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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Crise Japao-Coreia do Sul se agrava: pode ficar pior - Reuters, Kyodo, July 29, 2019

Korean Air to suspend flights between South Korea’s Busan and Japan’s Sapporo as trade row deepens

  • Reuters, Kyodo, July 29, 2019
  • The airline cited falling demand amid the trade conflict as a reason, and said it was also considering cutting the number of flights between both countries
  • The move comes as several South Korean cities said they would suspend administrative exchanges with Japan until the bilateral relationship improved

Korean Air Lines will suspend its flights between the South Korean city of Busan and Japan’s Sapporo from September 3 because of falling demand amid a worsening diplomatic and economic row between the two neighbours.
South Korea’s top carrier is also considering cutting the number of flights between the two countries or shifting to smaller aircraft from mid-August, a spokesman said.
The number of travellers from South Korea was second only to those from China, accounting for 24.2 per cent of visits last year, according to data from Japan National Tourism Organisation.
The carrier revealed this as several South Korean cities said they would suspend administrative exchanges with Japan including its officials’ visits to the neighbouring country until the bilateral relationship improved.
Among the schemes suspended was the signing of an accord on goodwill exchanges between Busan, South Korea’s second-largest city, and Nagasaki Prefecture.
Busan, connected to Fukuoka city in southwestern Japan by high-speed boats, is known for its active exchanges with Japan.
Its mayor, Oh Keo Don, last Tuesday criticised Japan’s tightening of export controls and indicated the city would consider whether to continue its exchange programmes with Japan.
Japanese chief cabinet secretary Yoshihide Suga on Monday expressed regret over Busan’s suspension.
“Although ties between Japanese and South Korean governments are in a tough situation, municipal and people-to-people exchanges should continue as the basis of mutual understanding,” said the top Japanese government spokesman.
The East Asian neighbours have been at loggerheads over compensation for wartime labour during Japan’s 1910-1945 colonial rule of the Korean peninsula.
Last month, Japan tightened controls of exports of hi-tech materials to South Korea, in apparent retaliation for a South Korean court ruling over wartime forced labour.
Such disputes have prompted a widespread boycott of Japanese products and services, from beer to clothes and travel in South Korea.
A student visit to Ogaki in Gifu Prefecture by some 20 students from Changwon, South Korea, was also postponed “due to the difficult relationship between Japan and South Korea”, according to the central Japan city.
The students were expected to play football and stay at private lodgings during the four-day trip from Sunday under the exchange programme that began in 1996. But an athletic association of Changwon requested its counterpart in Ogaki last Friday to postpone the visit.
Adding to the export curbs, Japan is preparing for Cabinet approval as early as August 2 to 
remove South Korea from a so-called white list status  with minimum trade restrictions, Japanese media have reported.
Seoul has protested against the plan, saying it would undermine their decades-old economic and security cooperation and threaten free trade.
Japanese daily Sankei on Monday reported that Japanese Prime Minister Shinzo Abe was unlikely to meet South Korean President Moon Jae-in during the United Nations general assembly in September, the latest sign of frosty relations between the key US allies.
Abe will not hold talks with Moon unless Seoul takes constructive steps over forced labour and other issues, the paper said.
Abe will also forgo meeting Moon during other opportunities, including an Association of Southeast Asian Nations (Asean) meeting in October and an Asia-Pacific Economic Cooperation (Apec) gathering in November for the same reason, the Sankei said.

Additional reporting by Associated Press
This article appeared in the South China Morning Post print edition as: Korean Air mulls reducing flights to Japan as cities downgrade relations
  

Governo Bolsonaro facilita deportação de brasileiros dos EUA de Trump (O Globo)

Pessoalmente, considero uma vergonha que o governo Bolsonaro colabore com as medidas restritivas do governo Trump em relação aos brasileiros indocumentados nos Estados Unidos. Muitos deles esperam, com a intervenção de advogados, conseguir suspensão da expulsão, provando que estão trabalhando honestamente há muitos anos nos EUA.
Os consulados brasileiros nunca emitiram tais documentos de retorno ao Brasil sem o consentimento dos próprios brasileiros, geralmente quando não havia mais recurso possível.
Paulo Roberto de Almeida

Governo Bolsonaro facilita deportação de brasileiros dos EUA

Mudança começou a valer em junho; advogada critica tentativa de alinhamento com Trump, que apertou cerco aos 'sem papéis'

SÃO PAULO — O governo Jair Bolsonaro aceitou um pleito antigo dos americanos e facilitou a deportação de brasileiros que emigraram sem visto adequado aos Estados Unidos . Com o novo procedimento, baseado em parecer jurídico e adotado em junho, os consulados brasileiros poderão enviar ao governo americano documentos dos deportáveis à revelia. Embora a medida sirva, em um primeiro momento, para casos em que se esgotaram as chances legais de se permanecer nos EUA, especialistas acreditam que o novo mecanismo pode ser utilizado para casos de deportações expressas e tendem a afastar brasileiros dos consulados, por temerem a maior colaboração com autoridades americanas.
Até então, mesmo brasileiros sem papéis e com todo o processo imigratório nos EUA esgotado, tinham que pedir passaporte ou Autorização de Retorno de Brasileiro (ARB) para pegar um avião nos EUA e entrar no Brasil . Muitos preferiam seguir presos a voltar, alguns alegando até perseguição, e não assinavam o pedido dos documentos. Agora o governo brasileiro pode conceder atestados de nacionalidade, expedidos à revelia do preso. Como foi fechado um acordo com a Polícia Federal, este documento passou a ser aceito nos aeroportos brasileiros.
A Polícia Federal e o Itamaraty não atenderam ao pedido de entrevista. Por e-mail, o Ministério das Relações Exteriores disse que o atestado de nacionalidade é utilizado em situações excepcionais e que brasileiros que alegarem questões humanitárias não serão deportados contra a sua vontade. Fontes do Itamaraty afirmam que alguns brasileiros já começaram a ser deportados graças à mudança, que começou a valer em junho.
Segundo as fontes, que falaram ao GLOBO sob anonimato, o governo Bolsonaro atendeu a um pleito americano de anos — o Brasil temia que a medida pudesse afastar os brasileiros dos consulados nos EUA.
A decisão brasileira também aliviaria os custos americanos de prisão. Com a atual política de Washington de cerco aos “sem papéis”, as detenções para imigrantes estão superlotadas e os custos têm crescido. Assim, o governo americano tem tentado acelerar os casos de deportação e ampliado as possibilidades de “deportações sumárias”, onde os imigrantes que acabaram de entrar nos EUA sequer precisam passar por um processo judicial.
A advogada brasileira Renata Castro, especializada em imigração na Flórida, alerta que, embora a medida tenha sido até então utilizada para casos em que o processo migratório explorou todos os recursos, com o tempo poderá ser usada em novas brechas pelos americanos. Ela ressalta que não é segredo que o governo de Donald Trump quer acelerar as deportações sumárias.
— A forma como o atual governo tem se relacionado com os EUA e a falta histórica de estratégias do governo em alianças internacionais indica que esta certidão pode ter seu uso ampliado no futuro, em casos de deportações sumárias, sem o devido processo legal — disse. — O Brasil sempre foi muito passivo em auxiliar os brasileiros no exterior, e agora busca um alinhamento muito forte com o governo de Trump.
Outros países também possuem atestados e certidões iguais ao que o Brasil passou a adotar. Mas em geral possuem, segundo diplomatas ouvidos pelo GLOBO, uma postura de maior defesa de seus cidadãos. O México , por exemplo, chega a pagar advogados de imigração para encarcerados nos EUA por questões migratórias — com a fiança, eles continuam nos EUA, trabalham e, invariavelmente, enviam dinheiro para a família no México. Até a Guatemalaconseguiu impedir o plano americano para que seus cidadãos que buscam asilo no país esperem pela concessão da permissão em seu país de origem. Assim, podem esperar em solo americano enquanto os processos são analisados.
Castro afirma que esta deve ser a primeira de novas medidas brasileiras que podem prejudicar a vida do imigrante nos EUA. Com a atual política de aproximação entre os dois governos, ela espera mais parcerias no compartilhamento de informações entre os países e auxílio para avaliação sobre a concessão ou não de asilos a brasileiros. A advogada lembra que no último ano só foram concedidos 26 asilos a brasileiros, de um total de 1.546 pedidos analisados.

Comunidade com medo

O temor de que a maior aproximação entre os governos leve a prejuízos a imigrantes sem papéis nos EUA cresce na comunidade brasileira. A indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao posto de embaixador em Washington amplia esse cenário. Em março, o filho do presidente disse que os imigrantes brasileiros ilegais nos EUA são uma “vergonha” para o país.
— Vemos toda a comunidade com muito medo das políticas migratórias de Trump e o atual governo brasileiro, com sua aproximação a Washington, piora as coisas. Muitos se sentem abandonados — afirmou Natalicia Tracy, diretora do Centro do Trabalhador Brasileiro em Boston.
“Caso a situação seja classificada como de natureza humanitária, os consulados deverão desconsiderar a expedição de atestado de nacionalidade. Sendo assim, não cabe falar em recusa por questão humanitária, já que eventual identificação de razões humanitárias é realizada a priori”, informou o ministério.
Entretanto O GLOBO revelou, há dois meses, o caso de Paul Fernando Schreiner, de 36 anos, que foi deportado após ter vivido 31 anos no país , pelo fato de seus pais adotivos não terem regularizado sua situação quando foi levado ao estado de Nebraska.
Em e-mail enviado ao GLOBO, o Itamaraty informa que o atestado já é utilizado em países como Austrália e Japão : “Os atestados de nacionalidade não constituem objeto de solicitação de outros Estados. Trata-se de obrigação do Estado brasileiro, como já se referiu acima, de oferecer marco legal seguro a seus nacionais deportados”.

Entrevista da presidente da ADB sobre os embaixadores nos EUA


Diplomata vê ‘injustiça’ em crítica de Bolsonaro a embaixadores nos EUA
Maria Celina Rodrigues diz que presidente da República deveria analisar a ‘folha corrida’ dos ex-chefes em Washington
Entrevista com Maria Celina de Azevedo Rodrigues, presidente da Associação dos Diplomatas do Brasil (ADB)
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
29 de julho de 2019 | 05h00

BRASÍLIA – Para a presidente da Associação dos Diplomatas do Brasil (ADB), Maria Celina de Azevedo Rodrigues, é “injusto” o presidente Jair Bolsonaro dizer que os embaixadores do Brasil nos Estados Unidos “não fizeram nada de bom” e a alegada proximidade do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) com a família Trump “pode ser um trunfo, pode não ser”. Ela faz uma advertência: embaixadores “devem ter certa distância, certo equilíbrio, nas relações com a sociedade como um todo, com acesso inclusive à oposição”.



Para Maria Celina, é ‘muito difícil’ dizer se Eduardo Bolsonaro será ‘o trunfo’ na diplomacia com Trump e os EUA  Foto: JULIA SEABRA / ESTADÃO
Celina, hoje aposentada, foi embaixadora na Colômbia, cônsul em Paris e chefe da Missão do Brasil junto à Comunidade Europeia, em Bruxelas. Ela opina que o sucesso do filho do presidente nos EUA “vai depender da permeabilidade e da acessibilidade da família Trump no dia a dia”. E lembra: “Trump é muito ocupado...” A seguir, os principais trechos da entrevista:
O presidente Jair Bolsonaro indicou seu filho Eduardo para a embaixada em Washington alegando que ele tem acesso à família Trump. Isso é mais importante do que a alta qualificação dos diplomatas, realçada em nota pela ADB?
Depende da real acessibilidade com a família Trump na vida, no dia a dia. Uma coisa é você ser amigo, outra é você ter acesso no dia a dia, porque o presidente Trump é muito ocupado, tem muito o que fazer. Então, é muito difícil você partir do princípio de que isso aí é “o trunfo”. Pode ser, pode não ser.
Mas não é mesmo importante ter um embaixador com acesso à Casa Branca, se isso for verdade?
Eu insisto: depende da permeabilidade da família Trump. Em se confirmando, pode ser positivo, sim, mas é importante ressaltar que todo embaixador, seja de carreira ou por indicação política, deve ter certa distância, certo equilíbrio, nas relações com a sociedade como um todo. Tem de ouvir a opinião de todos, do mundo político, econômico, acadêmico, da mídia, dos meios diplomáticos de terceiros países, da sociedade civil e dos setores de oposição, para enviar relatos e análises o mais objetivos possíveis, que possam pautar as nossas ações.
E, em tese, o Trump pode não ser reeleito...
Ainda tem esse aspecto. Você não pode se comprometer demais com uma vertente só. Espero que o deputado Eduardo saiba dosar bem isso.
Na nota em que critica a escolha do deputado, a ADB...
Vou fazer uma correção. A associação não criticou a escolha, nem poderia, porque respeita o direito do presidente de indicar quem ele quiser. A nota não criticou a escolha nem entrou na discussão se é nepotismo, se é ética ou não. Não entrou na qualificação de ninguém. O que fizemos questão de ressaltar é que nós temos pessoas mais do que qualificadas para fazer isso, porque a gente carrega uma bagagem enorme que vai acumulando ao longo de anos e anos de experiência.
Então a nota foi para confrontar a qualificação de um diplomata com 35 anos de carreira com a de um deputado de 35 anos de idade que alega já ter fritado hambúrguer nos EUA?
Confrontar, não. Comparar.
Segundo o presidente, o Brasil teve muitos embaixadores nos EUA eles “não fizeram nada de bom”. A sra. concorda?
É injusto. Tenho certeza de que, se ele visse a folha corrida desses embaixadores e fizesse um levantamento do trabalho feito pelos que passaram por lá, iria ver o quanto eles contribuíram. O que ele entende por “nada de bom”? O trabalho do diplomata é quase silencioso, quieto, ele não sai gritando “eu fiz isso”, “eu fechei tal acordo”!. Você vai trabalhando aquilo ao longo de anos para frutificar dez, 15 anos depois. Tivemos muitas vitórias e fechamos muitos acordos assim, como o acordo do algodão na OMC (Organização Mundial do Comércio). Aliás, como o próprio acordo Mercosul-União Europeia, que começou com o embaixador Jorio Dauster há mais de 20 anos. A conclusão desse acordo, como de todos os acordos, é resultado de sucessivos espaços que foram sendo criados e se somando. E ninguém vai sair tomando vinho francês amanhã. Ainda falta muito o que fazer.
O ministro Onyx Lorenzoni disse em entrevista que diplomatas “prestaram desserviço” e “achincalharam o Brasil” durante a campanha eleitoral. Houve isso?
Não vi, não ouvi, não soube nada disso. Se fizeram, a crítica procede, mas o que me entristece é o fato de, ao falar em diplomatas, embora não tenha falado do Itamaraty e da carreira diplomática, o ministro deixe a impressão na opinião pública de que “os” diplomatas fizeram isso. Não é verdade. Nós agimos institucionalmente e a própria defesa do governo tem de ser feita de acordo com instruções. Achincalhar? Isso não compete a diplomatas. Você não pode usar sua posição oficial para fazer críticas ao país a que serve. Não pode acender uma vela a Deus e outra ao diabo. Fiquei profundamente entristecida de que se tenha passado essa imagem para a opinião pública.
Podcast – O que esperar de Eduardo Bolsonaro embaixador?
O ministro também criticou o uso de dinheiro público para coquetéis, automóveis, uísques. É isso a vida diplomática?
Coquetéis são local de trabalho. A vida diplomática é estabelecer relações e criar vínculos com o país, não permanentes, mas de maneira que você possa entender melhor o país onde você está servindo, para melhor defender o seu próprio país. Você precisa estabelecer uma ampla rede de contatos, com os mais diversos setores, para traçar um quadro mais complexo sobre aquele país. Muitas vezes, depois de um dia de trabalho longo, difícil, você tem de fazer o social, aliás, como qualquer empresário faz, porque aquele social vai te abrir portas que serão muito importantes.
Na questão dos navios iranianos, para onde ia a posição do presidente Bolsonaro, a favor de reabastecer ou de agradar aos EUA?
Eu ainda não entrei no pensamento do presidente da República, mas a resposta para o impasse está na independência entre os Poderes, que dá uma saída honrosa para todo mundo.
Como presidente da ADB, a sra. tem recebido queixas sobre uma caça às bruxas no Itamaraty?
Sinceramente, não. Há uma queixa ou outra, mas é difícil avaliar qual o interesse da pessoa que está magoada, ofendida. Não há nada generalizado e, afinal, toda freada de arrumação precisa ser decantada.
QUEM É
Nascida no Rio de Janeiro, Maria Celina Azevedo Alves ingressou na carreira diplomática em 1969. Foi Diretora Geral do Departamento Cultural, embaixadora em Bogotá (2002), chefe da Missão do Brasil junto às Comunidades Europeias (2005) e cônsul-geral do Brasil em Paris (2008).
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Visoes conflitantes na reuniao do BRICS no RJ - The Hindu

Conflicting views pervade BRICS Ministers’ meeting

Fight against terrorism, cooperation in areas of economy and people-to-people exchanges emerged as prominent themes in the one-day meet.

For a meeting set to articulate the voice of emerging countries, the BRICS Foreign Ministers’ gathering here on Friday could not have started on a more discordant note. 
Opening the meeting, Foreign Minister of Brazil Ernesto Araujo called upon fellow BRICS members — Russia, India, China and South Africa — to “act on Venezuela” in support of Juan Guaido, who proclaimed himself interim president of the South American country on January 23. Brazil holds the rotating presidency of BRICS grouping for 2019.
“There is a cry of freedom coming from Venezuela. Brazil has heard this cry… Every member of international community needs to hear this cry and act,” said Mr. Araujo spelling out his country’s vision for the BRICS Summit in November.

Conflicting views

However, following Mr. Araujo on the speaking list, Russian Foreign Minister and policy veteran Sergey Lavrov, who, also, spoke on Venezuela, took a diametrically opposite position. 
“We need to use international law as the basis for reaching a solution by themselves without outside interference,” said Mr. Lavrov, restating the Russian position.
He then called for a similar approach to the crisis in the Persian Gulf. The importance of his reference to Iran was not lost on anyone, as two Iranian ships have been stuck in a port here for days, with Brazilian oil companies refusing to provide fuel because of U.S. sanctions. 
Brazil’s new government, led by far-right President Jair Bolsonaro, has closely allied itself with U.S. President Donald Trump’s government. In such a climate, the meeting opened with a bit of uncertainty. “The BRICS Sherpas and teams of diplomats worked for days to make sure a positive agenda is set. We did not want anything negative about any particular country in it. We only want to articulate the position of the developing world,” said an Indian official who was a member of the official delegation. 
The final statement released to the media reflected a commonality of purpose among the BRICS countries. “The Ministers agreed to further deepen BRICS three-pillar-driven cooperation in the areas of economy, peace and security and people-to-people exchanges,” it said.

Fight against terrorism

The details of the statement reflect that the group of five emerging countries might now be looking for a bigger and different role in global affairs. A large part of the joint statement is devoted to “fight against terrorism”, which emerged as a major theme of the one-day meeting. In his address, General V.K. Singh (retd.), Union Minister of State for Transport, who stood in for External Affairs Minister S. Jaishankar said, “All our countries have been victims of terrorism and we need to support each other to end these groups and their supporters. The BRICS has to fight to end the financing of terrorist networks in all our territories.”
Chinese Foreign Minister Wang Yi too during his speech called upon the BRICS countries to cooperate in combating terrorism.
The BRICS Working Group on Counter Terrorism — already in place — will hold a seminar on terrorism in Brazil from July 29 to August 2.
According to Indian officials, the inclusion of FATF in the statement is a positive move as India has been pushing for Pakistan to be put on this list for financing terrorism in the region. 
On the issue of terrorism in Afghanistan, India clearly got a shot in the arm as the BRICS statement reiterated support for “international and national efforts to achieve an Afghan-led, Afghan-owned peace and reconciliation process”. 
With the Trump government working on a deal with the Taliban, India has been almost left out of the ongoing Afghan peace process. But with China and Russia two other major stakeholders in Afghanistan reaffirming their support to an “Afghan-led, Afghan-owned” process, India can hope to still play a role in a country it has invested heavily in.