O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Republica Surrealista da Venezuela. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Republica Surrealista da Venezuela. Mostrar todas as postagens

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A máquina de empulhacao chavista - Mac Margolis (OESP)

Não existe melhor definição para o que se poderia chamar, com extrema latitude, de máquina de desinformação surrealista-bolivariana, ou de embromação, ou de enganação, ou de mentira, ou de... whatever, tudo menos informação
Paulo Roberto de Almeida 



A república dos boatos

MAC MARGOLIS 
O Estado de S.Paulo26 de fevereiro de 2012 | 3h 01
Café, uma porção de arepas e as últimas de Nelson Bocaranda. Assim começa o dia para dezenas de milhares de venezuelanos - e também para cada vez mais estrangeiros famintos de novos fatos da república bolivariana. Em um país em que o governo se dedica a estatizar a informação, as notícias confiáveis viraram mercadoria escassa e as furadas, passatempo nacional.
Entra Nelson Bocaranda, o mais combativo e talvez o mais informado articulista do país, que duas vezes por semana em sua coluna no jornal El Universal ou em seu programa de rádio diário - e a qualquer momento na blogosfera - revela a compatriotas e estrangeiros as informações que os comissários do governo de Hugo Chávez habitualmente omitem, ocultam ou simplesmente ignoram.
Agora, com a recaída do adoentado comandante venezuelano, o trabalho desse incansável colunista e blogueiro, com 66 anos e 500 mil seguidores no Twitter, tem sido redobrado. Pelos canais oficiais de informação, o presidente Chávez estaria na flor da saúde, refeito do câncer que o abatera no ano passado e mergulhado da boina às botas em sua campanha de reeleição. Graças a Bocaranda, os venezuelanos sabem mais.
Em junho passado, em sua coluna, a Venezuela descobriu que Chávez sofria de um tumor maligno na região pélvica e não uma mera lesão de joelho, como repetia a máquina de empulhação chavista. Cinco dias depois, o presidente admitiu a doença e foi tratá-la às pressas em Cuba.
No dia 17, Bocaranda voltou à tona. Afirmou pelo Twitter que Chávez, supostamente já livre do câncer, estava novamente em Havana em uma viagem secreta para se tratar de outro tumor. Após dois dias de sussurros e intrigas, o próprio presidente confirmou o diagnóstico, desmentindo dois de seus mais próximos assessores, Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, e o ministro (pasmem) de Informação, William Izarra.
Até os maiores admiradores do governo venezuelano deploraram o que o sociólogo Heinz Dietrich, outrora fã confesso do chavismo, chamou da "grosseira disfunção do aparato midiático criado por Chávez". Melhor para Bocaranda, que, embora nunca tenha escondido seu desapego ao regime bolivariano, pratica um jornalismo rigorosamente ecumênico. Leitura obrigatória de investidores a ideólogos, ele ostenta fontes no seio do Palácio de Miraflores e orgulha-se de nunca ter sido desmentido pelos companheiros de Havana com quem costuma conversar.
Mas não há como negar que, a cada desmascaramento seu, sobe a estrela da oposição venezuelana. Embalados pelas primárias de fevereiro, os opositores de Chávez escolheram Henrique Capriles Radonski como candidato único - pela primeira vez - para enfrentar Chávez na votação presidencial de 7 de outubro.
Rival. Aos 39 anos, o jovem governador do Estado de Miranda usa camiseta polo, anda de moto, esbanja vigor e disposição e ainda exibe sua fala mansa enquanto afaga eleitores - um contraste cruel com o combalido e inchado comandante Chávez.
É cedo para descartar a reeleição do presidente. Mesmo com o desgaste de 13 anos no poder, a mais alta inflação (de 28% em 2011) entre os mercados emergentes, um surto sem precedentes de criminalidade e agora um câncer recidivo, o autodenominado líder do "socialismo do século 21" goza de índices invejáveis de popularidade. E ainda lidera as pesquisas de intenção de voto, muito graças ao seu charme e ao carisma político nato.
Esse poder sustenta-se até hoje pela impressionante habilidade de Chávez de controlar a informação venezuelana e de intimidar a mídia que não controla. Com a atuação de jornalistas como Nelson Bocaranda, porém, a pauta começa a mudar.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O Mein Kampf de Adolf Chavez: quase chegando na noite dos cristais...

Não se imaginava que chegássemos a tais extremos de oratória antisemita desde que Hitler prometeu -- imediatamente depois que conquistou o poder -- "colocar os judeus no seu lugar": ele passou quase imediatamente à ação pela perseguição, antes de se inclinar pela exterminação pura e simples.
Chávez, provavelmente, gostaria de exterminar seu oponente político. Não duvido que o tente...
Acompanhemos...
Paulo Roberto de Almeida 


Do blog de Marcos Guterman, no Estadão

Um artigo publicado no site da Rádio Nacional da Venezuela, abrigado no portal do governo venezuelano, diz que Henrique Capriles, o candidato que o presidente Hugo Chávez enfrentará na eleição de outubro, é representante da “burguesia sionista”.
Como o artigo saiu sob os auspícios do “Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação”, que é o nome chavista para o Ministério das Comunicações, é lícito supor que tem o aval do governo.
O artigo diz que Capriles, embora seja católico praticante, é de família judia, “ligada à oligarquia empresarial do país”. Depois de reiterar as supostas ligações do candidato com a TFP e a Opus Dei, o autor do texto elabora, enfim, sua ideia central – já que o texto é intitulado “O inimigo é o sionismo”. Ele diz que o sionismo usa o discurso religioso e nacionalista para esconder “seu caráter colonialista e suas pretensões políticas de superioridade racial e profundamente hegemônicas”. Afirma que é uma “ideologia do terror, dos sentimentos mais putrefatos que representam a humanidade”, movida por “ímpeto supostamente patriota baseado na ganância” e que segue a lógica de que “todo nacionalismo sem pátria é, por necessidade, uma empresa de conquista”.
Depois de dizer que os “sionistas” assassinaram “milhões” de palestinos e “construíram um campo de concentração em pleno século 21”, isto é, Gaza, o autor do texto põe a cereja no bolo: “O sionismo é o dono da maioria das instituições financeiras do planeta, controla quase 80% da economia mundial e da indústria de comunicações em quase sua totalidade, além de manter posições dentro do Departamento de Estado estadunidense e das potências europeias”.
Raras vezes se vê hoje em dia – salvo no mundo árabe, onde isso é comum – um texto publicado com tantos clichês antissemitas juntos em tão poucas linhas. Lá estão a “ganância”, o judeu “sem pátria”, o “putrefato”, o “controlador da mídia e dos bancos”, o “assassino” dos pobres palestinos. Coisas assim eram mais comuns na Alemanha dos anos 30.
Nesta quinta-feira, Chávez adicionou ainda mais elegância ao debate, ao igualar o “sionista” Capriles a um porco, sabendo obviamente o que isso significa no imaginário antissemita – como fizeram Lutero e os nazistas e como fazem até hoje os supremacistas raciais americanos e os fundamentalistas islâmicos.
“Você tem rabo de porco, orelhas de porco, grunhe como porco, você é um porco medíocre, é um porco, não se disfarce”, disse Chávez sobre seu oponente. “O senhor que vá governar o território de Tarzan e da macaca Chita, porque aqui não.”

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ditadores sempre manipulam a verdade, ou pior...

Políticos, em geral, costumam mentir. Faz parte.
Ditadores mentem deslavadamente, pois são obrigados a mentir para não confessar todas as patifarias que cometem.
Candidatos a ditador também costumam mentir, porque fazem da mentira uma arma política, para sua ascensão e perpetuação no poder.
A função de todo cidadão consciente é simplesmente falar a verdade, mesmo quando isso signifique descontar o ditador ou candidato a ditador...
Paulo Roberto de Almeida 

Music Meets Chávez Politics, and Critics Frown
Meridith Kohut 
The New York Times, February 17, 2012


Young Venezuelan musicians who are part of the country's training program, El Sistema.
José Antonio Abreu, founder of El Sistema, with some of the participating musicians, many of whom come from poor families.

CARACAS, Venezuela — In a country sharply divided by its blustery populist president, Hugo Chávez, Venezuelans can agree on one thing: El Sistema, its training system for young musicians, is a cherished vehicle for social uplift and a source of national pride.
But in recent years cracks have been appearing in that musical consensus. The way Mr. Chávez has embraced El Sistema has angered some of its supporters and has been seized on by Chávez opponents, provoking rare criticism of two of Venezuela’s most celebrated and popular figures: the movement’s revered founder, José Antonio Abreu, and its most famous product, the conductor Gustavo Dudamel.
“A lot of us are upset that Chávez has taken Sistema as his own child, and it’s not,” said Gabriela Montero, a Venezuelan pianist with an international career who has written a piece, “Ex Patria,” denouncing the Chávez government and the fraying of civil society here. “It’s almost like he’s stolen something that we lived with for the past 40 years and dirtied it with his presence.”
El Sistema still has a huge reservoir of good will, and most people are loath to criticize anything associated with it publicly. It was founded in 1975 by Mr. Abreu, 72, a musician, economist and former cabinet minister who has built it into an effective social program for disadvantaged youths, bringing hundreds of thousands of them off the streets and into musical ensembles. It has also become the darling of the classical music world. Mr. Dudamel, 31, is its music director, a position he also holds with the Los Angeles Philharmonic, which is on tour here.
Various ministries oversaw El Sistema until two years ago, when the president’s office took direct control. El Sistema’s mission runs parallel to Mr. Chávez’s program to provide subsidies and services to the poor. “The government doesn’t see this as an expense but as one of the strategies for overcoming poverty,” said Andrés Izarra, the minister of information.
The suggestion that Mr. Chávez is using El Sistema to burnish his image, Mr. Izarra said, “is off the wall.”
“Opposition people have appeared very creative in denigrating Chávez,” he added.
Mr. Dudamel has acquired heroic status among most people here. Mr. Abreu, his mentor, is a beloved figure and has been showered with international awards and with attention from the classical music world.
But in the eyes of some musicians and public figures, their positions have been harmed by associations with Mr. Chávez, who is known for his efforts to consolidate power and nationalize businesses, as well as for the social programs that the government claims have raised the standard of living for the poor.
The situation evokes age-old questions about the intersection of art and politics: Should they remain separate? Should artists denounce politics they don’t agree with? At what cost should culture be kept alive?
The critics cite numerous examples of what they call manipulation of El Sistema.
When the president of the National Assembly introduced three string-playing children from the program to the body last month, for example, he made sure to point out that they had been “born in revolution”: the revolution of Mr. Chávez.
The official, Diosdado Cabello, a former military associate of the president who took part in Mr. Chávez’s failed 1992 coup attempt, noted that the children were younger than the regime of Mr. Chávez, who came to power in 1999. They represented “the beautiful homeland that is being built with Bolivarian socialism,” Mr. Cabello said, referring to the South American hero of independence.
Photographs of Mr. Chávez meeting with Mr. Abreu and Mr. Dudamel “reminded us of other sad times, like Chamberlain’s meetings with Hitler” and “Ezra Pound’s with Mussolini,” wrote Gustavo Coronel, a former Venezuelan member of Congress and government oil official, in an editorial in Petroleum World, an online publication.
The opinion columnist Saúl Godoy Gómez wrote in El Universal, a daily, that Venezuelan orchestras were being used as “facades, as a grotesque spectacle to cover up one of the governments of the world that most violates human rights.”
Eduardo Casanova, a Venezuelan writer commenting on a blog, said that the “buying of consciences has come to the last missing bastion: music.”
“Now dictatorship has a musician who sings its praises,” Mr. Casanova added, referring later to Mr. Abreu’s appearance several years ago on “Aló Presidente,” Mr. Chávez’s rambling Sunday television show.
Ms. Montero, the pianist, said: “When you’re dealing with a man who is a complete kleptocrat and tells lies and believes his lies, it is up to the artist with a public voice to make truth be known.”
Mr. Abreu, in an interview, deflected the suggestion. “We are in a free country where everyone can express their own opinions,” he said. “But our relationship with the state is very simple. Our kids have the right, the constitutionally given right, to musical education.”
He also rejected the notion that he should take a political stand, as sought by anti-Chávistas. “I respect the opinion of any other person on this matter,” he said. “But I live in a country where a few days ago the Chávez opposition attended a vote in a massive and peaceful way,” he said, referring to the presidential primary on Sunday. “I feel I am in a country where democracy is being felt through votes and continual freedom. I’ve never felt any pressure of a political character.”
Another connection that rankled Chávez critics was Mr. Dudamel’s conducting the national anthem for the opening broadcasts of a government-financed television station. The station replaced an anti-Chávez channel that the government had effectively shut down.
Mr. Dudamel also led a rousing version of the “Mambo” from Leonard Bernstein’s “West Side Story” in a giant outdoor celebration of Venezuela’s bicentennial that was dominated by images of Mr. Chávez and the phrase “Onward, Commandante!”
In an interview Mr. Dudamel said the music had been played for all Venezuelans.
“We as an orchestra, as citizens of the country, we have to bring the best for our country,” he said. “We are giving an education to our children. People love to politicize, and that is not the right thing to do.”
Some Chávez opponents say that while it is important to point out that El Sistema quietly flourished through six governments before Mr. Chávez’s election, it is unfair to condemn Mr. Abreu and Mr. Dudamel, whose main concern is to keep El Sistema going and expanding for the sake of children.
“I don’t want him to go to war against Chávez,” said Moisés Naim, a former Venezuelan minister who is now a senior associate in the international economics program at the Carnegie Endowment in Washington, referring to Mr. Abreu. “If that happens, Sistema will suffer. But I as a Venezuelan have to lament the fact that the only way El Sistema can survive is that the head of that remarkable institution has to stay silent about the government.”
María Eugenia Díaz contributed reporting.

A version of this article appeared in print on February 18, 2012, on page A1 of the New York edition with the headline: Music Meets Chávez Politics, and Critics Frown.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

El Cochino y el Cuchillo: se puede hacer un jamon en Venezuela...

Buenas palabras las del sabio lider bolivariano, exactamente las que se esperaba de un líder bolivariano.
El cochino quiere unir al país, el cuchillo lo quiere dividido.
Vamos a ver lo que hacen los venezolanos...
Paulo Roberto de Almeida

Venezuela: Chávez insulta a Capriles, lo llama “cochino”

Reuters
Caracas, 16 de febrero de 2012

Cuadro grave

El análisis
Merval Pereira
La salud del presidente Hugo Chávez, de Venezuela, puede afectar la elección presidencial. Los últimos exámenes, analizados por médicos brasileños, indican que el cáncer está en proceso de metástasis, extendiendose en dirección al hígado, dejando poco margen a una recuperación. (O Globo. Brasil)

¡Arrancó la campaña Chavista!

El análisis
Teodoro Petkoff
“Se pregunta el país por qué la gente del gobierno se habrá sulfurado tanto con el resultado de las primarias… Pero, de pronto, una vez conocidos los resultados, los jefes del chavismo, y el propioChávez, han comenzado a dar tumbos, buscando explicar a su desconcertada base el fenómeno.”. (Tal cual Digital. Venezuela)
El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, recrudeció el jueves los insultos contra el candidato único de la oposición, refiriéndose a él como un “cochino” y mediocre que no tiene ninguna posibilidad de vencerlo en las elecciones de octubre.
Henrique Capriles, un abogado de 39 años que fue elegido el candidato opositor para enfrentar al militar retirado, dijo tras su triunfo que evitará las confrontaciones con el presidente y su verbo encendido, pese a que desde el miércoles Chávez le ha lanzado una andanada de adjetivos como burgués, oligarca y antipatria.
El gobernante socialista de 57 años, que el miércoles se calificó como un “estadista que no tira piedras” , aseguró que su rival miente al calificarse como progresista ya que representa a la más “rancia oligarquía venezolana”.
“Tienes rabo de cochino, orejas de cochino, roncas como un cochino, eres cochino majunche, eres un cochino, no te disfraces”, señaló en un acto oficial transmitido en cadena de radio y televisión y en el que estaba presente el actor estadounidense Sean Penn.
“Usted irá a gobernar el territorio de Tarzán y la mona Chita, porque aquí no”, sentenció el mandatario.
Tras mantener un inusual silencio luego de las elecciones primarias de la oposición celebradas el domingo, en los dos últimos días retomó sus maratónicos discursos.
Desde entonces, ha insistido en que pulverizará a Capriles en las presidenciales para sumar seis años más a los 13 que ya tiene gobernando el país petrolero sudamericano y ha asegurado que el modelo socialista que él lleva adelante es garantía de paz y estabilidad.
“Sus asesores le andan diciendo que no me confronte, vas a tener que confrontarme o salir corriendo (…) El majunche anda evadiéndome”, sostuvo Chávez en un acto académico por la graduación de unos 2.000 médicos comunitarios entrenados por galenos cubanos.
Capriles ha dicho que su única pelea será con la pobreza, la corrupción y la inseguridad que azotan al país socio de la OPEP.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Minhas previsoes "previsiveis": a Telesur e os companheiros...

Quem me segue há certo tempo, sabe que eu tenho as minhas "previsões imprevisíveis", ou seja, aquelas que estão destinadas a nunca serem realizadas, por teoricamente plausíveis, mas materialmente impossíveis.
Querem um exemplo? O MST deixar de ser um partido neobolchevique, parar de invadir propriedades do agronegócio e de acusá-lo de exportar alimentos que faltam na mesa dos brasileiros. Impossível, não é? E, no entanto, você também pode fazer, como eu, uma previsão imprevisível como essa.
Querem outra?
O governo vai deixar de exibir ministros com ficha corrida, que ele precisa defender antes e demitir depois, que ele vai parar de fazer protecionismo barato e reclamar da "concorrência desleal" de produtos estrangeiros, e dar início, enfim, ao conjunto de reformas INTERNAS capazes de devolver competitividade à indústria brasileira, essas coisas banais de reforma tributária, infraestrutura decente -- sem precisar fazer contorsionismos verbais em torno das privatizações meia-boca que são as concessões, incompetentes, além do mais --, diminuição do custo Brasil, etc. Acham que isso vai acontecer? Posso apostar que não, e pago em livros, como sempre, se alguém apostar que isto ocorre este ano da graça das eleições de 2012...
Pois bem, desta vez quero fazer uma previsão completamente previsível, e posso apostar com quem quiser como ela vai se realizar (e pago, como sempre...).
Vejam primeiro a nota abaixo, do blog de Marcos Guterman, no Estadão (e vejam o video, no link):

A emissora TeleSur, estatal latino-americana com sede na Venezuela, deu o tom de como será a eleição presidencial venezuelana. Assim que a boca-de-urna das primárias da oposição confirmou a vitória de Henrique Capriles como o candidato que enfrentará Hugo Chávez em outubro, a TV deu a “ficha” do sujeito: golpista, depredador da Embaixada de Cuba e filiado à TFP, entre outras qualidades.
É justo que a biografia de Capriles seja objeto desse tipo de escrutínio; afinal, a imprensa tem de ser vigilante em relação àqueles que almejam cargos públicos. Por isso, espera-se que a TeleSur, financiada com dinheiro público e que se orgulha de não discriminar ninguém por sua posição política, dispense o mesmo tratamento vigilante a Chávez. A não ser que a “construcción de un nuevo orden comunicacional”, prometida pela TeleSur em sua “missão”, signifique somente a construção da realidade conforme as conveniências chavistas.

Pois eu aposto, com quem quiser, que o mesmo tom sectário, mentiroso, oportunista, falso, aproveitador, deformado, enganoso (chega, vocês completam...), vai estar, logo, logo, nos veículos dos companheiros, esses pasquins que atendem pelo nome de "Correio do Brasil", esses sites patéticos com personagens ainda mais patéticos, que respondem com alguma coisa Maior, enfim, vocês conhecem esses esportistas do pensamento único.
Querem apostar?
Não vai passar uma semana antes que os mentirosos locais reproduzam as mentiras dos mentirosos amigos bolivarianos. Eles estão aí para isso mesmo...
Quem quer apostar?
Como já disse alguém (o romancista Moacir Scliar, na boca de um revolucionário inventado do fabuloso exército do Birobidjan), uma mentira progressista vale muito mais do que uma verdade reacionária...
Paulo Roberto de Almeida 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Venezuela: o inicio do comeco dos preparativos para tentar mudar a situacao

Acho que a oposição ao coronel ainda tem um longo caminho a percorrer, mas parece estar no caminho certo: unificar as forças, definir o melhor candidato nas prévias -- o que não significa que seja o melhor absolutamente, apenas o que obtiver maiores apoios momentâneos -- e depois aguentar o peso das patifarias oficiais contra o candidato formal.



OPOSIÇÃO VENEZUELANA REALIZA PRIMÁRIAS NO DOMINGO (12)!
El Nacional, 06/02/2012 

A oposição desencadeou uma ambiciosa operação para finalizar a renovação de toda a sua liderança, nacional e regional. O objetivo é construir uma proposta alternativa capaz de abrir um novo ciclo político na Venezuela. No próximo domingo à noite, os venezuelanos conhecerão o nome da pessoa que será o candidato a presidente da oposição e que vai comandar a dura batalha para frear a pretensão de Hugo Chávez de realizar sua reeleição pela terceira vez consecutiva e completar 20 anos no exercício do poder.
            
Em 12 de fevereiro se encerra um período muito produtivo de liderança coletiva, que começou em janeiro de 2008 com a assinatura de acordos para a criação do MUD. Nos últimos quatro anos, a oposição construiu uma institucionalidade eficaz para gerar consenso, estabelecer regras básicas, discutir programas e coordenar a implantação de uma máquina robusta, uma plataforma essencial para a construção de um eventual governo de unidade nacional.
            
O cenário mostra dois grupos distintos: três candidatos (Maria Corina Machado, Diego Arria e Pablo Medina) que falam com os antichavistas mais indignados, com uma mensagem combativa e de ruptura profunda; os outros três candidatos (Henrique Capriles Pablo Perez e Leopoldo Lopez) apostam em transcender o habitual mercado opositor e mobilizar algumas camadas independentes, com uma mensagem conciliadora e ofertas concretas a respeito dos principais problemas dos venezuelanos. Lopez renunciou semana passada em favor de Capriles.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Venezuela: un modelo económico irracional (y II) - LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE

Continuidade do post iniciado com data de 26/07/2011

Venezuela: un modelo económico irracional (y II)
Por LUIS ESTEBAN G. MANRIQUE
Infolatam, 27 julio 2011

Madrid - Chávez firmó, cuando estaba en La Habana, una ley para autorizar emisiones de deuda por valor de 10.400 millones de dólares en 2011 para financiar el gasto público con vistas a las elecciones y pagar los intereses de la deuda. Los bonos venezolanos pagan un 15% anual. La petrolera estatal PDVSA, por su parte, ha emitido 6.100 millones de dólares este año en deuda corporativa, la mayor parte de la cual ha sido adquirida por el Banco Central de Venezual (BCV).

PDVSA tiene una deuda acumulada de 27.500 millones de dólares, por la que paga entre 12,7 y 16% de intereses, una cifra cercana a la calificación de bonos “basura”. Mientras el precio medio de la cesta de crudo venezolana subió un 27% el año pasado, la economía se contrajo un 1,9%. Por su parte, la deuda externa aumentó en 11.000 millones, equivalentes al 5% del PIB y las reservas internacionales cayeron en 5.000 millones, hasta los 30.300 millones.

Desde 1998 el crecimiento medio de la economía ha sido del 2,3% anual, frente al 3,2% de la siete mayores economías de la región. En ese lapso, la economía venezolana se contrajo en cinco años, con una caída media del 5,6%, y durante siete años el crecimiento fue positivo, con una expansión media del 8,4%. En parte ello se debe a la caída de la producción petrolera.

Las cifras demuestran que Venezuela no tiene riesgos de caer en la insolvencia. En los próximos dos años, tendrá que dedicar un 12% de sus ingresos por exportaciones al servicio de la deuda. Pero tras haber recibido los frutos de una de las mayores bonanzas petroleras de las últimas décadas, el fracaso de la gestión económica de Chávez es inocultable a pesar de los avances en la reducción de la pobreza.

Los problemas provienen de un modelo económico basado en el monocultivo petrolero. El sistema de control de cambios, que priva de insumos a los importadores, y un tipo de cambio sobrevalorado han provocado una desindustrialización masiva que ha hecho desaparecer a la industria exportadora no petrolera.

Venezuela es un caso paradigmático de la maldición del oro negro. La economía venezolana es estructuralmente inflacionaria (su capacidad de compra supera su capacidad de producción), generando una cultura rentista, en la que mucha gente piensa que tiene derecho a todo y no está obligada a nada. De ahí la paradoja de que el país con mayor nivel de producción y consumo de energía per cápita de la región esté racionando la electricidad.


El propio Chávez ha declarado que PDVSA subsidia el 90% del precio de sus productos refinados, estimando el subsidio en unos 1.500 millones de dólares anuales.
El propio Chávez ha declarado que PDVSA subsidia el 90% del precio de sus productos refinados, estimando el subsidio en unos 1.500 millones de dólares anuales. Pero si tiene en cuenta el precio de exportación, la devaluación del bolívar, la subida de los precios del crudo y el constante aumento del consumo, esa cifra es inmensamente mayor.

La preocupación por la salud de Chávez se extiende a la larga lista de los gobiernos clientes, satélites o aliados de Chávez: Cuba, Ecuador, Bolivia, Nicaragua y otros países centroamericanos y caribeños. Caracas es de lejos el principal donante y/o financista de la región. Venezuela ha entregado, por ejemplo, unos 500 millones de dólares en ayudas a Nicaragua durante los últimos tres años, lo que ha permitido al gobierno de Daniel Ortega financiar iniciativas para aliviar la pobreza y fortalecer sus posibilidades de ser reelegido el próximo noviembre.

Nicaragua y República Dominicana reciben 30.000 barriles de petróleo diarios de Venezuela. El gobierno dominicano refina el crudo venezolano que recibe y luego vende los productos refinados a precios de mercado. Por esas operaciones, Santo Domingo obtendrá este año 450 millones de dólares. Los subsidios a Nicaragua alcanzan un cifra similar.

En Bolivia, según la según la agencia estatal ABI, los fondos de Venezuela han financiado 4.000 obras de infraestructura (escuelas, hospitales, instalaciones deportivas…) en 338 municipios entre 2006 y 2010 por valor de 290 millones de dólares.

Si algo le pasase a Chávez, el cordón umbilical que une a Venezuela con Cuba se rompería, lo que podría enfrentar al régimen de La Habana con una crisis tan o más grave que el “periodo especial” que sufrió la isla tras la disolución de la Unión Soviética y que produjo la caída de un 40% del PIB en los tres años posteriores a 1991.

En otros países centroamericanos y caribeños, PDVSA financia el 50% del valor de sus importaciones petroleras en condiciones preferentes: créditos de 17 a 25 años con un interés anual del 1% y un periodo de gracia de uno o dos años. Para Venezuela esas condiciones representarán pérdidas por valor de 6.200 millones de dólares este año y de 6.600 millones en 2012, según estimaciones de Barclay’s Capital. No es extraño que Bengoa haya urgido a los dominicanos a “rezar” por la salud de Chávez.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Noticias da Republica Bolivariana Surrealista (well, not all good news...)

Chávez ordena lanzar bono a 2031 por US$ 4.200 millones
El gobierno de Hugo Chávez lanzó el martes un bono soberano al 2031 por 4.200 millones de dólares, con el que busca aliviar la sed de divisas de las empresas en el país petrolero y recaudar recursos para gasto público antes de las elecciones del próximo año.

Venezuela: PDVSA bajó su ganancia 28% y aumentó 55% deuda con proveedores en 2010
Infolatam/Efe, Caracas, 26 de julio de 2011
La estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) disminuyó en un 28 % sus ganancias netas en 2010, que pasaron de 4.394 millones de dólares en 2009 a 3.164 millones el año pasado, y aumentó 55,38 % la deuda a sus proveedores, ubicándose en 10.902 millones de dólares frente a los 7.016 millones del periodo precedente.

Luis Esteban G. ManriqueVenezuela: Un modelo económico irracional (I)
(Especial para Infolatam).- “El endeudamiento desbocado del gobierno está alcanzando niveles que hacen temer a muchos analistas que Venezuela no pueda cumplir con sus obligaciones a pesar de la renta petrolera y los altos precios del crudo.