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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 16 de novembro de 2024

Trump 2.0 promete um choque econômico global - Otaviano Canuto

Trump 2.0 promete um choque econômico global

Otaviano Canuto

Center for Macroeconomic Development, November 7, 2024

Se republicano sobrepujar limites legais do mercado internacional e implementar algo próximo do que prometeu, economia global sofrerá fortes impactos


A vitória eleitoral de Trump foi completa. Além do colégio eleitoral e dos votos absolutos, seu partido retomou o senado e deve manter a maioria de deputados na câmara. A execução de sua agenda, portanto, não precisará ficar limitada ao que pode fazer com medidas executivas, ganhando força para também incorporar o legislativo quando este for necessário.

Ao longo de sua campanha, Trump aludiu a vários caminhos nos quais poderia colocar sua agenda de política econômica. Espera-se que tire o pé no pedal na agenda de descarbonização presente na política econômica americana, algo que, pelo peso e tamanho da economia do país, terá impacto global. Também se espera o retorno da inclinação desfavorável à imigração na gestão pública que marcou seu primeiro mandato.

Dúvidas e apreensões estão também dirigidas a suas promessas de uso novamente de políticas comerciais sob a forma de tarifas sobre importações, em escala e abrangência geográfica e setorial maiores do que foi em seu mandato anterior. Caso isto se cumpra em intensidade próxima ao que aludiu durante a campanha, pode-se contar com algum grau e intensidade de choque sobre o país e a economia global.

Dentre outras medidas de política comercial, Trump já mencionou duas possíveis: uma tarifa de 60% sobre as importações chinesas e uma tarifa universal de 10-20% sobre todas as importações. Ao longo da campanha mencionou outras de tamanhos variados sobre produtos de outros países. Até ameaçou estabelecer tarifas de 100% sobre países que ameacem abandonar o dólar americano como moeda global de escolha.

Enquanto a administração democrata perseguiu uma “redução de risco” na exposição à economia chinesa – alegando razões de segurança nacional, mediante políticas de proteção, bloqueio de acesso à tecnologia e subsídios à produção local em semicondutores e energia limpa – pode-se dizer que os anúncios de Trump apontam na direção da busca de um “descolamento ou dissociação” total entre as duas economias.

Como em todas as políticas mercantilistas, baseadas na crença de que o adversário perde e a produção local ganha, há sempre uma subestimação dos impactos negativos sobre todos os lados, inclusive terceiros países. Como abordamos aqui em 2020, as tarifas de Trump contra a China em seu governo anterior acabaram impactando negativamente o próprio emprego manufatureiro dos EUA, para não falar da agricultura perdida para o Brasil no mercado chinês.

Para aqueles que acham que terceiros países podem se beneficiar como “conectores” entre EUA e China –como México, Vietnã, Malásia e outros têm feito desde a guerra no primeiro mandato de Trump– cumpre observar que um “descolamento” perseguido pela administração dos EUA não vai deixar tais conexões intocadas.

Trump já comparou guerras comerciais a lutas de boxe. Cabe observar que a elevação do custo de vida para os cidadãos norte-americanos como resultado das tarifas será parte do impacto sofrido pelo lado que golpeia no caso. Não por acaso, Kamala Harris chamou a proposta tarifária de Trump de imposto sobre os consumidores dos EUA”.

Tarifas são um imposto sobre importações. Trump disse que o imposto será pago por estrangeiros, ou seja, que estes absorveriam o impacto sem repasse a preços. Mas isso significaria a ausência do efeito de substituição de importações por produção local.

O resultado mais provável será a elevação de preços domésticos. Alguns alegam que os efeitos inflacionários das tarifas de Trump em seu primeiro governo foram mínimos. Contudo, as novas propostas de Trump se aplicariam a uma parcela muito maior das compras externas. O impacto nos preços será muito maior do que o relativamente modesto “protecionismo inicial” do primeiro mandato de Trump.

Cabe observar que um imposto sobre importações é, também, um imposto sobre exportações, pelo fato de que em parte as tarifas viram um custo para os exportadores que dependem de insumos importáveis. Isso necessariamente tornará tais exportações menos competitivas. Assim, as tarifas elevadas pré-anunciadas por Trump tenderão a expandir indústrias de substituição de importações menos competitivas, mas contrair as exportadoras altamente competitivas. A retaliação estrangeira contra as exportações dos EUA agravaria esse dano. Assistiu-se a tais efeitos durante a elevação de barreiras comerciais por Trump em seu primeiro mandato.

Onde resta pouca dúvida é quanto ao efeito recessivo para a economia global, particularmente com as prováveis respostas retaliatórias dos demais países. Passando por uma desaceleração chinesa, mas também em outros países. Na reunião anual do FMI em Washington, D.C., em outubro, Christine Lagarde, chefe do Banco Central Europeu, disse que novas barreiras comerciais poderiam renovar as pressões inflacionárias mundiais e reduzir o PIB global em até 9%, em seu cenário mais grave.

Uma segunda área onde Trump já deu sinais é a tributária e fiscal. No campo fiscal, o déficit público nos EUA tende a se elevar substancialmente. Isto também tende a trazer impactos macroeconômicos em escala global.

Trump mostrou inclinação para tornar permanentes todos os cortes aprovados pelo Congresso em 2017, o que será facilitado pela vitória republicana no senado e na câmara de deputados. Naquele ano os cortes nas taxas de imposto de renda corporativo foram permanentes, ao passo que os cortes nos impostos de renda individual e de herança deveriam expirar no final de 2025. Trump quer torná-los todos permanentes, além de acrescentar outros itens – como gorjetas. Trump falou em recomposição de arrecadação tributária via tarifas, mas ninguém estima ser isso possível.

No lado das despesas, mesmo cortando a despesa prevista nas leis dos semicondutores e da energia limpa (“Chips Act” e “Inflation Reduction Act – IRA ”), cortes substanciais não serão possíveis sem encolher gastos sociais, como o “Medicare”. Analistas projetam que as propostas de Trump aumentarão a dívida federal. O Comitê para um Orçamento Responsável, apartidário, estima que os planos de Trump podem adicionar US$ 7,5 trilhões.

Muitos economistas e investidores destacam um risco de um longo período de taxas de juros mais altas nos EUA. Temem que não apenas novas tarifas, mas também déficits americanos maiores, possam aumentar a pressão inflacionária dos EUA, levando o Federal Reserve a estender seu período de política monetária mais rígida.

E o Brasil? Mais imediatamente, a eleição de Trump já está trazendo impacto sobre o Brasil mediante os canais de transmissão monetária e cambial. A valorização do dólar em relação às demais moedas que já acompanhou as pesquisas eleitorais favoráveis a ele também atingiu o real. Ontem, no primeiro dia após as eleições, a desvalorização do real foi acentuada, mesmo tendo revertido até o final do dia.

O que se pode depreender para o futuro é a uma perspectiva de juros mais altos nos EUA, empinando sua curva temporal, acompanhando não só a perspectiva de inflação mais alta nos EUA, mas também de déficits públicos maiores. Mais do que nunca, aumentará a demanda de que o governo brasileiro dê sinais mais firmes de redução de seu desequilíbrio fiscal no futuro próximo, de modo a evitar que o prêmio de risco-país intensifique o efeito da valorização do dólar e das taxas de juros longas mais altas nos EUA sobre a taxa de câmbio e a inflação no Brasil.

Na área comercial, é possível até que o deslocamento de demanda agrícola chinesa dos EUA para o Brasil que ocorreu durante a guerra comercial EUA-China no primeiro governo Trump – deslocamento não revertido posteriormente – possa receber impulso adicional em novas rodadas de retaliação chinesa na guerra comercial.

O comercio bilateral Brasil-EUA evoluiu, no passado recente, de déficits do primeiro para saldos próximos de zero. A subida nas exportações agrícolas brasileiras – carne, açúcar, óleos e gorduras – e a redução nas compras brasileiras de combustíveis fósseis ajudaram naquela direção, enquanto o déficit brasileiro bilateral nas manufaturas cresceu nos últimos anos.

Há sensibilidade, por outro lado, quanto às exportações brasileiras de produtos metalúrgicos. Deve-se ter em vista as demandas por fabricantes de aço dos EUA de que tarifas sejam impostas sobre as exportações brasileiras de aço.

O Brasil não aparenta estar no foco da política comercial de Trump, como China e os “países conectores”. Mas vale notar que em uma entrevista em abril para a revista Time, Trump se referiu ao Brasil como “um país dê tarifas muito altas”. O não-alinhamento geopolítico brasileiro e as seguidas referências à substituição do dólar, porém, podem vir a aproximá-lo daquele foco.

Em resumo, as políticas comercial e fiscal no governo Trump 2.0 podem trazer choques macroeconômicos para a economia global e o Brasil. A possibilidade de desaceleração no crescimento econômico chinês, como consequência da política comercial Trump 2.0, pode vir a ser também um canal de transmissão sobre a economia brasileira através de suas exportações de commodities para aquele país.

No lado fiscal, há menor impedimento para o governo Trump 2.0. Já quanto as tarifas, há quem – como John H. Welch, CEO da Research for Emerging Markets Inc– destaque limites legais que dificultariam o cumprimento das promessas significativas feitas por Trump durante a campanha. Caso este venha a de fato a sobrepujar tais limites e implementar algo próximo do que prometeu, a economia global e o Brasil enfrentarão um verdadeiro choque macroeconômico.

 

Otaviano Canuto, 68 anos, é integrante-sênior do Policy Center for the New South, integrante-sênior não-residente do Brookings Institute e diretor do Center for Macroeconomics and Development em Washington. Foi vice-presidente e diretor-executivo no Banco Mundial, diretor-executivo no FMI e vice-presidente no BID.

 

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Um ataque frontal à democracia americana - Carmen Lícia Palazzo e Lourival Sant’Anna (O Estado de S. Paulo)

 Carmen Lícia Palazzo transcreveu e introduziu este artigo impecável de Lourival Sant'Anna, sobre o neofascista Trump, amigo e chantageado pelo neoczar Putin.

“Bom resumo da situação, feito pelo Lourival [Sant’Anna].

E acho que devemos nos preocupar, sim, inclusive com o nosso compatriota tosco e com tendências neofascistas. 

Acrescento da minha parte [CLP] o que eu penso, lendo os dados sobre quem votou no Trump e na Kamala:

O fascismo, em qualquer lugar do mundo, chega ao poder pelas vias da democracia, com o voto das pessoas mais simples, com um discurso que "levanta as massas" (li muito sobre como o Mussolini chegou ao poder na Itália). E a maioria do eleitorado nos EUA (e certamente também no Brasil) não é letrada e nem faz grandes considerações mais sofisticadas. Foi o caso dos chamados rednecks norte-americanos. Aí mora o perigo. E o poder de alcance dos discursos eivados de ignorância, de incitação à violência é que dá a muitos uma ideia de pertencimento a um grupo liderado por alguém que é percebido como um macho forte e que conduz a tropa a algum hipotético futuro, fantasiosamente melhor. 

Copio o artigo do Lourival:

"Trump vai eliminar a separação de Poderes e os freios concebidos pelos ‘pais fundadores’

Trump está mobilizado pelo desejo de ver materializada a sua delirante visão de mundo

Por Lourival Sant'Anna

09/11/2024 | 17h00

A volta de Donald Trump à Casa Branca equivale a um terremoto no alicerce da democracia, da diversidade, da valorização da ciência e dos fatos, uma derrota no combate às mudanças climáticas e uma vitória para as ditaduras que contestam a ordem mundial, lideradas por China e Rússia. É a revanche de setores de baixa renda e sem ensino superior contra a elite intelectual.

Trump está mobilizado pelo desejo de ver materializada a sua delirante visão de mundo. Dessa vez, não haverá “adultos na sala” — assessores civis e militares que sutilmente descumpriram suas ordens e heroicamente mitigaram os efeitos desastrosos de seu primeiro mandato. 

Trump conta que em 2016 não conhecia muita gente em Washington — a capital que tanto despreza — e acabou sendo vítima da traição de inúmeros colaboradores. Esse é um dos combustíveis de seu rancor. 

Desta vez, Trump se cerca de pessoas escolhidas não pelo critério da competência ou reputação, mas da lealdade. Ele deixou claro que usará o Departamento de Justiça, equivalente à Procuradoria-Geral da República, para perseguir seus adversários políticos, a começar pela ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi. 

Com maioria na Suprema Corte, no Senado e provavelmente na Câmara, e o propósito explícito de colocar o Estado a seu serviço, Trump procurará eliminar a separação de Poderes e os freios e contrapesos concebidos pelos chamados “pais fundadores” no século 18 para criar uma república e evitar a tirania representada, na época, pela monarquia absolutista e colonialista britânica, de cujo jugo acabavam de libertar sua jovem nação. 

Esse sistema, aperfeiçoado ao longo dos séculos para incorporar os direitos das mulheres, dos negros e de outras minorias, pressupõe a existência de uma elite guiada pelos valores do Iluminismo. A falibilidade e o egoísmo humanos eram limitados por um contrato social de busca do bem comum e de patriotismo. Quando esse consenso falhasse, o Congresso, a Justiça, a academia e a imprensa disparariam mecanismos de correção. É esse arcabouço que o trumpismo se dedica a destruir.

Trump e seus seguidores nutrem teorias conspiratórias contra o establishment político, jurídico e estatal, incluindo os órgãos de inteligência, contra a ciência e a imprensa, como cúmplices de um complô para extorquir a população e destruir sua identidade e tradições. 

Com vitória de Trump, republicanos veem sinais de uma nova coalizão de eleitores para se manter no poder

Em seu governo, a saúde deve ficar a cargo do ex-candidato independente à presidência Robert Kennedy Jr., que pretende retirar o flúor da água, responsável pelo quase desaparecimento das cáries; revisar o uso de vacinas e adotar terapias alternativas. Suas teses têm a qualidade daquele lampejo de Trump de injetar detergente no sangue para combater o vírus da covid. 

Kamala perdeu a eleição porque os eleitores de renda e escolaridade mais baixas deram preferência a Trump, e eles são a maioria. Ela teve 47% dos votos dos que ganham menos de US$ 50 mil por ano (27% dos eleitores) e 46% da faixa entre US$ 50 mil e US$ 100 mil (32%). Só ganhou entre os que recebem mais de US$ 100 mil (40% dos eleitores), com 51%, segundo a boca-de-urna da CNN.

Dos eleitores com ensino superior, 55% votaram em Kamala. Mas eles são apenas 43%. Na maioria, que não tem diploma, ela teve 42% dos votos. Kamala recebeu 53% dos votos das mulheres, que representam 53% de quem votou, mas apenas 42% dos homens. Obteve 52% dos votos dos latinos (12% dos votantes) e 85% dos negros (11% dos que compareceram às urnas).

Joe Biden teve mais apoio desses três grupos em 2020, embora Kamala seja mulher, filha de imigrantes e negra. Suas margens não foram suficientes para compensar a preferência dos brancos, que representam 71% dos eleitores, por Trump, que teve 57% dos votos deles. Até mesmo um quarto das mulheres pró-aborto dos Estados-pêndulo da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin votou em Trump.

Esses resultados são a expressão da frustração com o alto custo de vida e da sensação de que o poder de compra era maior no governo Trump. Esses sentimentos se combinam com a percepção mais estrutural e profunda de que a elite intelectual, representada por Biden e Kamala, construiu um mundo que lhe favorece.

O livre comércio e a imigração levaram para longe as fábricas que davam empregos de qualidade para os operários e trouxeram os estrangeiros que aceitam trabalhar por salários menores. Trump entendeu isso e se elegeu prometendo elevar as tarifas de importação, deportar e barrar os imigrantes ilegais. Diante disso, a democracia, os direitos individuais, a ciência, o meio ambiente, a ordem internacional baseada em regras e a imprensa parecem distrações de intelectuais."”

sábado, 9 de novembro de 2024

A decisão geopolítica mais relevante deste século - Paulo Roberto de Almeida

 A decisão geopolítica mais relevante para o resto deste século é a decisão de Trump se ele forçará, ou não, a Ucrânia a capitular em face de Putin. Se o fizer, estaremos de volta aos anos 1930. No comércio internacional já é o caso, aliás direto ao mercantilismo. 

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 9/11/3024

sábado, 14 de setembro de 2024

Trump: um narcisista incurável - Michael J. Brenner (The Globalist)

 É absolutamente surpreendente como o velho Partido Republicano e milhões de americanos “normais”, cidadãos eleitores, se deixaram capturar por um debiloide total. PRA


https://theglobalist.us4.list-manage.com/track/click?u=fe900a29e67b9f5bd30ac3091&id=32f5c83882&e=23ed0dfe5f 

Narcissism and Trump: The Long Story

Dear reader,

The U.S. presidential TV debate last week underscored two points about Donald Trump that increasingly stun even many Republican politicians in the United States.   

The first one is his deep-seated narcissism. The second one is his exhibiting a level of ADHD (attention deficit disorder) that makes it so hard to connect any of the dots of what he may be saying.  

In our weekend feature "Narcissism and Trump: The Long Story,” Michael J. Brenner explores the clinical psychology of narcissism epitomized by Trump and how U.S. political culture is becoming progressively more related to conduct associated with narcissism. 
 

Cheers,
Stephan Richter
Publisher and Editor-in-Chief



quarta-feira, 26 de junho de 2024

A antidiplomacia de Trump deixaria o mundo mais instável - Stephen Collinson and Shelby Rose (CNN Meanwhile inAmerica)

 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Joe Biden e a imigração: limitações justificam postura de Trump

 CNN While in America

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Uma amostra do que Trump poderia fazer, se retornar - Editorial Valor Econômico

 Trecho de um Editorial do Valor Econômico:

(3/06/2024)

 O primeiro mandato de Trump pode ter sido uma experiência em moderação se comparado ao que Trump declara que pretende fazer se ganhar um segundo. Ele ameaça nomear um procurador especial para investigar Biden e família e realizar o mesmo contra rivais políticos, remover “marxistas” do Departamento de Educação, mobilizar a Guarda Nacional para intervir nas cidades contra o crime, fazer com que Estados republicanos levem à Justiça mulheres que realizem aborto, revogar ações afirmativas pela equidade de gênero e racial etc.

Com suas indicações, Trump deu à Suprema Corte uma maioria conservadora, que decidiu que o aborto não é mais um direito constitucional. Ela aceitou examinar, e não o fará antes da eleição, a alegação de Trump de que ele não pode ser julgado por atos realizados durante o mandato, um salvo conduto para cometer as ilegalidades que bem desejar.

A volta de Trump seria um pesadelo para aliados e adversários igualmente. Ele promete estabelecer tarifas de 10% sobre todas as importações e aumentá-las para 60% no caso dos produtos oriundos da China. Toda a legislação de proteção ambiental deve ser revista. O multilateralismo, já atacado em seu primeiro governo, sofrerá novos golpes.”


Trump não segue prescrições pós-condenação: pode ser preso - Marty Taylor

 Uma especialista em legislação penal indica o que Trump precisar fazer e que não está fazendo:

“ Following his felony convictions. Donald Trump was required to report to probation services to prepare a post conviction pre sentencing report for Judge Merchan. Trump blew off the requirement and left the courthouse before he visited with his new probation officers. That may have been a big mistake  Judge Merchan depends on the probation report to determine Trump’s sentence. If he cannot follow the rules of probation. Prison may be the necessary sentence. 

         Whether Trump is sentenced to prison, probation or a ‘split sentence’ of prison and probation. Probation services are about to be a big part of Donald Trump’s life. Criminals on probation are supposed to accept their guilt and show some signs of remorse and retribution for their crimes. Trump is not likley to do that. If Trump doesn‘t follow the rules. He can and will be violated and sentenced to prison. 

         As a convicted felon,Trump no longer has the freedoms that are afforded to those of us without a felony conviction. One restriction will be on Trump’s travel. As a convicted felon Trump will need permission to leave his state of residence. His passport will be seized and any foreign travel will be prohibited or greatly restricted by his rules of probation. Not only that but many countries do not allow felons to enter their county.  This conviction will drastically change Trump‘s life. I do not see Trump successfully completing a sentence of probation if that is his sentence.”

Acréscimo:

“ I have been criticized for this post. I wrote the post based on the reporting of a Business insider article. What we do on X is in the moment. And so was this article. The BI reporting said Trump was making a big mistake by not showing up at probation and filling out the probation report for Judge  Merchan. I agree. That was my own opinion. Is that ”misleading”?  I don't think so. 

      I subsequently heard conflicting reports that Trump was and was not told to report.  I welcome that information. But based on what was reported at the time from Business Insider and other reports.  Trump blew off reporting to probation. That was the entire point of this article. No one intentionally lied or was misleading.  I respect my followers and anyone who takes the time to read my posts.  I will always strive for accuracy.  If I am wrong I will admit it but in this case I reported what was known at the time. Trump did not report to probation and that may have very negative( for Trump) impact on his sentencing.”


quinta-feira, 30 de maio de 2024

Robert De Niro sobre Trump

 O ator Robert De Niro fez uma declaração sobre o estado das coisas politicas nos EUA:


“Eu amo essa cidade, eu amo essa cidade, eu não quero destruí-la. Donald Trump quer destruir não só a cidade, mas o país e eventualmente ele poderia destruir o mundo. Eu devo muito à cidade e é por isso que é tão estranho que Donald Trump esteja bem do outro lado da rua porque ele não pertence à minha cidade. Eu não sei a onde ele pertence, mas certamente ele não pertence a esta cidade. Nós, nova-iorquinos, costumávamos tolerá-lo quando ele era apenas mais um negociante imobiliário sujo fingindo ser importante, um playboy barato mentindo para entrar nos tabloides, fingindo ser um porta-voz, um porta-voz para ele mesmo. 

Ele estava se fazendo passar por outra pessoa para enganar a imprensa e inflando seu patrimônio líquido, um palhaço. Mas esta cidade é bem tolerante. Nós abrimos espaço para palhaços. Nós os temos por toda a cidade, pessoas que fazem coisas loucas na rua, nós toleramos isso. Faz parte da cidade, faz parte. 

Mas não alguém como Trump, que eventualmente poderá governar o país. Isso não funciona e todos nós sabemos disso. De alguma forma, ele conseguiu até que supostos patriotas o apoiassem, um homem que clamou por liquidar a Constituição e em 6 de janeiro liderou uma multidão enfurecida para ameaçar a democracia, deixando morte e destruição em seu rastro. 

É por isso que eu preciso estar envolvido e queria estar envolvido no novo comercial de campanha de Biden/Harris porque mostra a violência de Trump e nos lembra que ele usará violência contra qualquer um que fique em seu caminho em sua megalomania e ganância. 

Quando Trump concorreu em 2016, foi como uma piada, esse palhaço concorrendo à presidência, não, nunca poderia acontecer. Tínhamos esquecido as lições da história que nos mostraram outros palhaços que não foram levados a sério até tornarem-se ditadores vis. 

Com Trump, temos uma segunda chance e ninguém está rindo agora. Este é o momento de detê-lo votando para tirá-lo de uma vez por todas. Não queremos acordar após a eleição dizendo o que novamente, meu Deus, o que diabos nós fizemos. Não podemos deixar isso acontecer de novo. 

Ontem foi o Memorial Day, é um bom momento para refletir sobre como os americanos lutaram e morreram para que pudéssemos desfrutar das liberdades garantidas a nós por um governo democrático, um governo que como o presidente Lincoln disse do povo, pelo povo para o povo não perecerá da face da terra. 

Sob Trump, esse tipo de governo perecerá…”

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Depois de Trump, Biden abre nova guerra comercial contra a China: isso não vai acabar bem - Jordan Schneider, Lily Ottinger (China Talk)

EMERGENCY POD: Sester on Biden's Electric Curtain

The IRA was the carrot. Here comes the stick.