O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 16 de abril de 2016

Book discussion: Mandelbaum and USA in post-Cold War World (Cato)


Mission Failure: America and the World in the Post–Cold War Era
Book Forum
Cato Institute - Wednesday, April 20, 2016
Washington, DC, 12:00PM - 1:30PM

Featuring the author Michael Mandelbaum, Christian A. Herter Professor of American Foreign Policy, School of Advanced International Studies, Johns Hopkins University; with comments by Keir Lieber, Associate Professor, Edmund A. Walsh School of Foreign Service, Georgetown University; and Brad Stapleton, Visiting Research Fellow, Cato Institute. Moderated by John Mueller, Senior Research Scientist, Mershon Center for International Security Studies, Ohio State University, and Senior Fellow, Cato Institute.

Please join us as Michael Mandelbaum—prominent columnist and author, and a leading foreign-policy thinker—discusses his new book, Mission Failure: America and the World in the Post–Cold War Era. In this definitive work, Mandelbaum critically assesses American military interventions since the end of the Cold War and the deeply flawed post–Cold War efforts to promote American values and American institutions throughout the world. Each intervention was designed to transform local economic and political systems, and each, argues Mandelbaum, failed. It is, he writes, “the story of good, sometimes noble, and thoroughly American intentions coming up against the deeply embedded, often harsh, and profoundly un-American realities of places far from the United States.” In these encounters, he concludes, “the realities prevailed.” We hope you will be able to join us for what will be a provocative and highly illuminating event.

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Saude, dieta mediterranea e longevidade - Daniel Amstalden

A ilha onde os habitantes esquecem de morrer
Daniel Amstalden, Diretor

Oi, leitor. Tudo certo?

Hoje, eu quero contar a você uma linda história. Mas antes quero te perguntar se você já curtiu a página da Jolivi no Facebook. Ainda não? Acesse este link, curta e nos ajude a estar sempre elaborando conteúdos que estão no radar do seu interesse.

Neste sábado, nós deixamos disponível uma enquete sobre qual tema te interessa mais: diabetes, doenças cardíacas ou câncer. Dê seu voto!

Vamos, agora, para a história bonita que quero te contar.

Li uma reportagem publicada pelo The New York Times, há três anos, com o título "The island where people forget to die" – traduzindo “A ilha onde as pessoas se esquecem de morrer”.

O artigo conta a história de Stamatis Moraitis, um combatente da Segunda Guerra Mundial que decide se mudar para os Estados Unidos após o fim do combate.

Depois de adotar o modo de vida americano, com uma casa na Flórida, dois carros e três filhos, Moraitis recebeu, em 1976, a notícia de que estava sofrendo de câncer de pulmão.

O diagnóstico seria confirmado por 9 médicos diferentes que dariam uma expectativa de 9 meses de vida a ele. Ele tinha 62 anos.

Moraitis, então, decidiu voltar com sua esposa para sua ilha natal de Icária, no Mar Egeu, para ser enterrado ao lado de seus ancestrais em um cemitério protegido pelo mar.

Mudou-se para uma pequena casa caiada no meio de um hectare bem íngreme – dotado de uma bela plantação de uvas – e se preparou para morrer.

Preparou-se, mas...

No início, passou muitos dias na cama, recebendo os cuidados de sua mãe e sua esposa.

Mas, logo redescobriu a fé que tanto marcou a sua infância e começou a visitar, todo domingo de manhã, a pequena capela ortodoxa localizada no topo da colina – onde seu avô tinha sido um sacerdote (padre da Igreja Ortodoxa grega).

Quando seus amigos de infância souberam de seu retorno, eles começaram a visitá-lo todas as noites.

Suas conversas duravam horas e, invariavelmente, acompanhavam uma ou duas garrafas de um bom vinho da região. "Melhor morrer feliz", disse Moraitis.

Mas algo estranho aconteceu nos meses seguintes.

Moraitis começou a se sentir melhor e recuperou aos poucos sua energia. Um dia, invadido pelo desejo especial para fazer as coisas, decidiu plantar alguns vegetais em seu jardim. Sem nenhum plano para colhê-los, mas sim desfrutar do sol e do mar azul à sua vista.

Passaram 6 meses, e Moraitis ainda estava vivo, contrariando as estatísticas.

Longe de estar em agonia, ele voltou a cuidar do jardim e da limpeza das vinhas da família.

Pouco a pouco, ele foi se adaptando ao ritmo de vida tranquilo da pequena cidade, cuidando da terra e tirando aquela sesta após o almoço.

Na parte da tarde, adquiriu o hábito de se aproximar do bar da esquina, onde joga dominó até tarde da noite.

E, surpreendentemente, os anos foram passando.

Sua saúde não piorava, mas sim melhorava.

Ele decidiu construir mais alguns quartos na casa de seus pais. Desenvolveu a vinícola para produzir 1.500 litros de vinho anualmente.

Moraitis viveu até 3 de fevereiro de 2013, deixando o mundo aos 98 anos (de acordo com um documento oficial que ele mesmo questionou, pois afirmava ter 103 anos) e nenhum sinal da doença que tinha sido diagnosticada décadas antes.

Ele nunca foi submetido à quimioterapia ou tomou qualquer tipo de droga. Tudo o que ele fez foi ir morar em Icária.

O caso Stamatis Moraitis e a ilha de Icária tem sido objeto de estudo da National Geographic Society (editora da famosa revista National Geographic).

Além disso, um estudo realizado na Universidade de Atenas pelo demógrafo belga Michel Poulain, determinou que os habitantes da cidade de Icária, que atingem os 90 anos, vivem duas vezes e meia mais os americanos nesta mesma faixa etária.

Os homens, em particular, são quatro vezes mais propensos a atingir a idade de 90 anos que os homens americanos, e geralmente gozam de melhor saúde.

E, além do mais, vivem de 8 a 10 anos mais antes de morrer de câncer ou doença cardiovascular e têm menores taxas de depressão e demência.

As taxas encontradas em Icária não atingem sequer um quarto da população americana.

E qual é o milagre?

Segredos de Icária

De acordo com Dr. Leriadis, que vive e cuida dos habitantes de Icária, a saúde deles é fruto do seu modo de vida e das relações sociais ideais entre o povo.

Também são beneficiados por uma espécie de chá de ervas – o "chá das montanhas " – feito com ervas secas crescentes na ilha e consumidas todos os dias durante a noite. É uma mistura de manjerona, sávia, alecrim, artemísia, dente de leão silvestre e hortelã, acrescentando um pouco de suco de limão.

Dr. Ioanna Chinou, professor de farmácia na Universidade de Atenas e um dos melhores especialistas europeus sobre as propriedades bioativas das plantas, confirma:

Hortelã selvagem combate gengivite e distúrbios intestinais.

Alecrim é um remédio contra a gota.

Artemísia melhora a circulação sanguínea. Este chá é uma importante fonte de polifenóis, que têm potentes propriedades antioxidantes. A maioria destas plantas são ligeiramente diuréticas, o que ajuda a combater a hipertensão.

O mel também é considerado uma cura para tudo.

"Aqui existem vários tipos de mel que não são vistos em nenhum outro lugar do mundo", diz o Dr. Leriadis. "Podemos usá-los para tudo: de tratamento de lesões, ressaca ou gripe. Os idosos deste lugar começam o dia com uma colher de sopa de mel, como se fosse uma droga."

Bases de poder em Icária

Para o café da manhã, o povo de Icária toma leite de cabra, vinho (sim vinho), chá de sávia ou café, pão e mel.

Na hora do almoço, eles comem lentilhas ou feijão quase que diariamente, batata, salada de brotos, erva-doce e espinafre colhidas na horta e legumes da estação. Tudo regado a azeite de oliva.

O jantar é composto de pão e leite de cabra.

Após o Natal e a Páscoa – celebrando a morte do porco da família – comem bacon em pequenas quantidades durante os meses seguintes.

A Dra. Christina Chrysohou, cardiologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Atenas, tem estudado as dietas de 673 pessoas de Icária, observando que elas consomem seis vezes mais leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico, etc.) do que os americanos.

Comem peixe duas vezes por semana e carne vermelha cinco vezes por mês. Ainda bebem de duas a três xícaras de café e de dois a quatro copos de vinho por dia.

Mas, claramente, a saúde dos habitantes de Icária se deve mais ao que não é consumido.

Farinha branca e açúcar não aparecem em sua dieta tradicional.

A verdade sobre o câncer

O câncer é assustador.

Só de ouvir o nome dele me dá calafrios, pois ele mata cerca de oito milhões de pessoas a cada ano em todo o mundo.

Nos países mais desenvolvidos, o câncer é hoje a segunda causa de morte depois das doenças cardiovasculares. No Brasil, a vice-liderança da mortalidade também é ocupada pelos tumores malignos.

Mas a história mostra que há soluções contra o câncer, haja vista o caso do Sr. Moraitis, muito mais simples do que você pode imaginar.

Na verdade, existem mais de 100 coisas que podemos fazer para prevenirmos o câncer ou retardarmos o seu progresso.

(Neste texto produzido pela nossa editora-chefe, Fernanda Aranda, você vai conhecer os alimentos que ajudam na prevenção do câncer de mama. Mostre para a sua esposa, mãe, filha, irmã!)

E esse passo a passo – mostrado de maneira simples e objetiva – você só encontra na Jolivi.

Não seria inconsequente a ponto de recomendar que você não siga tratamentos convencionais. Não é isso. Mas como já dissemos aqui, a chance de cura deve ser sempre olhada pelo prisma de que é pessoal e intransferível.

Acima demos algumas dicas valiosas dos nossos amigos de Icária, praticantes da dieta mediterrânea, já apontada como a mais eficiente para proteger todos os males modernos.

Continue nos acompanhando para receber outras recomendações valiosas em saúde natural, não somente contra o câncer, mas abrangendo todos os males que afetam a saúde do homem.

É isso que o Homem de Ferro faz.

Grande abraço e até sábado que vem.
Daniel Amstalden

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Pedaladas e gastos publicos, a grande divisao - Percival Puggina

Como escreve Percival Puggina, a maior divisão entre os dois lados da Comissão especial do Impeachment não era entre o sim e o não, mas sim entre os que justificavam as pedaladas e os que faziam delas o motivo do impeachment.
Percival Puggina chama a atenção para o imenso buraco econômico, fiscal e orçamentário, que tais pedaladas deixam para serem cobertas por todos nós, nos anos à frente.
Paulo Roberto de Almeida

AS PEDALADAS, PARA NÃO INGÊNUOS

por Percival Puggina. Artigo publicado em

 Depois de longas horas assistindo a sessões da comissão especial do impeachment, posso testemunhar que o maior antagonismo não se formou entre o sim e o não, entre direita e esquerda, governistas e opositores. A mais notória divergência foi a mesma que, historicamente, se estabelece entre a verdade e o partido governista. Nele, fato, história, realidade e verdade são submetidos ao filtro das conveniências e ganham, sempre e sempre, o aspecto e a versão que mais convém aos seus interesses.
  Tal ditame integra a natureza mesma dos partidos revolucionários e totalitários de qualquer viés, criados para constituir uma nova ordem e sendo, portanto, insubmissos à ordem e à moral vigentes. Rápida folheada de vista na história é suficiente para estampar profusão de exemplos dessas ocultações trapaceiras em novelos de falsidades, mistificações e dissimulações. É aquilo que estava, por exemplo, na cabeça de Brecht quando, em "A medida punitiva", estabeleceu: "Quem luta pelo comunismo tem que dizer a verdade e não dizer a verdade, manter a palavra e não cumprir a palavra (...). Quem luta pelo comunismo tem de todas as virtudes apenas uma - a de lutar pelo comunismo".
Não era diferente a convicção de Goebbels, ministro de Propaganda de Hitler, quando ensinou que a mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Foi o que ainda ontem (11/04), em sua última fala na sessão da Comissão Especial, num rasgo de sinceridade, o deputado José Guimarães, líder do governo, disse sobre a vinculação entre impeachment e golpe: "Pegou!", disse ele. "A vinculação entre impeachment e golpe pegou". Não se trata, necessariamente, de uma vinculação real. É uma vinculação que, pela repetição, "pegou".
Quero ater-me, aqui, a outro atropelamento da verdade, repetido ao longo dos últimos meses até não restar caco de paciência para ouvi-lo. Refiro-me à afirmação de que as pedaladas foram exigência da generosa dedicação do governo aos necessitados, pobres, humildes e carentes da pátria. Moradores do coração do governo, resgatados da miséria por sua prestimosa atuação, seriam estes Joões, Marias e Josés os destinatários principais dos recursos que fizeram explodir o orçamento e levaram o governo ao crime de responsabilidade unanimemente apontado pelo Tribunal de Contas da União.
Enquanto esse discurso era salivado de boca em boca no plenário da comissão, o Banco Central, a três quilômetros dali, divulgava que os atrasos de repasses do governo a bancos públicos haviam alcançado R$ 60 bilhões no final de 2015, e que a maior parcela, no valor de R$ 17,3 bilhões, foi destinada ao rombo do PSI-BNDES.
O rombo em miúdos: 30% do montante pedalado corresponde ao subsídio proporcionado pelo governo aos graciosos juros de 4% a 6% ao ano, cobrados nos empréstimos bilionários concedidos pelo BNDES a grandes empresas. Quem não os haveria de querer? O montante desses financiamentos, em meados de 2015, chegava a R$ 461 bilhões. O peso do subsídio sobre a dívida pública, ao longo das próximas décadas, vai a quase R$ 200 bilhões! Isso é dar esmola aos pobres e ser pródigo com os afortunados e endinheirados.

________________________________
* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Impeachment: dois paladinos da injustiça tentam de todas as formas - Lewandowski e Marco Aurélio

Esses dois deixaram aberta a possibilidade de um julgamento definitivo, mas contrário aos interesses dos mafiosos, ser novamente levado para outro julgamento terminativo no STF. Ou seja, teremos judicialização do processo até os momentos finais...
Paulo Roberto de Almeida 

Para Lewandowski, atos imputados a Dilma podem ser contestados no STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou na madrugada desta sexta-feira (15) que atos imputados à presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment em curso no Congresso poderão ser contestados na Corte. Com isso, os ministros poderão analisar, por exemplo, se as chamadas "pedaladas fiscais" são crime.

Lewandowski se manifestou ao final de um julgamento de mais de sete horas sobre como será a votação do impeachment no plenário da Câmara. O Supremo decidiu manter a ordem e a forma como a Câmara definiu que será a votação. Além disso, a Corte rejeitou pedido da Advocacia-Geral da União para suspender a sessão da Câmara que decidirá sobre o impeachment no domingo.

"Que fique essa fundamentação na ata, que acabo de explicitar, para que essa questão da tipificação possa eventualmente ser reexaminada no momento oportuno. [...] Não fechamos a porta para uma eventual contestação no que diz respeito à tipificação dos atos imputados à senhora presidente no momento adequado", afirmou Lewandowski.

A declaração do ministro deixa margem para o governo questionar no Supremo se acusações contra Dilma no processo – a prática das chamadas "pedaladas fiscais" (uso de bancos públicos para bancar programas sociais) e a assinatura de decretos de Dilma que abriram créditos incompatíveis com a meta fiscal – poderão ou não ser caracterizadas como crimes de reponsabilidade. Somente esse tipo de crime justifica o impedimento de um presidente da República.

Após o julgamento nesta sexta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma, disse ter considerado o resultado "extremamente positivo". Apesar de o STF ter rejeitado a suspensão da votação na Câmara, os ministros fixaram que a análise pelo plenário da Câmara deverá levar em conta somente as acusações acolhidas por Eduardo Cunha – os decretos de créditos suplementares e as "pedaladas fiscais".

Ficarão de fora, portanto, fatos relativos às investigações da Operação Lava Jato e a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). "De certa forma, é uma vitória, que é a delimitação clara do objeto do impeachment. Quando você tem que se defender de coisa que não sabe o que é, fica muito difícil", afirmou Cardozo.

Após o julgamento, questionado sobre a afirmação de Lewandowski, o ministro Celso de Mello, decano da Corte, explicou que cabe ao Senado analisar se os atos imputados a Dilma caracterizam crime. "Se eventualmente a presidente entender que estará sendo lesada em seus direitos, ela poderá novamente voltar ao STF", ressalvou o ministro.

Academia.edu: estou no top 0,1% dos acadêmicos mais acessados...

Como diria antigamente o Ibrahim Sued, "sorry periferia..."
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