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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pequeno conselho aos governantes... (gratuito, alem do mais)

Existe, eu sei, muita gente sabe, uma coleção de "conselhos aos governantes": a edição eu eu tenho, feita pelo Senado Federal -- um dos poderes da República, ao que parece, embora de vez em quando não parece muito não -- tem pelo menos 700 páginas, e começa lá na Grécia antiga, com alguma arenga aos atenienses, passa por Maquiavel e pelo menos dois "anti-Maquiavel", e chega até esses assessores modernos de governança e democracia.
Enfim, não estou imaginando nada, absolutamente nada, à intenção dos nossos sábios governantes, que por certo não são idiotas -- pelo menos não todos, talvez só um ou outro -- e que devem ter brilhantes assessores, dezenas de aspones, vários conselheiros de matérias diversas, além de secretárias, chefes de gabinete, assistentes de gabinete, guardiões de gabinete, contínuos, porteiros, correios, enfim, toda sorte de dedicados funcionários concentrados única e exclusivamente no objetivo maior: fazer com que o chefe não cometa bobagens, afastá-lo de armadilhas, evitar os tropeços, as situações incômodas, as denúncias da imprensa e, sobretudo, a obrigação de se desdizer, de desfazer um ato, de demitir um assessor de confiança, de ser enganado por alguém, em resumo, de ser tomado por alguma surpresa, especialmente as desagradáveis.


Eu, por exemplo, não compreendo como um chefe cercado de tanta gente competente seja capaz de cometer várias bobagens seguidamente.
Para ilustrar meu argumento, vejamos aqui uma manchete ao acaso, que acabo de "pescar" nas notícias da noite:

A dança das cadeiras nos ministérios

Então eu me pergunto: será que esses brilhantes assessores não poderia pedir aos arapongas que também existem -- e estão subutilizados, ao que parece -- que façam uma pequena enquete sobre candidatos e pretendentes, para evitar essas vergonhas que ocorrem frequentemente, a imprensa assediando o chefe, este recusando acreditar nas acusações para ter, finalmente, de se desfazer do incômodo auxiliar (sem falar de eventuais processos judiciais e uma hipotética condenação, o que também pode ocorrer, em algum país normal).
Que diabos fazem esses arapongas no desemprego parcial ou subutilizados?
Ou vamos continuar na mesma dança das cadeiras referida na matéria do jornal?
Paulo Roberto de Almeida 

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Ninguém poderá acusá-lo de não ter sido um bom filho...da mãe...!

Vale!