As duas novas pragas da modernidade
Paulo Roberto de Almeida
Putin, o Hitler do século XXI, é um destruidor da paz e da segurança na Europa, e tenta também mudar o mundo, mas não tem poder para isso. A China observa, tentando ver qual benefício consegue tirar para si das tresloucadas aventuras do tirano de Moscou.
Trump, o idiota que chegou ao poder, é uma ameaça ao mundo inteiro, pois é um desmantelador potencial das instituições multilaterais, ou seja, está destruindo, a marteladas, a ordem que Woodrow Wilson tentou criar em 1919 (e que o Congresso americano vetou), assim como a ordem que Franklin Roosevelt e Churchill criaram (a despeito de Stalin) em 1945, e que funcionou de forma precária por 80 anos.
Putin e Trump são as duas maiores ameaças à estabilidade mundial no momento presente. Cada um deles tem o seu cortejo de beócios, que os seguem bovinamente em suas respectivas obras de destruição material e institucional.
Existe certa convergência de intenções entre os dois patéticos personagens, ainda que contextos e circunstâncias de cada um deles sejam bastante diferentes, umas das outras.
O que os une, essencialmente, é uma total falta de empatia para com o mundo tal qual ele existe, uma raiva pessoal que se expressa em suas atitudes respectivas, fruto de um egocentrismo doentio e malévolo, no limite de uma psicopatia perversa.
O caso deles é psiquiátrico, e se a ONU tivesse condições, guiada por estadistas democráticos, o destino de cada um deles seria o de serem levados numa ambulância, com camisa de força, diretamente a um asilo psiquiátrico, para sempre.
Neste Natal de 2024, não quero ser uma ave de mau agouro, mas prevejo os piores desastres humanitários, caso esses dois loucos continuem tendo poder.
Não creio que os europeus ocidentais, os membros da UE ou da Otan, tenham poder, capacidade ou vontade de deter esses dois personagens saídos diretamente de algum revival de Cassandra.
O resto do mundo não conta muito no roteiro da tragédia, muito menos o tal de Sul Global, que de fato não existe. Não temos sequer alguma pitonisa délfica para desvendar o que poderiam nos antecipar os vapores do futuro.
Recorrendo à filosofia popular, estamos no mato sem cachorro.
Desculpem-me ser cético negativo quanto ao cenário imediato neste Dia de Natal, mas creio que, mesmo neste 25/12/2024, teremos péssimas notícias vindas de uma ou outra das duas pragas, ou de ambas.
Fiquem bem, mas cruzem os dedos para 2025. Bom Ano a todos!
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 24 de dezembro de 2024
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