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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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sábado, 31 de maio de 2014

Eleicoes 2014: comecaram as mistificacoes companheiras...

Falar em neoliberalismo é o mais rastaquera dos deja-vus, nos quais se comprazem aqueles que não têm nada de mais inteligente a dizer. Os companheiros são especialistas nesse tipo de desonestidade subintelectual, que só contentam os ingênuos e os beócios. Quem diz isso não é idiota, mas mentiroso, e pensam que todos os outros são idiotas como os seus...
Paulo Roberto de Almeida 

Sem citar Aécio, Dilma diz que rival quer trazer de volta "figurino neoliberal"
A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira em Belo Horizonte, sem citar o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, que o tucano quer trazer de volta um "figurino neoliberal" e um modelo que, segundo ela, "já fracassou".
Em encontro do diretório do PT de Minas Gerais, Estado governado por Aécio por oito anos, a presidente disse ainda que os adversários querem "trazer de volta a recessão" e afirmou que os tucanos "nunca se interessaram" por questões sociais.
"Tem candidato dizendo, por exemplo, que quer ser eleito para aplicar medidas impopulares, que não tem medo da opinião pública, que está se lixando para a reação que pode provocar essas medidas e que vai derrubar qualquer barreira para impor o seu figurino neoliberal", disse a presidente, numa referência a declarações recentes de Aécio de que estaria disposto a adotar "medidas impopulares" se eleito, caso fosse necessário.
"Eles querem trazer de volta um modelo que já fracassou. A partir daqui, de Minas Gerais, querem trazer de volta a recessão, o desemprego, o arrocho salarial, o aumento da desigualdade e o aumento da submissão que o Brasil tinha no passado ao Fundo Monetário, por exemplo", acrescentou Dilma durante o encontro, que serviu para confirmar a pré-candidatura do petista Fernando Pimentel ao governo do Estado.
A presidente também fez referência à proposta aprovada nesta semana pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), de autoria do presidenciável tucano, que estende o benefício do Bolsa Família por até seis meses no caso do beneficiário aumentar sua renda em decorrência de atividade profissional ou econômica.
A proposta foi duramente criticada pelo governo, que entende que ela desfigura o Bolsa Família ao retirar limites de renda e de tempo de permanência no programa. [ID:nL1N0OF02A]
"Hoje eles estão tentando aparecer como grandes defensores do BolsaFamília, quando a gente lembra que chamavam o Bolsa Família de Bolsa Esmola. Nunca foram a favor das políticas, sempre acharam que fazer política social era jogar o dinheiro pela janela", disparou.
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"Nós temos de proteger o nosso projeto do assanhamento de um pessoal que, quatro em quatro anos, sempre acredita que, finalmente, eles vão ter hora e vez. Hora e vez e a oportunidade de enganar o povo de novo."
Em tom claramente eleitoral, Dilma previu sua vitória na campanha pela reeleição.
"Eles querem ganhar na marra. Vão descobrir pela quarta vez que nós e o povo brasileiro não nos deixamos enganar", disse ela se referindo às duas vitórias de Lula --em 2002 e 2006-- e ao seu próprio triunfo sobre os tucanos em 2010.
COPA DO MUNDO
No discurso, Dilma também criticou aqueles que pretendem torcer contra a seleção brasileira, lembrando que, quando foi presa pelo regime militar, era ano de Copa do Mundo e ela, "de cabeça erguida", torceu pela seleção brasileira "porque ela é do povo brasileiro".
"Hoje em plena democracia, não torcer pela seleção brasileira é de uma sem-cerimônia incrível. É simplesmente não ser capaz de ter orgulho do seu país. É ter um imenso complexo de vira-lata", disse.
(Reportagem de Eduardo Simões)

As milicias violentas do PT: gangsterismo nazista?

O PT não é um partido normal, nunca foi. Parece-se com uma organização criminosa, como aquelas criadas por Mussolini e por Hitler.
O comentário preliminar, falando dos psicopatas do PT, é de Roque Callage, quem me enviou a matéria.
Paulo Roberto de Almeida 

O texto que segue é a integra da Carta ao Leitor, o editorial da revista Veja, em sua edição que está nas bancas neste sábado. Vale a pela ler, pois se trata de um retrato em alta definição sobre o modus operandi do PT. Só mesmo os fanáticos da seita - porque o PT não é partido político, mas uma seita de psicopatas - podem render alguma admiração a esse ajuntamento de doentes mentais.
Portanto, é de se esperar que a ficha tenha finalmente caído para os eleitores brasileiros que em outubro terão a oportunidade de interromper para sempre esse pesadelo diabólico que é ter um bando de comunistas malucos governando uma Nação de 200 milhões de habitantes. Leiam:

A FARSA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS 
Para entender o drama em que o PT mergulhou este País

Veja, sábado, maio 31, 2014



Stédile com Carvalho, em Brasília: bastou um dedo de prosa e o cerco do MST ao Planalto virou confraternização. 
Une os governos de Lula e Dilma Rousseff apoio ao que seus ideológos chamam de “movimentos sociais”, quenada mais são do que grupos organizados para servir de massa de manobra aos interesses políticos radicais. O encarregado de organizar e manter vivos esses grupos é Gilberto Carvalho, que, de sua sala no Palácio do Planalto, atua como umministro para o caos social.
Essa pasta, de uma forma ou de outra, existe em todos os governos populistas da América Latina e se ocupa da cínica estratégia de formar ou adotar grupos com interesses que não podem ser contemplados dentro da ordem institucional, pois implicam o desrespeito às leis e aos direitos constitucionais. Ora são movimentos de índios que reivindicam reservas em áreas de agronegócio altamente produtivas e até cidades inteiras em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ora são pessoas brancas como a neve que se declaram descendentes de escravos africanos e querem ocupar à força propriedades alheias sob o argumento improvável de que seus antepassados viveram ali. A estratégia de incitar esses grupos à baderna e, depois, se vender à sociedade como sendo os únicos capazes de conter as revoltas é a adaptação moderna do velho truque cartorial de criar dificuldades para vender facilidades.
Brasília assistiu, na semana passada, a uma dessas operações. Alguns índios decidiram impedir que as pessoas pudessem ver a taça da Copa do Mundo, exposta no Estádio Mané Garricha. A polícia tentou reprimir o ato, e um dos silvícolas feriu um policial com uma flechada.
Atenção! Isso ocorreu no século XXI, em Brasília, a cidade criada para, como disse o presidente Juscelino Kubtschek no discurso de inauguração da capital, há 54 anos, demonstrar nossa “pujante vontade de progresso (...), o alto grau de nossa civilização (...) e nosso irresistível destino de criação e de força construtiva”. Pobre JK.
Mostra uma reportagem desta edição que progresso, civilização e força construtiva passam longe de Brasília. As ruas e avenidas da capital e de muitas grandes cidades brasileiras são territórios dos baderneiros.
Há três meses, o MST, o Movimento dos trabalhadores Sem Terra, mandou seus militantes profissionais atacar o Planalto. Gilberto Carvalho foi até a rua, onde, depois de uma rápida conversa, se combinou que Dilma receberia os manifestantes. “O MST é um movimento arcaico, com uma pauta de reforma agrária do século passado em um Brasil com quase 90% de urbanização e 80% da produção dos alimentos consumidos pelos brasileiros vinda da agricultura familiar. Por obsoleto, já deveria ter desaparecido. Mas Carvalho não permite que isso ocorra. O MST faz parte do exército de reserva e precisa estar pronto se convocado. Foi o que se deu na semana passada, quando Pedro Stédile, um dos fundadores do movimento, obediente ao chamado do momento, atirou: “Só espero que não ganhe o Aécio Neves, porque aí seria uma guerra”. 
É impossível não indagar: contra quem seria essa guerra? 
A resposta é óbvia: contra a vontade popular e contra a democracia.

Aldous Huxley: (Des)Admiravel Mundo Novo. Ja chegou?

Ainda vai demorar um pouco, mas os novos tempos e a novilíngua já chegaram.
Agora, como já temos vários gêneros misturados, os passaportes brasileiros não mais contêm a filiação tradicional: Pai, Mãe.
Não, agora passou a ser: Primeiro Genitor, Segundo Genitor, podendo acomodar todos os matizes das novas situações.
Bem, e quando for um coletivo, desses que os companheiros admiram?
Coloca-se todo mundo?
E quem seria o Primeiro Genitor? Escolhe na moedinha, par ou impar, disputa na porrada a precedência?
O tempora, o mores...
Paulo Roberto de Almeida 

Crítica: 'Admirável Mundo Novo' erra em genética e acerta em cultura
REINALDO JOSÉ LOPES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
31/05/2014  
Não é nada fácil a vida do escritor de ficção científica que se dispõe a traçar um retrato do futuro, próximo ou distante, em suas obras. A tentação de simplesmente extrapolar algumas tendências do presente que acabarão se revelando efêmeras ou desimportantes é forte demais.
É inegável que o britânico Aldous Huxley (1894-1963) caiu nessa tentação e fracassou de forma quase cômica como futurologista em seu romance "Admirável Mundo Novo" (1932), livro que agora ganha nova edição no Brasil.
OK, é possível que o fracasso cômico seja, ao menos em parte, intencional. A visão de Huxley sobre o mundo do ano 2540, uma das primeiras distopias (utopias "do mal") da literatura do século passado, é tanto advertência quanto sátira, com uma narrativa permeada de humor mesmo em alguns de seus momentos mais sombrios.


O cenário geral da história provavelmente vai soar familiar para qualquer um que conheça os inúmeros livros e filmes que se inspiraram na obra de Huxley.
Para tentar pôr fim às guerras que ameaçavam destruir a espécie humana, um governo totalitário mundial impõe o mais completo controle sobre a reprodução: pais e mães são extintos, bebês passam a ser criados emlaboratório —muitos deles por meio de uma técnica de cultivo de células que produz dezenas de gêmeos idênticos de uma vez só.
Uma vez nascidos (ou melhor, desenvasados), os bebês passam por um rigoroso processo de condicionamento, que inclui choques e doutrinação por meio de frases motivacionais durante o sono.
Tais técnicas complementam o uso de substâncias administradas durante a fase embrionária, num conjunto projetado para produzir castas de pessoas perfeitamente adaptadas às suas funções sociais, da "classe dominante" dos Alfas aos trabalhadores braçais Deltas e Ípsilons.
E se, por acaso, alguém se sentir desconfortável com o seu condicionamento, há um arsenal de remédios: o soma, droga recreativa "perfeita", sem efeitos colaterais; o sexo sem restrições (já que o casamento também foi abolido); e sistemas de entretenimento capazes de deixar no chinelo o cinema 3D e os jogos interativos de hoje.
SEM GENÉTICA
Há um ponto central das distopias mais recentes que não aparece nesse quadro de pesadelo: a genética. De fato, Huxley escreveu décadas antes da descoberta de que o DNA era a principal molécula da hereditariedade, e por isso teve de se contentar em descrever métodos mais toscos de manipulação biológica, como injeções de toxinas nos fetos.
Essa é a primeira e maior escorregada futurológica do livro: mesmo quando se leva em conta o DNA, uma manipulação tão precisa da natureza humana continua sendo, para todos os efeitos, impossível (e não, ninguém passa a ser o fiel escravo de um Estado totalitário ouvindo mensagens subliminares embaixo do travesseiro).
Escrevendo no período da ascensão do fascismo, Huxley também errou feio ao supor que uma escalada cada vez mais violenta de guerras mundiais estava por vir. O espectro da autodestruição nuclear, por enquanto, deteve com bastante sucesso essa possibilidade.
Por outro lado, o autor foi mais presciente no retrato que faz da cultura do entretenimento e do consumo irrefletido em sua distopia.
Desse ponto de vista, o "admirável mundo novo" está, em parte, entre nós. Por sorte, o antídoto prescrito por Huxley —Shakespeare, basicamente—, ainda pode ser obtido em qualquer livraria.
ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
AUTOR Aldous Huxley
TRADUÇÃO Lino Vallandro e Vidal Serrano
EDITORA Biblioteca Azul
QUANTO R$ 39,90 (312 págs.)
AVALIAÇÃO bom 

Alberto da Costa e Silva vence o Premio Camoes 2014

Alberto da Costa e Silva vence Prêmio Camões
Diplomata e historiador brasileiro é um dos principais conhecedores da história e da cultura africana
O GLOBO 31.05.14
Alberto da Costa e Silva é o 11º brasileiro a receber a distinção 

Guito Moreto / Guito Moreto/11-12-2012
LISBOA — O poeta, diplomata e historiador brasileiro Alberto da Costa e Silva recebeu, hoje, o Prêmio Camões, o mais importante destinado a um autor de língua portuguesa pelo conjunto da sua obra. O anúncio foi feito esta sexta-feira, em Lisboa, pelo júri, composto por Rita Marnoto, professora universitária, José Carlos Vasconcelos, jornalista, e os escritores Affonso Romano de Sant'Anna, Antônio Carlos Secchin, José Eduardo Agualusa e Mia Couto, vencedor em 2013.

— Foi um prêmio inesperado, não estava em minhas cogitações — disse o autor, que fez questão de destacar sua “constância e presença” em Portugal e na África. — É um prêmio que engrandece a história de um escritor. Já foi atribuído para os nomes mais expressivos da língua portuguesa. A notícia me deu grande alegria, embora eu ainda não esteja totalmente convencido de que sou merecedor.
Formado pelo Instituto Rio Branco em 1957 e membro da Academia Brasileira de Letras, Alberto da Costa e Silva serviu como diplomata em Lisboa, Caracas, Washington, Madrid e Roma, antes de ser embaixador na África. Participou de missões em Angola, Etiópia, Costa do Marfim, Camarões, Togo, Gabão, Guiné, Senegal, Libéria, entre outros países. Aproveitando sua longa passagem pela África, tornou-se um dos principais especialistas na cultura e na história do continente, com obras como “A enxada e a lança: a África antes dos portugueses” (1992) e “A manilha e o libambo: a África e a escravidão” (2002). Seu último livro, “Imagens da África” (2013), reúne fragmentos de textos de viajantes estrangeiros que passaram pela região, da Antiguidade ao século XIX
O escritor moçambicano Mia Couto, um dos membros do júri, lembrou a “arte e elegância” com que o historiador e poeta desmembrou a memória da África. Já o angolano José Eduardo Agualusa, também do júri, afirmou que a atribuição à Costa e Silva “também para a África”.
— Não creio que prêmios sejam para países ou continentes, mas sim para a ação e a reflexão de um escritor — avalia Costa e Silva, nascido em 1931. — Porém, fico muito feliz que me considerem um autor de interesse africano e emotivamente africano.
Para o escritor Antônio Carlos Secchin, ninguém melhor do que Alberto da Costa e Silva estuda e divulga, em alto nível, a confluência cultural e histórica dos povos de língua portuguesa. 
— A isso se alia uma refinada expressão estilística em todos os gêneros em que se expressa: o poético, o memorialístico, o ensaístico — avalia. — Sinto-me feliz e honrado por ter feito parte do júri que lhe concedeu por unanimidade o prêmio, com toda justiça.
Com a atribuição, o Brasil se torna o país com mais vencedores do Camões. Já são 11 premiados, incluindo nomes como Dalton Trevisan, Ferreira Gullar, Autran Dourado, João Cabral de Melo Neto e João Ubaldo Ribeiro.

VEJA TAMBÉM

Piketty e seu erros elementares de teoria economica - Steve Kates

Retiro, de uma lista de discussão sobre história econômica, esta postagem de um professor que também gastou 25 dólares pensando comprar boa mercadoria. Acho que o produto vai conhecer uma alteração na sua curva de demanda rapidamente...
Paulo Roberto de Almeida

I think if might be of interest to this list to find that Thomas Piketty begins his Capital in the Twenty-First Century with a discussion of classical economic theory although of some dubious merit, but that he has also made a fundamental error in the use of supply and demand in that same discussion.
Only five pages in, he begins a section he titles, “Ricardo: the Principle of Scarcity” (Malthus shows up on page 3). He focuses on Ricardo in his book on income distribution because he interprets the Ricardian theory of land rents to mean that landowners will continuously earn a larger proportion of national income. He states that Ricardo’s “chief concern was the long-term evolution of land prices and land rents” (p. 5). I have my doubts about his interpretation of Ricardo, and I certainly don’t agree where he writes “David Ricardo and Karl Marx, who were surely the two most influential economists of the nineteenth century” (ibid.: p. 5). There is a case for Marx although not in terms of his influence on economics. Ricardo is superseded by J.S. Mill and if not Mill then certainly by Marshall if we are thinking about influence within economics, and that is only looking at economists in the English speaking world. 
But Piketty then, in discussing these notions, makes a fundamental error in basic economic theory. As can be seen from the passage quoted below, he has confused a shift in demand with a change in quantity demanded.

“To be sure, there exists in principle a quite simple economic mechanism that should restore economic equilibrium to the process: the mechanism of supply and demand. If the supply of any good is insufficient, and its price is too high, then demand for that good should decrease, whichshould lead to a decline in its price.” (p.6 - my bolding)

He has here basically stated that insufficient supply (a shortage) will lead to a fall in price which you can see from the bits in bolding. I find it absurd that Piketty cannot tell the difference between a shift of the demand curve and a movement along the demand curve. You really do have to wonder how much sound economics there actually is embedded in the hundreds of pages of stats and data he then compiles if he is prone to make such a startling error. Even more curious is to me is that no one so far as I know has bothered to point this out.
-- 

Dr Steven Kates
Associate Professor
School of Economics, Finance
    and Marketing
RMIT University

O ataque a propriedade por Thomas Piketty e companheiros - Robert P. Murphy (Mises)

Algumas frases aterradoras contidas no livro de Thomas Piketty
por , sexta-feira, 30 de maio de 2014

 

PikettyMarx.jpgVários artigos, inclusive na grande mídia, já foram escritos comentando os vários erros teóricos, bem como as flagrantes manipulações de dados, encontrados no livro-sensação do momento, Capital no Século XXI, do francês Thomas Piketty. 
Financial Times, por exemplo, descobriu que o livro contém dados que foramdeliberadamente adulterados.
Juan Ramón Rallo decidiu testar empiricamente a tese central propagandeada pelo livro — a de que a riqueza dos bilionários aumenta quase que por inércia, a uma taxa maior que a do crescimento da economia — e tambémdescobriu que ela não se sustenta
E Hunter Lewis mostrou que os dados utilizados por Piketty não apenas foram erroneamente interpretados por ele como também, e ainda pior, são baseados em extrapolações criadas pelo próprio autor.
Meu intuito aqui é outro: quero chamar a atenção para o estupefaciente ódio à propriedade privada e aos básicos direitos à privacidade financeira que permeia todo o livro.  A maneira mais rápida de fazer isso é simplesmente reproduzindo algumas das mais aterradoras frases contidas no livro, as quais vão logo abaixo.
À medida que você for lendo as frases abaixo, lembre-se de que o livro de Piketty vem sendo celebrado por toda uma gama de intelectuais progressistas, os quais, mesmo quando eventualmente o criticam pontualmente — como fez Larry Summers, ex-secretário do Tesouro de Bill Clinton —, fazem questão de ressaltar que o livro é simplesmente maravilhoso. 
O motivo de tais intelectuais estarem dispostos a relevar os vários erros metodológicos, teóricos e empíricos encontrados no livro é simplesmente porque eles endossam o espírito do livro.  E quando você finalmente entender qual é exatamente esse espírito, você ficará extremamente preocupado quanto ao futuro.  Apenas leia o material coletado.
"Impostos não são uma questão técnica.  Impostos são, isso sim, uma questão proeminentemente política e filosófica, talvez a mais importante de todas as questões políticas.  Sem impostos, a sociedade fica destituída de um destino comum, e a ação coletiva se torna impossível." (p. 493)
"Quando um governo tributa um determinado nível de renda ou de herança a uma alíquota de 70 ou 80%, o objetivo principal obviamente não é o de aumentar as receitas (porque essas altas alíquotas nunca geram muita receita).  O objetivo é abolir tais rendas e heranças vultosas, as quais são socialmente inaceitáveis e economicamente improdutivas..." (p. 505)
"Nossas descobertas [de Piketty e de seus co-autores] possuem importantes implicações para o grau desejável de progressividade tributária.  Com efeito, elas indicam que impor alíquotas confiscatórias sobre as altas rendas não apenas é possível como também é a única maneira de acabar com os aumentos observados nos altos salários.  De acordo com nossas estimativas, a alíquota ótima de imposto de renda para os países desenvolvidos é provavelmente uma maior que 80%." (p. 512)
"Uma alíquota de 80% aplicada a receitas maiores que US$500.000 ou US$1 milhão por ano não traria ao governo muito em termos de receita, pois ela rapidamente alcançaria seu objetivo: reduzir drasticamente as remunerações, mas sem reduzir a produtividade da economia, de modo que os salários subiriam a níveis menores". (p. 513)
"O propósito primário dos impostos sobre ganhos de capital não é o de financiar programas sociais, mas sim o de regular o capitalismo.  A meta é, em primeiro lugar, acabar com os contínuo aumento na desigualdade de renda, e, em segundo lugar, impor uma regulação efetiva sobre os sistemas bancário e financeiro para evitar crises." (p. 518)
"[A transparência financeira associada ao imposto global proposto por Piketty] iria gerar preciosas informações sobre a distribuição de riqueza.  Os governos nacionais, as organizações internacionais, e os institutos de estatística ao redor do mundo iriam pelo menos ser capazes de produzir dados confiáveis sobre a evolução da riqueza global... [Os cidadãos] teriam acesso a dados públicos sobre fortunas, cujas informações seriam fornecidas por lei.  Os benefícios para a democracia seriam consideráveis: é muito difícil ter um debate racional sobre os grandes desafios enfrentados pelo mundo atual — o futuro do estado de bem-estar social, os custos da transição para novas fontes de energia, o tamanho do estado em países desenvolvidos, e muito mais — porque a distribuição global de riqueza continua muito opaca." (pp. 518-519)
"Um imposto de 0,1% sobre o capital não seria apenas mais um imposto; ele teria, acima de tudo, o intuito de ser uma lei que obriga o relato compulsório de informações pessoais.  Todos seriam obrigados a divulgar informações sobre a natureza de seus ativos para as autoridades financeiras mundiais.  Só assim poderão ser reconhecidos como os proprietários legais daquilo que possuem..." (p. 519)
Referindo-se à necessidade de se abolir todos os paraísos fiscais por meio da obrigatoriedade de especificar todos os seus ativos às autoridades globais: "Ninguém tem o direito de determinar suas próprias alíquotas de impostos.  Não é certo que indivíduos enriqueçam por meio do livre comércio e da integração econômica, obtendo lucros à custa de seus vizinhos.  Isso é roubo puro e descarado." (p. 522)
"Se, amanhã, alguém descobrir em seu quintal um tesouro maior do que toda a riqueza existente em seu país, seria correto aprovar uma emenda constitucional para que esta riqueza seja redistribuída de uma maneira mais sensata (é o que devemos desejar)." (p. 537)
"Na África, a saída de capitais sempre excedeu o influxo de ajudas estrangeiras.  Não há dúvidas de que foi algo bom vários países ricos terem impetrado medidas judiciais contra líderes africanos que saíram de seus respectivos países com grandes fortunas.  Porém, seria algo ainda mais proveitoso criar uma instituição de âmbito global voltada para a cooperação tributária e para o compartilhamento de dados com o objetivo de permitir que os países da África e de outros continentes descubram essas pilhagens de maneira mais sistemática e moderna, especialmente quando se leva em conta que empresas internacionais e acionistas de todas as nacionalidades são, no mínimo, tão culpados quanto as inescrupulosas elites africanas.  De novo, a transparência financeira e um imposto global e progressivo sobre o capital são a solução correta."  (p. 539)
"Do ponto de vista do interesse geral e do bem comum, é preferível tributar os ricos a tomar emprestado deles." (p. 540)
Essas frases revelam que Piketty na realidade não tem nenhum interesse em apenas aumentar as receitas dos governos com seus esquemas tributários; o que ele realmente quer é acabar de uma vez por todas com a formação de fortunas.
Para finalizar, um alerta a todos que ainda prezam valores ultrapassados como privacidade financeira e estado de direito: preocupem-se.  Piketty e todos aqueles que estão tecendo louvores a seu livro não têm a mais mínima consideração pela maneira como uma pessoa construiu sua fortuna.  Não importa se você trabalhou duro, poupou e foi um corajoso empreendedor.  Tudo será confiscado.  Eles, aliás, nem sequer têm "planos nobres" para como irão utilizar toda a propriedade que pretendem confiscar — o objetivo é apenas o de garantir que uma pessoa rica deixe de ser rica. 
Se você for razoavelmente rico, é melhor se tornar amigo de Piketty e sua turma, e bem rápido.  Talvez assim eles permitirão que você mantenha pelo menos uma fatia de suas propriedades.
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Leia também:

Robert P. Murphy 
é Ph.D em economia pela New York Universityeconomista do Institute for Energy Research, um scholar adjunto do Mises Institute, membro docente da Mises University e autor do livro The Politically Incorrect Guide to Capitalism, além dos guias de estudo para as obras Ação Humana e Man, Economy, and State with Power and Market.  É também dono do blog Free Advice.

Radiografia implacavel da decada lulo-petista: Jose Gobbo Ferreira

Estudo de caso, José Gobbo Ferreira - Dez Anos de PT e a Desconstrução do Brasil

O trabalho de 108 páginas que vai no link a seguir, intitulado “Dez Anos de PT e a Desconstrução do Brasil”, é um denso estudo, com gráficos e tabelas, que demonstra de que modo os governos Lula e Dilma Roussef desconstroem os fundamentos da política de estabilização e crescimento sustentada implementada pelo ex-presidente FHC, o Plano Real.

. A economia brasileira segue em marcha batida para o precipício da estagnação econômica e da inflação descontrolada, dragões que durante décadas infernizaram a vida dos brasileiros.

. O autor, José Gobbo Ferreira, possui um currículo extraordinário no exterior e no Brasil, que vai todo detalhado logo na abertura do trabalho.

. Vale a pena ler, estudar e passar adiante.

CLIQUE AQUI para baixar tudo e ler. O editor aconselha imprimir e estudar em casa, aos poucos. Baixar o arquivo pode demorar, porque ele é pesado.