O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Facebook. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Facebook. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de março de 2014

Oliveira Lima no Facebook do MRE

O texto abaixo foi retirado do Facebook do Itamaraty, em 25/03/2014: 

Esqueceram de mencionar este meu texto: 
“O Barão do Rio Branco e Oliveira Lima: Vidas paralelas, itinerários divergentes”, in: Carlos Henrique Cardim e João Almino (orgs.), Rio Branco, a América do Sul e a Modernização do Brasil (Brasília: Comissão Organizadora das Comemorações do Primeiro Centenário da Posse do Barão do Rio Branco no Ministério das Relações Exteriores, IPRI-Funag, 2002, ISBN: 85-87933-06-X, p. 233-278); ensaio preparado para o Seminário “Rio Branco, a América do Sul e a Modernização do Brasil” (Brasília, IRBr: 28-29.08.2002), no quadro das comemorações do Primeiro Centenário de Posse do Barão do Rio Branco como Ministro de Estado das Relações Exteriores.
Na revista Remate de Males (v. 24, 2004) também existe um texto meu sobre ele: 
Também reeditei e introduzi o livro de Oliveira Lima sobre os Estados Unidos: 
Nos Estados Unidos, Impressões políticas e sociais (Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2009; 424 p.; p. 9-39).
Paulo Roberto de Almeida 

OLIVEIRA LIMA
Há 86 anos, em 24 de março de 1928, falecia, em Washington, o diplomata, historiador, bibliófilo e escritor brasileiro Manoel de Oliveira Lima.

Nascido no Recife no dia de Natal de 1867, Oliveira Lima mudou-se para Lisboa com a família aos seis anos de idade. Na capital portuguesa, demonstrou precoce vocação jornalística – fundou a revista Correio do Brasil aos quinze anos – e formou-se em Letras. Em 1890, ingressou no Serviço Exterior brasileiro como secretário da Legação do Brasil em Lisboa. Durante sua carreira diplomática, serviu ainda em Berlim, Washington, Londres, Tóquio, Caracas (onde negociou limites com a Venezuela) e Bruxelas (como Ministro Plenipotenciário).

Sua experiência diplomática, aliada à reflexão sobre as mudanças nas relações internacionais de então, levaram-no a criticar as diretrizes da inserção internacional do Brasil e a estrutura da carreira do Itamaraty chefiado pelo Barão do Rio Branco. Oliveira Lima se manifestou contra a virada americanista da política externa nacional, sobretudo o pan-americanismo “vistoso” de Joaquim Nabuco; participou da oposição ao Tratado de Petrópolis, que incorporou o Acre ao território nacional em 1903; e defendeu a neutralidade brasileira na Primeira Guerra. A divisão do serviço exterior em três carreiras – diplomática, consular e de secretaria – parecia-lhe anacrônica. Para ele, o diplomata ideal deveria ser capaz de “redigir uma nota num francês sem asneiras, formular uma informação, concisa e luminosa, à consulta urgente de um ministro de Estado, e explorar o mercado mais promissor e mais vantajoso para os nossos gêneros de exportação”.

O trânsito nos melhores arquivos da Europa e das Américas permitiu-lhe a construção de notável obra historiográfica, na qual se destaca D. João VI no Brasil (1908), considerada por Octavio Tarquínio de Souza “um dos maiores livros de nossa historiografia”. Seus escritos de viagem sobre os EUA, o Japão, a Argentina e a América Hispânica, mais do que fixar impressões sobre as sociedades que retratava, constituíam estudos sociológicos profundos, dos quais emergiam observações surpreendentes. Em No Japão (1903), por exemplo, previu acertadamente o resultado da guerra entre Japão e Rússia, que nem sequer havia começado.

É autor ainda de O Secretário d'El-Rei, peça teatral inspirada na vida de Alexandre de Gusmão, e de inúmeras conferências de divulgação da cultura brasileira.

Oliveira Lima aposentou-se do serviço diplomático em 1913, e é membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Seu túmulo no cemitério de Mount Olivet, em Washington, traz a inscrição “Aqui jaz um amigo dos livros”. A coleção Oliveira Lima, com mais de 40 mil itens, entre livros, obras de arte, recortes de jornal e cartas, foi doada à Universidade Católica da América.

Nas imagens, o óleo sobre tela de Carlos Chambelland “Retrato de Oliveira Lima lendo”, de 1913, e a caricatura e texto sobre Oliveira Lima na edição de 2 de julho de 1910 da revista Careta.

Para saber mais:

Baixe gratuitamente livro Oliveira Lima e as Relações Exteriores do Brasil, da diplomata Maria Theresa Diniz Forster: http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product%2Fproduct&product_id=299&search=Oliveira+Lima&category_id=62

A coleção Pensamento Diplomático Brasileiro, também publicada pela Funag, tem um artigo sobre Oliveira Lima, escrito por Helder Gordim da Silveira. Baixe-o gratuitamente, em formato ePub, aqui:http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product%2Fproduct&product_id=507&search=Pensamento&category_id=62

A revista Remate de Males, do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP, dedicou um número a Oliveira Lima:http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/remate/issue/view/192/showToc

Página da Oliveira Lima Library na The Catholic University of America:http://libraries.cua.edu/oliveiralima/index.cfm

Reportagem sobre a coleção Oliveira Lima publicada pelo Estadão em 2011:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,biblioteca-em-washington-recupera-legado-de-oliveira-lima,733914,0.htm

Crítica de Machado de Assis sobre peça “O Secretário d'El-Rei”:http://www.machadodeassis.ufsc.br/obras/criticas/CRITICA,%20Oliveira%20Lima%20-%20Secretario%20DEl-Rei,%201904.htm

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Facebook vs Princeton: 0 x 0, por enquanto...

Ridicula toda essa história, mas serve para lembrar que algumas pesquisas "acadêmicas" são totalmente inconsistentes em sua metodologia
Paulo Roberto de Almeida 

Redes sociais

Facebook ridiculariza tese que prevê fuga de usuários

Estudo da Universidade de Princeton afirma que rede social perderá 80% do público até 2017. Para analistas da empresa, prognóstico é "sem sentido"

Homens em frente a um logo do Facebook
Homens em frente a um logo do Facebook (Dado Ruvic/Reuters)
O Facebook decidiu fazer piada nesta quinta-feira com um recente estudo da Universidade de Princeton que prevê um futuro negro para a rede social nos próximos quatro anos e respondeu com um relatório improvisado que concluiu na mesma moeda. Segundo a brincadeira da rede social, o prestigiado centro universitário ficará sem estudantes em 2021.
Elaborada por dois estudantes de doutorado e divulgada nesta quarta-feira, a tese de Princeton afirma que o Facebook perderá 80% de seus usuários até 2017 e chamou a atenção na internet. O estudo surpreendeu a empresa, que qualificou o trabalho como "sem sentido".
Nesta quinta, os especialistas em análise de dados do Facebook ridicularizaram a previsão: "intrigados com o prognóstico" sobre sua companhia feito pelos doutorandos, eles elaboraram um relatório sobre a universidade utilizando "a mesma metodologia" dos pesquisadores em seu "modelo epidemiológico modificado para descrever as dinâmicas da atividade do usuário de redes sociais online".
Doenças – O texto dos estudiossos de Princeton estabelece uma analogia entre a curva de adoção, ascensão e queda das redes sociais com as doenças infecciosas, e baseia seus prognósticos em tendências extraídas de "dados públicos de buscas realizadas no Google".
"Extrapolando o modelo que melhor se encaixa com o futuro, sugere-se que o Facebook atravessará um rápido declínio nos próximos anos e perderá um 80% de seu pico de usuários entre 2015 e 2017", conlcluem os pesquisadores John Cannarella e Joshua A. Spechler, do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da instituição.
Em sua resposta à universidade, a rede social afirmou que Princeton tem menos cliques no botão "curtir" do Facebook do que Harvard e Yale. Também afirmou que diminuiu a quantidade de suas publicações desde o ano 2000 e constatou que o número de buscas sobre Princeton no Google Scholar, que reúne artigos acadêmicos, também caiu.
Usando "o mesmo princípio" do relatório de Princeton, brincam os analistas do Facebook, a rede estabeleceu uma correlação entre as inscrições de estudantes em uma instituição e a quantidade de buscas sobre ela no Google. "Esta tendência sugere que Princeton terá só a metade de suas matrículas atuais em 2018 e, em 2021, não terá alunos", afirmao "relatório" do Facebook.
Ar – Mas a piada foi além. "Enquanto estamos preocupados com a Universidade de Princeton, nós estamos ainda mais preocupados com o destino do planeta. As pesquisas no Google do termo 'ar' também caíram de forma contínua e nossas projeções mostram que para o ano de 2060 não haverá mais ar", provoca o "estudo" do Facebook.
Segundo os autores da brincadeira, eles quiseram "lembrar, de forma divertida, que nem todas as pesquisas são iguais e que alguns métodos de análise levam a conclusões muito equivocadas". Só o futuro dirá quem está certo.  

Momentos decisivos da história do Facebook

1 de 18

A origem: comparar garotas da universidade (2003)


Em outubro de 2003, quatro estudantes (Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin) da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desenvolvem uma rede dedicada à quase pueril tarefa de comparar garotas da faculdade, escolhendo as mais atraentes. O Facemash é um sucesso: em quatro horas, atrai 450 visitas e exibe fotos das estudantes 22.000 vezes. A empreitada incentiva Zuckerberg a criar o Thefacebook.com.

(Com agência EFE)

domingo, 6 de outubro de 2013

Internet: a dominacao de alguns grandes imperios de softs, de busca e de comunicacao

Age of Internet Empires: One Map With Each Country's Favorite Website

Facebook, Google, and—a newspaper?
More
The world’s most popular websites, old timey map-style (Graham and De Stabbata)
Two researchers, Mark Graham and Stefano De Stabbata, at the Oxford Internet Institute have depicted the world’s “Internet empires” in a map, below. The map shows each nation’s most popular website, with the size of nations altered to reflect the number of Internet users there.
The map makes for a brief, informative look at how geographic—and universal—certain web tastes and habits are.
A map of the most visited website, by country.
Mark Graham and Stefano De Stabbata’s map. Click for detail.
Facebook, the world’s most popular site, is most popular in North Africa, parts of the Middle East, and the Pacific coast of South America. But elsewhere, Google looms. It’s the most popular website in North America, Europe, and parts of south Asia.
And even where it isn’t the most popular site, Google is still powerful. “The power of Google on the Internet becomes starkly evident if we also look at the second most visited website in every country,” Graham and De Stabbata write:
Among the 50 countries that have Facebook listed as the most visited visited website, 36 of them have Google as the second most visited, and the remaining 14 countries list YouTube (currently owned by Google).
What of the rest of the world? Baidu dominates China, though its spill-over popularity into neighboring countries makes the researchers doubt whether data from those countries is accurate. Yahoo! succeeds in Japan and Taiwan through its nearly two-decade-old partnership with Japanese SoftBank and its 2007 purchase of Wretch, a Taiwanese social networking site.
Elsewhere: Yandex, a search engine, is Russia’s most popular site; an email client is most popular in Kazakhstan. Data from central African nations appear unavailable, which makes me wonder if the starting data included mobile web. (If so, Facebook might be doing well there, too.)
Perhaps most interesting  to me are the Palestinian Territories, where a newspaper (a newspaper!), The Al-Watan Voice, is most popular.
Graham and De Stabbata also styled their map Age of Exploration-style, visible at the very top of this post. They seem most interested in, and concerned by, the power inherent in these homogeneous data empires. “We are likely still in the very beginning of the Age of Internet Empires,” they write:
But, it may well be that the territories carved out now will have important implications for which companies end up controlling how we communicate and access information for many years to come.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Uma duvida cruel: Facebook e os altermundialistas...

Quando eu leio notícias como esta, abaixo transcrita, eu me pergunto o que pensam, como reagem, o que fazem com esse tipo de ferramental, todos aqueles órfãos do socialismo, os altermundialistas da ATTAC, os antiglobalizadores do Fórum Social Mundial, enfim, os anticapitalistas e antimercado de sempre, que inevitavelmente, a cada encontro ruidoso (e inútil), estão sempre protestando contra a globalização capitalista, perversa e desigual, assimétrica e empobrecedora, causadora de desemprego e vários outros desastres sociais, etc...
Mas, será que eles estão usando o FaceBook também? Oh dúvida cruel: como usar um típico instrumento do capitalismo globalizado e protestar contra esse mesmo capitalismo globalizado?
Respostas para este espaço democrático e aberto a todas as correntes sensatas...
Paulo Roberto de Almeida 



Facebook Raises $16 Billion in I.P.O. That Values It at $104 Billion
As investors raced to get shares, whose price Facebook set at $38 each, the sprawling social network raised $16 billion on Thursday in an initial public offering.
The I.P.O. signals a rapid evolution for the company. In just eight years, Facebook has gone from a scrappy college service founded in a Harvard dormitory to the third-largest public offering in the history of the United States, behind General Motors and Visa.
Read More: