis and military demonstrations is the worst non-solution for such difficult situations.

6) Which long-term solutions would you propose for the South Ossetia and Abkhazia problems?
PRA: There are no simple solutions for similar cases, especially in Eastern Europe, where a mosaic of peoples, communities and entangling sovereignties are mixed together in the same spaces. Every solution could represent a loss for some of those people, either in patrimonial and economic rights or in political and civic expressions of self-determination, not to mention language, religious and customs peculiarities, such as education or even judicial systems.
In any case, tentative approaches could imply a common commitment to the exclusive resource to peaceful means, the isolation and containment of extremist and violent people or political movements, and the establishment of legitimate representation of the concerned population to solve the problem peacefully. One possible way out is to appeal to an independent or neutral organization, which should act on the basis of a clear mandate, accepted by all parties. The Organization for Cooperation and Security in Europe, based in Vienna, could be such a facilitator in this concrete case. Of course, much depends on civil and military leaders of the parties concerned, and their responsible behavior and due restraint.
Unhappily, History only shows that we cannot be too much optimistic in Europe in general, and some regions in particular. Since Middle Ages up to the modern Balkans and, precisely, in the Black and Caspian seas regions, historical records are much more on the side of the violent than in the pacific means for the resolution of conflicts. Peaceful solutions are rather the exception than the rule for territorial claims, peoples’ rights, religious or ethnic affairs, or leadership disputes.
In this particular case, there could be no lasting solution at the local level, if not some sort of guarantee by a big and external power. Those guarantors could be the OSCE or the EU, for one side, and Russia for the other. It seems, though, that Russia is not part of the solution but a part of the problem. So, more than 50% of the solution remains in the Russian side: let’s see if Russian leaders can act responsibly.

7) Would you agree that after the war in South Ossetia the President Medvedev's initiative to create a system of Euroatlantic security became more topical?
PRA: South Ossetia has nothing to do with Euroatlantic security; it should be, theoretically at least, an exclusively European concern. Of course, the NATO entanglement in that region complicates the whole matter, because it brings also the U.S. to the forefront of the crisis. But Russia should understand that if some people and countries seek the umbrella of NATO, it is because they are not comfortable with, and in fact feel threatened by the Russian shadow over them. That’s History: Russia menaced, invaded, occupied, submitted and still threatens most of its neighbors. Even if that is not a fact, that is a plausible perception. Notwithstanding its own record of foreign invasion – by Swedish, Napoleonic or German invaders – Russia is, objectively, the main insecurity factor in Central and Eastern Europe and for most of central Asia, going down to Persia and Afghanistan, since at least the 18th century.
Simple facts should be stated clearly: if central and European peoples, countries or States could feel secure with Russia at their side, they would not seek NATO or other security arrangements. If President Medvedev sincerely wants to build a new security scheme, he could start to invite OSCE, EU and, perhaps, NATO representatives to discuss the revitalization of the arrangements already done at the end of the Soviet era, and commit himself to fully respect them. As regards the new problems arisen by the dissolution of the Soviet empire, he could start to propose a permanent conference, with all concerned parties and European Union and OSCE observers, to discuss all matters in the agenda, in the same manner as big peace conferences were held in the past. There is no perfect guarantee that all matters could be settled easily, but he could not be accused of not trying. After solving, or trying to, the remaining questions in the region, he can pursue his idea of an Euroatlantic security scheme. But, being realistically, that would surely be a new wrap to an old body. As OSCE and NATO are still alive and kicking, Russia should try to live with those realities…

8) How would you explain the paradox that European countries agreed to discuss it exactly after the events of the August 2008?
PRA: It’s simply a matter or urgency: political leaders, if they do not have the qualities of Statesmen – and that is the case of most European leaders, currently –, just act under the pressure of events, or when there is no escape alternative. For many reasons, all humanly explained, complicated matters are always postponed, until they present themselves in the forefront of the agenda. Georgia’s military takeover of Ossetia and Russia’s brutal response prompted them to some activity; besides, Monsieur Sarkozy, as the incumbent president of the EU, was looking for some opportunity to shine again his diplomatic credentials.

9) If Obama continues to prove his commitment to the idea of restarting the relations with Russia, might this cause a cleavage between the USA and ex-Soviet countries that have an anti-Russian stance?
PRA: Perhaps, that it is not certain. Mr. Obama is acting very cautiously with anyone, friend or foe. He has, first, to restore American prestige, after a disastrous Bush presidency, condemned precisely by its arrogant unilateralism and imperial behavior. But, one also should consider the need of Russia to reassert itself in a world that prizes much more soft than hard power. The problem of ex-Soviet countries that have an anti-Russian stance is, first and foremost, a Russian problem, not an American concern, which is not part of the equation (at least originally).
To have any ‘restarting’ of Russian-American relations, both countries should first establish a common agenda at the bilateral and multilateral level, and only after take specific problems in the neighborhood. Conversely, there should no case of Russia being involved with Latin American neighbors that have an anti-American stance: besides the irrelevant case of Cuba, if Russia starts a special relationship with the so-called Bolivarian States – among them, Venezuela in the first place – it would be just to annoy the U.S. and to seek some commercial dealings, in special in arms.
Of course, the U.S., as an imperial State, always will have an eye for any new opportunity to aggrandize its world coverage, but that is mostly done for the best interests of its multinational companies and its business community. American imperialism is first of all a matter of free trade and open investments opportunities. Of course, the U.S. will always seek to have strategic preeminence over any other power, but this is imperial hubris, only conceivable when that power has also economic preeminence. If Russia wants a good relationship with America (and with any other country in the world) it simply has to have as its main purpose to attain the maximum prosperity affordable, which is the result of productivity gains, not of military efforts.

10) Is there a chance that American policy of strengthening the relations with Georgia and Ukraine will zero the small progress in the US-Russian relationship that has been achieved by Obama and Medvedev?

PRA: Perhaps, but that is small politics, or ‘lesser’ geopolitics. Georgia and Ukraine are two small or middle powers, not capable of disrupting world peace or contributing in a relevant manner to world prosperity and security. What Russia has to accomplish, with the U.S., EU, China, India and other relevant actors, is to seek common solutions to common problems: economic growth and development, peace and security through non-proliferation and arms reduction (whenever possible), joint endeavors combating or minimizing the nefarious effects of rogue States, climate change, organized crime and drug trafficking, piracy and terrorism, peace in the Middle East and development in Africa and elsewhere. Georgia and Ukraine are small issues, compared with the huge agenda both countries have to confront.

11) Do you think that USA and other big actors should choose their "friends" and "enemies" on the Euroatlantic space?
PRA: The very notion of ‘friends’ or ‘enemies’ and even the geographical concept of an Euroatlantic space are old stuff, some kind of déjà vu agenda that should submerge under the rubbles of the old geopolitical world of the Cold War. This kind of geopolitical game is the last bad advice that the U.S. or Russia should take from old vintage Prince counselors. In an interdependent world there are no such things as enemies or friends: each and every country should look for opportunities to trade and invest, in a globalized and integrated market. The ‘best’ enemy of the U.S. is probably the Pentagon and its strategists, always looking for enemies around. Even powerful empires have paranoid behaviors. But, let’s have a look on Russia.
The worst enemies of Russia are not outside its frontiers, but are all “made-in Russia”: cesaristic or autocratic trends in the political sphere, the new centralization of economic power in the hands of the State, the corruption and the lack of real independence of some State agencies, the precarious situation of human rights and the killings of journalists and human rights activists, the demographic decline and the worsening of education, health and environment, and, perhaps not the least, the remilitarization of its foreign policy (not to mention the energy blackmail against Europe). If Russia has some concerns with near space, it could look at some of its neighbors, where some autocrats from the Soviet era still command the life and death of their citizens. Democracy, human rights and a market economy are surely the best means to enter the WTO, to join the OECD and start to enjoy the respect and confidence of neighbors and other countries alike.

12) Might this lead to new divisions and new conflicts that will pose a threat to Europe on the whole?
PRA: Europe is a geopolitical dwarf. It does not have the guts nor the will to develop its own strategic capability, having depended so much and for so long on the American nuclear power. But Russia is only a little more capable, in strategic terms, than UK and France together. It could confront them in a hypothetical conflict, but not in the field that matters: economic endurance. Despite its growth in the last few years, Russia has still a long way to go to perform satisfactorily in the productivity game. It has to overcome its dependence on commodities of the energy sector and start to explore other riches: the educational capabilities of its people to transform its enormous resources into valuable products and services.
In the world of the future there will be no more global conflicts or Napoleonic wars – that was the pattern until the Second World War, afterwards no more – but there will be plenty of small, asymmetric conflicts that should be tackled conjointly by the great powers, among them Russia, China, EU and the U.S., of course. The only threat to Europe is its aging population and the reluctance to accept more Third World immigrants, whom are needed to fill the gaps in man-power and pay for its generous social security schemes (that is a Russian problem too).
Focusing in old military conflicts and in political divisions in Europe is the best way to keep alive old ghosts of a geopolitical past, that should be buried, to give space to economic cooperation and integration. Russia seems still mired in its past, instead of looking ahead to receive American, European and Chinese capital, know-how and technology to improve its productive system.

13) The war in South Ossetia started just a couple of months after Dmitry Medvedev became president of Russia. In which way did it influence his political career and international political image?
PRA: It’s difficult to say, from a Brazilian standpoint. The overall impression that we, Westerners or Latin American people, have is that Vladimir Putin is still very much in the commands. So, Medvedev’s political image, at the beginning at least, was not the best possible one, ranging from being a puppet to just an interim president. Nevertheless, as time goes by, he seems to be asserting himself, and marking his own approach to Russian internal and external affairs. This is to be praised and welcomed. After all, a democratic Russia should be heading towards real decentralization, not to concentration of State powers. I’m convinced that a true market democracy in Russia, fully respecting human and citizens’ rights, engaged in internal reforms and sincerely cooperative with neighbors and multilateral organizations is the best outcome that we could have in the world scenario, but first of all for its own people.

Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, July 23, 2009.

1531) IHGB: a mais antiga revista do Brasil online (hurrah!!!)

Trata-se de uma grande notícia para todos os pesquisadores:

Arquivo da Revista do IHGB (disponível)
O acervo permanece disponível vinte e quatro horas por dia. Pra quem tem tempo, é material interessante e que precisa ser divulgado. Divulguem em seus cursos e entre os seus pares e alunos.
Essas iniciativas são válidas e devem ser estimuladas.

http://www.ihgb.org.br/rihgb.php

PS: Por enquanto apenas o índice, o que já é de uma grande ajuda. Localizado o artigo de interesse, basta ir numa biblioteca pública digna desse nome (são poucas, eu sei, e mesmo as universitárias são fraquinhas) e requisitar o número.
O ideal seria que todas as revistas, conteúdo completo, estivessem disponíveis em formato pdf, mas por enquanto já podemos sabemos onde procurar algo de interesse relevante na pesquisa histórica.

1530) Mercosul: análise prospectiva (muito breve...)

Respostas a estudante necessitando terminar sua monografia de fim de curso (sempre me chegam consultas desse tipo, e eu ainda não abri uma consultoria paga, administrada por algum capitalista sequioso de lucros, pois fico respondendo graciosamente...).
Alerta aos incautos: respondi sonolento, entre milhares de outras ocupações, e não posso responder, eu mesmo, pela fiabilidade e consistência das respostas, pois são ideias, opinioes e argumentos pessoais, sem o cuidado de uma pesquisa mais extensa ou uma elaboração mais extensa e profunda.

Análise prospectiva do MERCOSUL: Limites e possibilidades
Paulo Roberto de Almeida
Respostas a questões colocadas por estudante de RI, de SP.

1) Como a entrada da Venezuela pode afetar o Mercosul no futuro?
O Mercosul possui poucas regras, dotadas de alguma ambiguidade, sobre a adesão ou aceitação de novos membros. O assunto está regulado no Tratado de Assunção e em algumas poucas decisões do Conselho de Mercosul, todas elas requerendo a aceitação plena de seus principais instrumentos e mecanismos constitutivos para que o ingresso de um novo membro se concretize.
O que diz o Tratado de Assunção sobre a adesão de novos membros? O capítulo IV, em seu artigo 20, relativo à adesão é muito simples: “O presente Tratado estará aberto á adesão, mediante negociação, dos demais países membros da Associação Latino-Americana de Integração, cujas solicitações poderão ser examinadas pelos Estados Partes depois de cinco anos de vigência deste Tratado. Não obstante, poderão ser consideradas antes do referido prazo as solicitações apresentadas por países membros da Associação Latino-Americana de Integração que não façam parte de esquemas de integração subregional ou de uma associação extra-regional. A aprovação das solicitações será objeto de decisão unânime dos Estados Partes.”
Algumas decisões do Conselho condicionam esse ingresso à aceitação de todos os instrumentos constitutivos do Mercosul – inclusive do Protocolo de Ushuaia, relativo à cláusula democrática no Mercosul – e suas principais normas de liberalização e de ordenamento comercial, entre elas a Tarifa Externa Comum, que constitui o dispositivo essencial de uma união aduaneira, o que o Mercosul pretende ser. As regras são algo vagas, mas existem, e a Venezuela, ou qualquer outro candidato ao ingresso no bloco, deveria fazer o seu dever de casa, antes de poder ingressar no Mercosul.
Uma simples observação da realidade, com base em fatos objetivos e em declarações do próprio presidente da Veneuzeula, Hugo Chávez, confirma que a Venezuela não se encontra preparada, nem está sendo preparada, para ingressar no Mercosul, com base unicamente nos dispositivos de caráter econômico-comercial e não necessariamente aplicando o Protocolo de Ushuaia sobre vigência da democracia, que na verdade se aplica apenas às rupturas democráticas – ou seja, golpe de Estado e eventos do gênero – não a derrocadas plebiscitárias do regime democrático no país.
O presidente Chávez declarou publicamente, no momento em que decidia incorporar a Venezuela ao bloco, que achava este muito conservador ou liberal, e que pretendia transformá-lo em algo mais próximo de seus ideais, que como sobejamente conhecido é algo chamado “socialismo do século 21”. Em todo caso, ele não parece comprometido a cumprir os requisitos da liberalização comercial dentro do bloco e o da aceitação da TEC para fora do bloco, o que inviabiliza, ipso facto, o ingresso pleno da Venezuela no Mercosul.
Indo direto ao ponto, se pode dizer que o ingresso da Venezuela, nessas condições – de não cumprimento efetivo de clausulas fundamentais constantes de seus instrumentos constitutivos – pode fragilizar a arquitetura institucional do Mercosul, fazê-lo perder credibilidade política – do ponto do respeito a regras de caráter legal – e inviabilizar o seu funcionamento futuro enquanto união aduaneira e projeto de mercado comum. É óbvio que um mercado comum, ou mesmo uma simples união aduaneira, requer a pela liberalização interna dos fluxos comerciais de bens e serviços e a aceitação, para fins externos, das regras de política comercial acordadas pelo bloco, das quais a TEC é a mais importante. Se a Venezuela não cumpre esses requisitos mínimos parece evidente que seu ingresso no Mercosul só pode ser feito em detrimento de sua estrutura jurídica, seus compromissos políticos e de sua respeitabilidade internacional.
Em uma palavra: ou a Venezuela aceita o Mercosul como ele é, e cumpre suas normas, ou o Mercosul deixará de funcionar como um bloco homogêneo como pretende ser. O que está em causa, portanto, é a própria sobrevivência do Mercosul.

2) Quais são as possibilidades do bloco nos próximos 15 anos?
Elas são incertas, na medida em que ele não avançou praticamente nada, no essencial, os últimos dez anos. De fato, desde 1999, o Mercosul não conseguiu consolidar e aprofundar a liberalização comercial interna, e parece inclusive ter retrocedido nesse aspecto, ou seja, se tornou mais protecionista mesmo no comércio recíproco. Para não me estender mais sobre especulações sem base factual, remeto a meus artigos já publicados:
(a) “Mercosul e América do Sul na visão estratégica brasileira: revisão histórica e perspectivas para o futuro”, revista Asteriskos (Corunha; IGESIP, vol. 4, ns. 7-8, 2009, p. 155-185; ISSN: 1886-5860; disponível no site pessoal);
(b) “A integração na América do Sul em perspectiva histórica: um balanço”, Espaço da Sophia (Tomazina – PR, ISSN: 1981-318X, Ano 2, n. 23, p. 1-17, fevereiro de 2009; edição eletrônica);
(c) “Evolução histórica do regionalismo econômico e político da América do Sul: Um balanço das experiências realizadas”, Cena Internacional (ano 10, n. 2, p. 72-97; ISSN: 1982-3347);
(d) “Sete teses impertinentes sobre o Mercosul”, Via Política (22.04.2007).
(e) “Uma pesquisa sobre o Mercosul: sua possível evolução até 2011 e 2021”, Espaço Acadêmico (ano 7, nr. 79; ISSN: 1519-6186; dezembro 2007).
(f) “O Brasil e o processo de formação de blocos econômicos: conceito e história, com aplicação aos casos do Mercosul e da Alca”, in Eduardo Biacchi Gomes e Tarcísio Hardman Reis (orgs.), Globalização e o Comércio Internacional no Direito da Integração (São Paulo: Editora Aduaneiras, 2005; p. 17-38).
(g) “Políticas de Integração Regional no Governo Lula”, Revista do Programa de Mestrado em Direito do UniCEUB (Brasília, v. 2, n. 1, p. 20-54, jan/jun. 2005).

3) Uma unificação monetária faz sentido, a longo prazo?
Todo e qualquer projeto de unificação monetária só faz sentido se no quadro de um mercado comum unificado, ou seja, um espaço econômico perfeitamente integrado no interior do qual não faz mais sentido preservar moedas nacionais independentes ou soberanas, se todos os fatores de produção e todos os bens e serviços circulam livremente no interior dessa jurisdição unificada. Ou seja, a moeda comum não existe por si mesma, mas sim é o sustentá-lo de um mercado comum, como ocorre no interior das nações soberanas.
Aplicado ao caso do Mercosul, isso significa que se, e quando, o Mercosul for um mercado verdadeiramente unificada, fará todo sentido pensar-se na adoção de uma moeda comum, desde, é claro, que todas as demais políticas econômicas (macroeconômicas, como a fiscal, a monetária e a cambial; e setoriais, como a industria, a agrícola e, sobretudo, a comercial) estiverem harmonizadas entre si, forem convergentes – ou pelo menos não divergentes – e responderem a uma verdadeira coordenação de posições e medidas tomadas pelas autoridades nacionais. Aliás, a adoção de uma moeda comum exige esse coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, a harmonização de diversas outras políticas e a criação de um instituto monetário, prelúdio a um banco central unificado, ou único, do bloco em questão.
Olhando-se a realidade das coisas, percebe-se que o Mercosul está ainda muito longe desses requisitos básicos e mínimos para o estabelecimento de uma moeda comum, ou sequer para começar-se a pensar nessa unificação. Pode ser que no longo prazo essa situação mude, mas no curto e no médio prazo eu não vejo nenhuma possibilidade de que isso possa acontecer e, portanto, nem vale a pena especular sobre o assunto neste momento.

Brasília, 20 de outubro de 2009

Complemento de perguntas e respostas em 09.11.2009

4) O senhor acredita que os acordos UE - MERCOSUL sao realmente viáveis para o Mercosul, ou não passam de acordos que visam apenas vantagens aos países europeus?
PRA: Não se trata de acreditar ou não, mas de simples constatação de fatos objetivos: todo e qualquer acordo entre a UE e o Mercosul só será finalizado se, e quando, ambos os blocos se declararem satisfeitos quanto aos resultados alcançados. A despeito da retórica integracionista, sabemos quanto tem sido difícil chegar a um resultado amplamente satisfatório, tantos são os obstáculos a um acordo minimamente equilibrado entre as duas partes. Grosso modo, a UE possui diversas sensibilidades – vale dizer restrições – na área agrícola e o Mercosul outras tantas nas áreas industrial, de investimentos, de serviços e de propriedade intelectual (denominações de origem).
Ou seja, se os europeus reduzirem seus ímpetos protecionistas na área agrícola talvez o Mercosul concede liberalização maior na área industrial, mas os imponderáveis e os obstáculos, dos dois lados, são muito grandes.

5) E a UNASUL? Em sua opinião, aparece como uma ajuda na forma de bloco politico regional para o MERCOSUL, ou pode, futuramente ser uma ameaça para o bloco econômico em questao?
PRA: Não creio que a Unasul seja uma ameaça ao Brasil ou ao Mercosul, tanto porque o Brasil vinha impulsionando o projeto da Unasul (pelo menos no seu formato da Casa, criada em dezembro de 2004). A Unasul nasceu, em princípio, para ocupar o lugar da IIRSA, que tinha sido criada em 2000 para encaminhar projetos de integração física na região. Até agora nada foi feito, mais por dificuldades burocráticas nos países da região do que por incompetência das burocracias nacionais (embora não se possa excluir essa hipótese também).
Se e quando a Unasul começar a funcionar de verdade, pode ser que ela constitua um poderoso elemento auxiliar, de natureza política, ao Mercosul. Mas não devemos esquecer que as políticas e projetos de integração dos países da região conhecem notáveis divergências na atualidade, à raiz de uma visão própria mantida pelos ditos bolivarianos, países dotados de uma visão profundamente estatizante do processo de integração, numa conjuntura em que os Estados dispõem de poucos recursos para tais projetos, e que o setor privado deveria ser extensa e intensamente mobilizado para tanto.

Paulo Roberto de Almeida

1529) Aquecimento global: mais gelo, um iceberg inteiro, na fervura dos catastrofistas

Meu amigo Pedro Erik Carneiro manda, de Cambridge, mais munição a respeito do grande blefe de cientistas e ecologistas paranoicos sobre o malthusianismo do aquecimento global (man-made, entenda-se).
Sua mensagem, abaixo transcrita, junto com a nova matéria do Wall Street Journal -- um jornal anarco-capitalista e libertário, e que não tem vergonha de sê-lo -- que desmonta um pouco mais da terrivel história de catástrofe mundial com que vivemos, angustiados, nos últimos anos.
Este post deve ser lido em conexão com o meu post anterior:
sábado, 21 de novembro de 2009
1524) Aquecimento global: um pouco de gelo na fervura
Um amigo, Pedro Erik Carneiro, funcionário federal em afastamento para estudos em Cambridge, mandou uma mensagem a seus amigos para alertar sobre a novidade do momento: o esforço (aparente) de alguns cientistas para minimizar os dados que contrariam a visão do momento de que a Terra está em fase de aquecimento global.

Ele me escreve agora isto:
Grande Paulo,
Tudo bem? Hoje tem um comentário sobre o assunto no WSJ:
http://online.wsj.com/article/SB125883405294859215.html
Fala sobre o "rancor" dos cientistas. Você deve ter visto.
Abraço,
Pedro

Eis o artigo do WSJ:

Hacked Emails Show Climate Science Ridden with Rancor
By KEITH JOHNSON
The Wall Street Journal, November 21, 2009

The picture that emerges of prominent climate-change scientists from the more than 3,000 documents and emails accessed by hackers and put on the Internet this week is one of professional backbiting and questionable scientific practices. It could undermine the idea that the science of man-made global warming is entirely settled just weeks before a crucial climate-change summit.

Researchers at the Climatic Research Unit at the University of East Anglia, England, were victims of a cyberattack by hackers sometime Thursday. A collection of emails dating back to the mid-1990s as well as scientific documents were splashed across the Internet. University officials confirmed the hacker attack, but couldn't immediately confirm the authenticity of all the documents posted on the Internet.

The publicly posted material includes years of correspondence among leading climate researchers, most of whom participate in the preparation of climate-change reports for the Intergovernmental Panel on Climate Change, the authoritative summaries of global climate science that influence policy makers around the world.

The release of the documents comes just weeks before a big climate-change summit in Copenhagen, Denmark, meant to lay the groundwork for a new global treaty to curb greenhouse-gas emissions and fight climate change. Momentum for an agreement has been undermined by the economic slump, which has put environmental issues on the back burner in most countries, and by a 10-year cooling trend in global temperatures that runs contrary to many of the dire predictions in climate models such as the IPCC's.

A partial review of the emails shows that in many cases, climate scientists revealed that their own research wasn't always conclusive. In others, they discussed ways to paper over differences among themselves in order to present a "unified" view on climate change. On at least one occasion, climate scientists were asked to "beef up" conclusions about climate change and extreme weather events because environmental officials in one country were planning a "big public splash."

The release of the documents has given ammunition to many skeptics of man-made global warming, who for years have argued that the scientific "consensus" was less robust than the official IPCC summaries indicated and that climate researchers systematically ostracized other scientists who presented findings that differed from orthodox views.

Since the hacking, many Web sites catering to climate skeptics have pored over the material and concluded that it shows a concerted effort to distort climate science. Other Web sites catering to climate scientists have dismissed those claims.

The tension between those two camps is apparent in the emails. More recent messages showed climate scientists were increasingly concerned about blog postings and articles on leading skeptical Web sites. Much of the internal discussion over scientific papers centered on how to pre-empt attacks from prominent skeptics, for example.

Fellow scientists who disagreed with orthodox views on climate change were variously referred to as "prats" and "utter prats." In other exchanges, one climate researcher said he was "very tempted" to "beat the crap out of" a prominent, skeptical U.S. climate scientist.

In several of the emails, climate researchers discussed how to arrange for favorable reviewers for papers they planned to publish in scientific journals. At the same time, climate researchers at times appeared to pressure scientific journals not to publish research by other scientists whose findings they disagreed with.

One email from 1999, titled "CENSORED!!!!!" showed one U.S.-based scientist uncomfortable with such tactics. "As for thinking that it is 'Better that nothing appear, than something unacceptable to us' … as though we are the gatekeepers of all that is acceptable in the world of paleoclimatology seems amazingly arrogant. Science moves forward whether we agree with individual articles or not," the email said.

More recent exchanges centered on requests by independent climate researchers for access to data used by British scientists for some of their papers. The hacked folder is labeled "FOIA," a reference to the Freedom of Information Act requests made by other scientists for access to raw data used to reach conclusions about global temperatures.

Many of the email exchanges discussed ways to decline such requests for information, on the grounds that the data was confidential or was intellectual property. In other email exchanges related to the FOIA requests, some U.K. researchers asked foreign scientists to delete all emails related to their work for the upcoming IPCC summary. In others, they discussed boycotting scientific journals that require them to make their data public.

Write to Keith Johnson

1528) Um escritor escrevinhador: Cormac McCarthy


Cormac McCarthy, The Road

Gostei desta frase, de Flannery O’Connor, respondendo a uma questão sobre por que ela escrevia, tal como retomada por Cormac McCarthy: “Because I was good at it.”
Eu a faço minha, também, ainda que eu não possa dizer que sou bom nisso. Apenas gosto de escrever e sinto necessidade de fazê-lo...
Paulo Roberto de Almeida

O nosso cowboy favorito
Martim Vasques da Cunha
Dicta&Contradicta, 17 de novembro de 2009

Cormac McCarthy não gosta muito de entrevistas, mas quando as dá nota-se que deve ser uma conversa estimulante. Vejam, por exemplo, essa longa entrevista ao Wall Street Journal, realizada devido ao lançamento do filme The Road, baseado em seu romance vencedor do Pulitzer de 2008. Alguém imagina um escritor (vamos supor, um brasileiro?) respondendo dessa maneira brilhante não só uma vez, mas três vezes seguidas?

WSJ: How does the notion of aging and death affect the work you do? Has it become more urgent?
CM: Your future gets shorter and you recognize that. In recent years, I have had no desire to do anything but work and be with [son] John. I hear people talking about going on a vacation or something and I think, what is that about? I have no desire to go on a trip. My perfect day is sitting in a room with some blank paper. That’s heaven. That’s gold and anything else is just a waste of time.

WSJ: How does that ticking clock affect your work? Does it make you want to write more shorter pieces, or to cap things with a large, all-encompassing work?
CM: I’m not interested in writing short stories. Anything that doesn’t take years of your life and drive you to suicide hardly seems worth doing.

WSJ: The last five years have seemed very productive for you. Have there been fallow periods in your writing?
CM: I don’t think there’s any rich period or fallow period. That’s just a perception you get from what’s published. Your busiest day might be watching some ants carrying bread crumbs. Someone asked Flannery O’Connor why she wrote, and she said, “Because I was good at it.” And I think that’s the right answer. If you’re good at something it’s very hard not to do it. In talking to older people who’ve had good lives, inevitably half of them will say, “The most significant thing in my life is that I’ve been extraordinarily lucky.” And when you hear that you know you’re hearing the truth. It doesn’t diminish their talent or industry. You can have all that and fail.

1527) Google and World Bank: all the data you were searching for...

World Bank public data, now in search
Google, 11/11/2009

When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier to find and to encourage debate based on facts rather than intuition. The day after we launched, a friend who worked at the World Bank called me, her voice filled with enthusiasm, "Did you know that the World Bank also just released an API for their data?" Excited, I checked it out, and found an amazing treasure trove of statistics for most economies in the world. After some hard work and analysis, today we're happy to announce that 17 World Development Indicators (list below*) are now conveniently available to you in Google search.

With today's update, you can quickly access more data with a broad range of queries. Search should be intuitive, so we've done the work to think through queries where public data will be most relevant to you. To see the new data, try queries like [gdp of indonesia], [life expectancy brazil], [rwanda's population growth], [energy use of iceland], [co2 emissions of iceland] and [gdp growth rate argentina]. For example, if you search for [internet users in the united states], you will see the following chart at the top of the results page:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNZgBK50a8jyGWBDoIwVc62sfWJ8RmCiFizGvzSueTfTYFdHxlKuQJJygo9ZG2O08MIf9Rxp8mBp59gKgLW88EQIST0ow7TjiIgD73onlZVjLqmo6S1-IpMyRoh0CoxG5Pz0HO/s1600-h/WB.png

Clicking on the result will bring you to an interactive chart where you can compare the United States with other regions around the world. We've also added a new feature to enable you to embed these charts in your own website or blog by clicking on the "Link" button in the upper right-hand corner of the chart page. You have the option to either embed the chart with static data, or you can also set the chart to update dynamically when new data becomes available. To give you a sense of what these charts look like, we've embedded the chart below comparing Internet users in the United States and South Korea:

http://www.google.com/publicdata?ds=wb-wdi&met=it_net_user_p2&idim=country:KOR:USA

We hope this new data and our new embedding feature will help facilitate quick and easy access to public statistics. There are still many other data sets and sources out there, and we're excited about the possibilities for the future. If you're a data publisher interested in making your data more easily discoverable in Google, please contact us.

* Complete list of World Bank indicators currently available: CO2 emissions per capita, Electricity consumption per capita, Energy use per capita, Exports as percentage of GDP, Fertility rate, GDP deflator change, GDP growth rate, GNI per capita in PPP dollars, Gross Domestic Product, Gross National Income in PPP dollars, Imports as percentage of GDP, Internet users as percentage of population, Life expectancy, Military expenditure as percentage of GDP, Mortality rate, under 5, Population, and Population growth rate.

Update at 11:26am: We've updated this post to include a better example.

Posted by Chung Wu, Software Engineer

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Links to this post

World Bank public data, now in Google search
From The Official Google Blog: 11/11/2009 11:00:00 AM. When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier to find and to encourage debate based on facts rather than intuition. The day after we launched ...
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[Google Recherche] Récap de la semaine 13/11/2009
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Posted by Vincent at 10:31
Who uses more Internet?
Firstly, sorry for the long absence. Didn't realize how quickly the weeks went. I will be off to Sweden (Uppsala University) tomorrow for 4 days. Anyways, here is the reason for the post. I just read on the Google Blog today that the ...
Posted by Animesh at 12:38
[G] This week in search 11/13/09
Official Google Blog: This week in search 11/13/09. This week brought a variety of changes, including a flu shot finder to keep you healthy during this year's flu season. And since you'll be healthy, you can enjoy updates to our movie ...
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Google agrega datos del Banco Mundial a sus resultados
La próxima vez que busques en Google las expectativas de vida o el número de usuarios de Internet en España, encontrarás las cifras específicas además de un gráfico interactivo que te permite comparar a España con otros países. ...
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This Week in LIS - 13 November 2009
Headline of the Week: Thoughts from EDUCAUSE 2009. Last week I traveled to Denver for the fall meeting of the CLIR (Council on Library and Information Resources) CIOs group and EDUCAUSE 2009. The meetings and sessions were overall ...
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World Bank public data, now in search (Chung Wu/The Official ...
Chung Wu / The Official Google Blog: World Bank public data, now in search — When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier to find and to encourage debate based on facts rather than intuition. ...
Posted by Tech Blogger at 09:11
World Bank ahora en Google
Si buscas estadísticas acerca de cualquier país del mundo, es muy probable que encuentres información relevante en el World Bank. Así, ahora Google ha agregado a sus búsquedas información de este banco de datos. ...
Posted by Erika G. H. at 08:30
Tips & Tricks for Google Apps: World Bank Data in Google Search
Did you know? Google first began integrating data from sources like the US Bureau of Labor Statistics and the US Census Bureau's Population Division in April of this year. Their point is to “to make statistics easier to find and to ...
Posted by Scott at 07:38
Google Public Dataで、インターネット普及率などの統計グラフをブログ ...
いつの間に、こんなことができるようになっていたのでしょうか。 今まで、アメリカ国内の失業率と人口を表示していたGoogleのPublic Dataへ、新たに世界のインターネット普及率グラフなどが追加されたようです。 ...
Posted by sigeo at 07:19
Google Makes World Bank Data Available in Search
Grabbed from link. It doesn't matter whether Google took this long to do this, it is definitely all worth the wait. I'm talking about the integration World Bank development indicators to Google search. Google just announced that World ...
Posted by Vaultis at 06:37
New data tool from World Bank and Google
The World Bank has just updated its World Development Indicators and Google has made the Bank's data series available in its search function. Google's explanation of how it works is here. Thanks to a NYC reader who put this chart on ...
Posted by Phil Peters at 06:31
links for 2009-11-12
Japan eyes solar station in space as new energy source. “It may sound like a sci-fi vision, but Japan's space agency is dead serious: by 2030 it wants to collect solar power in space and zap it down to Earth, using laser beams or ...
Posted by Delicious Blog Posting at 06:03
Datos del Banco Mundial en Google
Google ha comenzado a dar muestras hace rato que puede ir más allá de mostrar páginas Web en sus resultados de búsquedas orgánicas. Hemos visto ya algunas cosas en Google Labs. Ahora, disponible sólo en Google.com—en inglés— la consulta ...
Posted by noreply@blogger.com (Daniel Ulczyk) at 05:23
Los datos del Banco Mundial en Google
Google va, poco a poco, incorporando más tipos de resultados a las búsquedas que realizamos. Si empezó ofreciendo solo páginas web, después incorporó fotos, vídeos,… La última información que ha añadido a los resultados son los datos ...
Posted by Genbeta at 04:40
Things worth reading: 12th November 2009
Things we're reading today include ... Today's must read: Post-Lisbon Agenda: Looking to make Europe fit for the future (Deutsche Bank Research, 16 page pdf). Europe needs a new growth strategy for the next decade. ...
Posted by Chris Skinner at 01:47
Google integreert data Wereldbank in zoekresultaten
Google heeft 'Public Data' uitgebreid met statistieken uit de Datafinderdatabase van de Wereldbank en indexeert die gegevens nu ook, meldt het Google Blog. Zoals gebruikelijk werkt het op dit moment alleen nog in de Engelstalige versie ...
Posted by zbdigitaal@gmail.com (Edwin Mijnsbergen) at 01:43
Statistiky Světové banky ve výsledcích vyhledávání
Sedmnáct vybraných ukazatelů ze statistik Světové banky je nyní dostupných ve výsledcích vyhledávání. Podívejte se například na procento obyvatel ČR užívajících Internet:
Posted by Janek at 23:51
Google Adds World Bank Public Data to Search Results
Last April, Google launched the integration of public data into its main search results. Now, they're adding even more public data – this time from the World Bank. You can search 17 World Bank data indicators: CO2 emissions per capita ...
Posted by at 23:33
Google Adds World Bank Public Data to Search Results
Last April, Google launched the integration of public data into its main search results. Now, they're adding even more public data – this time from the World Bank. You can search 17 World Bank data indicators: CO2 emissions per capita ...
Posted by at 23:33
Central Asian Internet Penetration from World Bank
Today Google announced public data available from World Bank integrated into Google Search. Below you can see graph with Internet penetration in Central Asian countries: Link: Internet Penetration in Central Asia 1997-2008 ...
Posted by Tlogger at 22:37
Google Public Data: Statistische Informationen der World Bank in ...
Google bietet über seine Suchmaschine nun auch Statistiken der World Bank (Weltbank) in seinen Suchergebnissen an. Zur Zeit werden bei entsprechenden Suchanfragen nur über Google.com und nicht über die länderspezifischen Suchmaschinen ...
Posted by NoodleGei at 22:00
Explore our world better with the improved Google results
The World Bank, the source collects information about world countries, is now available in Google search results. Google uses their newly released API and provides better information while you are searching GDP of certain country, ...
Posted by Pete at 19:32
Google Public Data Onebox Expands
Google has added a new data source to their Public Data onebox: World Bank data. One data point you can query now is the relative number of internet users for a given country. Try searches like the following to see it in action: ...
Posted by Philipp Lenssen at 17:57
Google Adds World Bank Public Data to Search Results
Last April, Google launched the integration of public data into its main search results. Now, they're adding even more public data - this time from the World Bank. You can search 17 World Bank data indicators: CO2 emissions per capita ...
Posted by admin at 17:15
Datos del Banco Mundial en Google
Desde hoy, los World Development Indicators del Banco Mundial se pueden encontrar cuando uno hace una simple búsqueda en Google. With today's update, you can quickly access more data with a broad range of queries. ...
Posted by Natalio Ruiz at 15:55
Banco de Datos del Banco Mundial en Google Search Results
Lo leo en un post de The Official Google Blog, "Después de un duro trabajo y análisis, hoy estamos felices de anunciar que 17 Indicadores de Desarrollo Mundial están convenientemente disponibles para usted en la búsqueda de Google", ...
Posted by Jorge S. King at 15:10
World Bank public data, now in Google search
In addition to launching public data on Google.com, Google added 17 World Development Indicators (full list) in Google search, using World Bank API. Now you can quickly access more data with a broad range of queries, where public ...
Posted by DG at 15:07
World Bank public data now available directly in Google
The World Bank and Google have taken their relationship to the next level! Starting today, seventeen of the World Bank's Development Indicators are now available via a nifty Google search. Google's in-house blog explains: ...
Posted by Brian Hoyt at 15:00
Two Items from Google: 17 World Bank Development Indicators Added ...
Two items to report on from the Googleplex today. 1) At the end of April, 2009, Google announced that they would start adding “public” data to search results “when available.” They launched with a couple of datasets from the US Census ...
Posted by resourceshelf at 14:40
Google Adds 'Lock' Feature to SafeSearch
Google added an additional security layer to its search functionality Wednesday, allowing users to lock-in SafeSearch on their accounts so questionable material will not pop up. SafeSearch has been around for awhile, but users can now ...
Posted by Chloe Albanesius at 14:24
TED RSS Feed: Google makes World Bank data visible
My RSS Feed is a collection of inspirational Thinkers and Has Just Posted the Following: Stats guru Hans Rosling writes to say the popular search engine, Google, is making 17 of the World Bank's World Development Indicators available to ...
Posted by RSS FEED-from consistent personal brands at 14:05
Google Lets You Search World Bank Data
Whether you think the World Bank is an engine of worldly improvement or a bunch of corrupt plutocrats, you'll probably still want to look at their exhaustive trove of data, which Google made available today. ...
Posted by Chris Dannen at 14:00
Google Roundup
Some recent Google items. Google is always releasing new features or apps. Here's a rundown of some released recently that may have relevance for lawyers… www.slaw.ca/2009/11/11/google-roundup/ – Permalink – Similar ...
Posted by Simon Fodden at 13:55
[G] World Bank public data, now in search
Google Public Policy Blog: World Bank public data, now in search. Posted by Chung Wu, Software Engineer. (Cross-posted from the Official Google Blog.) When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier ...
Posted by X at 13:19
Google makes World Bank data visible
Stats guru Hans Rosling writes to say the popular search engine, Google, is making 17 of the World Bank's World Development Indicators available to search queries: Subject: TED helps liberate data! Here is very good news! ...
Posted by at 12:30
World Bank public data, now in search
Posted by Chung Wu, Software Engineer. (Cross-posted from the Official Google Blog.) When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier to find and to encourage debate based on facts rather than ...
Posted by Google Public Policy Blog at 12:18
[G] World Bank public data, now in search
Official Google Blog: World Bank public data, now in search. When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier to find and to encourage debate based on facts rather than intuition. ...
Posted by X at 11:31
World Bank public data, now in search
More public data searching, courtesy of Google.
Posted by Steven at 11:21
Google Adds World Bank Public Data to Search Results
Last April, Google launched the integration of public data into its main search results. Now, they're adding even more public data - this time from the World Bank. You can search 17 World Bank data indicators: CO2 emissions per capita ...
Posted by Nathania Johnson at 11:09
Google Adds World Bank Public Data to Search Results
Last April, Google launched the integration of public data into its main search results. Now, they're adding even more public data - this time from the World Bank. You can search 17 World Bank data indicators: CO2 emissions per capita ...
Posted by Nathania Johnson at 11:09
World Bank public data, now in search (Chung Wu/The Official ...
Chung Wu / The Official Google Blog: World Bank public data, now in search — When we first launched public data on Google.com, we wanted to make statistics easier to find and to encourage debate based on facts rather than intuition. ...
Posted by at 10:00
Google Adds World Bank to Public Data Search
Google Nov. 11 added the World Bank as a new source of statistical data to its search engine results, letting users mine an internatiional source for stats on such topics as electricity consumption per capita, or carbon dioxide ...
Posted by at 08:17
Google Adds World Bank to Public Data Search
Google Nov. 11 added the World Bank as a new source of statistical data to its search engine results, letting users mine an internatiional source for stats on such topics as electricity consumption per capita, or carbon dioxide ...
Posted by Clint Boulton at 08:17
Google Adds World Bank to Public Data Search
Google Nov. 11 added the World Bank as a new source of statistical data to its search engine results, letting users mine an internatiional source for stats on such topics as electricity consumption per capita, or carbon dioxide ...

sábado, 21 de novembro de 2009

1526) Concurso do Rio Branco - Bibliografia resumida

Antiga, de 2005, mas algo se mantem...

Guia de Estudos do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, versão 2005
Recomendações Bibliográficas


Indicações resumidas por
Paulo Roberto de Almeida

Nota inicial:
Como a bibliografia recomendada no Guia de Estudos do IRBr apresenta um volume considerável de leituras, elaborei, pensando nos muitos candidatos que me consultaram, ao longo dos dois últimos anos, uma lista reduzida, constando de leituras que eu pessoalmente considero essenciais. Evitei incluir novas leituras, de livros que poderiam ser recomendados, mas que não constam, atualmente, da bibliografia “oficial”, uma vez que a intenção foi, justamente, reduzir o volume total de leituras. Trata-se, obviamente, de uma escolha pessoal e portanto arbitrária, ou subjetiva, dos títulos que me parecem recomendáveis, apenas e tão somente nas matérias para as quais me julgo minimamente capacitado para opinar.


1) Indicação inicial de leituras gerais sobre o Brasil:
“A bibliografia e a orientação para estudo incluídas neste Guia de Estudos não têm caráter limitativo. Feita essa ressalva, recomendam-se as seguintes obras, com vistas a facilitar a preparação básica do candidato:
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1997.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. São Paulo: Global, 2003.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
PRADO Jr., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1996.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro. A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.”

Nota PRA:
Eu pessoalmente considero que todo e qualquer candidato deve possuir uma boa base de leituras relativas ao Brasil, na qual se inclui, evidentemente, o conhecimento dos chamados “clássicos do pensamento brasileiro”. Aos que não têm tempo ou disposição para penetrar na leitura de obras por vezes maciças, em alguns casos “maçantes” (ou mesmo relativamente defasadas em relação às pesquisas mais recentes em seus respectivos campos), eu lembraria que a obra de todos esses autores, com a possível exceção de Ribeiro, já foi esmiuçada e resumida por gerações de cientistas sociais brasileiros, encontrando-se no “mercado” excelentes resumos desses livros ditos “essenciais”. Um instrumento de busca como o Google, por exemplo, ou mesmo o Google Scholar, pode ajudar na identificação desses trabalhos que, por vezes em 20 páginas, resumem o conteúdo das 300 ou 500 páginas dos originais. Por outro lado, vários desses autores são objeto de sites mantidos pela família ou por acadêmicos, admiradores ou discípulos, nos quais se encontram bons resumos e comentários das obras respectivas. Encontrei, por exemplo, um excelente site sobre o Gilberto Freyre, que traz o essencial da obra desse prolífico autor em poucos resumos muito bem feitos. Não tenho tempo de buscar, agora, os links respectivos para esses resumos ou comentários, mas agradeceria aos que o fizerem que me enviem esses endereços para inclusão numa futura edição deste pequeno Guia de Estudos resumido.


2) Teste de Pré-Seleção (TPS)
“Em termos de orientação para estudo, o TPS não comporta recomendações particulares, uma vez que não lhe corresponde um programa específico. Não obstante, cabem as indicações que se seguem, no entendimento de que não limitam o conteúdo das questões do TPS. Na preparação dos candidatos, serão certamente úteis as informações constantes deste Guia sobre as provas de Português (Segunda Fase), de História do Brasil e de Geografia (Terceira Fase). Da mesma forma, deve ser consultado o programa de História Mundial Contemporânea constante do Guia de Estudos de 2004, reproduzido ao final deste volume junto com a bibliografia pertinente.”

Nota PRA:
Considero basicamente correta essa indicação do Guia de Estudos 2005.


3) Português

Nota PRA:
Considero que a redação culta, mas não pedante, é essencial para qualquer candidato à carreira diplomática. Por isso, toda e qualquer leitura é essencial. O candidato precisa partir do requerimento básico que ele deve ser capaz de redigir pelo menos cinco páginas sobre qualquer assunto de maneira inteligente, com correção gramatical. Por isso a recomendação básica é o treino constante em redação. Tenha sempre consigo uma caderneta na qual o candidato deve se exercitar várias vezes por dia, colocando em linguagem formal os seus próprios pensamentos diários, sobre qualquer assunto. O importante é redigir bem, não o tema, necessáriamente.
Quanto à “Bibliografia sugerida” no Guia de Estudos, eu retiro os Dicionários e gramáticas, pois considero essa parte um requerimento primário, e me concentro nos seguintes livros:
SAVIOLI, Francisco e FIORIN, José Luiz. Manual do Candidato – Português. 2. ed. Brasília: FUNAG, 2001.
CAMARA Jr., Joaquim Mattoso. Manual de Expressão Oral e Escrita. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 21. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2002.
PENTEADO, J. R. Whitaker. A Técnica da Comunicação Humana. 8. Ed. São Paulo: Pioneira, 1993.
VANOYE, Francis. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção oral e escrita. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Nota final: Não me considero especialista em língua portuguesa para recomendar qualquer um dos livros acima indicados, mas entendo que se eles figuram na bibliografia “obrigatória”, deve ser por alguma razão.


4) História do Brasil

Bibliografia resumida por PRA:
CAMPOS, Flávio; Dohlnikoff, Miriam. Manual do Candidato: História do Brasil. 2. ed. Brasília: FUNAG, 2001.
CERVO, Amado e BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil. Brasília: editora da UnB, 2002.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2002. (Nota PRA: Na verdade, seria essencial ler o livro original, isto é, completo de Boris Fausto: História do Brasil, editado pela EDUSP em 1994).
HOLANDA, Sérgio Buarque de. O Brasil Monárquico: do Império à República. São Paulo: Bertrand Brasil, 1995. (História Geral da Civilização Brasileira, v. 7)
IGLESIAS, Francisco. Trajetória Política do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
LINS, Álvaro. Rio Branco (Barão do Rio Branco): biografia pessoal e história política. São Paulo: Editora Alfa-Ômega, 1996.


5) Geografia

Bibliografia resumida por PRA:
ARAÚJO, Regina Célia. Manual do Candidato: Geografia. 2. ed.FUNAG:Brasília, 2000.
BENKO, George. Economia, Espaço e Globalização. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
CASTRO, Iná Elias de, et alii. Geografia: Conceitos e Temas. Rio de Janeiro: Bertrand, 1995.
GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e Ciência Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
RIBEIRO, Wagner Costa. A Ordem Ambiental Internacional. São Paulo: Contexto, 2001.
“A título de orientação, para os candidatos que desejarem aprofundar o estudo da matéria, sugerem-se as seguintes leituras adicionais:”
BECKER, Bertha & EGLER, Claudio. Brasil: Uma Nova Potência Regional na Economia Mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1998.
CAVALCANTI, Clóvis et alii. Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CASTRO, Iná Elias et alli. Explorações Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand, 1997.
MARTIN, André Roberto. Fronteiras e Nações. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1994.


6) Noções de Direito e Direito Internacional Público

Bibliografia resumida por PRA:
ACCIOLY, Hildebrando e Geraldo Eulálio do Nascimento e Silva. Manual de direito internacional público. 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 12ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
BORCHARDT, Klaus-Dieter. O ABC do direito comunitário. Bruxelas: Comissão Européia, 2000. (Nota PRA: Muito material pode ser obtido no site da UE).
MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de direito internacional público. 14ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 14ª ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
QUOC DINH, Nguyen, Patrick Dailler e Alain Pellet. Direito internacional público. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1999.
REZEK, José Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SEITENFUS, Ricardo. Manual das organizações internacionais. 3ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003.
SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de direito internacional público. v. 1. São Paulo: Atlas, 2002.
THORSTENSEN, Vera. OMC: Organização Mundial do Comércio: as regras do comércio internacional e a nova rodada de negociações multilaterais. 2ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001.
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Tratado de direito internacional dos direitos humanos. Vol.- III. Porto Alegre: Fabris, 2003.
________. Direito das organizações internacionais. 3ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2003.


7) Noções de Economia

Bibliografia resumida por PRA:
VERSIANI, Flávio Rabelo. Manual do Candidato: Noções de Economia. Brasília: FUNAG, 1996.
ABREU, M. P. A Ordem do Progresso: 100 anos de política econômica republicana. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
PINHO, D. B.; VASCONCELOS, M.A.S. (orgs.). Manual de Economia. São Paulo: Saraiva, 2004.
SAMUELSON. P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia 16. ed. Lisboa: McGraw-Hill, 1999.


8) Política internacional

Bibliografia resumida por PRA:
MAGNOLI, Demétrio. Manual de Questões Internacionais Contemporâneas. Brasília: FUNAG, 2000, 360 p.
MORAES, José Geraldo Vinci de. Manual do Candidato - História Geral Contemporânea (séculos XVII-XX), Brasília: FUNAG, 2ª edição, 2002.
ASHWORTH, W. A short story of international economy since 1850, Londres: Longman, 1975.
BANDEIRA, Moniz. Brasil, Argentina e Estados Unidos. São Paulo: Editora Revan, 2003.
CERVO, Amado Luiz. (org.). O desafio internacional; a política exterior do Brasil de 1930 a nossos dias. Brasília: Unb, 1994.
________ & BUENO, Clodoaldo. História da política exterior do Brasil. Brasília: Unb, 2002.
GILPIN, R. M. A Economia política das Relações Internacionais. Brasília: editora da UnB, 2002.
MCNEILL, W. H. The pursuit of power. Chicago: University of Chicago Press, 1984.
MORGENTHAU, H. A política entre as nações, Brasília: Funag/IPRI, EdunB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2003.
MRE/FUNAG. A Palavra do Brasil nas Nações Unidas (1946-1995). Brasília: FUNAG, 1995.
PECEQUILO, Cristina S. A política externa dos Estados Unidos, Porto Alegre: UFRGS, 2003.
VIZENTINI, Paulo Fagundes. Relações Internacionais do Brasil: de Vargas a Lula. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2002.
“Os candidatos que desejarem se manter atualizados com o estado da arte das relações internacionais poderão servir-se de periódicos especializados, tais como Revista Brasileira de Política Internacional (http://www.ibri-rbpi.org.br), Política Externa (http://www.politicaexterna.com.br), Foreign Affairs (http://www.foreignaffairs.org), Foreign Policy (http://www.foreignpolicy.com) e Politique Internationale (http://www.politiqueinternationale.com), bem como das páginas eletrônicas do Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br) e da Rede Brasileira de Relações Internacionais (http://www.relnet.com.br).”


9) História Mundial (TPS)

Bibliografia resumida por PRA:
BARRACLOUGH, G. Introdução à História Contemporânea, 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
BETHELL, Leslie. História da América Latina. São Paulo: EDUSP, 2001.
HALPERIN DONGHI, Tulio. História da América Latina. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.
________. A Era do Capital. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
________. A Era dos Extremos. Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 2001.
________. A Era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
________. Nações e nacionalismo desde 1780. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
SARAIVA, José Flávio S. Relações Internacionais – Dois Séculos de História: entre a ordem bipolar e o policentrismo (de 1947 a nossos dias). Brasília: FUNAG/IBRI, 2001.
________. Relações Internacionais – Dois Séculos de História: entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética (1815-1947).Brasília: FUNAG/IBRI, 2001.
“A título de orientação para os candidatos que desejarem aprofundar o conhecimento da matéria, ou que tiverem dificuldade em obter alguma das obras listadas acima e procurarem leitura alternativa, sugerem-se os seguintes livros adicionais:”
JOLL, James. Europe Since 1870. London: Penguin Books, 1990.
ROBERTS, J. M. History of the World. New edition. London: Penguin, 1990.
THOMSON, D. Pequena História do Mundo Contemporâneo. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
VIZENTINI, Paulo. Da Guerra Fria à Crise (1945-1992). Porto Alegre: EDUFRGS, 1992.

Resumo elaborado por Paulo Roberto de Almeida
em 13 de outubro de 2005

1525) Brasileiros leem apenas um livro por ano

Monteiro Lobato dizia que um país se faz com homens e livros, claro, pensando nos seus próprios negócios editoriais.
Não importa, essa é uma verdade básica, refletida nas escolas e na formação do povo.
Bem, parece que não vamos conseguir construir um país, e ao contrário: com um presidente que confessa que ler "dá sono", vamos conseguir desconstruir o pouco que fizemos desde os tempos que Monteiro Lobato lutava para aumentar o consumo de livros no Brasil.
E o governo ainda quer criar mais um imposto sobre os livros para "estimular a leitura": vai conseguir apenas que o brasileiro leia meio livro por ano...
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Paulo Roberto de Almeida

Brasileiros leem apenas um livro por ano, aponta estudo
Agência Brasil, Sábado, 21 de novembro de 2009

País fica atrás da Colômbia no indíce de leitura; baixo orçamento reflete na estatística

BRASÍLIA - Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 - ainda assim baixo.
Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os Estados em 2007. "O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro", explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.

Detalhes dos hábitos do brasileiro relacionados ao livro, revelados na pesquisa, atestam esta afirmação. O levantamento considera como não leitores aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, ainda que tenha lido ocasionalmente ou em outros meses do ano.

Entre os leitores, 41% disseram que gostam muito de ler no tempo livre, enquanto 13% admitiram que não gostam. Também entre os 95 milhões de leitores brasileiros, 75% disseram que sentem prazer ao ler um livro, mas 22% sustentaram que leem apenas por obrigação. Apenas 7,47% da população brasileira compram livros não didáticos e destinam à literatura o equivalente a 0,05% da renda familiar. O pouco orçamento destinado à leitura se reflete em que 60% dos brasileiros nunca abrem um livro.

Com as estatísticas nas mãos, Fabiano dos Santos diz que há dois caminhos a percorrer para fazer do Brasil um país de leitores: ampliar o acesso ao livro e investir na formação de leitores. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil sugere que a maior influência para a formação do hábito da leitura vem dos pais, o que explica o fato de que 63% dos não leitores informaram nunca terem visto os pais lendo.

Por outro lado, o levantamento sugere que o hábito de ler é consolidado na escola e quanto maior o nível de escolaridade, maior o tempo dedicado à leitura. Entre os entrevistados com ensino superior, há apenas 2% de não leitores e 20% disseram que dedicam entre quatro e dez horas por semana aos livros. Este índice cai para 12% entre estudantes do ensino médio.

"É em casa e na escola, que os leitores são formados. Depois dos pais, os professores são os maiores incentivadores, mas poucos têm a experiência da leitura. E, neste caso, fazer do aluno um leitor é uma mágica", diz o diretor do Livro do Ministério da Cultura.

O professor de Literatura Dilvanio Albuquerque considera que o desinteresse do brasileiro pelos livros não pode ser atribuído apenas à família e à escola. "O problema é mais amplo. Não podemos falar que a culpa é da instituição, seja ela familiar ou escolar, porque, na verdade, o problema é cultural".

Para o professor, até entre os universitários, o hábito da leitura não é comum, inclusive nos cursos em que o contato com a escrita é fundamental. "Normalmente a universidade não oferece um bom acervo. Moramos em um país em que os livros são caros e de difícil acesso", disse.