Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
795) Carta Internacional (Nupri-USP) - Chamada para artigos
Núcleo de Pesquisas em Relações Internacionias da Universidade de São
Paulo - Nupri/USP
Em 2005, a Carta Internacional assumiu o formato de revista eletrônica, de periodicidade quadrimestral, permitindo assim a publicação de artigos maiores, que oferecem análises mais aprofundadas. A revista é disponível gratuitamente para download. Na condição de editor da Revista Carta Internacional aproveito para informar que estamos recebendo contribuições para publicação em nossos próximos números e pedimos a gentileza de divulgarem em mala direta/boletim nossa chamada de artigos que segue abaixo.
Qualquer dúvida, estamos à disposição.
Cordialmente,
Flávio Antonio Gomes de Azevedo
Editor Carta Internacional
(11) 3091-3044/3046/3061
A Carta Internacional está recebendo artigos para publicação em seus próximos números. A revista é quadrimestral e pode ser acessada no site www.usp.br/cartainternacional/modx
As edições da Revista não são temáticas e possibilitam a publicação de artigos que abordem a área de relações internacionais a partir de perspectivas diversas. Aceitamos contribuições em português, inglês, espanhol e francês.
As contribuições devem ser enviadas eletronicamente para os endereços flavioag@usp.br e juviggiano@usp.br Os arquivos devem estar em formato Microsoft Word (DOC ou RTF), de preferência em espaço 1,5, com no mínimo 10 mil caracteres. As matérias deverão vir acompanhadas de uma mini-biografia do autor (com no máximo 50 palavras). As notas de rodapé devem ser curtas e objetivas e reduzidas ao mínimo possível.
Os artigos podem ser enviados a qualquer momento. Propostas de publicação serão submetidas ao parecer de no mínimo um membro do Conselho Científico ou de um profissional da área.
Como a distribuição da nossa revista é gratuita e nossa organização não tem fins lucrativos, infelizmente não podemos remunerar nossos colaboradores. É nesse sentido que tomamos a liberdade de solicitar sua colaboração.
794) A armadilha da pobreza, por um Samuelson (filho)
By Robert J. Samuelson
The Washington Post
Wednesday, October 31, 2007; A19
It's nature vs. nurture. One of the big debates of our time involves the causes of economic growth. Why is North America richer than South America? Why is Africa poor and Europe wealthy? Is it possible to eliminate global poverty? The World Bank estimates that 2.5 billion people still live on $2 a day or less. On one side are economists who argue that societies can nurture economic growth by adopting sound policies. Not so, say other scholars such as Lawrence Harrison of Tufts University. Culture (a.k.a. "nature") predisposes some societies to rapid growth and others to poverty or meager growth.
Comes now Gregory Clark, an economist who interestingly takes the side of culture. In an important new book, "A Farewell to Alms: A Brief Economic History of the World", Clark suggests that much of the world's remaining poverty is semi-permanent. Modern technology and management are widely available, but many societies can't take advantage because their values and social organization are antagonistic. Prescribing economically sensible policies (open markets, secure property rights, sound money) can't overcome this bedrock resistance.
"There is no simple economic medicine that will guarantee growth, and even complicated economic surgery offers no clear prospect of relief for societies afflicted with poverty," he writes. Various forms of foreign assistance "may disappear into the pockets of Western consultants and the corrupt rulers of these societies." Because some societies encourage growth and some don't, the gap between the richest nations and the poorest is actually greater today (50 to 1) than in 1800 (4 to 1), Clark estimates.
All this disputes the notion that relentless globalization will inevitably defeat global poverty. To Clark, who teaches at the University of California at Davis, history's most important event was the Industrial Revolution -- more important than the emergence of monotheism, which produced Judaism, Christianity and Islam; or the invention of the printing press around 1450, which spread knowledge; or the American Revolution, which promoted democracy.
Before 1800, says Clark, most societies were stagnant. With some exceptions, people lived no better than their ancestors in the Stone Age. Economic growth was virtually nonexistent. Then England broke the pattern, as textile, iron and food production increased dramatically. Since 1800, English income per person has risen by a factor of 10. Much of Europe and the United States followed.
Almost everything that differentiates the modern era from the preceding millennia dates from this point: the virtual end of hunger in advanced societies; the expectation that living standards will constantly rise; the creation of the welfare state to redistribute income; the destructiveness of contemporary warfare; industry's environmental spoilage. But why did the Industrial Revolution start in England?
It's Clark's answer that convinces him of the supremacy of culture in explaining economic growth. Traditional theories have emphasized the importance of the Scientific Revolution and England's favorable climate: political stability, low taxes, open markets. Clark retorts that both China and Japan around 1800 were about as technically advanced as Europe, had stable societies, open markets and low taxes. But their industrial revolutions came later.
What distinguished England, he says, was the widespread emergence of middle-class values of "patience, hard work, ingenuity, innovativeness, education" that favored economic growth. After examining birth and death records, he concludes that in England -- unlike many other societies -- the most successful men had more surviving children than the less fortunate. Slowly, the attributes of success that children learned from parents became part of the common culture. Biology drove economics. He rejects the well-known theory of German sociologist Max Weber (1864-1920) that Protestantism fostered these values.
Clark's theory is controversial and, at best, needs to be qualified. Scholars do not universally accept his explanation of the Industrial Revolution. More important, China's recent, astonishing expansion (a fact that he barely mentions) demonstrates that economic policies and institutions matter. Bad policies and institutions can suppress growth in a willing population; better policies can release it. All poverty is not preordained. Still, Clark's broader point seems incontestable: Culture counts.
Capitalism in its many variants has been shown, he notes, to be a prodigious generator of wealth. But it will not spring forth magically from a few big industrial projects or cookie-cutter policies imposed by outside experts. It's culture that nourishes productive policies and behavior.
By and large, nations have either lifted themselves or have stayed down. Societies dominated by tribal, religious, ideological or political values that disparage the qualities needed for broad-based growth will not get growth. Economic success requires a tolerance for change and inequality, some minimum level of trust -- an essential for much commerce -- and risk-taking. There are many plausible combinations of government and market power; but without the proper cultural catalysts, all face long odds.
© 2007 The Washington Post Company
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terça-feira, 30 de outubro de 2007
793) Meus livros no sebo: bom ou mau sinal?
Em todo caso, como um aluno me chamou a atenção neste dia (30.10.07) para este sebo virtual, onde adquiriu um dos meus livros, fui verificar, e encontrei varios.
A Grande Mudança
Formação da Diplomacia Econômica no Brasil
O Brasil dos Brasilianistas
O Brasil e o Multilateralismo Econômico
O Estudo das Relacoes Internacionais do Brasil
O Mercosul no Contexto Regional e Internacional
Os Primeiros Anos do Século XXI
Velhos e Novos Manifestos
Onde? Aqui:
http://www.estantevirtual.com.br/
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
792) Churchillianas: pausa para um pouco de humor
Quando Churchill fez 80 anos um repórter de menos de 30 foi fotografá-lo e disse:
"- Sir Winston, espero fotografá-lo novamente nos seus 90 anos!"
Resposta de Churchill:"
- Por que não? Você me parece bastante saudável..."
*****************
Telegramas trocados entre Bernard Shaw (maior dramaturgo inglês do século 20) e Churchill (maior líder inglês do século 20):
Convite de Bernard Shaw para Churchill:
"Tenho o prazer e a honra de convidar digno primeiro-ministro para primeira apresentação minha peça Pigmaleão. Venha e traga um amigo, se tiver. Bernard Shaw"
Resposta de Churchill para Bernard Shaw:
"Agradeço ilustre escritor honroso convite. Infelizmente não poderei comparecer primeira apresentação. Irei à segunda, se houver.
Winston Churchill"
*******************
O General Montgomery estava sendo homenageado, pois venceu Rommel na batalha da África, na IIª Guerra Mundial.
Discurso do General Montgomery:
"- Não fumo, não bebo, não prevarico e sou herói!"
Churchill ouviu o discurso e com ciúme, retrucou:
"- Eu fumo, bebo, prevarico e sou chefe dele..."
******************
Bate-boca no Parlamento inglês. Aconteceu num dos discursos de Churchill em que estava uma deputada oposicionista, que pediu um aparte.
Todos sabiam que Churchill não gostava que interrompessem os seus discursos. Mas foi dada a palavra à deputada e ela disse em alto e bom tom:
"- Sr Ministro, se V. Exª fosse meu marido, eu colocava veneno no seu café!"
Churchill, com muita calma, tirou os óculos e, naquele silêncio em que todos estavam aguardando a resposta, exclamou:
"- Se eu fosse o seu marido, eu tomava esse café!"
[Variante: "Se eu fosse seu marido tomaria o café com muito prazer". (ver abaixo)]
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
791) Fechamento do Centro de Estudos Brasileiros em Oxford
Sônia Racy - PT vence em Oxford?
O Estado de S. Paulo
26/10/2007
Muita gente não entendeu, no início do ano, quando a Universidade de Oxford fechou o Centro de Estudos do Brasil - um dos raros institutos dessa natureza na Europa. Agora, parece que a luz se fez. O motivo teria sido - é a voz corrente entre acadêmicos e diplomatas brasileiros - um ataque de birra ideológica do governo Lula.
O centro, criado no governo FHC, era financiado em parte pelo Itamaraty e pela Petrobrás, mas Brasília o considerava um foco de atividades tucanas. E seu diretor, o professor inglês Lesley Bethel, teria assinado sua sentença de morte ao recusar uma vaga para o historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira, pensador assumidamente de esquerda, grande amigo do secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães.
Encontrado ontem, Bethel, que está no Rio de Janeiro, não nega que o episódio com Bandeira aconteceu. Mas avisa que houve outras razões este fechamento. Entre elas, a de que já existe em Oxford um Centro de Estudos Latino-Americanos. "Ridículo", classifica Bethel, o pretexto de se cortar a mesada por causa do episódio Moniz Bandeira. Oxford "jamais abrigaria um centro comprometido ideologicamente com qualquer governo", diz ele. E mais. Afirma que Bandeira não foi recusado: "Ele
pleiteou uma vaga num momento em que não tínhamos um cargo adequado, com salário. E não aceitou a oferta de uma visiting fellowship sem verba."
As broncas do PT deixam o professor indignado. Ele diz que tem excelentes relações com tucanos e petistas, que é amigo pessoal de Lula e de FHC.
Aposentado desde o início do mês, o professor batalha por novos apoios para reabrir o centro. Sem Oxford, os estudos sobre o Brasil na Europa se limitam agora à Sorbonne, onde está o historiador Luiz Felipe Alencastro, e centros menores na Espanha. Ao expirar, o centro de Oxford tinha, além de Bethel, cinco ou seis outras pessoas e entre 15 e 20 bolsistas brasileiros.
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No relatorio dos dez anos do Centro, recentemente divulgado, uma
nota final diz o seguinte:
"During the state visit of Preside Luiz Inacio Lula da Silva to UK in March 2006 CAPES, the Ministry of Education and the Instituto Rio Branco, Ministry of Foreign Relations, agreed to fund an annual Rio Branco Visiting Professorship in International Relations at the Centre, but no appointment was made in 2006-7."
As indicacoes disponíveis são as de que o IRBr e o Ministério como um todo estão dirigindo todos os esforços de cooperação e intercambio a outros paises em desenvolvimento, preferencialmente os da América do Sul e o chamado IBAS, formado por Brasil, Africa do Sul e India.
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Paulo Roberto de Almeida
790) Encontro de estudiosos europeus do Brasil
Fonte: Embaixada em Madri, 25 de outubro de 2007
Foi realizado na Casa de América, nos dias 22 e 23 de outubro corrente, o I Encontro de Estudiosos do Brasil na Europa, idealizado pela Embaixada do Brasil em Madri, em coordenação com a Assessoria Internacional do Ministério da Educação e a Fundação
Cultural Hispano-Brasileira.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, abriu o encontro, que foi coordenado pelo professor Renato Janine Ribeiro, Diretor de Avaliação e Presidente Substituto da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Estiveram representados a Universidade de Colônia, o Instituto de Estudos Brasileiros de Hamburgo, a Universidade de Innsbruck, a Universidade Católica de Louvaine, o Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, a Universidade de Comillas de Madri, a Universidade Complutense de Madri, o Centro de Estudos Brasileiros do Instituto Universitário Ortega y Gasset, a Casa do Brasil em Madri, a Universidade Autônoma de Madri, a Universidade de La Laguna, a Universidade de Santiago de
Compostela, a Universidade Autônoma de Barcelona, o Centro de Estudos Brasileiros de Barcelona, a Universidade de Barcelona, a Universidade de Sevilha, a Universidade de Valladolid, a Fundação para as Relações Internacionais e o Diálogo Exterior de Madri, o Centro de Pesquisa sobre o Brasil Contemporâneo da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, a Universidade de Paris X (Nanterre), a Universidade de Leiden, a Universidade de Roma, a Universidade de Bolonha, o Centro de Estudos Brasileiros da Universidade do Porto, o Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de Coimbra e o King's College da Universidade de Londres.
Também participaram representantes da Direção-Geral EuropeAid da
Comissão Européia, do Programa Marie-Curie da Comissão Européia, do escritório espanhol do programa Erasmus Mundus da Comissão Européia, da Fundação Carolina, da Agência Espanhola de Cooperação Internacional, da Secretaria-Geral Ibero-Americana e
do Programa Universia do Grupo Santander.
Os participantes do Encontro coincidiram em apoiar a criação de uma rede de estudos brasileiros na Europa, com o objetivo de reforçar a cooperação entre as diferentes unidades acadêmicas dedicadas ao Brasil nos países europeus mediante, entre outros
instrumentos, a ampliação da mobilidade de professores e alunos, o desenvolvimento de linhas de pesquisa conjuntas, a preparação de programas editoriais comuns e o estabelecimento de um banco de dados e documentos.
Como resultados concretos, foram acordadas (a) a criação de um sítio eletrônico a ser mantido pela Fundação Cultural Hispano-Brasileira - com o duplo objetivo de facilitar a continuidade do diálogo entre centros e instituições iniciado no Encontro de Madri e de reunir informações, estudos e documentos de interesse comum; e (b) a convocação de um congresso multidisciplinar a ser realizado em Salamanca no segundo semestre
de 2008.
Os participantes do encontro reconheceram a relevância para a futura rede do entendimento alcançado entre o Governo brasileiro e a Comunidade Européia, por ocasião da Reunião de Cúpula Brasil-União Européia realizada em Lisboa em 4 de julho de 2007, no sentido de favorecer passos como a disseminação de centros de estudos brasileiros em universidades européias e a adoção de programas de bolsas com vistas a um maior conhecimento mútuo.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
789) A Venezuela no Mercosul
Comissão aprova adesão da Venezuela ao Mercosul
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou ontem o parecer do deputado Dr. Rosinha (PT-PR) à Mensagem 82/07, do Executivo, que ratifica o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, assinado em julho do ano passado. O PSDB e o DEM entraram em obstrução e os parlamentares dessas legendas, apesar de presentes à reunião, não votaram. A matéria foi aprovada pela comissão após cinco horas e meia de debates e várias tentativas da oposição de retirar o texto de pauta ou adiar a votação. O texto aprovado deverá ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário.
A adesão da Venezuela ao Mercosul já foi aprovada pelo Uruguai, Argentina e pela própria Venezuela. Falta apenas a aprovação pelo Brasil e pelo Paraguai. Caso seja mantido o texto do protocolo, os produtos originários da Argentina e do Brasil - países mais desenvolvidos do Mercosul - deverão entrar sem tarifas e restrições no mercado venezuelano até 1º de janeiro de 2012, excetuando os denominados produtos sensíveis, para os quais o prazo poderá estender-se até 1º de janeiro de 2014.
Os países de menor desenvolvimento (Paraguai e Uruguai) terão, entretanto, tratamento diferenciado. Embora o prazo limite geral para o ingresso sem restrições dos bens oriundos desses países no mercado da Venezuela seja também 1º de janeiro de 2012, os principais produtos da pauta exportadora do Paraguai e do Uruguai poderão ingressar no mercado venezuelano com tarifa zero logo após a entrada em vigor do Protocolo de Adesão.
O líder da bancada do PT, Luiz Sérgio (RJ), disse que o ingresso da Venezuela fortalece o Mercosul do ponto de vista econômico e político. "Ninguém pode ser contrário ao fortalecimento da integração regional". Ele lembrou que nenhum líder do bloco dita as normas de funcionamento, que são definidas de forma democrática em diferentes instâncias, como o Parlamento do Mercosul, onde as divergências são discutidas.
Sobre críticas de que a Venezuela não teria se adequado em termos de legislação, o líder observou que os processos de integração são continuamente aperfeiçoados. "A União Européia, iniciada há 50 anos, até hoje enfrenta problemas", disse.
Obstrução - De outro lado, os bens produzidos na Venezuela deverão entrar sem restrições nos mercados da Argentina e do Brasil até 1º de janeiro de 2010, excetuando os produtos considerados sensíveis, para os quais o prazo se estende até 1º de janeiro de 2014.
Na avaliação do deputado Dr. Rosinha "o PSDB e DEM, com a obstrução da votação, deram a entender que são contra a entrada da Venezuela no Mercosul". Essa obstrução, segundo o deputado, revela uma "cegueira política". "Não conseguir enxergar que a adesão da Venezuela significa um aporte econômico extraordinário e que faz do Mercosul um dos principais blocos do mundo é uma cegueira política. Um bloco com essa capacidade consegue melhores condições políticas e de inserção em negociações na economia mundial", destacou.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) ressaltou o fortalecimento do Mercosul com a adesão da Venezuela e também criticou os discursos ideológicos da oposição. "Não estamos discutindo a entrada do governo da Venezuela no bloco. Estamos discutindo a entrada do Estado da Venezuela no Mercosul. Isso representa uma série de vantagens para a América Latina, que sai muito mais fortalecida", afirmou.
O deputado Geraldo Magela (PT-DF) lembrou que um dos compromissos do presidente Lula é o de promover a integração e o fortalecimento da América Latina. Magela disse que "não tem simpatia" com o governo Hugo Chávez, mas disse que é preciso "separar as coisas". "O debate não é reconhecermos ou não a democracia venezuelana. O debate que temos que fazer é sobre a lógica das relações comerciais entre os país do Mercosul. Temos total interesse que a Venezuela faça parte dos acordos entre os membros do bloco", disse.
Apoio - A comissão recebeu uma série de ofícios de autoridades de diversos estados brasileiros pedindo a adesão da Venezuela ao bloco. Entre eles, ofícios dos governos da Bahia, Piauí, Acre e Maranhão. Diversas entidades empresariais e comerciais também encaminharam mensagem em favor do ingresso da Venezuela ao bloco.
788) Uma iniciativa global contra os subsidios
Uma iniciativa certamente meritoria de quem está preocupado com os estimulos errados que os subsidios representam na atividade economica.
The International Institute for Sustainable Development’s Global Subsidies Initiative (GSI) is a project designed to put the spotlight on subsidies and the corrosive effects they can have on environmental quality, economic development and governance.
Recomendo a consulta ao site: http://www.globalsubsidies.org/
Dois relatorios recentes:
Biofuels — At What Cost?
Government Support for Ethanol and Biodiesel in Selected OECD Countries
This report provides an overview and analysis of subsidies to biofuels in Australia, Canada, the European Union, Switzerland and the United States. Read more.
Biofuels At What Cost?
Government Support for Ethanol and Biodiesel in the European Union
Total annual support for biofuels provided by EU governments reached € 3.7 billion in 2006. Considering that many subsidies are difficult to track down, this is probably an under-estimate. Read more.
About the Global Subsidies Initiative
The Global Subsidies Initiative (GSI) is the next stage of the Van Lennep Program, named after Emile van Lennep, the distinguished Dutch economist and Minister, and former Secretary-General of the Organization for Economic Cooperation and Development. A collaborative effort of International Institute for Sustainable Development and the Earth Council, the Van Lennep Program focused on four sectors in its initial phase: energy, road transport, water and agriculture. Following a detailed review of subsidies applied in these sectors, its report, Subsidizing Unsustainable Development: Undermining the Earth with Public Funds, offered a dramatic demonstration of how subsidies serve as disincentives to sustainable development.
In December 2005 the GSI was launched to put a spotlight on subsidies—transfers of public money to private interests—and how they undermine efforts to put the world economy on a path toward sustainable development. Subsidies are powerful instruments. They can play a legitimate role in securing public goods that would otherwise remain beyond reach. But they can also be easily subverted. The interests of lobbyists and the electoral ambitions of office-holders can hijack public policy. Therefore, the GSI starts from the premise that full transparency and public accountability for the stated aims of public expenditure must be the cornerstones of any subsidy program.
But the case for scrutiny goes further. Even when subsidies are legitimate instruments of public policy, their efficacy—their fitness for purpose—must still be demonstrated. All too often, the unintended and unforeseen consequences of poorly designed subsidies overwhelm the benefits claimed for these programs. Meanwhile, the citizens who foot the bills remain in the dark.
When subsidies are the principal cause of the perpetuation of a fundamentally unfair trading system, and lie at the root of serious environmental degradation, the questions have to be asked: Is this how taxpayers want their money spent? And should they, through their taxes, support such counterproductive outcomes?
Eliminating harmful subsidies would free up scarce funds to support more worthy causes. The GSI's challenge to those who advocate creating or maintaining particular subsidies is that they should be able to demonstrate that the subsidies are environmentally, socially and economically sustainable—and that they do not undermine the development chances of some of the poorest producers in the world.
To encourage this, the GSI, in cooperation with a growing international network of research and media partners, seeks to lay bare just what good or harm public subsidies are doing; to encourage public debate and awareness of the options that are available; and to help provide policy-makers with the tools they need to secure sustainable outcomes for our societies and our planet.
Funding
The GSI receives core funding from three governments: the Government of The Netherlands, the Government of New Zealand, and the Government of Sweden. The William and Flora Hewlett Foundation also provides funding that supports the GSI’s research and communications activities.
domingo, 21 de outubro de 2007
787) Um seminario sobre integracao sul-americana, na USP (em tres dias)
Fonte: Portal do IEA
De 23 a 25 de outubro, acontece no IEA o seminário internacional "Integração Política e Econômica da América do Sul, com a participação de pesquisadores brasileiros, chilenos e franceses. Serão 34 expositores, divididos em cinco sessões temáticas: "Espaços de Integração", "Energia e Comércio", "Aspectos Jurídicos e Políticos", "Sociedade Civil e Relações Internacionais" e "Perspectivas de Integração" (leia programa abaixo).
O seminário é uma realização do IEA, do Centro de Pesquisa e Documentação sobre a América Latina (Credal) — vinculado ao CNRS e à Universidade de Paris 3 — e da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da USP. Os coordenadores são: Wanderley Messias da Costa, professor do Departamento de Geografia da FFLCH/USP e coordenador da CCS/USP; Hervé Théry, professor visitante da Cátedra Pierre Monbeig do Departamento de Geografia da FFLCH/USP e pesquisador do Credal; e Christian Girault, diretor de pesquisa do Credal.
O encontro será realizado no Auditório Alberto Carvalho da Silva, sede do IEA, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, Cidade Universitária, São Paulo. Haverá transmissão ao vivo pela internet em www.iea.usp.br/aovivo. As exposições serão feitas em português, espanhol e francês e não haverá serviço de tradução.
Informações: com Cláudia Regina (clauregi@usp.br), telefone 11) 3091-1686 .
PROGRAMA
Dia 23 de outubro, terça-feira
9h-9h45 Abertura: com Hernan Chaimovich (vice-diretor do IEA) e Christophe de Beauvais (representante do CNRS, França)
SESSÃO "ESPAÇOS DE INTEGRAÇÃO"
Moderador: Wanderley Messias da Costa (FFLCH e CCS/USP)
9h45-10h15 Wanderley Messias da Costa (FFLCH e CCS/USP) e Hervé Théry (Credal/CNRS e Cátedra Pierre Monbeig/FFLCH/USP)
10h15-10h45 Raúl González Meyer (Academia de Humanismo Cristão, Chile)
10h45-11h Intervalo
11h-11h30 Paulo Roberto de Almeida (UniCEUB)
11h30-12h Claudio Jedlicki (CNRS, França)
12h-12h30 Debate
SESSÃO "ENERGIA E COMÉRCIO"
Moderador: Paulo Roberto de Almeida (UniCEUB)
14h-14h30 Aude Sztulman e Marta Menéndez (Universidade de Paris-Dauphine, França)
14h30-15h Sébastien Velut (Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, Chile)
15h15h30 Claudio Egler (UFRJ)
15h30-15h45 Intervalo
16h-16h30 Philippe Barbet (Universidade de Paris 13) e Marta dos Reis Castilho (UFF)
16h30-17h Claudio Lara (Universidade de Artes e Ciências Sociais, Chile)
17h-17h30 Jean-Marc Siroën (Universidade de Paris-Dauphine) e Alexandrine Brami-Celentano (Instituto de Estudos Políticos de Paris)
17h30-18h Debate
Dia 24, quarta-feira
SESSÃO "ASPECTOS JURÍDICOS E POLÍTICOS"
Moderador: Gilberto Dupas (GACint/IRI/USP e IEEI)
9h-9h30 Fernando Dias Menezes de Almeida (Fadusp)
9h30-10h Ricardo Gamboa Valenzuela (Universidade do Chile)
10h-10h30 Deisy Ventura (Unisinos e Cepedisa/USP)
10h30-11h Intervalo
11h-11h30 Guy Mazet (CNRS, França)
11h30-12h Luiz Fernando Martins Castro (Associação dos Advogados de São Paulo)
12h-12h30 Debate
SESSÃO "SOCIEDADE CIVIL E RELAÇÕES INTERNACIONAIS"
Moderadores: Celso Lafer (Fapesp e Fadusp) e Manuel Antonio Garretón (Universidade do Chile)
14h-14h30 Cécile Blatix (Universidade de Paris 13)
14h30-15h Manuel Antonio Garretón (Universidade do Chile)
15h-15h30 Renée Fregosi (Universidade de Paris 3)
15h30-15h45 Intervalo
15h45-16h30 Gilberto Dupas (GACint/IRI/USP e IEEI)
16h30-17h Christian Girault (Credal/CNRS, França)
17h-17h30 Debate
Dia 25, quinta-feira
SESSÃO "PERSPECTIVAS DA INTEGRAÇÃO"
Moderador: Carlos Henrique Cardim (Ipri/Ministério das Relações Exteriores)
14h-14h30 André Roberto Martins (FFLCH/USP) e Hervé Théry (Credal/CNRS e Cátedra Pierre Monbeig/FFLCH/USP) [Síntese]
14h30-15h Eliézer Rizzo de Oliveira (Memorial de América Latina)
15h-15h30 Patrick Séchet (Ministério do Exterior, França) e Miriam Cué (Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, França)
15h30-15h45 Intervalo
15h45-16h15 Carlos Henrique Cardim (Ipri/Ministério das Relações Exteriores)
16h15-16h45 Edgar Vieira Posada (Pontifícia Universidade Javeriana, Colômbia)
16h45-17h15 Roberto Pizarro (Universidade de Artes e Ciências, Chile)
17h15-17h30 Christian Girault (Cradal/CNRS, França) [Encerramento
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
786) Relatorio sobre o Desenvolvimento Mundial 2008 do Banco Mundial
Banco Mundial, 2008 (neste link)
AMÉRICA LATINA: SUBSÍDIOS DOS PAÍSES
RICOS SÃO OBSTÁCULO PARA O DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA
O agronegócio e os biocombustíveis estão transformando o setor
WASHINGTON, DC, 19 de outubro de 2007 – Embora os subsídios dos países da OCDE representem um obstáculo para as exportações agrícolas da América Latina, o setor tem demonstrado grande sucesso no desenvolvimento de agronegócios e biocombustíveis, segundo o Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2008 “Agricultura para o Desenvolvimento”, lançado hoje. Além disso, na última década a agricultura para o desenvolvimento teve pouco impacto na redução da pobreza na região.
Embora a agricultura represente uma pequena parcela do crescimento econômico da América Latina e Caribe – 7% entre 1993 e 2005 –, diversos subsetores com grandes vantagens comparativas tiveram crescimento espetacular – por exemplo, soja nos países do Cone Sul, biocombustíveis no Brasil, frutas e salmão no Chile, verduras na Guatemala e Peru, flores na Colômbia e Equador e bananas no Equador – e os serviços de agronegócios e alimentos têm grande representação nos PIBs nacionais.
Exportações tradicionais permanecem relevantes e respondem por 80% das exportações agrícolas da região, oferecendo novos mercados à medida que se livram crescentemente da dependência das commodities para ajustar-se a demandas de consumo diferenciadas, como por exemplo, café orgânico e Comércio Justo.
Exportações de alto valor têm se expandido rapidamente, com pequenos proprietários entrando em nichos de mercado, tais como a produção especializada de verduras e orgânicos na América Central.
A agricultura na América Latina e Caribe emprega 30% da população produtiva e gera 7% do crescimento do PIB.
Igualando as condições de competição
“Houve importantes resultados obtidos pelas reformas no comércio agrícola”, declarou Pamela Cox, Vice-Presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “Contudo, esses resultados são distribuídos de forma desigual entre as diversas commodities e países. É urgente que a Rodada de Doha de negociações comerciais leve à remoção das políticas mais distorcivas que prejudicam os países pobres”. Igualar as condições de competição no comércio agrícola internacional na América Latina e Caribe, diz Pamela Cox, é crítico pois a proteção e os subsídios permanecem em patamares muito altos nos países desenvolvidos.
Houve relativamente pouco progresso na reforma das políticas agrícolas dos países desenvolvidos. A proteção e os subsídios aos produtores nos países da OCDE diminuiu de 37% do valor bruto da renda agrícola em 1986 a 1988 para 30% em 2003 a 2005. Embora essa diminuição de 7 pontos percentuais seja um progresso, o volume do apoio cresceu de US$242 bilhões por ano para US$273 bilhões no mesmo período.
Os países latino americanos, como o Brasil, teriam os maiores ganhos em crescimento estimado de produção em uma potencial liberalização agrícola.
Pesquisa e desenvolvimento trazem retornos aos investimentos
Os retornos aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento em agricultura são altos na América Latina e Caribe. Os altos ganhos frente ao custo de capital também sugerem que a pesquisa agrícola está em grande parte sub-financiada, segundo o novo relatório. Os países latino americanos e do caribe investiram mais em pesquisa e desenvolvimento agrícola do que todas as outras regiões excetuada a Ásia e os países da OCDE. O Brasil aumentou rapidamente os investimentos em pesquisa e desenvolvimento nas ultimas duas décadas e desenvolveu conhecimento de ponta no setor.
Biocombustíveis: Promessas e riscos para a América Latina e Caribe
Com os preços do petróleo próximos de seu recorde histórico e com poucos combustíveis alternativos para o transporte, o Brasil Peru e outros países da região estão apoiando ativamente a produção de biocombustíveis agrícolas líquidos – normalmente milho ou cana de açúcar para o etanol, e diversas oleaginosas para o biodiesel. Possíveis benefícios ambientais e sociais, inclusive a redução das mudanças climáticas, e a contribuição à segurança energética, são mencionados como as principais razões para o apoio do setor público à indústria de biocombustíveis, em rápido crescimento.
No debate mais amplo sobre os efeitos econômicos, ambientais e sociais dos biocombustíveis, será necessário avaliá-los cuidadosamente – segundo o relatório – antes de estender apoio público a programas de biocombustíveis em grande escala. Estratégias nacionais de biocombustíveis precisam estar fundamentadas sobre uma análise sólida dessas oportunidades e custos.
A agenda latino americana
“Somos responsáveis por tornar a agricultura mais compatível com o meio ambiente e fazer com que exista uma alocação mais eficiente de despesas na região”, disse Laura Tuck, Diretora do banco Mundial para Desenvolvimento Sustentável. “O desmatamento está intimamente ligado à agricultura na América Latina e Caribe. Já vimos os efeitos disso em outras regiões, como a Ásia, e em países como a China, e há possíveis lições para a América Latina”.
O relatório aponta que, em média, 54% dos subsídios vão para o setor privado. Assim, um movimento em direção ao investimento público em agricultura, ou uma abordagem equilibrada, é necessária nos países da América Latina e Caribe. Além disso, os países da região gastam aproximadamente 4% do PIB ao passo que na China esse número é de 8%, o que sugere que a região pode e deve usar melhor seus recursos para a agricultura.
O consumo doméstico é a maior fonte de demanda para a agricultura, absorvendo três quartos da produção e com 60% das vendas domésticas realizadas pelas redes de supermercados. Uma transformação da agricultura tradicional, de baixa produtividade, para uma agricultura moderna e comercial seria necessária para criar crescimento e empregos. Aumentar a competitividade dos pequenos proprietários de terras nos dinâmicos mercados domésticos de alimentos requer abordar especialmente as profundas desigualdades em acesso a mercados, serviços públicos e instituições de apoio.
Segundo o relatório, a maior parte dos paises da América Latina e Caribe são considerados urbanizados, contudo a América Central e o Paraguai se caracterizam como agrícolas. O México tem estados com características agrícolas, e o Brasil tem o atributo único na região de estados que são tanto urbanos quanto altamente dependentes em agricultura para o seu crescimento.
Nas regiões urbanizadas, a agricultura contribui com apenas 5% ao crescimento do PIB em média. Contudo, as áreas rurais ainda abrigam 45% dos pobres, e o agronegócio e serviços alimentícios respondem por até um terço do PIB. A meta geral seria fazer a conexão entre os pequenos proprietários e os modernos mercados de alimentos e oferecer empregos remunerados nas áreas rurais.
“As economias em transformação rápida devem ir além da revolução verde e enfocar a nova agricultura de alto valor – com a renda urbana em crescimento acelerado e demanda por produtos de alto valor na cidades se tornando o impulso do crescimento agrícola e da redução da pobreza”, disse Alain de Janvry, co-autor do relatório.
Mudança climática e agricultura
As mudanças climáticas terão grandes conseqüência na agricultura que afetarão os pobres de maneira desproporcional, diz o relatório. Um número maior de perdas agrícolas e pecuárias já impõe prejuízos econômicos e reduz a segurança alimentar. O custo de modificar a esquemas de irrigação, especialmente os que dependem do degelo glacial no Andes, poderia custar milhões ou mesmo bilhões de dólares.
O apoio do Banco Mundial à agricultura e desenvolvimento rural no ano fiscal 2007 chega a $1,8 bilhão, com um total de 42 projetos na região.
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O relatório e os materiais relacionados estarão disponíveis na imediatamente
após o embargo na seguinte página:: http://www.worldbank.org/wdr2008
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
785) Rui Barbosa na Conferencia da Haia, 1907: exposição no RJ
Exposição na Casa Rui Barbosa, RJ
A mostra é uma realização da Fundação Casa de Rui Barbosa.
Ficará aberta até 16 de dezembro deste ano:
de terça a sexta-feira, de 12 às 18h, e nos sábados e domingos, de 14 às 18h.
Local: Rua São Clemente, 134, Botafogo, Rio.
Para dar ao leitor uma idéia mais completa da importância da II Conferência da Paz de Haia, apresentamos a seguir o texto sobre o assunto Leon Frejda Szklarowsky, jurista residente em Brasília, que o publicou na “Revista Jurídica Consulex, 258, de 15 de outubro:
“A paz não pode ser mantida à força. Somente pode ser atingida pelo entendimento” (Albert Einstein)
Pode-se não gostar da História, mas o ser humano não pode ignorá-la. A História retrata os momentos importantes, desastrosos ou heróicos da existência do homem. É a medida exata do que acontece e deve ser transcrito e rememorado para sempre.
Comemora-se neste ano o centenário da II Conferência de Paz, realizada em Haia, na Holanda, em 1907, por convocação da Rainha da Holanda e do Czar da Rússia, a fim de evitar (o impossível!) a eclosão de uma guerra de proporções mundiais.
Em 15 de junho, instala-se solenemente a assembléia.
Afonso Pena sucedia a Rodrigues Alves, na presidência da República, marcando seu governo, pela participação do Brasil, nessa Conferência.
O Barão do Rio Branco, ministro do Exterior, indicara Rui Barbosa para representar o Brasil, nesse Conclave.
O Brasil comparecia como expressão anã, ante os poderosos da época, mas a presença de Rui alçou-o ao primeiro plano, portando-se como Davi ante o gigante Golias.
Por sua significativa intervenção na defesa das nações exploradas e da absoluta igualdade jurídica dos Estados Soberanos, qualquer que fosse seu tamanho, recebeu o título de Águia de Haia, saindo o país engrandecido com a atuação deste advogado e notável tribuno.
Naquele ano, coincidentemente, Ernesto Teodoro Moneta, militante pacifista italiano, recebe o prêmio Nobel da Paz.
Num dos inúmeros congressos de que participou, pronunciou as seguintes palavras:
“Quiçá não tarde o dia em que todos os povos, esquecendo os antigos ódios, se unam sob a bandeira da fraternidade universal e, deixando as disputas que os envolve, cultivem as relações pacifistas, estreitando sólidos laços entre si”.
Em 1887, doze anos antes da realização da primeira conferência de paz, em Haia, funda a União Lombarda para a Paz e Arbitragem.
Juntamente, com o pacifista Moneta, o eminente professor francês, Louis Renault, catedrático de Direito Internacional, da Universidade de Paris, também recebeu o prêmio Nobel da Paz, por seus esforços em prol da solução dos conflitos, pacificamente.
Nomeado árbitro da Corte Permanente de Arbitragem, de Haia, foi um dos grandes nomes deste Pretório e emprestou sua inteligência e talento em favor da arbitragem internacional e da paz.
Teve participação exemplar nas conferências de 1899 e 1907, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento do Direito Internacional.
O Brasil e outros países, do hemisfério sul, estiveram ausentes, na primeira conferência, realizada, em 1899, por não haverem sido convidados. Os latino-americanos sentiram-se, então, desprezados.
Entretanto, graças à intervenção dos EUA, os países latino-americanos tiveram sua presença garantida, em 1907, como afirmação da Doutrina Monroe de defesa da soberania e integridade dessas repúblicas.
A humanidade sempre se pautou pelas guerras, desde a pré-história. O século XIX europeu caracterizou-se pelas trincheiras e valas bélicas, que semearam, entre seus povos, o ódio e a destruição.
Entretanto, no final desse século, reinava ironicamente relativa paz.
Havia terminado a guerra entre a França e a Alemanha.
Aqui e acolá brotavam pequenas lutas, embora as tensões estivessem sempre presentes, e que desencadeariam a I Grande Guerra Mundial (1914-1918) e, em seguida, a II Guerra Mundial e as guerras regionais permanentes, com ameaças de destruição total do planeta, perdurando até o presente este horrendo e apocalíptico vaticínio.
Paradoxalmente, as grandes descobertas, o progresso das ciências, as ferrovias, a eletricidade (uma das mais importantes invenções, matriz de todas demais), a industrialização, em oposição à decadente agricultura, a economia nascente, a massificação, a migração do campo para as cidades, produziram grandes transformações nas sociedades.
Seria o despertar para um mundo novo, jamais imaginado, não fossem a insensatez e as destruições trazidas pelas guerras.
Despontava, na década de 1870, um novo país que se tornaria, em breve, o mais poderoso da Terra e o sucessor dos grandes impérios de então: os EUA.
Neste panorama, a I Conferência da Paz palmilhava a criação de um foro internacional – corte arbitral – com o objetivo de mediar os conflitos entre os Estados, evitando, destarte, que estes resolvessem as disputas por meio das armas.
Na II conferência cristaliza-se a idéia da criação de uma Corte Internacional de Justiça. A arbitragem surgia, então, como a melhor forma de solução pacífica dos conflitos internacionais.
Desgraçadamente, não foi o que ocorreu. As guerras continuaram modelando o mundo de nossos avós, com requintes cada vez mais sofisticados e perversos, e assim prossegue o homem, sem se preocupar com o futuro daqueles que deverão sucedê-lo.
O Século XX trouxe revolucionárias e novas esperanças de momentos de felicidade que ficaram apenas nas intenções.
Com o fim da guerra fria, a sociedade humana vive, hoje, paradoxalmente, ranços de um fundamentalismo de todas as correntes religiosas se alastrando, desastradamente, por toda a parte, o que é verdadeiramente aterrador.
É tão nefasto quanto o era a discriminação político-ideológica e racial de tempos não tão longínquos.
O que parecia sepultado, para todo o sempre, nas cinzas do passado, recrudesce com mais intensidade, atingindo as raias do absurdo e da insanidade.
Os homens prosseguem se digladiando em nome da fé e os fundamentalistas de todos os credos, religiões e ideologias se dizem donos do Universo, como se a humanidade lhes houvesse outorgado o mandato e este lhes pertencesse.
No patamar em que se encontra a humanidade, somente o congraçamento e a solidariedade poderão afastá-la da tragédia de uma hecatombe, porque o ser humano ainda não aprendeu que, antes da guerra (e jamais esta), devem os homens sentar-se à mesa de conversações.
Nunca depois, quando a destruição terá arrasado a civilização, pouco ou nada restando dela.
Os seres humanos podem perfeitamente viver em paz, se quiserem. Basta a vontade política, única capaz de remover fronteiras, etnias, barreiras religiosas e sólidas e antigas desavenças. Ainda há tempo.
Ainda há pessoas lúcidas. Algumas vociferam. Outras, porém, – a maioria – encontram energia para o diálogo e para a diplomacia da palavra, da vida, e não da morte!
A diplomacia, e não a guerra, deve resolver as crises entre nações e povos. Haverá sempre a fé, a alegria de viver, a esperança.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
784) Profusao embaixadorial, se ouso dizer...
C'est l'embarras du choix:
Poder Executivo - Decreto nº 6.235/2007
Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil na República do Congo, com sede em Brazzaville.
Poder Executivo - Decreto nº 6.236/2007
Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil na República Islâmica da Mauritânia, com sede em Nouakchott.
Poder Executivo - Decreto nº 6.237/2007
Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil na República do Burkina Faso, com sede em Uagadugu.
Poder Executivo - Decreto nº 6.238/2007
Dispõe sobre a criação da Embaixada do Brasil na República do Mali, com sede em Bamako.
783) Vietnams na America do Sul?: é Chavez quem promete...
da Folha Online, 14/10/2007 - 20h55
O líder venezuelano, Hugo Chávez, ameaçou neste domingo transformar a Bolívia em um novo "Vietnã", se a oposição boliviana derrubar ou assassinar o presidente Evo Morales.
"Se a oligarquia boliviana, Deus não queira, derrubar Evo ou assassiná-lo, saibam vocês, oligarcas da Bolívia, que o governo da Venezuela e os venezuelanos não vão ficar de braços cruzados. Tenham muito cuidado, porque não verão o Vietnã das idéias, não será o Vietnã da Constituinte, será, e Deus não queira, o Vietnã das metralhadoras, o Vietnã da guerra", disse Chávez em tom enérgico.
O anúncio foi feito no programa "Alô, presidente", transmitido neste domingo da cidade cubana de Santa Clara para lembrar os 40 anos da morte do líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
O presidente venezuelano, aliado de Cuba, Nicarágua e Bolívia, disse que "sabe das conspirações contra Evo Morales e das tentativas do Império (EUA) para derrubar Evo, porque Evo é dos que não se vendem".
Chávez destacou que seu aliado boliviano "não é bruto, é inteligente, tem coragem e valor". Segundo Chávez, a oposição boliviana, "valendo-se de artimanhas e terrorismo", está boicotando a Constituinte, que está por terminar "sem poder aprovar um artigo sequer".
O líder venezuelano revelou que conversou com seu colega do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a necessidade de se fazer algo "para evitar que na Bolívia ocorra o que aconteceu na Venezuela em 2002", em referência à tentativa de golpe que o tirou do poder durante 47 horas.
Já menos incisivo, Chávez lembrou que "estamos vendo a profecia de Che: um Vietnã, dois, três Vietnãs na América Latina. Equador, Venezuela, são povos rebelados. O que é a Bolívia hoje se não um Vietnã? Um povo que despertou, um líder à frente que está derrotando as forças do Império e os lacaios oligarcas, que arremetem contra Evo, Venezuela e Cuba".
Neste domingo, durante uma conversa "ao vivo" entre Chávez e o presidente cubano licenciado, Fidel Castro, os dois líderes lembraram que Che Guevara pensou em estabelecer uma guerrilha na Venezuela antes de seguir para a Bolívia, onde foi morto em 1967.
"Che tinha planos para ir à Venezuela, antes de ir à Bolívia", disse Chávez, antes de Castro responder que "depois da Revolução Cubana, na Venezuela estão se criando aceleradamente as condições para uma revolução".
"O mundo está repleto de Vietnãs contra o poder tirânico (os EUA), este Exército sobre o planeta", disse Castro, ao lembrar o sonho de Che de criar "um, dois, três, muitos Vietnãs" na América Latina.
sábado, 13 de outubro de 2007
782) Doris Lessing sobre o politicamente correto
Ou melhor, nunca tinha lido nada até hoje. O New York Times publica um artigo antigo dela sobre a "incorreção" do politicamente correto, que ela vê como um dos muitos resultados do comunismo e do modo comunista de pensar. Vou procurar ler um dos seus romances. Agora apreciem sua prosa saborosa...
Op-Ed Contributor
New York Times, October 13, 2007
On Thursday, the novelist Doris Lessing won the 2007 Nobel Prize in Literature. Moments after the announcement, the literary world embarked on a time-honored post-Nobel tradition: assessing — and sometimes sniffing at — the work of the prizewinner. One of the most pointed criticisms of Ms. Lessing came from Harold Bloom, the Yale professor and literary critic, who told The Associated Press, “Although Ms. Lessing at the beginning of her writing career had a few admirable qualities, I find her work for the past 15 years quite unreadable.” He went on to add that the prize is “pure political correctness.” Interestingly, Ms. Lessing had some strong thoughts about political correctness, thoughts she expressed in this adapted article, which appeared on the Op-Ed page on June 26, 1992.
Questions You Should Never Ask a Writer
By DORIS LESSING
New York Times, Op-Ed page on June 26, 1992
WHILE we have seen the apparent death of Communism, ways of thinking that were either born under Communism or strengthened by Communism still govern our lives. Not all of them are as immediately evident as a legacy of Communism as political correctness.
The first point: language. It is not a new thought that Communism debased language and, with language, thought. There is a Communist jargon recognizable after a single sentence. Few people in Europe have not joked in their time about “concrete steps,” “contradictions,” “the interpenetration of opposites,” and the rest.
The first time I saw that mind-deadening slogans had the power to take wing and fly far from their origins was in the 1950s when I read an article in The Times of London and saw them in use. “The demo last Saturday was irrefutable proof that the concrete situation...” Words confined to the left as corralled animals had passed into general use and, with them, ideas. One might read whole articles in the conservative and liberal press that were Marxist, but the writers did not know it. But there is an aspect of this heritage that is much harder to see.
Even five, six years ago, Izvestia, Pravda and a thousand other Communist papers were written in a language that seemed designed to fill up as much space as possible without actually saying anything. Because, of course, it was dangerous to take up positions that might have to be defended. Now all these newspapers have rediscovered the use of language. But the heritage of dead and empty language these days is to be found in academia, and particularly in some areas of sociology and psychology.
A young friend of mine from North Yemen saved up every bit of money he could to travel to Britain to study that branch of sociology that teaches how to spread Western expertise to benighted natives. I asked to see his study material and he showed me a thick tome, written so badly and in such ugly, empty jargon it was hard to follow. There were several hundred pages, and the ideas in it could easily have been put in 10 pages.
Yes, I know the obfuscations of academia did not begin with Communism — as Swift, for one, tells us — but the pedantries and verbosity of Communism had their roots in German academia. And now that has become a kind of mildew blighting the whole world.
It is one of the paradoxes of our time that ideas capable of transforming our societies, full of insights about how the human animal actually behaves and thinks, are often presented in unreadable language.
The second point is linked with the first. Powerful ideas affecting our behavior can be visible only in brief sentences, even a phrase — a catch phrase. All writers are asked this question by interviewers: “Do you think a writer should...?” “Ought writers to...?” The question always has to do with a political stance, and note that the assumption behind the words is that all writers should do the same thing, whatever it is. The phrases “Should a writer...?” “Ought writers to...?” have a long history that seems unknown to the people who so casually use them. Another is “commitment,” so much in vogue not long ago. Is so and so a committed writer?
A successor to “commitment” is “raising consciousness.” This is double-edged. The people whose consciousness is being raised may be given information they most desperately lack and need, may be given moral support they need. But the process nearly always means that the pupil gets only the propaganda the instructor approves of. “Raising consciousness,” like “commitment,” like “political correctness,” is a continuation of that old bully, the party line.
A very common way of thinking in literary criticism is not seen as a consequence of Communism, but it is. Every writer has the experience of being told that a novel, a story, is “about” something or other. I wrote a story, “The Fifth Child,” which was at once pigeonholed as being about the Palestinian problem, genetic research, feminism, anti-Semitism and so on.
A journalist from France walked into my living room and before she had even sat down said, “Of course ‘The Fifth Child’ is about AIDS.”
An effective conversation stopper, I assure you. But what is interesting is the habit of mind that has to analyze a literary work like this. If you say, “Had I wanted to write about AIDS or the Palestinian problem I would have written a pamphlet,” you tend to get baffled stares. That a work of the imagination has to be “really” about some problem is, again, an heir of Socialist Realism. To write a story for the sake of storytelling is frivolous, not to say reactionary.
The demand that stories must be “about” something is from Communist thinking and, further back, from religious thinking, with its desire for self-improvement books as simple-minded as the messages on samplers.
The phrase “political correctness” was born as Communism was collapsing. I do not think this was chance. I am not suggesting that the torch of Communism has been handed on to the political correctors. I am suggesting that habits of mind have been absorbed, often without knowing it.
There is obviously something very attractive about telling other people what to do: I am putting it in this nursery way rather than in more intellectual language because I see it as nursery behavior. Art — the arts generally — are always unpredictable, maverick, and tend to be, at their best, uncomfortable. Literature, in particular, has always inspired the House committees, the Zhdanovs, the fits of moralizing, but, at worst, persecution. It troubles me that political correctness does not seem to know what its exemplars and predecessors are; it troubles me more that it may know and does not care.
Does political correctness have a good side? Yes, it does, for it makes us re-examine attitudes, and that is always useful. The trouble is that, with all popular movements, the lunatic fringe so quickly ceases to be a fringe; the tail begins to wag the dog. For every woman or man who is quietly and sensibly using the idea to examine our assumptions, there are 20 rabble-rousers whose real motive is desire for power over others, no less rabble-rousers because they see themselves as anti-racists or feminists or whatever.
A professor friend describes how when students kept walking out of classes on genetics and boycotting visiting lecturers whose points of view did not coincide with their ideology, he invited them to his study for discussion and for viewing a video of the actual facts. Half a dozen youngsters in their uniform of jeans and T-shirts filed in, sat down, kept silent while he reasoned with them, kept their eyes down while he ran the video and then, as one person, marched out. A demonstration — they might very well have been shocked to hear — which was a mirror of Communist behavior, an acting out, a visual representation of the closed minds of young Communist activists.
Again and again in Britain we see in town councils or in school counselors or headmistresses or headmasters or teachers being hounded by groups and cabals of witch hunters, using the most dirty and often cruel tactics. They claim their victims are racist or in some way reactionary. Again and again an appeal to higher authorities has proved the campaign was unfair.
I am sure that millions of people, the rug of Communism pulled out from under them, are searching frantically, and perhaps not even knowing it, for another dogma.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
781) Depois do indice BigMac do The Economist, o indice iPod...
Brasil tem o iPod mais caro do mundo e Hong Kong o mais barato
Folha Online, 04/10/2007
O Brasil continua a ser o lugar mais caro do mundo para se comprar um iPod. Um dos maiores bancos australianos, o Commonwealth Bank, usou a mais recente versão do player de mídia da Apple --o Nano de quatro gigabytes-- como forma de comparar as moedas e o poder aquisitivo em 55 países.
Inspirada pelo índice Big Mac da revista "Economist", a pesquisa determina o preço do aparelho em dólares dos Estados Unidos. Segundo o estudo, os brasileiros são os consumidores que pagam mais caro pelo aparelho, desembolsando US$ 369,61.
Hong Kong oferece o preço mais baixo para o Nano, US$ 148,12, seguido por EUA (US$ 149), Japão (US$ 154,21), Taiwan (US$ 165,82) e Cingapura (US$167,31).
Confira a lista do iPod, baseada em preços de outubro:
1. Brasil - US$ 369,61
2. Bulgária - US$ 318,60
3. Argentina - US$ 317,45
4. Israel - US$ 300,80
5. Peru - US$ 294,08
6. Chile - US$ 294,06
7. Malta - US$ 293,83
8. Egito - US$ 269,10
9. Romênia - US$ 266,60
10. Uruguai - US$ 260,00
11. Turquia - US$ 256,12
12. Hungria - US$ 254,50
13. Azerbaijão - US$ 252,11
14. Sérvia - US$ 249,14
15. Croácia - US$ 245,41
16. Rep. Tcheca - US$ 242,54
17. Eslováquia - US$ 234,13
18. Estônia - US$ 226,67
19. África do Sul - US$ 226,60
20. Finlândia - US$ 225,82
21. França - US$ 225,82
22. Rússia - US$ 220,32
23. Noruega - US$ 220,20
24. Suécia - US$ 215,35
25. Bélgica - US$ 211,62
26. Áustria - US$ 211,62
27. Itália - US$ 211,62
28. Portugal - US$ 211,62
29. Irlanda - US$ 211,62
30. Alemanha - US$ 211,62
31. Holanda - US$ 211,62
32. Dinamarca - US$ 209,26
33. Reino Unido - US$ 201,92
34. México - US$ 201,87
35. Chipre - US$ 201,85
36. Luxemburgo - US$ 201,12
37. Polônia - US$ 200,52
38. Filipinas - US$ 198,39
39. Espanha - US$ 197,42
40. Grécia - US$ 196,51
41. Suíça - US$ 195,43
42. Índia - US$ 183,47
43. Malásia - US$ 181,82
44. Coréia do Sul - US$ 180,60
45. Nova Zelândia - US$ 180,58
46. China - US$ 179,63
47. Paquistão - US$ 179,48
48. Austrália - US$ 175,42
49. Tailândia - US$ 174,89
50. Canadá - US$ 169,68
51. Cingapura - US$ 167,31
52. Taiwan - US$ 165,82
53. Japão - US$ 154,21
54. EUA - US$ 149,00
55. Hong Kong - US$ 148,12
Com informações da agência Reuters
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
780) E por falar em citação, esta vale para economistas...
"An irrational passion for dispassionate rationality will take the joy out of life."
The quote is often abbreviated, with the "will take the joy out of life" being left off and with the first part said to define an economist.
(From Richard McKenzie, message in Economic History Net, October 8, 2007)
779) Foreign Policy em espanhol: citação pessoal
Neste link: http://www.fp-es.org/oct_nov_2007/story_23_15.asp
Transcrevo as suas citações:
"El reconocido académico y diplomático brasileño Paulo Roberto de Almeida, en un artículo publicado hace tres años en la Revista Brasileña de Política Internacional, da a entender que, aunque la integración regional fue para el Gobierno de Cardoso una prioridad, ésta quedó más en el plano retórico que práctico."
e
"Para profundizar en la estrategia política de Brasil hacia la integración regional, es especialmente interesante el artículo titulado 'Uma política externa engajada: a diplomacia do governo Lula', escrito por el diplomático Paulo Roberto de Almeida y publicado en la Revista Brasileira de Política Internacional, Vol. 47, Nº 1, 2004. También del mismo autor es aconsejable el libro O estudo das relações internacionais do Brasil (LGE Editora, 2006). En la propia página de Internet de Almeida, www.pralmeida.org, hay otros artículos reveladores de la política exterior brasileña."
sábado, 6 de outubro de 2007
778) Imigração alemã no Brasil: 160 anos
Solenidade teve a presença do cônsul geral da Alemanha no Rio de Janeiro, em sua primeira visita oficial ao Estado.
Alemães e descendentes comemoraram nesta 6a. feira, 05, em Santa Maria, distrito de Marechal Floriano,ES, o Dia da Unidade Alemã e os 160 anos da Imigração Alemã no Estado. A festa teve a presença do cônsul geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Hermann Erath, da vice-consulesa do Consulado Geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Birgit Densch, do cônsul honorário da Alemanha no Espírito Santo, Joern Duus, do ex-cônsul Helmut Meyerfreund e de autoridades da região.
No seu pronunciamento, o cônsul geral da Alemanha disse que os descendentes de alemães espalhados pelo mundo são os melhores embaixadores da Alemanha. “Quando vejo as crianças com trajes típicos, as danças tradicionais, me sinto orgulhoso pelo meu país, e queria felicitar a todos pelo que fazem para divulgar as tradições alemãs. Vocês são os melhores embaixadores da Alemanha”.
Sobre os 17 anos da Unidade Alemã, Hermann Erath lembrou o chanceler Helmut Kohl, que disse ser esse o presente do século para os alemães. “A Unidade Alemã é símbolo de esperança, de paz e de unidade não somente da Alemanha, mas de toda a Europa”, afirmou.
Esta é a primeira visita do cônsul geral da Alemanha no Rio de Janeiro, Hermann Erath, ao Espírito Santo. Na segunda-feira, acompanhado pelo cônsul honorário Joern Duus, ele se encontra com o governador Paulo Hartung para uma visita de cortesia. Depois, participa de uma reunião com o reitor Manoel Ceciliano Salles de Almeida, da Universidade de Vila Velha (UVV), para discutir um intercâmbio entre a universidade capixaba e universidades alemãs.
IMIGRAÇÃO
Os alemães foram os primeiros imigrantes a chegar ao Espírito Santo, em 1847. A bordo do navio Philomena, o primeiro grupo saiu do porto de Antuérpia, na Bélgica, no dia 20 de outubro de 1846, com destino ao Rio de Janeiro. Do Rio, os 108 imigrantes da região do Hunsrück, na Alemanha, iriam para o Sul do País, onde grupos de imigrantes alemães já haviam se estabelecido.
No entanto, D. Pedro II, imperador do Brasil e grande incentivador da vinda de imigrantes, resolveu enviar o grupo recém-chegado ao Espírito Santo. Como as terras ainda não haviam sido demarcadas, os alemães permaneceram em Vitória durante quase três meses, período em que mais dois navios chegaram à cidade trazendo alemães da região de Hunsrück.
Em março de 1847, com a demarcação das terras pelo governo imperial, um grupo de 167 pessoas subiu o rio Jucu fundando a colônia de Santa Isabel e dando início, assim, à colonização alemã no Espírito Santo. O grupo era formado por 39 famílias – 26 luteranas e 13 católicas – e cada uma recebeu do governo 50 hectares de terra para o cultivo e uma ajuda de custo em forma de empréstimo.
Nota BrasilAlemanha/Neues: A respeito da imigração alemã no Espírito Santo, está sendo lançado o livro "Imigrante, a duras penas", de Ivan Seibel - uma maravilhosa ambientação das dificuldades, lutas e vitórias de uma família alemã que passava muitas privações na região do Hunsrück, na Alemanha, e acabou se estabelecendo no Espírito Santo, Brasil, em 1859.
Faltam-nos, no momento, os contatos do autor, que nos disponibilizou, no início do ano, uma prévia do livro em encadernação ainda espiralada e em CD, praticamente pronto para sua edição definitiva. Dizia na contracapa: "A pesquisa histórica e a narrativa do autor concentram-se em pequeno grupo de pessoas da Europa central, que, cansado do longo sofrimento pela falta de trabalho e suas implicações na sobrevivência decide pela emigração para a América. O sonho logo se transforma em pesadelo ao se verem desembarcados na selva de terras estranhas e de um povo e língua desconhecidas. Jacob, o jovem idealista e sua família, apesar dos pesados tributos que a vida lhes cobra, depois de muito trabalho e com muita garra, consegue vencer os grandes desafios do novo mundo."
"Imigrante, a duras penas", 256 páginas, é, em síntese, um livro com inédita e sugestiva ambientação histórica das vicissitudes vividas na fase pré-emigração às margens do rio Reno e que continuariam palpitantes após desembarque em solo brasileiro. O livro é um romance da vida real da maioria dos imigrantes alemães que deixaram as agruras da fome, desemprego e guerras da Alemanha da época e que, aqui chegados, se confrontaram com desafios imensos, vencidos com pertinácia, disciplina e espírito associativo.
Aguardamos novo contato do autor Ivan Seibel, para a devida atualização das informações sobre seu livro. Por ora, pedidos de informação podem ser encaminhados para contato@brasilalemanha.com.br, para reencaminhamento ao autor.
Fonte: Luciana Coelho
E-mail: lucianac2@hotmail.com
Agência de Notícias Brasil-Alemanha.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
777) Are Diplomats Necessary?
By Brian Urquhart
The New York Review of Books, Volume 54, Number 15 · October 11, 2007
Book review:
Independent Diplomat: Dispatches from an Unaccountable Elite
by Carne Ross
Cornell University Press, 243 pp., $25.00
1.
Diplomacy is one of the world's oldest professions, although diplomatic practice as we know it is a relatively recent development. Using ambassadors and envoys, often distinguished personalities of the time (Dante, Machiavelli, Peter Paul Rubens), was an accepted practice throughout recorded history. It was also regarded, in Europe at least, as "a kind of activity morally somewhat suspect and incapable of being brought under any system."[1]
The establishment of the international rules of diplomacy, including the immunity of diplomats,[2] began with the Congresses of Vienna (1815) and Aix-la-Chapelle (1818). The rules were a European creation gradually adopted in the rest of the world. Further international conventions update them from time to time. Diplomats have enjoyed a surprising degree of immunity from criticism for the often violent and disorderly state of international affairs.
The history of diplomacy abounds with double-edged bons mots on the nature of ambassadors and diplomacy: "honorable spy"; "splendide mendax"; "a process of haggling, conducted with an utter disregard of the ordinary standards of morality, but with the most exquisite politeness"; and the sixteenth-century Sir Henry Wotton's famous comment, allegedly in jest, that "an ambassador is an honest man sent to lie abroad for the good of his country."In Independent Diplomat, Carne Ross has little patience with the qualified admiration and curiosity with which ambassadors have traditionally been regarded. He tells the story of the disillusionment and rebirth—also in diplomacy—of a fifteen-year veteran of one of the most internationally respected diplomatic establishments, the British Foreign Service.
HUP/A Secular Age
Many Englishmen, particularly of my generation, have an ingrained distrust, mixed with reluctant admiration, for the British Foreign Office, now the Foreign and Commonwealth Office. We remember the disastrous 1930s, the failure to impose preventive sanctions on Mussolini's Italy when it invaded Abyssinia, or to oppose Hitler's occupation of the Rhineland, and the nonintervention policy in Spain. We recall the lack of response to members of the German General Staff who desperately sought British and French support in deposing Hitler while he was still relatively weak. My lifelong dislike of the word "unrealistic," often used to discredit bold ideas, dates from that time. Perhaps equally unfairly, we criticize the Foreign Office for failing to head off hopelessly misconceived plans like the 1956 Suez expedition or the 2003 invasion of Iraq.
Carne Ross's book has a firsthand quality that deserves attention. Many of his criticisms and suggestions are by no means new, but his growing disaffection with diplomacy and diplomats should stimulate serious critical thinking about the conduct of international affairs. On the other hand, his use of generalized stereotypes does not inspire confidence.
To take one small instance, describing a coldhearted, hierarchical desert of diplomats and Secretariat members at the UN headquarters in New York, he writes that "to meet...an Under-Secretary of the UN, you must yourself enjoy an equivalent rank in diplomacy or politics...." I strongly doubt this. During the time of my mentor and predecessor, Ralph Bunche, and in the fourteen years that I was a UN undersecretary-general, we actively encouraged outsiders and junior officials to visit us, not least because they were much more stimulating and informative than most ambassadors or ministers. I know of subsequent under- secretaries who have done the same.
In the same paragraph Ross writes, "Like Versailles' inner sanctum, the Secretary-General's suite lies in the most remote and inaccessible part of the Secretariat building." This is the purest flapdoodle. The UN headquarters building bears no resemblance whatsoever to Versailles. The secretary-general's office is on the thirty-eighth floor of a modern thirty-eight-story structure, and is accessible by no fewer than six elevators that also serve the rest of the building. It is true that the secretary-general's inhumanly busy program makes scheduling appointments very tight, but that is hardly a personal choice of the secretary-general.
Ross's account of the quirks, attitudes, conceits, and habits of British diplomats and the Foreign Office echoes a favorite minor theme of twentieth-century British novelists— the use of diplomatic language to soften disagreeable truths: the "us" and "them" view of the outside world; the pervasive complacency that comes from the sense of "the Office's" wisdom and superior judgment; the ritual significance attached to the drafting of telegrams; the carefully constructed barriers against confronting harsh realities; and the cherished illusion of a rational and essentially orderly world controlled by governments. Certainly diplomatic habit often blocks a forth-right approach to international crises. In times of violence and acute human suffering, diplomatic niceties and hy-pocrisies in the UN Security Council can be enraging and can lead to inexcusable inaction or delay. But in a world organization still based on sovereign nations, what is a better alternative?
Ross's attempt to describe the stereotypical "ambassador" is the ironic climax of his indictment of his former profession:
His demeanour is friendly but grave. His expression says that he is a man to be taken seriously: he has much on his mind. He may frown but he will never grimace. He may raise his voice, but he will never shout. Measure is his mien. In all things, measure.
The quintessential quality of these paladins of their profession is, apparently, "balance," "not going too far," and not transgressing the borders of the state system and approved "facts." The ambassador must be a "realist," skeptical of moral enthusiasm or strong measures; he must also appear to be dedicated, in principle at least, to international law and human rights.
Ross describes his "slow descent from illusion to disillusionment." His final British posting was in 1997 to the British UN delegation in New York and at the end of it, in late 2003, he was lent to the UN team in Kosovo. During the run-up to the 2003 inva-sion of Iraq he earned, he writes, a "Rottweiler-like reputation...as the most effective and aggressive defender of British-American Iraq policy, sanctions and all."
The Security Council negotiations leading up to the US invasion of Iraq were the catalyst for Ross's final disillusionment. He recalls the intensive discussions about the draconian sanctions imposed on Iraq in early 1991. There was a basic inability to agree on the facts of the case. Britain and the United States held continued sanctions to be essential for international security; France and Russia maintained that sanctions were causing unnecessary suffering, particularly shortages of food and medical supplies, to the inhabitants of Iraq. UNICEF had calculated that 500,000 Iraqi children had died as a result of sanctions.
Ross was in the group of mid-level diplomats appointed by the Security Council to work on this problem. With no Iraqi representatives present and no accurate sense of what was going on in Iraq, the group was reduced, in Ross's words, to the "absurd spectacle of each side quoting supposedly impartial UN reports at one another." "There is," he writes, "something very wrong about sitting around a table in New York arguing about how many children are dying in Iraq and whose fault it was." He does not, however, suggest a better method of resolving the conflicting political and humanitarian problems involved in sanctions.
Ross is not reticent about the fact that he was good at his job. He mentions that most ministers did not understand the fiendish complications of sanctions. One British minister, who was trying to sell a British proposal to the Russian foreign secretary, asked Ross for a written brief; Ross responded with twenty pages. "He read it that night and the next day deployed it to devastating effect. [Russian Foreign Minister] Ivanov appeared completely stunned."
Ross increasingly felt that "all of us were failing in our responsibility under the UN charter to maximise security and minimise suffering." "It is," he writes,
far too disconcerting a prospect for governments or the diplomats who represent them to analyse or talk about the world as it really is, one shaped and affected by multitudinous and complex forces, among which governments are but one group of many involved.
Can the UN Security Council, still largely controlled by the original five permanent members, be relied on to deal justly and expeditiously with really critical problems? On Iraq, and on many other questions, mutual trust, especially among the permanent members, tends to evaporate quickly. France and Russia, although they based their case on humanitarian grounds, also had strong economic motives for lifting the Iraq sanctions, and both soon concluded that the Bush administration would never allow that to happen.
In 1998 the International Atomic Energy Agency reported that Iraq had fulfilled all its obligations relating to nuclear weapons except for two minor issues. The United States and Britain refused to agree to any public statement on this important development. According to Ross, the Americans told the British that, for domestic political reasons, the administration could not agree to any public suggestion that Saddam Hussein was doing what he was supposed to do.
The Russian ambassador, Sergei Lavrov, felt that he had been lied to. Richard Butler, then head of the UN inspectors in Iraq (UNSCOM), had stated in Moscow that Saddam Hussein was cooperating with the UN inspectors, but in New York he had issued a report saying exactly the opposite. In 1998 the US and Britain insisted on yet another Security Council resolution demanding Iraq's full cooperation with UNSCOM. Lavrov asked the British if they regarded the resolution as authorizing the use of force if Iraq did not cooperate. The British replied that they did not, but when the UK and the US, in December 1998, launched Operation Desert Fox, an intensive aerial bombardment of targets in Iraq, the British quoted the resolution in legal justification of the bombing. The Chinese, French, and Russians, not unnaturally, saw such obfuscations as evidence of bad faith.
Carne Ross left the Foreign Service in September 2004. His account of this event is surprisingly meager. David Kelly, a British biological warfare expert who had been advising the British mission in New York, had told a British journalist that there were professional misgivings about Prime Minister Tony Blair's intelligence dossier on Iraq's alleged WMDs—the so-called "dodgy dossier." Confronted with an official investigation, Kelly committed suicide.[3] Ross was "appalled and enraged" by this tragedy. In June 2004, he submitted, from Kosovo, secret testimony to a British commission of inquiry into the use of intelligence on Iraq's WMD[4] :
I wrote down all that I thought about the war.... Once I had written it, I realised at last, after years of agonising, that I could no longer continue to work for the government.
It is puzzling that someone who felt so strongly did not reach this conclusion in March 2003, when the UK enthusiastically joined the US in invading Iraq. Ross sent the transcript of his testimony to the foreign secretary and the head of the Foreign Office; neither replied, and that, it seems, was that.
While working at the UN, Ross had been appalled by the disparity between the diplomatic resources of the rich and powerful countries—with their experienced officials and advisers, information, intelligence, and secure communications—and the hopelessly overstretched and inadequate resources of the poorer ones, particularly those, like Kosovo, which are trying to establish their claims to legitimacy through the UN. He also notes that groups who are ignored, or discriminated against, or cannot get a hearing often resort to violence. (The early treatment of the PLO, and its consequences, is an example of this tendency.) After leaving the British Foreign Service Ross set up a nonprofit advisory group, Independent Diplomat, to remedy this imbalance—"a diplomatic service for those who need it most." The only qualifications for receiving this group's assistance are respect for international law and human rights, and a democratic philosophy.
Ross obtained nongovernmental support for Independent Diplomat, although he was surprised to discover that large foundations, for whom human rights are a guiding principle, are skeptical of diplomats and question whether, driven by realpolitik to take inherently amoral positions on important questions, they do any good at all. Independent Diplomat's initial clients are Somaliland, Kosovo, whose claim to national independence is currently blocked in the Security Council by Russia, and Polisario, the exiled independence movement of Morocco-occupied Western Sahara. Ross's organization provides a much-needed service.
2.
Ross's fundamental complaint about diplomacy and the United Nations, that they are not democratic, is, strictly speaking, true. At a time when democratization has proved far more difficult and unpredictable than even its strongest promoters had foreseen, trying to introduce it at this stage at the international level is not a practical proposition, as Ross acknowledges. The European Parliament is made possible by common political, cultural, and social traditions, and common economic interests. The EU's members consist entirely of democracies. A universal world organization has none of these advantages.
Certainly international organizations, starting with the UN Security Council, should be more representative of the world they are serving. It is also important to keep alive the objective, however distant, of a dem-ocratic world organization in a democratic world. In 1945, Ernest Bevin, the postwar foreign secretary of the United Kingdom—a personality by no means starry-eyed or "unrealistic"— spoke of this in the debate on the UN Charter in the House of Commons. "We need," he said,
a new study for the purpose of creating a world assembly elected directly from the people of the world, as a whole, to whom the Governments who form the United Nations are responsible.... In the meantime, there must be no weakening of the institution which my right hon. Friends built in San Francisco.
A world people's assembly would not, Bevin continued, be a substitute for the UN, "but rather a completion or a development of it."[5] Not surprisingly, as the world split into two mutually hostile, nuclear-armed power blocs, this suggestion was not followed up, although in the intervening years, NGOs and others have kept the idea alive by suggesting various ways in which the UN might become more democratic.
In 1994 the late Erskine Childers and I wrote a short book with the self-explanatory title Renewing the United Nations System.[6] In a chapter entitled "Towards a More Democratic United Nations," we revisited Bevin's idea and sketched out how, eventually, a world people's assembly might be elected, be connected with the United Nations, and what it might do. Many of our other ideas were discussed, and some were even included in later UN reforms. About a democratically elected world assembly, however, the silence was total. Fifty years after World War II, governments seemed to be even less willing to consider the democratizing of international institutions than they were in 1945.
Although it begins with the words "We the peoples of the United Nations," there is no mention of democracy in the UN Charter. The UN is a strictly intergovernmental organization, and a place where national sovereignty—almost an anachronism in many other spheres of human activity—is rigidly protected. This unquestionably limits the scope and spontaneity of the organization. Sensitivity to any erosion of national sovereignty is a fundamental obstacle to reforms that would obviously improve the UN. A genuinely international, standing UN rapid deployment force, for instance, would vastly improve both the speed and the quality of the UN's response to crises, but the idea of this badly needed addition is now kept alive only by nongovernmental groups.[7] It seems likely that the aim of democratizing the UN, until it acquires determined and influential political advocates and worldwide popular support, will also have to survive through the efforts of nongovernmental organizations.
Carne Ross describes the lack of good faith and mutual confidence that often undermines negotiations within the Security Council. When the council works with a common purpose, its authority can be remarkably expeditious and effective, as it was, for example, in reacting to Saddam Hussein's invasion of Kuwait in 1990. Much of the time, however, national interests and differences easily outweigh a sense of international responsibility. In 1945 it seemed only logical that the five permanent members of the Security Council, the leaders of the alliance that had just won a long and desperate world war, would find it possible, even obligatory, to work together to secure the peace. In those early days many of us looked forward enthusiastically to the Security Council's first meetings, at which its five permanent members would rise above national differences and show the world a new model of international leadership and responsibility. The vitriolic public disputes that immediately erupted among the five in the Security Council were severely disillusioning. They persisted for over forty years.
Dag Hammarskjöld, who probably gave more thought than anyone to the future development of the United Nations, once spoke of "an opinion independent of partisan interests and dominated by the objectives indicated in the United Nations Charter."[8] A sense of international solidarity has in fact emerged in the UN approach to humanitarian problems such as distributing food and other assistance in disasters and to threats such as global warming (but not, as yet, nuclear proliferation). In debates on controversial political matters, however, that sense of international responsibility is often absent. Pending a true democratization of the world organization, it would be a major step forward for the Security Council and the UN as a whole if more nations were willing to frame their foreign policies with regard to the larger international interest. There are already a number of countries—the Nordic and some European nations, Costa Rica, and Canada among them—that try to conduct foreign policy in this spirit.
Carne Ross complains that, despite the revolutionary changes of the past sixty years, diplomatic machinery and modes of thinking are much the same as they were in the early nineteenth century. The "new politics" needed for a globalizing world and its difficulties does not exist. Ross concludes that diplomacy must give up its elite status and be brought down to earth to participate in the world as it actually is. Diplomatic generalists should give way to experts in trade, WMDs, global warming, and other fields that are beyond the grasp of diplomats. (Governments now usually resolve this difficulty by assigning experts to diplomatic missions when the situation demands, as the British government employed the scientist David Kelly to advise the UK delegation about WMDs in Iraq.)
Ross deplores the obsession of diplomats with secrecy, which, in his view, is mostly a way to preserve the mystique that gives them prestige and protects them from criticism. The argument that publicity will ruin "real diplomacy" is an old one. In the nineteenth century George Canning represented the "new diplomat" who sought public support for foreign policy through parliament and the press. The "old diplomat" Metternich described Canning as a "malevolent meteor hurled by divine providence upon Europe."[9]
Ross also deplores the statecentric, "realist" state of mind of his former colleagues and the resulting amoral and misleading view of a world over which governments are, in fact, steadily losing control. He claims that this way of thinking emphasizes differences by forcing negotiations to be conducted "in terms of nation-states and anachronistic and invented identities," which actually exacerbate conflict. An example was the debate on sanctions on Iraq in which diplomats seemed to have no hope of agreeing. However, the "control list" of items prohibited for export to Iraq was so technically complex that experts had to be called in. To the diplomats' amazement, the experts agreed quite easily on the list of what was potentially risky to export to Iraq.
Powerful embassies and plenipotentiary ambassadors were essential in a time when communication with the home capital could take weeks or months; they are less relevant in our world of instant communications. Ross suggests rather ungraciously that embassies are still needed "to organise ministers' visits and look after distressed travelers who lose their passports." On the other hand, it is hard to imagine how the United Nations would tackle its very wide agenda without the diplomatic missions that, for all the failings that Carne Ross describes, make up a skilled, permanent working group in New York. It was also diplomats who recently achieved a vital agreement with North Korea and, earlier, with Libya's Muammar Qaddafi. Who else could have done it?
In his closing pages Ross's argument unravels in a series of increasingly windy and confused propositions:
...For the ordinary public, the self-serving élitism and fake-omnipotence of the world's diplomats has created a comforting illusion: that they are in control, allowing the rest of us to get on with our lives.... The pact of irresponsibility must end. We must correspondingly take more responsibility for our own international affairs.... Every action, whether buying fruit, employing a cleaner, or choosing where to take your holiday is international, and is, in its way, a form of diplomacy. Everyone is a diplomat.
International business and commerce, according to Ross, have learned "this lesson." ExxonMobil has a large political department, and on his recent visit to the US, Chinese President Hu Jintao spent more time with Microsoft than on Capitol Hill. Ross admits that business and technology can "be as ambiguous in their effects as anything else." Politics will always interfere, as when Google, Yahoo, and Microsoft were all accused by Amnesty International of abetting censorship and repression in China. Those companies responded that they must abide by Chinese law.
"The solution," Ross writes,
is therefore obvious. These [private] forces must be pointed in the right direction if they are to be for the good. Effective foreign policy, whether in promoting labour rights or environmental standards, now requires coalitions of actors—the private sector, civil society and government—acting in concert to be effective. If foreign ministries are to be effective, even relevant, in the future, as propagators of policy and change they must consider how to organise such coalitions, and how to encompass, direct and inform these many different strands and effectors of policy.
How such an "obvious" policy could be successfully carried out by Western countries in China he does not say. A little later he writes:
The practice and process of diplomacy, then, needs to change into something much more diverse and eclectic, such that we perhaps shouldn't give it a collective name —such as diplomacy—at all.
What, I wonder, is the Independent Diplomat organization teaching its clients?
Ross's final pages deal in whirlwind succession with UN reform, NGOs, universal norms of behavior, diplomatic legitimacy, international law, a new "global politics," and global political parties, "elected in some way," which
can claim the fullest legitimacy to speak for people.... Only a global politics can lift us above the zero-sum games of governments shortsightedly arbitrating their "interests" in international forums.
He adds that he is not advocating the immediate establishment of a world parliament, and suggests advisory bodies of elected representatives to advise the General Assembly or the Security Council. Quite how such bodies would be elected and by whom is not clear.
The villain of Ross's polemic reemerges:
the unwarranted and unscrutinized power of unelected officials who deal—often badly—with ever more of our collective business. The only long-term answer is for elected representatives to take their place.
Again, how? And elected by whom? And are these putative elections, which will inevitably become politicized, likely to produce more able and public-spirited diplomats and international officials than a rigorous selection process conducted by responsible, nonpolitical, appointed senior officials? I very much doubt it. The longstanding principle that civil servants, national and international, are not elected by political bodies has decisively proved its importance. In my experience, the best diplomats already have a strong sense of global priorities, although that is not necessarily what their governments pay them for. Members of the UN Secretariat must have such a view. The leadership and independence of the secretary-general and the competence, discipline, and integrity of the Secretariat are vital to the functioning of the UN.
Diplomacy has a long and important history. Recently there was a sigh of relief around the world when the United States, after disastrous experiments with military confrontation, gave some sign that it was willing to return to diplomacy as a main instrument of foreign policy. Diplomacy and diplomats have often aroused suspicion, even ridicule, but they still serve an essential purpose. There is, at present, no obvious alternative.
Notes:
[1] Walter Alison Phillips, of Merton and St. John's colleges, Oxford, in a lively contribution to the Encyclopaedia Britannica, eleventh edition (1910), Vol. 8, p. 294.
[2] On the need for this most vital of diplomatic rights, Phillips mentions in the Encyclopaedia Britannica "the habit of the Ottoman government of imprisoning in the Seven Towers the ambassador of a power with which it quarrelled," p. 299.
[3] See my article "Hidden Truths," The New York Review, March 25, 2004.
[4] Ross's testimony was published in December 2006 by The Independent, London.
[5] Parliamentary Debates (Hansard), Fifth Series, Vol. 416 (London: HMSO, 1946), p. 786.
[6] Published by the Dag Hammarskjöld Foundation with support from the Ford Foundation, 1994.
[7] For example, A United Nations Emergency Peace Service, published in 2006 with the support of Global Action to Prevent War, the Nuclear Age Peace Foundation, and the World Federalist Movement.
[8] Speech in Copenhagen, SG/812, May 2, 1959.
[9] Encyclopaedia Britannica, eleventh edition, Vol. 8, p. 295.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
776) Nuclear Insecurity, Foreign Affairs
Wolfgang K. H. Panofsky
Foreign Affairs, September/October 2007
Article preview: first 500 of 2,976 words total.
Summary: The Bush administration has adopted a misguided and dangerous nuclear posture. Instead of recycling antiquated doctrines and building a new generation of warheads, the United States should drastically reduce its nuclear arsenal, strengthen the international nonproliferation regime, and move toward the eventual elimination of nuclear weapons.
Wolfgang K. H. Panofsky is a particle physicist and Director Emeritus of the Stanford Linear Accelerator Center. He worked on the Manhattan Project from 1943 to 1945 and served as a Science Policy Adviser to Presidents Dwight Eisenhower, John F. Kennedy, and Jimmy Carter.
Since the demise of the Soviet Union, Washington's strategic thinking about nuclear weapons has evolved in dangerous and unwise directions. In January 2002, the Bush administration announced a new nuclear posture, which it reiterated in 2006. But instead of doing what it claimed it would do -- adapt American nuclear strategy to the realities of the twenty-first century -- the administration has focused on addressing threats that either no longer exist or never required a nuclear response. Rather than protecting the United States, this posture constitutes a danger to U.S. security.
The risks posed by nuclear weapons today are daunting, but rarely in the same ways that they used to be. As the nuclear club has expanded since the end of the Cold War, so have the dangers posed by the possibility of an inadvertent release of nuclear weapons, a regional nuclear conflict, nuclear proliferation, or the acquisition of nuclear weapons by terrorists. At the same time, the military utility of nuclear weapons for the United States has decreased dramatically. Russia, the successor to the Soviet Union, is no longer an adversary, and the United States, now the world's unchallenged conventional military power, can address almost all its military objectives by nonnuclear means. The only valid residual mission of U.S. nuclear weapons today is thus to deter others from using nuclear weapons. Given all this, it does not make sense for the United States to maintain a nuclear weapons stockpile of close to 10,000 warheads -- many of them set on hair-trigger alert -- and to continue to deploy nuclear weapons overseas.
An effective nuclear policy would take into account the limited present-day need for a nuclear arsenal as well as the military and political dangers associated with maintaining a massive stockpile. Building a new generation of warheads, as the Bush administration has proposed, would only compound these risks further.
Nuclear weapons cannot be uninvented, but as former Secretaries of State George Shultz and Henry Kissinger, former Defense Secretary William Perry, former Senator Sam Nunn, and the outgoing British foreign secretary, Margaret Beckett, have recently argued, a shift in U.S. policy could blaze the trail toward their eventual prohibition. Given that the risks posed by nuclear weapons far outweigh their benefits in today's world, the United States should lead a worldwide campaign to de-emphasize their role in international relations.
THAT WAS THEN
During the Cold War, the United States' policy of deterrence was designed to convince the Soviet Union's leaders that the assets they valued most highly, including their population, armed forces, and industrial centers, risked destruction if Moscow launched a major attack on the West. Estimates of the nuclear forces Washington needed to make such a threat credible -- that is, what forces it would need to be able to retaliate after withstanding a nuclear first strike -- differed widely. Some analysts were optimistic and thought a limited arsenal would suffice; others were pessimistic and sought to establish unchallengeable nuclear primacy. These debates, coupled with parochial bureaucratic pressures from the U.S. Air Force, led ...
(end of preview; para ler o resto, só pagando aos capitalistas da Foreign Affairs...)