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sábado, 8 de junho de 2013

Totalitarios de la, e de ca, uni-vos (para controlar a "midia"): bolivarianos tupiniquins ao ataque

Não passa uma semana sem que os celerados do partido hegemônico voltem ao velho tema da "democratização da mídia", que nada mais é do que o controle da imprensa. Eles adorariam ter um panorama venezuelano aqui também, ou seja: censura, dependência dos meios de comunicação das prebendas estatais e coisas do gênero.
Totalitários são assim: eles não suportam críticas e ficam furiosos quando alguém diz que os que eles estão fazendo é, pela ordem: demagogia, clientelismo, fisiologismo, coronelismo, populismo, estatismo, intervencionismo, protecionismo, assistencialismo, bolivarianismo, fraudismo, mentirismo, enganismo, burrismo e vários outros ismos, o que corresponde, aliás, à natureza essencialmente totalitária de suas orientações políticas, de seu caráter social, embora o conceito de caráter seja enganoso, neste caso.
Eles não vão desistir; os quilombolas da liberdade de opinião tampouco; eu faço a minha parte, frente à passividade de tantos acomodados...
Paulo Roberto de Almeida

Chavismo lá, petismo cá

Editorial O Estado de S.Paulo, 08 de junho de 2013 
Não faz muito tempo, o PT preconizava o "controle social da mídia". Mas a ideia de "controle" assusta um pouco e não tem lá grande apelo motivacional. Os marqueteiros entraram em ação e a palavra de ordem mudou então para "democratização da mídia". Afinal, "democratização" é o tipo ideal de ideia-ônibus: todo mundo embarca nela. Só que, como é da natureza das proposições populistas - muito apelo e pouco conteúdo -, nunca ficou claro o que vinha a ser exatamente a "democratização" preconizada, de que modo ela se aplicaria ao cotidiano dos veículos de comunicação, no que ela mudaria de fato para melhor a vida dos brasileiros. Agora, finalmente, o grande enigma parece desvendado. Por analogia.
O finado general Hugo Chávez acaba de ser agraciado, na Venezuela, com o Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar, pelos relevantes serviços prestados à causa da "democratização da mídia" em seu país. Como até as maçanetas do Instituto Lula sabem, Hugo Chávez é a segunda grande figura da política latino-americana a quem as lideranças petistas, Lula à frente, prestam fervorosa reverência. A primeira é Fidel Castro. Não há bom petista que não inveje os poderes de que Chávez logrou se investir para implantar "democraticamente" o "socialismo bolivariano" na Venezuela.
A instituição que outorgou a láurea póstuma a Chávez é uma fundação vinculada à vice-presidência da República. Estatal, portanto. E a justificativa do prêmio chega a ser comovente: "Decidimos outorgar o prêmio extraordinário ao comandante Hugo Chávez porque ele devolveu a palavra aos oprimidos do mundo (sic) em seu papel de comunicador social, em sua constante batalha contra a mentira midiática".
O panorama do jornalismo que hoje existe na Venezuela ainda não chegou à perfeição daquele que vigora há mais de meio século em Cuba, pois ainda sobrevivem alguns veículos não estatais. Em 13 anos de governo, Chávez desenvolveu um meticuloso e eficiente trabalho de neutralização dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão que ousavam manifestar discordância com as políticas oficiais. Apelou para todos os tipos de recursos, desde os embargos de um Poder Judiciário completamente subjugado até os obstáculos econômicos e financeiros, passando pela intimidação e o empastelamento.
As emissoras de televisão, pela extensão de sua audiência, foram as mais perseguidas. As duas maiores redes, por insistirem no jornalismo não alinhado com a política chavista, acabaram subjugadas. Em 2007, a RCTV teve a renovação da concessão simplesmente negada, sob o argumento de que teria participado do golpe de Estado que apeou Chávez do poder por dois dias, em 2002. Este ano, a Globovisión, depois de ter sido financeiramente exaurida pela imposição de pesadas multas, foi vendida para um grupo empresarial aliado do governo e está mudando radicalmente sua linha editorial.
Diante dessa realidade na qual praticamente já não se pode falar em liberdade de imprensa, o Sindicato Nacional de Jornalistas da Venezuela protestou contra a homenagem ao caudilho: "Repudiamos o prêmio dado ao falecido presidente Chávez, responsável pelo fechamento de grande número de veículos de comunicação durante seu governo: além da RCTV, 33 emissoras de rádio".
No Brasil, sob o pretexto da urgente necessidade de um novo marco regulatório das comunicações (o atual tem mais de meio século), o PT promove deliberadamente a confusão entre o verdadeiro objetivo desse marco, que é regular o funcionamento de uma concessão pública - as emissoras de rádio e TV -, com o controle da mídia impressa, cujo funcionamento não depende de concessão. Para ambos os casos, aliás, prevalecem o fundamento constitucional da liberdade de expressão e o veto a qualquer tipo de censura à atividade jornalística, cujos eventuais abusos são tipificados e têm punição prevista na lei ordinária.
Mas o modelo dos sonhos do lulopetismo é aquele que a Venezuela e outros governos bolivarianos estão tentando copiar de Cuba.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Regimes orwellianos sao sempre ditaduras ordinarias...

Isso tem um nome, aliás muito usado pelos companheiros: controle social dos meios de comunicação, que nada mais é senão pretexto para censura, intimidação, monopólio da mentira pelo poder, enfim, instinto totalitário...
Paulo Roberto de Almeida

Le Vietnam applique le modèle chinois pour réprimer blogueurs et internautes

Le Monde.fr,
Un cybercafé à Hanoï, le 31 mars 2010.

Face à la multiplication des blogs et la popularité des réseaux sociaux, le régime communiste vietnamien s'inspire du puissant voisin chinois pour réprimer les voix dissidentes dans un pays où plus du tiers de la population est connectée (31 millions d'internautes). Dans un rapport publié mercredi 13 février (PDF), le Comité Vietnam pour la défense des droits de l'homme et la Fédération internationale des ligues des droits de l'homme (FIDH) dénoncent la répression croissante envers les blogueurs depuis 2010 sous le prétexte de "violations de la sécurité nationale". Au total, au moins 33 personnes ont été condamnées ou sont dans l'attente de leurs procès, sous l'accusation d'avoir utilisé la Toile pour mettre en cause le parti communiste vietnamien. Selon Reporters sans frontières, le Vietnam est "la deuxième prison du monde pour les net-citoyens, derrière la Chine".

ESPACE D'EXPRESSION
Les blogs "fournissent un espace unique au Vietnam du parti unique, où la société civile, la presse, les mouvements religieux et les syndicats sont muselés par le contrôle omniprésent du parti communiste", souligne le rapport du Comité Vietnam pour la défense des droits de l'homme pour les droits de l'homme et de la FIDH. Depuis deux ans, explique-t-il, un "journalisme citoyen" dénonce les scandales de corruption, les abus de pouvoir, le népotisme au sein de l'élite, les atteintes à l'environnement et les expropriations de terres par les autorités.
L'un des sites Internet les plus populaires, qui aborde des sujets tabous dans la presse officielle, est DanLamBao. Il fait partie des trois blogs qui ont été visés spécifiquement en septembre 2012 par le premier ministre Nguyen Tan Dung. Ce dernier les a accusés de "publier des informations déformées et fabriquées" sur les dirigeants et d'"inciter les gens à s'opposer au parti et à l'Etat". Des articles publiés par ces sites avaient fait état d'une lutte au sein du pouvoir après l'arrestation d'un des banquiers vietnamiens les plus influents. Mais DanLamBao a répondu sur son site en publiant une "Lettre ouverte au premier ministre":
"Aucun gouvernement ou parti politique n'a le droit de choisir pour le peuple l'information qu'il peut lire, écouter ou échanger. DanLamBao continuera à fournir de l'information et des points de vues diversifiés (...) et à créer un forum où les lecteurs nous font part de leurs informations, présentent leurs propres perspectives sur des sujets qui affectent leurs vies. De plus, DanLambao ne prendra partie pour aucune des factions du parti et ne permettra pas d'être influencé par une quelconque force 'étrangère' ou 'hostile' - comme nous a accusé de le faire le premier ministre. Nous rejetons l'influence de n'importe quelle puissance ou élite. Nous servons la nation. Sur le long terme, nous sommes persuadés que les médias vietnamiens changeront - ils ont déjà changé dans une certaine mesure - et nous sommes fiers de notre rôle dans cette évolution".
Les tentatives d'intimidation ont eu un effet contraire, lui permettant de doubler son audience. Les responsables du site continuent cependant à travailler, anonymement, dans la crainte de la répression. Un autre site influent est Bauxite Vietnam, créé par des intellectuels de Hanoi, Nguyen Hue Chi, Pham Toan et Nguyen The Hung. Le nom s'explique par leurs critiques des projets chinois pour l'exploitation des mines de bauxite dans le pays. 
ARSENAL JURIDIQUE
Le pouvoir vietnamien s'est doté d'un arsenal juridique pour lutter contre les cyber-opposants et d'une "cyber-police" au sein du ministère de la sécurité publique, souligne le rapport intitulé Blogueurs et cyberdissidents derrière les barreaux: mainmise de l'Etat sur Internet. Si la loi controversée sur un contrôle renforcé du Net n'a pas encore été adoptée et est actuellement bloquée au parlement, un nouveau décret issu du cabinet du premier ministre Nguyen Tan Dung prévoit, à partir de juillet 2013, de fortes amendes pour ceux qui publieraient sur "l'Internet du matériel qui est faux, incompatible avec les intérêts de l'Etat ou avec les traditions et coutumes du Vietnam".
Les blogueurs sont généralement poursuivis dans le cadre de l'article 88 du code pénal prévoyant des peines de 3 à 20 ans de prison pour "propagande contre la République socialiste du Vietnam". Les croyants sont souvent détenus dans le cadre de l'article 87 sous l'accusation de "saper la solidarité nationale, semer les divisions entre les croyants et non-croyants". "Depuis 2010, souligne le rapport, plusieurs militants pro-démocratie pacifiques qui se sont servis de l'Internet pour diffuser leurs appels à la réforme ont été inculpés dans le cadre de l'article 79 pour subversion ou 'activités destinées à subvertir le pouvoir du peuple', qui prévoit la peine de mort comme jugement maximal". Le 9 janvier 2013, un groupe de 14 blogueurs et militants a ainsi été condamné à un total de 113 années d'emprisonnement.
Tout comme Pékin, Hanoi a choisi de soutenir l'Internet comme vecteur de croissance économique tout en maintenant le contrôle et la censure pour éviter qu'il ne se transforme en plateforme de contestations politique. Tout comme Pékin, le Vietnam a commencé à recruter des centaines de blogueurs pour contrecarrer les "forces hostiles en ligne".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Chefe de quadrilha quer amordacar imprensa livre

O Stalin sem Gulag (ainda bem), o totalitário aprendiz, o amigo de ditadores, tiranos, caudilhos autoritários, populistas ditatoriais e, não menos importante, de líderes fascistas (não importa de que tendência), não desiste de suas pretensões censórias.
Ele não se conforma pelo fato de uma imprensa livre denunciar suas falcatruas, roubalheiras, fraudes, mistificações, mentiras, tramóias, patifarias e outras ações clandestinas (ou seja, das quais ainda não temos conhecimento, e não sabemos se teremos), e pretende controlar a imprensa, amordaçar jornalistas, censurar matérias e , de forma geral, desmantelar os grandes grupos de comunicação, que ele chama de "mídia", palavra típica dos espíritos inquisitoriais.
Se dependesse de tiranetes desse acabite, teríamos apenas a imprensa comprada, aquela dos mercenários a serviço do projeto de poder desses aprendizes de ditadores.
Ainda vai demorar alguns meses para o Stalin dos trópicos conhecer as grades de alguma cadeia (ainda assim uma punição leniente para quem pretendia transformar o país num território-prisão, como certa ilha miserável que ele admira, transformada em fazenda-prisão de caudilhos histriônicos, anacrônicos e totalitários). Em algum momento o candidato a ditador vai enfrentar seu destino, até lá cabe vigilância...
Paulo Roberto de Almeida 


Dirceu defende regulação da mídia como prioridade do PT em 2013

Ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa no julgamento do mensalão, defendeu a  regulamentação da mídia no Brasil como uma das três prioridades do PT para 2013. Nessa segunda-feira, 5, em seu blog, Dirceu elencou a reforma política e a "desconstrução da farsa do mensalão" como outros objetivos do partido no próximo ano.
"O partido faz muito bem em eleger esta regulação como uma das principais metas a serem conquistadas em 2013, ao lado da reforma política tão imprescindível ao País e da luta para desconstituir a farsa do mensalão", disse o petista.
Dirceu comentou a entrevista coletiva concedida pelo presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, a correspondentes de jornais estrangeiros no Brasil, na última quarta-feira, 31. Ele elogiou a iniciativa, alegando saber que a mídia nacional iria ignorar a questão. "À exceção dos momentos em que virá com o noticiário enviesado de sempre, para dizer que regulamentação é censura e ameaça à liberdade de imprensa", afirmou o ex-ministro.
Ainda no blog, Dirceu explicou de que maneira o PT vai agir para assegurar a regulamentação: "O partido vai se posicionar, defender, tomar iniciativas, ocupar todas as tribunas que lhe forem possíveis, manter o assunto em evidência e priorizá-lo", explicou.
Para explicar a diferença entre regulamentação da mídia e censura, Dirceu recorreu a uma frase de Falcão. “Não é censura, nada a ver. É ampliar a liberdade de expressão, não restringi-la". Dirceu ainda deixou claro que o objetivo "depende do Congresso, e não do partido".
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Dirceu também prioriza reforma política e a "desconstrução da farsa do mensalão"
(Imagem: Marcos Alves/Agência O Globo)

domingo, 5 de agosto de 2012

Mensalao, mensalao, mensalao: colaborando a uma campanha educativa...

Ouvi dizer, isto é, li na imprensa, que os companheiros, irritados o neologismo "mensalão" (copyright Roberto Jefferson, que deveria receber pelo menos os moral rights pelo conceito), estão pedindo que a mesma imprensa seja proibida de mencionar o processo a que estão sujeitos, por corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha e outros crimes ainda mais sórdidos, e que passe a referir-se ao processo como "Ação Penal 470".
Se trata da folha de figueira sobre as partes pudendas (horríveis, de verdade) desse assunto tão lamentável, e que não precisaria estar ocupando nosso tempo e sobretudo nosso compartimento de atentados à moral, à ética e aos bons costumes. Todo o assunto cheira mal, claro, e só o processo em causa se chama Ação Penal 470.
Todo o resto que eles fizeram tem vários nomes, tipificados em muitos artigos do Código Penal, mas por simplicidade, simplificação e simplismo temos esse conceito simpático, similar ao de uma "mesada", que se chama Mensalão.


Bem, para ajudar a fixar o conceito na mente dos nossos poucos leitores, deixem-me repetir a palavra: 


Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, Mensalão, etc., et., etc.