O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador criminalidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador criminalidade. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de abril de 2013

Pausa para... humor negro (Disneylandia do Joao Ubaldo)

Parece mentira, mas é tudo verdade...
Exclusiva com o comandante Borges
 João Ubaldo Ribeiro
O Estado de S.Paulo, 14/04/2013

-Comandante, ainda bem que você veio. Ontem me disseram que você não queria mais dar a entrevista.

- É, mas pensei melhor. Se eu prometi, está prometido. Alguém tem que manter a palavra neste país. Mas isso não impede, sem querer ofender ninguém, que eu ache esta entrevista uma palhaçada.

- Não entendi.

- Não vai sair nada do que eu disser, a imprensa está toda no bolso do governo, devendo à Previdência e à Receita e mamando as verbas de publicidade. A imprensa está aí para ajudar no fingimento de que há liberdade, vontade popular, opinião pública e essas besteiras feitas para declamação. Isto mesmo que eu acabo de dizer quero ver sair, não sai. Está gravando?

- Estou.

- Você está perdendo seu tempo, não vai sair nada. Grave aí que eu acho que essa democracia é para as negas deles, o que eles fazem é entrolhar todo mundo e fazer tudo da veneta deles. Você viu a do ensino? Agora é obrigatório botar o filho na escola aos 4 anos! A quem que eles perguntaram? Eles não conseguem dar conta nem de metade dos que já têm direito e inventam mais? Estamos cheios de grandes escolas públicas para todos, todo mundo na escola de barriga cheia desde os 4 anos, que beleza! Eu não sou otário, eu não sou otário! Eu queria que eles compreendessem que eu não sou otário!

- Eu pretendia chegar a assuntos como esse, sei que você tem opiniões muito firmes. Mas minha primeira pergunta ia ser outra, mais pessoal.

- Ah, desculpe, eu às vezes me exalto um pouco. Pode perguntar o que você quiser. Se eu contar coisas pessoais, também não sai, eu não sou pervertido, a imprensa só se interessa quando é a vida pessoal dos pervertidos. Não vai sair nada, mas eu respondo a qualquer pergunta.

- Bem, a pergunta é uma curiosidade minha. Frequentamos este mesmo boteco há não sei quantos anos e nunca vi você chegar dando risada sozinho, como vi hoje, na hora em que você estava descendo da sua famosa bicicleta elétrica. Dá para dizer qual foi a razão?

- Dá, eu não escondo nada. Não era riso de satisfação, nem de felicidade. Era uma risada mórbida que deu para me atacar de uns tempos para cá, uma espécie de humor negro. Eu estava me lembrando de um comercial. Não sei do que era, só me lembro da cena. Era um casal fazendo um piquenique romântico na Lagoa à noite, sentadinho com um pano de mesa estendido, luz de velas, cestinha de comida, parecia uma aquarela campestre. Aí eu fiquei pensando e me deu uma crise desse riso mórbido. E, na hora de minha chegada, não sei por que, me lembrei de novo. Sempre que eu lembro, rio novamente, é incoercível. Piquenique na Lagoa é demais, não é, não?

- Demais como?

- Você não entendeu? Piquenique na Lagoa, piquenique na Lagoa! Só pode ser Walt Disney, e dos anos 50! Quando o casal tivesse acabado de estender a toalha, já não ia ter mais cestinha, nem garrafinha, nem vela, nem piquenique nenhum! Seja sincero e realista e me responda quantos segundos você daria para um casal começar um piquenique à noite na Lagoa e o piquenique ser todo comido e possivelmente o casal também. Dou 90 segundos, mas ganha quem der um minuto. Aí eu fico pensando no que poderia acontecer a esse casal e o piquenique deles e tenho essas crises de riso, é tudo humor negro mesmo. Uns dois dimenores liquidavam tudo numa boa.

- Você tem uma birra com os menores, não tem?

- Eu não, eu só sou contra o que eu vou lhe figurar. Eu sou João Narigolé, traficante que de vez em quando precisa de outros serviços, notadamente os que envolvem dar cabo de alguém. Aí, quem é que eu chamo para fazer o serviço? Vou ao banco de dados de menores pistoleiros… Deve haver vários bancos de dados desse tipo, é capaz até de já ter no Facebook. Vou lá, escolho um, ofereço uma graninha e ele faz a execução. Se for preso, não pega nada e recebe a grana pelo serviço. Se me dedurar, sabe que eu posso mandar outro dimenor para rechear de azeitonas a cabeça dele e assim por diante, é um esquema perfeito. O dimenor é um grande patrimônio da criminalidade nacional.

- Então você é a favor da diminuição da maioridade penal.

- Eu não! Não distorça minhas palavras! A favor da diminuição geral, não, cada caso é um caso! Eu só tenho propostas sérias e eficazes, esse negócio de fixar idades com base em invencionices psicológicas não resolve nada. Eu sou a favor de uma coisa muito simples: teve idade para apontar a arma e dar o tiro, tem idade para ir em cana. Não é simples? É a coisa mais óbvia para qualquer um e somente os intelectuais é que não concordam, porque as soluções simples dão desemprego para eles, tudo aqui é em função do emprego.

- Você não acha que a responsabilidade penal do menor…

- Ninguém mais é responsável por nada! Isso era antigamente, agora todo mundo é vítima e qualquer sacanagem que apronte recebe um nome artístico, dado pelos psiquiatras! Um nome artístico e uma bolinha e está tudo resolvido, a culpa não é de ninguém, é da síndrome! A culpa não é dele, é das condições socioeconômicas! A culpa não é dela, é dos traumas de infância! Ninguém tem mais culpa de nada, ninguém fica preso, ninguém paga do próprio bolso as multas às empresas, ninguém é responsável por nenhum desastre, todo mundo rouba e mata, há muito tempo que isto é uma esculhambação! O que nós precisamos é de Robespierre! Nada de faxina! Para quem propina, rapina e assassina, o correto é guilhotina! Quero ver isso sair no jornal!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Mercado Comum da Criminalidade?: Noruega sai da Venezuela...


Norway closes diplomatic mission in Venezuela, citing rampant violent crime

CARACAS, Venezuela — Norway will close its embassy in Venezuela because of rampant crime in the South American country and move the diplomatic mission to neighboring Colombia, its ambassador said Wednesday.
Norwegian ambassador Lars Vaagen said the decision to move the embassy to Bogota next year was made after analyzing the problem of widespread violent crime in Venezuela.
“We see the security situation as increasingly difficult,” Vaagen said in a telephone interview.
Norway’s embassy in Caracas has been operating for almost 45 years.
In polls, Venezuelans consistently rate violent crime as their top concern.
The government of President Hugo Chavez estimates that more than 14,000 people were killed in Venezuela last year. That gave the country a homicide rate of 50 per 100,000 people and made it one of the most violent countries in Latin America and the world.
Kidnappings for ransom have grown rapidly over the past decade, with abductions reported to police rising from 52 in 1998, when Chavez was first elected, to 618 in 2009. Security experts say the real number of kidnappings is much higher because most cases aren’t reported to authorities.
Over the last year, diplomats from Mexico and Chile were kidnapped, and all were eventually freed after ordeals lasting from two hours to more than a day. The abductions of diplomats influenced Norway’s decision to move its embassy, Vaagen said. Thieves have also broken into several diplomatic missions in recent years.
Experts say violent crime has increased in Venezuela due to easy, cheap access to guns, a culture of violence among young men in the slums, and severe shortages of police officers and prosecutors.

Copyright 2012 The Associated Press. All rights reserved. This material may not be published, broadcast, rewritten or redistributed.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Violencia nas Americas: Caracas distinguida...

New York City celebrates day without violent crime

Police officers in New York on 2 November 2012 Monday was not an especially busy day for New York City's police officers
For the first time in living memory, New York has spent a day entirely without violent crime.
The city police department's chief spokesman said that Monday was the most bloodshed-free 24-hour period in recent history.
Not a single murder, shooting, stabbing or other incident of violent crime was reported for a whole day.
Despite a July spike in homicides, the city's murder rate is on target to hit its lowest point since 1960.
Just a few months ago, residents were living through what one tabloid newspaper called the "summer of blood".
Aggressive prevention tactics Despite the fall in homicides, statistics point to a 3% overall rise in crime.
A New York detective recounts his days running the anti-pickpocket unit
There has also been a 9% increase in larceny, which police blame on a surge in smartphone thefts.
But killings are now down 23% compared with last year, which represents a 50-year low.
There have been 366 murders so far this year in New York City, compared with 472 at this time last year.
Experts say such a low number of homicides is highly unusual for a US city of eight million people.
Gang-plagued Chicago, Illinois, has chalked up 462 murders this year, despite having a population of about 2.7 million people.
There have been 301 murders in 2012 in the city of Philadelphia, which has 1.5 million people.
Some experts are praising the New York police department's aggressive crime-prevention tactics, notably the so-called Stop And Frisk policy, which has rooted out dozens of illegal guns.
But critics argue that it has led to hundreds of thousands of young blacks and Latinos being stopped without cause.
Chart of global murder rates 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ja sequestrou seu diplomata hoje? - o esporte atual na Venezuela

O tema não é novo e vem se apresentando com alguma frequência nos últimos tempos. Os partidários do regime acham que tudo é um complô para afastar Chávez, como se os bandidos tivessem coloração política ou ideológica.
Suponho também, como em qualquer mercado, que as vítimas tenham o seu preço de resgate segundo sua importância política. Sendo assim, um diplomata amigo do regime, como os brasileiros, por exemplo, devem valer muito mais do que de um outro país indiferente ao vibrante socialismo do século XXI.
Paulo Roberto de Almeida

Kidnapped Costa Rican diplomat freed: Venezuela

Related Topics

CARACAS | Tue Apr 10, 2012 7:43am EDT
(Reuters) - A Costa Rican kidnapped during the weekend in the latest attack on foreign diplomats inVenezuela has been freed and is in good health, the government said on Tuesday.
"Thanks to police investigation and pressure, we achieved the liberation of the Costa Rican diplomat," Venezuelan Interior Minister Tareck El Aissami said on Twitter. He promised full details of the operation later in the day.
Guillermo Cholele, a trade attache at the Costa Rican Embassy in Caracas, was seized on Sunday night as he returned to his home in La Urbina, a middle-class neighborhood in the eastern part of the capital.
"He is in good physical state, under police protection en route to meet up with his family," El Aissami said.
Various diplomats stationed in Venezuela have been victims of robberies and "express" kidnappings - usually short abductions motivated by money - in recent months. One consul's daughter was shot dead at a police roadblock.
Local media said Cholele was 55 and had lived in Venezuela with his wife and two children for the past six years. His abductors had demanded a ransom, according to Costa Rica, but it was unclear if anything was paid.
Murders, armed robberies and abductions are rife in Venezuela, which has huge oil wealth alongside deep poverty.
Mexico's ambassador and his wife were briefly kidnapped in January and last year a consul from Chile was shot and beaten in Caracas during an abduction that lasted several hours.
POLITICIZED CRIME
A diplomat from Belarus also was kidnapped last year. Last month, the teenage daughter of a Chilean diplomat was shot dead by police after the car she was in failed to stop at a roadblock in the western city of Maracaibo.
Venezuelan's favorite sport has also been hit. U.S. Major League Baseball player Wilson Ramos of the Washington Nationals was kidnapped while visiting his parents last November. He was held in the mountains for two days before being rescued by security forces.
The country's opposition, which hopes to topple President Hugo Chavez in the October 7 election and end his 13 years in power, says his government only shows any urgency in its fight against crime when foreign or high-profile victims are involved.
Seeking to counter that impression, Chavez's socialist administration launched two new organizations to combat criminality just last week.
While voters appear not to hold the president personally responsible for one of the world's highest crime rates, his government is under growing pressure - and the latest incident quickly became politicized.
Some Chavez supporters suggest the violence against diplomats may be an opposition plot to discredit the government and tarnish the achievements of his self-styled revolution.
Diosdado Cabello, the National Assembly boss and a staunch ally of the president, said he hoped the recent attacks were just a coincidence and nothing more sinister, while pro-Chavez talk show host Mario Silva said the opposition was following the violent playbook of a brief coup against Chavez a decade ago.
"What better way to show the international community that Venezuela doesn't even have the capacity to protect diplomats?" Silva said on Monday night.
"They're following the exact same script."
(Additional reporting by Daniel Wallis and Andrew Cawthorne; Editing by W Simon and Bill Trott)