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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 5 de maio de 2019

Sou parte do Uniceub, desde 2004; aniversario da instituicao

Parece que foi ontem. 
Tomar a decisão de erguer os pilares do conhecimento não foi tarefa fácil. Enquanto a capital crescia e fervia de novidades, estávamos determinados a sustentar os sonhos de quem chegava à cidade pronto para vencer desafios.
Sentimos o sabor do tempo. Uma doce jornada que trouxe mais de 100 mil alunos em 51 anos de história, com aquele frio na barriga que só o futuro causa na gente. Comemoramos hoje a dedicação de pessoas que acreditaram e acreditam em um mundo melhor. 
Obrigado por nos ajudar a firmar cada um destes pilares.  Somos excelência em Educação Superior porque tivemos a sua convicção e o seu empenho ao nosso lado. 
Celebre muito esse aniversário com a gente.
Você é parte fundamental dessa festa! 

sexta-feira, 1 de março de 2019

Rubens Ricupero: aniversario do George Kennan brasileiro: 82 anos


Hoje é o aniversário de um dos grandes diplomatas brasileiros, à altura dos maiores nomes de estadistas brasileiros.
Nossos melhores votos de felicidades pelo seu natalício, e meus votos, assim como de Carmen Lícia, de longos anos de produção intelectual, a serviço do Brasil e do Itamaraty.
Reproduzo abaixo alguns links para matérias, trabalhos ou informações sobre ele, cabendo destacar, uma vez mais, o seu magnífico livro sobre o Itamaraty na construção da nação.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 1 de março de 2019


Rubens Ricupero GCIH (São Paulo, 1 de março de 1937) é um jurista (formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo), historiador e ...

Rubens Ricupero. Formação Acadêmica. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma Clovis ...

Veja as reportagens especias sobre Rubens Ricupero no canal de tópicos do Estadão.
23 de nov de 2018 - Para o ex-embaixador Rubens Ricupero, o mal-estar causado por declarações de Bolsonaro e sua equipe com países estrangeiros é um risco ...
3 dias atrás - Rubens Ricupero: palestra sobre politica externa no Cebri-RJ (25/02/2019). Política externa: desafios e contradições. Rubens Ricupero.

19 de jan de 2019 - 247 - Diplomata de carreira entre 1961 e 2004, o ex-ministro Rubens Ricuperodisse ao Valor que o tom adotado na quinta-feira (17) pelo ...
23 horas atrás - Um dos maiores pensadores da política externa do Brasil, o embaixador aposentado Rubens Ricupero, autor de A diplomacia na construção ...

sábado, 19 de novembro de 2016

Reflexoes por ocasiao de certo natalicio - Paulo Roberto de Almeida


Valores e princípios por ocasião de um aniversário

Paulo Roberto de Almeida
 [a propósito de meu natalício: 19 de novembro; em 19/11/2016]

Na impossibilidade de administrar na devida forma todas as mensagens que recebi, pelos canais de comunicação social, em suas diversas formas, ou pela via direta de telefonemas, assim como pessoalmente, a propósito de meu aniversário, neste dia da Bandeira – ela vem antes, e o seu dia também veio antes do meu nascimento, assim que tem a precedência, embora já não vejo festividades comemorativas, o que ainda era muito comum nas escolas de minha infância –, enfim, assaltado como venho sendo por “plim-plims” a cada minuto, desisti, como vinha fazendo, aliás desde a madrugada, de responder a cada um individualmente, por vezes com as mesmas, rápidas e repetidas palavras, e resolvi escrever uma mensagem geral de reconhecimento, de agradecimento, de simpatia por todas as manifestações sinceras de amizade e de carinho que estão alongando as listas de e-mails e mensagens em meus diversos aparelhos. Ainda não contei, mas parei de agradecer pessoal e individualmente nas duas dezenas, tanto que dormi no meio da noite, depois de ter escrito mais um texto daqueles que surgem “espontaneamente”.
Este é menos espontâneo, e vem motivado justamente pelo imenso volume de mensagens recebidas, e que demandariam praticamente um dia inteiro para responder da forma como gostaria. O que vai abaixo, portanto, é uma espécie de declaração de princípios e valores, feitos ao sabor do teclado, sem preparação e sem reflexão, apenas juntando os elementos que acredito essenciais numa vida dedicada à leitura, à reflexão, ao ensino, enfim, ao conhecimento e à inteligência. Ele passa por uma mensagem unilateral e erga omnes, a todos os que se dedicaram a me escrever neste dia.

Amor: a Carmen Lícia, e a toda a minha família, que ainda vai crescer;
Atitude geral: ceticismo sadio;
Paixão: pelos livros, em todas as suas formas, de quaisquer idades, tempo e lugar;
Comportamento: contrarianista tranquilo;
Educação: de preferência autodidata, nas leituras, nas viagens, na observação do mundo, tal como ele é, nas experiências da vida, mais do que nas instituições regulares;
Dedicação: ao ensino, à transmissão do conhecimento, pois é uma forma de aprender;
Ideologia: a da racionalidade, que também pode ser uma mania ilusória;
Religião: nenhuma em especial, ou nenhuma tout court, ou seja, irreligiosidade total e absoluta, mas profundo respeito pelas religiões (não todas, como podem ser essas “teologias da prosperidade” ou aquelas muito intolerantes), pois elas estão e estarão conosco por toda a existência humana, quer gostemos ou não;
Vocação: não muito bem definida: entre aprender, ensinar, propor, enfim, aquela mania que tem todo letrado pretensioso de ser conselheiro do príncipe, sem desejar sê-lo verdadeiramente, pois sabe que príncipes não seguem os pretensos conselheiros;
Projeto de vida: colaborar nesse vasto empreendimento reformista para deixar o Brasil um pouquinho melhor, quando eu o deixar (ou quando ele me deixar), do que o país que eu encontrei, quando tomei consciência, na minha primeira adolescência, da porcaria que era em termos sociais, humanos, educacionais e políticos;
Aspiração: que toda criança pobre, ou da modestíssima condição social como era a da minha família, em minha infância, pudesse ter, atualmente, uma educação pública comparável em qualidade à de que eu desfrutei, em décadas passadas, e que me habilitaram, justamente, com a biblioteca infantil que frequentei desde antes de aprender a ler, a adquirir as alavancas necessárias para ascender na escala social, apenas pela dedicação ao estudo, pelo conhecimento acumulado, pelo saber adquirido autodidaticamente, pelo esforço próprio, enfim;
Alergia: à burrice, não à ignorância dos que não tiveram chance de aprender, mas à obtusidade daqueles que tendo chance de o fazer, preferiram ficar na escuridão;
Aversão: à estupidez de certos letrados, por fundamentalismo, ideologia, oportunismo ou qualquer outro motivo não legítimo;
Objetos de desejo: livros, sobretudo aqueles antigos, não mais disponíveis em livrarias, e difíceis de encontrar em bibliotecas medíocres como são as nossas;
Mania: de ler o tempo todo, em qualquer circunstância, em qualquer lugar (menos no banho pois já fizeram livros digitais mas ainda não impermeáveis, a não ser os de bebês), mania que pode irritar quem me dirige a palavra nos momentos de concentração, e quando eu respondo “sim, sim...”;
Escola econômica: aquela que apresenta os melhores resultados práticos, com pouca, ou até nenhuma teoria; já passou da hora de aderir a este ou aquele guru das “melhores receitas econômicas”, e se contentar com a modesta racionalidade dos procedimentos testados e aferidos como efetivos; eles geralmente passam mais pelos mercados livres do que pela regulação estatal (mas reconheço que parece impossível desembaraçar-se desses ogros famélicos que nos dominam;
Filosofia política: a da maior liberdade individual, o que não chega a ser uma filosofia política, mas é um princípio de vida a que se chega depois de se conhecer todas as construções humanas que pretenderam organizar a vida em sociedade;
Política prática: nunca fazer parte de nenhum partido, nunca adentrar na política com ares de salvador da pátria, mas observar e estudar a todos meticulosamente, pois dependemos todos, quer queiramos ou não, da atividade daqueles que se dirigem à política por vocação, por interesse pessoal, por oportunismo, ou por qualquer outro motivo não confessado;
Time de futebol: nenhum, absolutamente nenhum; apenas apreciando alguns jogos;
Lei: a do maior esforço, ou seja, nunca se contentar com as explicações simplistas, mas sempre questionar o fundamento de qualquer afirmação ou argumento que lhe apresentarem;
Responsabilidade: totalmente individual, ou seja, nunca atribuir à sociedade, ao Estado, ou até à família, aquelas bobagens que cometemos, que são cometidas por seres totalmente adultos e absolutamente responsáveis pelos seus atos;
Desafio constante: procurar defender o que se acha certo, aquilo de que se tem certeza de ser o melhor, mesmo em detrimento da conveniência pessoal, ou de interesses momentâneos;
Princípio, valor e finalidade de vida: sempre aprender, sempre procurar transmitir o que se sabe (as vezes até o que não se sabe exatamente também, mas que se desconfia que pode ser útil), sempre fazer o melhor dentro das possibilidade de cada um, nos limites da capacidade individual;
Finalizando: procurar fazer tudo o que me dá prazer intelectual...


Addendum: ficaram faltando alguns elementos indispensáveis na vida mundana:
Dinheiro: justo o necessário para comprar livros, viajar, frequentar restaurantes italianos de par le monde; o resto é mesada para pequenas despesas...;
Bebida: sem maiores vícios: taças de vinho nas refeições, cervejinha nas horas vagas;
Outros vícios?: quase nenhum: não jogo, não fumo, não faço apostas, não assino correntes em favor ou contra qualquer coisa, inclusive em prol de distribuição gratuita de livros; basta-me uma velha mania...
 
Termino por um novo agradecimento a todos os que me escreveram.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19 de novembro de 2016

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Federal Reserve: aniversario de cem anos, e tao incompetente quantosempre foi - El Pais

Nao evitou crises, nao protegeu a população da inflação, não defendeu o dólar. Algum motivo de comemoração?
Na verdade, não se trata só do Fed: governos são incompetentes e politicos sempre perdulários.
Paulo Roberto de Almeida 
Un siglo definiendo el poder de la Reserva Federal de EE UU
Benjamin Strong fue uno de los que mejor conocía el sistema financiero de EE UU. Eso le convirtió hace un siglo en un poder dominante en las cosas del dinero. Para entonces había 7.500 bancos en el país, que operaban completamente independientes los unos de los otros. Solo compartían los riesgos. Wall Street gobernaba una economía dependiente de la fortuna de magnates como John Pierpont Morgan, Paul Warburg o John Rockefeller.
El nombre de Strong aparece en la historia como el primer presidente de la Reserva Federal de Nueva York, el brazo ejecutor del banco central más poderoso del mundo. Llevó tres años crear el organismo que durante los últimos ocho dirigió Ben Bernanke. Todo empezó con una reunión secreta en Jekyll Island, el lugar de retiro de la élite de la época en la costa de Georgia. Este lunes cumple el primer centenario de su fundación, a un mes de que Janet Yellen se convierta en la primera mujer en dirigirlo.
Será la décimo quinta personalidad al frente de la Fed desde que Charles Hamlin asumiera ese mismo cargo en agosto de 1914, ocho meses después de que presidente Woodrow Wilson estampara su firma en el acta que dio vida a la autoridad monetaria. La primera reunión de su consejo de gobierno, en la que participó Strong, llegó en diciembre de ese año. Pero entonces, la figura del chairman estaba subordinada a la secretaría del Tesoro.
La concepción de la Fed no fue fácil. Surgió al tercer intento. Hubo ya una especie de banco central creado por Alexander Hamilton en 1791, durante la presidencia Thomas Jefferson. Pero funcionó solo dos décadas, lo que autorizó el Congreso. El segundo lo torpedeó el presidente Andrew Jackson, en 1836. Fracasaron por la desconfianza hacia la centralización del poder. Por eso el sistema de Fed está diseñada con 12 bancos regionales.
La experiencia de Europa sirvió de modelo para tratar de transformar el sistema y eliminar situaciones de pánico como la que se vivió tras el terremoto de San Francisco. Ese fue el primer objetivo de la Fed. Nació como un banco de bancos con capacidad de crear dinero. Como señala Athanasios Orphanides, profesor del MIT y exgobernador del Banco de Chipre, “la existencia de una nación puede verse amenazada si no hay poder de emitir dinero”.
Evitar las crisis bancarias no fue lo único que tenían en mente los fundadores. El segundo fue proteger el dólar. Para entonces, EE UU era ya la mayor economía del mundo, pero la proyección de su moneda era menor. Gran parte de las exportaciones e importaciones se financiaban por bancos europeos. La Fed abrió la puerta a su banca para operar en ese negocio, justo cuando la Primera Guerra Mundial desolaba Europa y sus mercados financieros.
Las entidades estadounidenses empezaron literalmente a comerse el mundo. Una década después de nacer la Fed, financiaban la mitad del comercio internacional con EE UU como origen o destino. El dólar se convirtió en la principal moneda de reserva. Para entonces, la Fed ya desarrollaba las primeras políticas para contener precios y creó el órgano que dirige la política monetaria.
En ese momento, en 1928, la atención de la Fed se tornó hacia Wall Street y en buscar la manera de evitar que el crédito no fuera utilizado para alimentar la especulación. Empezaron a imponerse las primeras restricciones a la banca para limitar lo que podían hacer con el dinero que les prestaba. Aún se debate si el apretón fue el que provocó el frenazo que desencadenó la Gran Depresión.
Ocho décadas después, también se discute si la Fed está en el origen de los problemas que arrastra EE UU por su pasividad ante la burbuja tecnológica y su ceguera ante la inmobiliaria. También sobre si el sistema está en realidad construido para beneficiar a los grandes bancos, por su pobre supervisión antes de la crisis. La Fed que hereda Yellen vive así el momento más controvertido desde el periodo de la Gran Inflación de los años 1980.
Es el mismo forcejeo que tuvo que afrontar Charles Hamlin. Como señala Jerry Jordan, expresidente de la Fed de Cleveland, “llevamos un siglo debatiendo sobre el concepto del banco central y el monopolio de la autoridad monetaria”. En su caso, dice que la independencia de la Fed “es un mito” porque, por un lado, trata de corregir los errores del Gobierno, y, por otro, porque no hay reglas que gobiernen cómo inyecta la liquidez.
Julio Rotemberg, de la Universidad de Harvard, señala que la manera de actuar de la Fed sufrió muchos cambios durante los últimos 100 años y ve un patrón. “Cuando algo va mal, enseguida hay una competencia entre los críticos por explicar sus errores y en ese momento la Fed se siente culpable y trata de no cometer el mimo pecado”, explica. Admite que el banco central cometió fallos. “Pero también hay algo de misterio”, remacha.
Entre los que más cargan en público contra la Fed se encuentra George Selgin, de la Universidad Georgetown. Señala que el banco central tiene ahora más poder que nunca y su mayor balance en la historia, con cerca de cuatro billones en activos. “¿Así es cómo se mide su éxito?”, se pregunta con ironía, señalando que EE UU vive en una de las recuperaciones más lentas de la historia. “La Fed está desesperada por decir que su estrategia funciona”.
William Fleckenstein, autor de Greenspan’s Bubbles, considera que la Fed “fracasó” a la hora de prevenir calamidades económicas y financieras. No solo se refiere a las dos últimas burbujas, piensa que está creando una nueva manteniendo los tipos en el 0% y con la compra masiva de deuda. Tampoco se resolvió la opacidad y el apalancamiento del sistema bancario. Como Selgin, lamenta que la Fed no sea responsable de sus errores.
Orphanides deja claro que la creación de la Fed fue “una buena idea”. Pero igual que un país necesita de un banco central para garantizar el correcto funcionamiento de un sistema monetario, prerrequisito, dice, para la grandeza de cualquier nación, la gran cuestión es “cómo debe ejercer su poder para no crear problemas en el futuro”. Por este motivo considera que la Reserva Federal debe aceptar las cosas que hizo mal y mejorarlas.
El presidente Bernanke sí admitió recientemente en un discurso dedicado a los 100 años de historia de la Fed que la institución falló a la hora de cumplir el mandato de preservar la estabilidad. Pero se refería en su caso a la Gran Depresión. También atribuyó los errores a la muerte de Strong, en 1928, que dejó un sistema aún muy descentralizado sin un líder efectivo, y a una carencia intelectual que los impidió entender lo que sucedía.
Bernanke no hizo la misma admisión respecto a la última crisis, pero sí señaló que la historia muestra que la doctrina y la práctica de la Fed nunca son estáticas. “Nosotros y cualquier banco central mundial deberá seguir trabajando duro para adaptarse a los eventos, a las nuevas ideas y a los cambios en el ámbito económico y financiero”, remachó Bernanke en su intervención.
“Claro que se cometieron errores”, remacha Gerald O´Driscoll, tras calificar el registro del banco central de “mixto”. Se refiere a su incapacidad para generar una recuperación normal, especialmente del empleo. Sin embargo, concluye que pese a las críticas y los ataques, como del congresista republicano Ron Paul, “la abolición de la Fed que algunos profesan es impensable”. “La historia sí muestra con claridad”, añade, “que una reforma fundamental es necesaria”. Así como comienza el segundo siglo de la Fed.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A primeira multinacional da historia: uma companhia militarizada...

A propósito da data de hoje, conforme me lembra um fiel leitor:

27 de setembro:
1540 - O Papa Paulo III confirma a criação da Companhia de Jesus pela bula "Regimini militantis Ecclesiae"
.

Talvez, a primeira multinacional seja, na verdade, a própria Igreja, mas não temos, ao que parece, uma data comemorativa, e essa "multinacional" se dividiu logo em seguida por discussões bizantinas, em torno do sexo dos anjos, e ficou, justamente, com duas, ou mais sedes, já que ela se espalhou pela Europa, pela Ásia, e sabe-se mais lá onde.
A Companhia de Jesus -- CEO: Ignácio de Loyola -- de fato foi a primeira grande multinacional, embora sua contabilidade tenha sido de fundo de quintal, ou de pequeno empório de esquina, características pouco business-like altamente compensadas pelo zelo missionário, disciplina exemplar e gosto do segredo. Teve lá seus contratempos, e até algumas guerras, mas sobreviveu, e pode-se dizer, em seu favor, que cultivou a inteligência e o saber, em lugar daquele culto da pobreza e da indigência, em que se desempenham fransciscanos e dominicanos.
Mas creio que as primeiras multinacionais, no sentido moderno da palavra, foram mesmo as companhias de comércio holandesas e britânicas, logo seguidas por outras, todas elas voltadas para o monopólio, o exclusivo comercial, e a corrupção das autoridades, para maior lucro dos seus acionistas, como aliás fazem todas as suas modernas congêneres.
Em todo caso, minhas calorosas saudações à Companhia de Jesus, não tanto pelo fervor missionário, mas pela sua ação educativa, sem par, em todos os lugares, em todos os tempos, inclusive no Brasil colonial, em favor, inclusive, de índios e escravos. Pena que foram expulsos por Pombal, o que deve ter atrasado a educação no Brasil em pelo menos 100 anos. Triste, senhor Pombal...
Vale!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Un souvenir pour... Chateaubriand (bon anniversaire)

Um leitor amigo me lembra que hoje, 4 de setembro é o aniversário natalício do grande Chateaubriand, um personagem que aprendi a admirar, infelizmente, muito tarde. Mas nunca é tarde para começar a lê-lo, e a prestar-lhe esta singela homenagem.
Se ele estivesse vivo, estaria completando, hoje, 264 anos.
Feliz aniversário mon cher François-René.

Aqui o que já postei anteriormente sobre ele, quando estava em Paris, justamente: 


Quand je me regarde, je me désole...
Quand je me compare, je me console...


La vie me sied mal; la mort m'ira peut-être mieux.

Chateaubriand, Mémoires d'Outre-Tombe, Préface testamentaire de 1833.




'François-René de Chateaubriand', pintura de Anne-Louis Girodet de Roussy-Trioson

François-René de Chateaubriand (nome completo François René Auguste de ChateaubriandSaint-Malo4 de Setembro de 1768 — Paris4 de Julho de 1848), também conhecido como visconde de Chateaubriand, foi um escritor, ensaísta, diplomata e político francês que se imortalizou pela sua magnífica obra literária de carácter pré-romântico. Pela força da sua imaginação e o brilho do seu estilo, que uniu a eloquência ao colorido das descrições, Chateaubriand exerceu uma profunda influência na literatura romântica de raiz europeia, incluindo a lusófona. (Wikipedia)