Os proprietários dos meios de produção eram chamados de dirigentes comerciais, ou 'Betriebsführer'. O governo dizia a estes supostos empreendedores o que produzir, como produzir, em quais quantidades e a que preços. O governo também determinava de quem eles deveriam comprar, a quais preços e a quem poderiam vender. O governo decretava os salários que deveriam ser pagos para cada trabalhador. E determinava também para quem e sob quais condições o capitalista deveria investir seus fundos.As transações de mercado não eram genuínas; eram apenas um fingimento, uma simulação.E, dado que todos os preços, salários e taxas de juros eram estipulados pelas autoridades, eram preços, salários e juros apenas na aparência. Com efeito, eram termos meramente quantitativos em meio a um ordenamento autoritário que determinava a renda, o consumo e o padrão de vida de cada indivíduo. Era a autoridade, e não os consumidores, quem comandava a produção.O comitê central de gerenciamento da produção era supremo. Todos os cidadãos se transformaram em meros funcionários públicos. Isso nada mais é do que um arranjo socialista camuflado sob uma aparência externa de capitalismo. Alguns termos que remetiam a uma economia capitalista foram mantidos, mas seu significado era totalmente diferente daquele de uma genuína economia de mercado.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
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domingo, 19 de janeiro de 2020
Afinal, os nazistas eram capitalistas, socialistas ou “terceira via”? - Chris Calton (Mises)
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
E por falar em diplomacia ideológica, eis aqui um exemplo: a luta contra o terrível comunismo
Eis aqui um perfeito exemplo.
Paulo Roberto de Almeida
terça-feira, 24 de dezembro de 2019
Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo - livro em Kindle de Paulo Roberto de Almeida
Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de duas parábolas da era contemporânea (Portuguese Edition) eBook Kindle
1. A parábola do marxismo em perspectiva histórica;
2. A ideia de revolução burguesa no marxismo brasileiro;
3. Agonia e queda do socialismo real;
4. O modo repetitivo de produção do marxismo vulgar no Brasil;
5. O Fim da História, de Fukuyama: o que ficou?;
6. Os mitos da utopia marxista;
7. O fracasso do marxismo teórico e do socialismo prático;
8. A cultura da esquerda: sete pecados dialéticos;
9. Sobre a responsabilidade dos intelectuais;
10. Pode uma pessoa inteligente pretender-se comunista, hoje em dia?
Os dez ensaios aqui coletados foram concebidos e elaborados como respostas a tomadas de posição por parte de acadêmicos da grande tribo marxista e socialista que ainda pontifica impavidamente em auditórios geralmente receptivos de estudantes de humanidades e ciências sociais, quando não em outras vertentes do ambiente universitário.
Vários dos ensaios aqui reunidos, escolhidos entre dezenas de outros que pertencem à mesma família de “escritos de combate”, foram justamente publicados num típico pasquim da esquerda universitária, com o qual colaborei durante uma dezena de anos, sempre a contra corrente das tendências majoritárias (e recebendo críticas e contestações diretas a vários deles). Minha colaboração foi descontinuada sintomaticamente depois que sustentei uma discussão sobre a responsabilidade dos intelectuais nas grandes tragédias do socialismo totalitário, vindo ela finalmente a termo depois que eu questionei a inteligência daqueles que continuavam aderindo à liturgia comunista.
Esta antologia resume e expõe minhas relações de afinidade e distanciamento em relação ao marxismo e ao socialismo, mas ela não tem o objetivo de supostamente me situar no campo de uma “direita conservadora”, que de toda forma não existe no Brasil, nem no plano teórico, nem no terreno da prática. Detesto rótulos redutores e simplificadores, preferido exercer meu direito ao ecletismo doutrinário e ao ceticismo sadio, e por isso mesmo estou sempre pronto a defender argumentos de estrita racionalidade econômica, na busca das melhores soluções aos angustiantes problemas do Brasil, que sempre estiveram no coração de minhas leituras, estudos, reflexões e escritos no último meio século pelo menos. A coletânea aqui realizada é uma pequena amostra dessas preocupações com a educação dos mais jovens, com base em meu conhecimento adquirido nos livros, na atenta observação da realidade, na experiência adquirida ao longo de uma dupla carreira extremamente absorvente, no exercício da diplomacia profissional e nas lides acadêmicas desempenhadas de modo voluntário.
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Detalhes do produto
- Tamanho do arquivo: 844 KB
- Número de páginas: 284 páginas
- Quantidade de dispositivos em que é possível ler este eBook ao mesmo tempo: Ilimitado
- Editora: Edição de autor; Edição: 1 (20 de dezembro de 2019)
- Data da publicação: 20 de dezembro de 2019
- Vendido por: Amazon Digital Services LLC
- Idioma: Portuguese
- ASIN: B082YRTKCH
- Dicas de vocabulário: Não habilitado
- Empréstimo: Habilitado
- Leitor de tela: Compatível
- Configuração de fonte: Habilitado
quinta-feira, 19 de dezembro de 2019
O globalismo, acreditem, é o instrumento da comunização do mundo. Parbleu!
Certas coisas é preciso ler, reler, voltar a ler, para tentar saber se estamos entendendo errado, ou é o argumento que peca por total falta de lógica.
Vejamos esta frase, por exemplo:
"Desde 1989-1991, quando desabou o “socialismo real”, o marxismo vem trabalhando para desenhar novos instrumentos de construção do comunismo. O principal desses instrumentos é o globalismo (termo que utilizo numa acepção algo distinta daquela mais corrente que o define como a criação de uma governança mundial; para mim, diferentemente, o globalismo é a captura da economia globalizada pelo aparato ideológico marxista através do politicamente correto, da ideologia de gênero, da obsessão climática, do antinacionalismo)."
Eu sinceramente gostaria de compreender, não na teoria do ministro, mas na prática da vida corrente, como é que o tal de "aparato ideológico marxista" – acho que ele leu Althusser demais – consegue capturar a "economia globalizada", para construir esse tal de globalismo.
Não existe nenhuma evidência nesse sentido, e por isso cabe dizer: argumento ôco...
Ou vejamos esta outra frase aqui:
"A principal fragilidade do sistema liberal é a seguinte: o sistema liberal não pensa. Não trabalha no mundo das ideias. Criou uma repulsa por tudo aquilo que chama de “ideológico”. Curiosamente, o sistema liberal em geral – e no Brasil os isentões em particular – aplicam a pecha de “ideológico” àqueles que procuram estudar o marxismo contemporâneo e entender seu “horizonte comunista”."
Aqui eu compreendo, mas não consigo aceitar essa assertiva: talvez eu não me enquadre nessa condição, pois não apenas sou um liberal que pensa, como penso no marxismo, no socialismo, no comunismo, como está evidenciado nesta minha mais recente obra:
Marxismo e socialismo no Brasil e no mundo: trajetória de duas parábolas da era contemporânea (Brasília: Edição do Autor, 2019). Disponível livremente, em 10/12/2019, nas plataformas Academia.edu (link: https://www.academia.edu/41255795/Marxismo_e_Socialismo_2019_) e Research Gate (link: https://www.researchgate.net/publication/337874789_Marxismo_e_Socialismo_trajetoria_de_duas_parabolas_na_era_contemporanea_2019).
Pois bem, passemos ao mundo da imaginação imaginativa...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19/12/2019