A Petrobras passou a maior parte da sua vida útil sem encontrar muito petróleo, mas sendo sugada por políticos, sindicalistas, oportunistas, e toda espécie de aproveitadores conjunturais.
Quando ela começou a melhorar, devido às reformas feitas por pessoas sensatas, e ser administrada como uma companhia comercial que é -- claro, deveria ter sido privatizada desde o início do processo, mas não foi, por causa dos mitos que cercam o petróleo no Brasil, e por causa da ignorância majestosa de políticos e jornalistas -- aí chegaram os companheiros e deram início ao processo de desmonte. Primeiro voltando a sugar a companhia, para alimentar ainda mais aproveitadores do que antes, porque os companheiros são insaciáveis em sua
auri sacra fames...
Isso e mais a gestão incompetente de ministros, chefes de gabinete civil e ainda mais alto escalão, fizeram o resto, e a companhia é isso que vocês sabem, estão vendo e acham que algo aconteceu, mas não sabem como.
Eu conto: má gestão, incompetência, inépcia, burrice, desonestidade, e outras coisas mais...
A constatação está na primeira matéria; a incompetência, na segunda.
Paulo Roberto de Almeida
Petrobrás é a empresa com mais dívidas no mundo
Segundo relatório do BofA, a dívida da empresa cresceu muito por causa do programa para elevar a produção offshore
19 de outubro de 2013
FERNANDA GUIMARÃES - O Estado de S.Paulo
A Petrobrás é agora a empresa mais endividada do mundo, segundo relatório divulgado pelo Bank of America Merril Lynch. "A dívida da Petrobrás cresceu rapidamente com a empresa implementando um ambicioso programa de investimento de US$ 237 bilhões para o crescimento de sua produção offshore", informa o documento.
Segundo o BofA, um importante fator para a Petrobrás reverter a tendência de alta da sua alavancagem seria impulsionar o seu Ebitda (geração de caixa), o que ocorreria com um aumento de produção.
"Sem uma produção maior, a alavancagem continuará a crescer a menos que ocorra um forte aumento nos preços da gasolina e uma forte redução no programa de capex (investimento)", segundo o documento. Para a equipe de análise, a produção da estatal deveria crescer para 3,8 milhões de barris por dia para que a alavancagem da empresa comece a cair.
"Os próximos 6 a 18 meses serão, esperançosamente, o início de uma importante virada para a Petrobrás em termos de produção", ainda de acordo com o documento.
Outro ponto relevante é o aumento dos preços. "De acordo com a diretoria, um aumento adicional de preços é possível no curto prazo", afirma a analista que assina o documento, Anne Milne, que julga difícil "dada a fraqueza no crescimento da economia, pressão inflacionária, um real fraco e risco de protestos sociais".
Outro ponto que poderia ajudar na redução do endividamento da petrolífera seria a redução do programa de investimentos. "A empresa identificou US$ 29,5 bilhões em projetos que estão com baixa valorização", destaca a analista. Ela frisa que movimento de venda de ativos e de joint ventures pode ajudar a Petrobrás, além de um amplo programa de redução de custos.
Brazil raises fuel prices holds off changes to subsidies
By Samantha Pearson in São Paulo
Financial Times, November 29, 2013
Brazil’s state-controlled oil company,
Petrobras, has agreed to raise fuel prices but failed to deliver a transparent pricing policy for the future, dealing
a blow to investors and the country’s struggling ethanol industry.
The Rio de Janeiro-based company said late on Friday that it’s board had agreed to raise petrol and diesel prices by 4 and 8 per cent respectively as of Saturday morning.
The practice has cost its refining unit over R$40bn since the beginning of 2011, raising doubts about its ability to deliver its $237bn five-year investment plan. It has also caused great anger among minority shareholders around the world.
Petrobras said in a surprise announcement last month that it had prepared a methodology that would help match domestic prices to international prices. However, the move needed the approval of the board, led by Finance Minister Guido Mantega.
In its statement on Friday, Petrobras said the price increases were part of the “implementation of its diesel and petrol price policy”. However, it said the policy would remain private, prompting criticisms that the company had, in fact, made no significant changes to its practices at all.
Brazil’s ethanol industry body, Unica, said on Friday that the announcement would not help as it gave no clarity on future fuel prices.
Producers of the biofuel have suffered widespread losses over the past few years as they are unable to compete with subsidised petrol prices. In Brazil, almost all cars are built to run on ethanol or petrol, leaving drivers to choose depending on which fuel is cheaper at the pump.
“We continue without any system, without a formula with clear and stable parameters, which would make it possible to understand the basis on which petrol prices are maintained or adjusted,” Unica said in a statement on Friday.
While Petrobras’s management have been keen to push through a transparent methodology, the government is concerned it would boost fuel already high inflation and decided to block the move, according to local media.
Annual inflation in Brazil was last recorded at about 5.8 per cent – below the 6.5 per cent ceiling of the tolerance range but above the 4.5 per cent target.
On Wednesday, the central bank raised the benchmark interest rate by 50 basis points to 10 per cent, adding to what has become the world’s biggest tightening cycle this year.