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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 1 de setembro de 2013

Pasta italiana, al sugo boliviano, garçon brasileño - Revista Veja

Diplomacia

Jerjes Justiniano é o embaixador do narcoestado boliviano em Brasília

VEJA desta semana mostra que representante boliviano assumiu o cargo diplomático há um ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os narcofuncionários

Duda Teixeira
“EXPORTA PARA ONDE?” - Jerjes Justiniano com Evo Morales, após sua nomeação em 2012.
“EXPORTA PARA ONDE?” - Jerjes Justiniano com Evo Morales, após sua nomeação em 2012. (Freddy Zarco)
O motivo primordial da perseguição política que levou o senador Roger Pinto Molina a pedir asilo na Embaixada do Brasil em La Paz foi um dossiê que ele entregou no Palácio Quemado, sede do Executivo boliviano, em março de 2011. O pacote trazia cópias de relatórios escritos por agentes da inteligência da polícia boliviana em que se desnudava a participação de membros do partido do presidente Evo Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), e de funcionários de alto escalão do seu governo no narcotráfico. Alguns desses documentos posteriormente também foram obtidos por VEJA e serviram de base para a reportagem “A República da cocaína”, de 11 de julho de 2012. Neles, afirma-se que o atual ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, e a ex-modelo Jessica Jordan entraram na casa do narcotraficante brasileiro Maximiliano Dorado, em Santa Cruz de la Sierra, no dia 18 de novembro de 2010. Os dois saíram cada um com duas maletas tipo 007. A intenção do senador hoje refugiado no Brasil era que o presidente Morales mandasse investigar as denúncias, e assim contribuísse no combate à indústria da pasta de coca - matéria-prima contrabandeada para o Brasil para a produção de cocaína e crack - e à rede de corrupção ligada a ela.
Nenhum suspeito foi interrogado. Em vez disso, Morales iniciou a perseguição ao senador Pinto Molina e nomeou para o posto de embaixador no Brasil o advogado Jerjes Justiniano, que assumiu há um ano com a missão expressa de fazer frente às denúncias contra os narcofuncionários da Bolívia. Morales poderia ter escolhido alguém menos comprometido com o assunto para desempenhar esse trabalho. O filho do embaixador, o também advogado Jerjes Justiniano Atalá, tem entre seus maiores clientes justamente funcionários do governo acusados de narcotráfico. Pior do que isso. Atalá, que no passado dividiu o escritório com o pai, foi o advogado do americano Jacob Ostreicher, que investiu 25 milhões de dólares em plantações de arroz na Bolívia em parceria com a colombiana Cláudia Liliana Rodriguez, sócia e mulher de Maximiliano Dorado. Resumindo a história: o filho do embaixador defendeu o sócio da mulher do traficante brasileiro, aquele que recebeu em sua casa o ministro denunciado por Pinto Molina. Trata-se, no mínimo, de uma coincidência constrangedora para o papel que Justiniano veio desempenhar no Brasil.
Igualmente constrangedor é um vídeo de quatro minutos que mostra o embaixador visitando a fábrica do narcotraficante italiano Dario Tragni, em Santa Cruz de la Sierra, no início de 2010. Na ocasião, Justiniano era candidato ao governo de Santa Cruz pela legenda do presidente Morales. Ele foi derrotado na eleição, que ocorreu em abril. No tour pela fábrica de madeira Sotra, Justiniano percorreu as dependências do local ciceroneado por um Tragni falante e irrequieto. “Esta é uma das máquinas mais produtivas da América Latina”, disse Tragni, apontando para um de seus equipamentos. Justiniano perguntou: “Estão exportando para onde?”. O italiano respondeu orgulhoso que para Espanha, Itália, Estados Unidos e Alemanha. Participou também da visita amigável Carlos Romero, atual ministro do Governo da Bolívia e responsável pela segurança interna do país. O incrível desse episódio é que poucos meses antes, em novembro de 2009, a polícia encontrara na Sotra diversos recipientes com cocaína, somando 2,4 quilos. No quarto de Tragni, foram apreendidos uma balança e um liquidificador com vestígios de cocaína. Um dos conhecidos meios para transportar drogas usado pelos traficantes bolivianos é escondê-las dentro de compensados de madeira para exportação.
Em tempo: em outubro do ano passado, o ator americano Sean Penn foi nomeado por Morales como embaixador mundial da coca. Nem precisava. A Bolívia já tem Jerjes Justiniano despachando em Brasília.   
Leia também: A república da cocaína

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Republica Centro-Americana das Drogas (quase...)

Impressionante a progressão dos barões da droga no México e na América Central.
Mais um pouco, e poderão convocar eleições para eleger o presidente da república das drogas...
Da coluna diária do ex-blog do ex-prefeito Cesar Maia (13/04/2012):



CARTEL MEXICANO SE ARTICULA COM GANGUES CENTRO-AMERICANAS!
     
(La Nacion, 09) Foi revelado um pacto entre os líderes das “maras” (gangues da América Central), e “Los Zetas”, o brutal cartel paramilitar dos narcotraficantes mexicanos, que também vem tomando o controle de grandes áreas rurais do norte da Guatemala, em sua tentativa de dominar as rotas do tráfico de drogas entre a América do Sul e os Estados Unidos. Nos últimos meses começaram a aparecer os primeiros sinais de que os “Los Zetas” estão fornecendo treinamento e equipamento militar para as “maras”.
    
2. “Los Zetas” - um cartel formado há mais de uma década por desertores das forças especiais do exército do México - já havia unido suas forças com os barões locais da droga nas áreas rurais da Guatemala, e tem recrutado desertores das forças especiais do exército da Guatemala para realizar operações em ambos os países, segundo revelaram autoridades dos dois governos. 
    
3. Uma parceria formal e duradoura com as “maras” proporcionaria aos “Los Zetas” uma fonte de milhares de novos soldados, o que estenderia o alcance do cartel a cidades como a capital da Guatemala e, potencialmente, a outros países da América Central, onde as “maras” controlam as favelas urbanas. Integrantes de “Los Zetas” falaram sobre o recrutamento de 5.000 homens.  Segundo as autoridades, há campos de treinamento do “Los Zetas” nos estados mexicanos de Vera cruz, Sonora, Chiapas e San Luis Potosi.
     
4. Por isso os membros das “maras” começaram a utilizar fuzis AR-15, M-16 e AK-47, bem como granadas militares de fragmentação. As “maras” também começaram a cortar um dedo de suas vítimas de sequestro para pressionar seus familiares a pagar o resgate, uma técnica já observada no México. Como resultado desta aliança com o “Los Zetas”, a Mara Salvatrucha tem mais capacidade de organização, estratégia e de manobra.

5. Agora, o objetivo final de “Los Zetas”, de acordo com analistas, autoridades guatemaltecas e funcionários internacionais, é integrar as chamadas “maras” a sua própria rede e se tornar o grupo mais poderoso da Guatemala, sejam criminosos ou legítimos. "Los Zetas” são uma organização paramilitar que quer controlar todas as atividades da Guatemala: as legítimas, as ilegítimas e as criminais, disse Antonio Mazzitelli, chefe regional do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e o Crime Organizado

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Brasil: pais de passagem da droga; quando na producao?

Não creio que existam condições insuperáveis a que o Brasil se transforme de país de trânsito em país de produção de drogas. Sempre poderemos contar com o jeitinho, a capacidade de improvisação, a genialidade brasileira para nos fazer passar da condição de mero país de passagem, para a de país produtor de drogas com demanda assegurada em certos mercados.
Teremos conseguido, assim, realizar certos sonhos impossíveis: além de conseguir desmantelar as instituições do Estado, determinadas forças estão também conseguindo inserir o Brasil no circuito mundial dos Estados falidos...
Paulo Roberto de Almeida 

DOBRA A ÁREA PLANTADA DE COCA NA BOLÍVIA! BRASIL É CORREDOR PARA EUROPA E CONSUMIDOR!
O Estado de S.Paulo, 08/01/2012

Expulsos da Bolívia pelo governo de Evo Morales, os serviços de inteligência da Grã-Bretanha e dos EUA passaram a depender das operações e da influência do Brasil no país vizinhos para combater o tráfico de drogas, um problema cada vez mais crítico na região. O que preocupa americanos e europeus é que a Bolívia vem se transformando em um importante produtor de cocaína. A Colômbia ainda lidera, mas a repressão ao cultivo causou uma queda drástica da área plantada de coca no país.
      
Uma das consequências foi a transferência da produção para a Bolívia. Em dez anos, a área de cultivo da planta boliviana dobrou, segundo a ONU. Para desembarcar nos mercados europeus e americano, parte da droga passa pelo Brasil. Na avaliação da Europol, 250 toneladas de cocaína a cada ano – 30% da produção mundial – entram na Europa ou nos EUA passando por portos brasileiros. A maior parte da cocaína que vai para os EUA não passa pelo Brasil. Já a droga que chega à Europa sai preferencialmente da Bolívia e, em segundo lugar, do Peru. Estima-se que 60% dela ficam no Brasil.

Produção em hectares de folhas de coca. Em 2000 eram 160 hectares na Colômbia contra 17 na Bolívia. Em 2009 foram 70 hectares na Colômbia contra 35 na Bolívia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A ONU precisa mascar coca (pelo menos um pouco...)


Monday, 02 January 2012 09:01

Bolivia Officially Withdrawn from UN Drug Convention

Written by  Elyssa Pachico
    Bolivia Officially Withdrawn from UN Drug Convention
    Starting January 1, Bolivia will no longer answer to a major United Nations (UN) drug treaty. The withdrawal is a protest against the UN's classification of the coca leaf as an illegal substance, but it is unlikely to prompt a major revision of the treaty.
    It is the first country to abandon the UN narcotics treaty in 50 years, reports the BBC. The Convention mandates that signatory countries cooperate in tracing and seizing drugs, as well as extraditing traffickers. 
    Nearly simultaneously, Bolivia asked the UN to be re-admitted to the Convention if the UN removes the statute which classifies the coca leaf as illegal. Used as the raw material to make cocaine, the coca leaf is widely used for traditional and medicinal purposes in the Andes.
    InSight Analysis
    According to EFE, the 190 countries who are party to the Convention have a year to consider passing Bolivia's request. It may only be passed with a two-thirds majority, meaning the treaty is unlikely to be modified and Bolivia may not opt back in. 
    Defenders of Bolivia's decision have said the move does not represent a rejection of Bolivia's responsibility to fight drug trafficking. Organisms like the UN and the U.S. State Department have said the country is not doing enough to control the illicit coca trade.
    Despite these criticisms, it is unlikely that Bolivia's withdrawal from the Convention will affect the scale of drug trafficking inside the country. The most important effect is the symbolic rejection of the UN's classification of legal versus illegal substances. 

    sábado, 15 de outubro de 2011

    Republica Bolivariana das Drogas - The Economist

    Ou então: socialismo do século das drogas...
    Ou então: Aliança Bolivariana das drogas...
    Whatever: o que diz a revista Economist é suficientemente sério para justificar pleno esclarecimento dos fatos.
    Esclarecimento, contudo, que não virá...
    Paulo Roberto de Almeida

    Drugs in Venezuela

    By the planeload

    Hugo Chávez seems unperturbed by claims of official complicity in crime

    Will Makled sing again?
    OPPONENTS of Venezuela’s president, Hugo Chávez, are eagerly awaiting the trial of Walid Makled, a businessman extradited from Colombia five months ago. Before he was sent home to face drug-trafficking charges, Mr Makled boasted that he had 15 Venezuelan generals, the interior minister’s brother and five pro-government legislators on his million-dollar monthly payroll. Described by a United States attorney as a “king among kingpins”, Mr Makled is wanted in New York for allegedly shipping tonnes of cocaine from Venezuela. As a prisoner of Mr Chávez’s security service, Mr Makled has now fallen silent. The trial, due to begin soon, may or may not offer more revelations.
    The president says Mr Makled’s accusations form part of a plot by the United States to undermine him. Since he kicked out America’s Drug Enforcement Administration (DEA) in 2005, Mr Chávez’s government insists it is intercepting more drugs than before. But its own figures show a drop of almost half in the cocaine seized between 2005 and 2010. The United Nations says that Venezuela is the source of more than half the cocaine seized at sea en route to Europe. American officials say that over 90% of aircraft carrying Colombian cocaine take off from Venezuela.
    Venezuelan officials blame all this on geography, pointing out that their country lies next to Colombia, the world’s biggest cocaine producer. Tarek el Aissami, the interior minister, says that since the DEA left Venezuela has arrested and handed over to other countries 69 high-level traffickers, many to the United States. Nonetheless, the business continues to boom.
    As in other transit countries, drug consumption and gang warfare are both increasing in Venezuela. But there is no equivalent of the drugs war raging in Mexico between the mobs and the state. Some experts suggest this is because the two have established a modus vivendi.
    Mr Makled accused the armed forces of operating four or five drug flights a day from the Colombian border to Central America. The generals he named as his accomplices include the senior armed forces’ commander, the head of military intelligence and the director of the anti-drugs office. Two were already on the US Treasury Department’s blacklist for allegedly colluding with Colombian guerrillas in drug-trafficking. This month a third general, also named by Mr Makled, joined them: Clíver Alcalá, head of the big garrison at Valencia. Venezuela dismissed this as “one more expression of the imperial and arrogant character” of the United States.
    Suspicion of high-level government complicity in the drugs trade has deepened because of official confusion over an incident in August in which a light plane landed on a coastal road in the western state of Falcón. When found, it had more than a tonne of cocaine aboard. Its arrival was followed by a shoot-out between state police and dozens of cops from the national detective corps, known as the CICPC.
    The head of the Falcón police, who says his men answered an emergency call and were ambushed by the CICPC, was forced to resign. At first national officials said the seizure was an intelligence coup. After two weeks of contradictory official statements, Mr Chávez admitted the plane had taken off from the military airport in Caracas, the capital. The operation, he said, had been a “controlled delivery”, meaning agents had posed as traffickers to entrap the real criminals. But who are they?
    Wilmer Flores, the head of the CICPC, insisted it was “one of the best drugs cases” the police had ever been involved in. A few weeks later Mr Flores was decorated—and then sacked, along with almost every other high-ranking member of his force. No explanation was given.
    The only people arrested over the affair are five local policemen, three civilians (bystanders, say their lawyers) and a national-guard sergeant. The Venezuelan media have revealed that the Falcón police were indeed responding to an emergency call, and that none of the policemen arrested has a lifestyle which would suggest income from the drugs trade.
    Meanwhile, none of the high-ranking officials named by Mr Makled is under investigation. The Venezuelan authorities now have two separate opportunities to display in court their commitment to curbing the drugs trade without fear or favour. They seem unlikely to take them.

    sábado, 25 de junho de 2011

    Quanto custa se drogar, e quantos se drogam - UN-Economist

    Mais interessante até do que o preço da cocaína, na rua, por assim dizer, é a proporção da população que se entrega ao vício. Diversos fatores influenciam os preços e eles variam "naturalmente", ao sabor da oferta e da demanda, dos circuitos de transação. Assim, apesar da Inglaterra exibir um preço relativamente modesto para os padrões internacionais, ela registra uma das mais altas taxas de drogados nos países avançados, junto com Espanha e Estados Unidos.

    The UN's world drug report
    The cost of coke
    The Economist, June 23rd 2011

    The price of cocaine varies greatly between rich countries

    EVERY year the United Nations Office on Drugs and Crime publishes a report with lots of fascinating data on the production and consumption of illegal drugs around the world. This year's report highlights a few interesting trends: despite all the effort put into the war on drugs, the street price of cocaine in Europe has dropped relentlessly over the past two decades (even adjusting for inflation and impurity). This may explain why Europe is now almost as big a market for cocaine producers as America. The numbers we have picked out below show the variations in price between a selection of different countries, as well as consumption per person in those places.

    sábado, 18 de junho de 2011

    Estatisticas deformadas: numero de presos nos EUA

    A matéria abaixo é viciosa, mas eu a transcrevo ainda assim.
    Ela coloca no mesmo plano os EUA e outros países quanto ao número de encarcerados, sem sequer se interrogar sobre a natureza dos crimes ou o funcionamento do sistema judicial e a chamada "due defense", que existe nos EUA e é praticamente desconhecida na maior parte dos demais países.
    Enfim, não é das coisas mais inteligentes já postadas aqui, e talvez seja mesmo uma das mais estúpidas, mas sempre podemos ficar um pouco mais inteligentes vendo coisas estúpidas...

    Thanks to War on Drugs, U.S. is World's #1 Jailer

    This is a post to recognize the 40th anniversary of the day in 1971 that President Nixon declared that the U.S. government would start waging a "War on Drugs" war on peaceful Americans who chose to use intoxicants not approved of by the U.S. government (HT: Don B.).

    Q: Which repressive country puts the most people in jail for violating government laws?

    A. Iran
    B. Saudi Arabia
    C. Libya
    D. Egypt
    E. United States of America

    Well, it's not even close..............

    World Rank, 2010- Country - Prisoners per 100,000 Population
    #1 - U.S.A. - 743
    37 - Tunisia - 297
    52 - Turkmenistan - 224
    53 - Iran - 223
    61 - Libya - 200
    61 - Mexico - 200
    69 - Colombia - 180
    70 - Saudi Arabia - 178
    92 - Bahrain - 149
    116 - China - 120
    126 - Venezuela - 114
    137 - Iraq - 101
    140 - Ethiopia - 98
    150 - Egypt - 89
    156 - Yemen - 83
    185 - Syria - 58
    187 - Afghanistan - 56
    198 - Sudan - 45
    198 - Pakistan - 45

    The table above shows how the 2010 U.S. prison incarceration rate (prisoners per 100,000 population) compares to some of the roughest countries in the world. The full list of 216 countries is here, the countries above were selected as some of the world's most repressive regimes (Iran, Saudi Arabia and Libya), some of the world's least economically free countries (Venezuela, Turkmenistan, Sudan, Afghanistan, according to the Heritage Foundation), and some countries with the biggest narco-terrorism problems (Colombia and Mexico).

    But none of them even come close to the incarceration rate of the World's #1 Jailer - the United States, largely because of the "War on Drugs" war against peaceful Americans using intoxicants currently not approved of by the U.S. government (see chart below).

    Note that in the full list of countries, neighboring Canada ranks #124 (117 prisoners per 100,000), and countries with liberalized drug laws like Portugal rank #128 (112 per 100,000) and Netherlands ranks #145 (94 per 100,000).

    quinta-feira, 22 de julho de 2010

    O Brasil como os Estados Unidos: jogando a culpa nos outros

    Como no caso da droga nos EUA, que tendem a atuar do lado da oferta e não do lado da demanda, o Brasil tende a atribuir ao Paraguai a origem dos problemas de drogas, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e outros problemas, esquecendo-se de que os "empresários" paraguaios apenas atendem a uma demanda brasileira.
    Acredito que o Brasil precisa olhar para o seu próprio rabo...
    Paulo Roberto de Almeida

    Dilma muestra las uñas

    ABC Digital, 20 de Julio de 2010 21:39

    La candidata a la presidencia del Brasil por el gobernante Partido de los Trabajadores (PT), Dilma Rousseff, anunció que en caso de acceder al cargo potenciará los controles en la frontera con Paraguay, a la que considera la más vulnerable puesto que desde nuestro país ingresan al suyo, asegura, estupefacientes, armas y mercaderías ilegales. Huelga mencionar que es del más absoluto y estricto interés del Paraguay que se combata con determinación el crimen organizado en todas las zonas limítrofes. Lo que bajo ningún punto de vista es aceptable es que se señale a nuestro país como responsable de una supuesta tolerancia, cuando no directa connivencia, con los que obran en la irregularidad, como si el delito fuera algo que sucede aquí de manera aislada, sin conexiones al otro lado de la frontera, y por lo cual el Paraguay mereciera convertirse en objeto de "patrulla" o vigilancia internacional. Esta perspectiva es no solamente injusta y maniquea, sino también intolerante y xenófoba. El enfoque de la candidata del PT es inadecuado e inaceptable para nuestro país. Si el Brasil realmente quisiera combatir el crimen organizado transnacional de manera efectiva, propondría todo tipo de cooperación al Gobierno paraguayo, en vez de realizar demostraciones de fuerza en la frontera.

    La candidata presidencial brasileña del Partido de los Trabajadores (PT), Dilma Rousseff, afirmó esta semana, en el transcurso de una entrevista que concedió a una radioemisora de la ciudad de Curitiba (Paraná), que en caso de acceder al poder potenciará los controles en la frontera con Paraguay, a la que considera la más vulnerable, puesto que desde nuestro país ingresan al suyo, asegura, estupefacientes, armas y mercaderías ilegales.

    Al tiempo de señalar que pretende "aumentar el contingente de efectivos especializados en la frontera con todos los recursos de inteligencia y equipamientos adecuados", la política anuncia la permanente utilización en la zona del recientemente adquirido vehículo aéreo no tripulado (VANT), más conocido como avión espía, para vigilar la región.

    Huelga mencionar que es del más absoluto y estricto interés de la República del Paraguay que se combata con determinación el crimen organizado en todas las zonas limítrofes, fundamentalmente en aquellas que por sus peculiares características geográficas presentan una permeabilidad que facilita la actividad de los grupos que operan al margen de la ley.

    Lo que bajo ningún punto de vista es aceptable es que se señale a nuestro país como responsable de una supuesta tolerancia, cuando no directa connivencia, con los que obran en y desde la irregularidad, como si el delito fuera algo que sucede aquí de manera aislada, sin conexiones al otro lado de la frontera, y por lo cual el Paraguay mereciera convertirse en objeto de "patrulla" o vigilancia internacional.

    Esta perspectiva es no solamente injusta y maniquea, sino también intolerante y xenófoba, motivo por el cual debe ser rechazada en todos sus términos y denunciada como abiertamente discriminatoria.

    En primer término, la señora Rousseff, eventual sucesora del presidente Luiz Inácio Lula da Silva en caso de imponerse en las elecciones que deben realizarse en el vecino país el mes de octubre próximo, debe asumir que existe una total y absoluta CORRESPONSABILIDAD entre Brasil y Paraguay en materia de combate contra la lacra de la criminalidad, que se origina porque en uno y otro lado de la frontera existen sujetos inescrupulosos dispuestos a lucrar con todo tipo de ilegalidad.

    Apuntar a nuestro país como si fuera culpable por el auge del delito en las regiones compartidas es una actitud tan hipócrita como la asumida por los Estados Unidos de América durante las décadas de los 70, 80, 90 y gran parte de la actual, cuando sus políticas antinarcóticas señalaban a los países productores de estupefacientes como los únicos responsables del tráfico de drogas, como si el hecho de que esa importante nación fuera el principal mercado de consumo de narcóticos no tuviera ninguna incidencia en el fenómeno.

    Si el Brasil realmente quisiera combatir el crimen organizado transnacional de manera efectiva, propondría todo tipo de cooperación al Gobierno paraguayo, y dejaría de someter a nuestro país con la realización de reiterados ejercicios militares en la frontera que, más que arrojar resultados efectivos en la lucha contra el delito, solo sirven para manchar la imagen internacional del Paraguay y afectar la soberanía nacional, o bien directamente para amedrentar a nuestras autoridades cuando efectúan algún requerimiento relacionado con las justas reivindicaciones históricas que aún permanecen sin saldarse.

    El enfoque de la candidata presidencial del PT es por lo tanto inadecuado e inaceptable para nuestro país. Lamentablemente para los ciudadanos paraguayos, las instituciones encargadas de velar por la reputación y el buen nombre de la República, como el Ministerio de Relaciones Exteriores, brillan por su ausencia a la hora de aclarar con firmeza a quienquiera que fuese que el Paraguay no está dispuesto a tolerar ningún tipo de exabrupto o desconsideración, vengan estos de naciones muy poderosas o de otras menos gravitantes en el escenario internacional.

    En este sentido, sería bueno saber qué tipo de estrategias está implementando la Cancillería nacional para acercarse a los principales candidatos presidenciales brasileños, con los cuales existen sendos asuntos bilaterales que abordar o, al menos, opiniones sobre estos temas que sondear. Aguardar que ellos asuman el poder para entablar los contactos, aunque más no sean extraoficiales, no es la mejor manera de desarrollar una política exterior proactiva y preventiva, destinada a evitar que figuras políticas tan relevantes de nuestro país vecino accedan a la presidencia con tal grado de prejuicios hacia el Paraguay y su realidad actual.

    quinta-feira, 24 de junho de 2010

    Quem disse que a America Latina nao cresce?

    ONU: Latinoamérica es la zona con el mayor aumento del consumo de coca
    Michael Shifter
    Infolatam/ Efe
    Panamá, 23 de junio de 2010

    Una década del Plan Colombia: por un nuevo enfoque
    Alrededor del 45% de la producción de la cocaína es incautada.

    Las Claves:
    * Suramérica, América Central y el Caribe tienen 2,7 millones de consumidores, a los que llega un 20% del estupefaciente distribuido en el mundo, por detrás de Estados Unidos (41%) y Europa (26%).
    * "La tasa más alta de crecimiento por la cocaína no es Estados Unidos, es América Latina: es Brasil, es Argentina (...)", dijo Mazzitelli .

    Latinoamérica es la zona del planeta con un crecimiento más alto en el consumo de cocaína y ya tiene más de dos millones de consumidores, indicó el representante regional para México, Centroamérica y el Caribe de la Oficina de la ONU contra la Droga y el Delito (Unodc), Antonio Mazzitelli.

    "La tasa más alta de crecimiento por la cocaína no es Estados Unidos, es América Latina: es Brasil, es Argentina (...)", dijo Mazzitelli en una entrevista con Efe en Panamá junto al subdirector de Unodc, Francis Maertens, quienes inauguraron una oficina del organismo en esta ciudad.

    Según datos del informe anual de la Unodc 2010 al que tuvo acceso Efe, Suramérica, América Central y el Caribe tienen 2,7 millones de consumidores, a los que llega un 20% del estupefaciente distribuido en el mundo, por detrás de Estados Unidos (41%) y Europa (26%). "Hace 20 años el 90% del consumo eran los Estados Unidos", recordó Mazzitelli.

    El funcionario señaló que se consume y se produce más cocaína en el mundo, pero aseguró que se ha logrado contener el problema en un mundo muy distinto al que hace 50 años presentaba a una quincena de países como consumidores del 80 o el 90% del consumo mundial.

    "Todo tiene que ser visto en perspectiva, seguramente se produce más, se consume más, pero considerado lo que fue la epidemia de la coca en la década de los ochenta en los Estados Unidos, considerada su expansión en todos los mercados, todavía se ha logrado contener el problema", subrayó.

    Por su parte, Maertens indicó que las estimaciones del organismo sitúan la producción mundial de cocaína "entorno a las 1.000 toneladas al año", aunque "bajó los dos últimos años y hace dos años estuvo en 860".

    También afirmó que alrededor del 45% de la producción de la cocaína es incautada, aunque en ese cálculo se contabilizan decomisos de hoja de coca, pasta de coca, cocaína en los países productores, en tránsito, etcétera. Maertens señaló que Centroamérica "ha vivido muchos cambios" por su situación entre el mercado estadounidense y los países andinos y afirmó que "está claro que algunos países están perdiendo de una u otra manera el control en sus territorios" a manos del crimen organizado.