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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Despesas publicas: estudo do Banco Mundial recomenda varias reformas - Editorial Estadao

Gastar menos e fazer mais

Estudo do Banco Mundial contém material de alta qualidade para discussão na campanha eleitoral. Falta saber se haverá candidatos bastante sérios para tratar desses assuntos

Editorial Estadão, 23/11/2017

O governo pode fazer mais com menos dinheiro, produzindo serviços com mais eficiência e tratando os cidadãos com mais equidade, segundo um estudo recém-divulgado em Brasília pelo Banco Mundial. O trabalho contém material farto e de alta qualidade para discussão na campanha eleitoral do próximo ano. Falta conferir se haverá candidatos bastante sérios para tratar de assuntos como a melhora da administração, a reforma do Orçamento, a distribuição mais equilibrada e mais justa de encargos e benefícios e a definição mais pragmática e realista de metas e programas. As propostas são dirigidas a quem estiver disposto a enfrentar com seriedade e honestidade algumas questões tão simples quanto importantes. Exemplos: por que os pobres devem financiar ensino universitário gratuito aos jovens das classes mais abonadas? Por que o Tesouro deve conceder benefícios custosos e ineficientes a grupos empresariais mais interessados no conforto do que na busca de competitividade?
O governo brasileiro gasta mais do que pode e, além disso, gasta mal: essa “é a principal conclusão do estudo”. Nenhum remédio será satisfatório, portanto, se o problema do gasto mal executado ficar sem tratamento. Nesse caso, mais dinheiro à disposição do poder público será mais dinheiro desperdiçado. Não é uma questão ideológica, mas aritmética e pragmática.
As mudanças propostas no estudo podem servir a governos de várias orientações – se forem razoavelmente sérios. Afinal, o uso mais eficiente do dinheiro pode servir à execução de diferentes tipos de política. Mas a eficiência dependerá de algumas condições.
Uma delas é a reforma da Previdência, apontada como a fonte mais importante de economia no longo prazo. Não há como contornar os desafios impostos pelas mudanças demográficas, argumentam os autores do estudo, repetindo um argumento realista e bem conhecido. Além disso, a reforma poderá tornar mais equitativo um sistema caracterizado por distribuição desigual de benefícios entre ricos e pobres e entre servidores públicos e trabalhadores do setor privado.
Sem essa e outras mudanças, o teto de gastos ficará na lembrança como mais uma iniciativa bem-intencionada e de curtíssima utilidade. O limite constitucional dos gastos só terá um sentido prático se for invertida a tendência dominante nos últimos anos. Será necessário executar nos próximos dez anos um corte acumulado de quase 25% nas despesas primárias (isto é, sem juros) da administração federal. A contenção do gasto exigirá várias medidas além do combate ao déficit previdenciário.
As propostas incluem, entre os primeiros itens, a redução da massa de salários do funcionalismo público, medida tanto de eficiência como de equidade. A redução pode ser obtida pela diminuição do quadro de pessoal e pelo corte gradativo das vantagens. A remuneração do funcionário federal, segundo o relatório, é em média 67% superior à dos trabalhadores do setor privado (mesmo levando-se em conta diferenças de nível educacional).
O governo também poderá economizar melhorando seu sistema de compras e assim reduzindo desperdícios. Poderá abandonar políticas muito caras e ineficientes de estímulo às empresas, com custos equivalentes a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. A ineficiência dessas políticas, com escasso ou nenhum resultado em termos de crescimento, foi apontada várias vezes por analistas brasileiros. O governo apenas mexeu em alguns de seus componentes.
Algumas inovações são politicamente complicadas, caso da unificação dos programas de proteção social. A eliminação da gratuidade como padrão geral da universidade pública seria certamente recebida com muitas críticas, embora dois terços dos beneficiários pertençam aos 40% mais aquinhoados. A mudança seria compatível com programas de financiamento e de bolsas.
Racionalidade e eficiência são raramente populares. É muito mais fácil defender políticas populistas, mesmo quando inflacionárias e injustas, como tem sido no Brasil. Enfrentar o populismo, no entanto, é hoje indispensável para garantir o futuro do País.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Divida externa da América Latina, 1982-2012 - Cepal

Portada
  • La montaña rusa del financiamiento externo: el acceso de América Latina y el Caribe a los mercados internacionales de bonos desde la crisis de la deuda, 1982-2012

  • Inés Bustillo y Helvia Velloso
  • 2013
  • Signatura:LC/G.2570-P
  • 150 pp.
  • Libros de la CEPAL
  • CEPAL

Link: http://www.cepal.org/cgi-bin/getProd.asp?xml=/publicaciones/xml/2/52062/P52062.xml&xsl=/publicaciones/ficha.xsl&base=/publicaciones/top_publicaciones.xsl#

Resumen

En esta publicación se examina la forma en que la financiación de la deuda externa ha evolucionado en las últimas tres décadas. Se remonta 30 años y se analiza la trayectoria de la región de América Latina y el Caribe desde la singular perspectiva del acceso a los mercados financieros internacionales. Como el título indica, esta trayectoria ha sido una montaña rusa, con muchos altibajos, y momentos de angustia y pánico.
Los acontecimientos de las últimas tres décadas, tal como se describen en este libro, indican que un acceso más amplio y más barato a los mercados internacionales de capital puede ser fundamental en el largo proceso de lograr el crecimiento sostenible con igualdad, mediante la ampliación de las opciones de financiamiento de la inversión y las iniciativas sociales. A pesar de la experiencia adquirida y los progresos realizados durante este período, aún quedan muchos desafíos. El acceso al financiamiento externo de la deuda no es universal y, a pesar del aumento de la resiliencia, la vulnerabilidad a las conmociones financieras externas sigue siendo una amenaza. Además, los avances económicos y financieros de los últimos 30 años, y en particular de la última década, no han producido cambios en la estructura productiva de la región. Los cambios estructurales deben estar en el centro de un proceso de crecimiento a largo plazo para que la igualdad sea una realidad.

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Um estudante em duvida; alguns conselhos altamente duvidosos...

Recebi, há pouco, a consulta que transcrevo abaixo, sem identificar o seu autor: 

On 17/10/2013, at 19:37, Pxxx Mxxxxxxx Pxxxx Fxxxx <xxxxxxxx@hotmail.com.br> wrote:
Mensagem enviada pelo formulário de Contato do SITE.

Nome: Pxxx Mxxxxxxx Pxxxx Fxxxx
Cidade: Lxxxxx
Estado: XX
Email:xxxxxxxx@hotmail.com.br
Assunto: Sem assunto

Mensagem: Olá Paulo, estou interessado em cursar RI e gostaria de saber qual o melhor caminho para se obter um futuro promissor na área, o mercado no amanhã estará favorável aos internacionalistas e quais são as principais características ou cursos que o indivíduo do ramo deve apresentar? Desde já agradeço e o aprecio muito, o senhor é uma inspiração para mim! Obrigado! 

Respondi o que segue: 

Meu caro Pxxx Mxxxxxxx,

Acho que a primeira coisa que alguém como você deve fazer para conseguir ter um futuro na área de RI seria começar NAO confiando nos cursos de RI, justamente, aliás, em nenhum curso universitário brasileiro, que com raríssimas exceções são muito fracos, eu até diria medíocres mesmo.
A primeira coisa que você poderia fazer para assegurar a qualidade, não do seu curso, nem do seu diploma, mas da sua formação, seria justamente fazer você mesmo o seu curso, tornando-se um autodidata radical e ler tudo o que você pode conseguir, por sua própria conta, e deixar professores e aulas de lado, ou não perder muito tempo com isso.
Claro, vc vai ter de se chatear um pouco, e de perder tempo, de se aborrecer, ou até de sentir raiva, por eventualmente pagar um curso medíocre, mas faça disso a menor parte da sua formação, e dedique o seu tempo às boas leituras, que você mesmo escolherá, ao sempre buscar o melhor, pelo seu próprio esforço.
Empregue a maior parte do seu tempo estudando sozinho, lendo, pesquisando -- tudo o que você precisa saber, tudo e mais um pouco está hoje livremente disponível na internet -- e perdendo o mínimo de tempo com curso, faculdade e trabalhos chatos. Claro, vai ter de se dedicar o mínimo a essa chateações, pois ainda não pode fabricar o seu próprio diploma, ou atestar para alguém que você sabe o que diz saber, mas procure cumprir os requisitos mínimos dessas instituições decadentes que se chamam universidades brasileiras e dedique-se de corpor e alma ao estudo próprio, dirigido por você mesmo, totalmente autodidata. Claro, sempre pode aparecer algum professor bonzinho: é difícil mas aparece, e aí você pergunta o que pretende saber, mas melhor não confiar muito, e refugiar-se nos livros, nos bons livros, repito. Com um pouco de treino e mais leituras, você vai passar a distinguir os bons livros dos ruizinhos, e dos péssimos.
De preferência, comece a ler em inglês e em francês; espanhol talvez ajude um pouco, assim como italiano, mas inglês é essencial, pois mais de 90% da boa informação que estiver livremente disponível na internet vai estar nessa língua.
Sim, pratique alguma distração, de vez em quando, lendo romances policiais, por exemplo, ou de preferência grandes obras da literatura universal. Existem alguns bons guias por aí e vc vai encontrar por sua própria conta.
Lembre-se: seja você mesmo seu próprio professor. Estará muito melhor.
Desculpe se o surpreendi, ou não ajudei, mas é assim como eu vejo as coisas no Brasil atual...
Sim, existem alguns bons jornais, poucos mais existem, de preferência os que se ocupam de temas econômicos de maneira objetiva, sem fofocas políticas ou colunismo exibicionista. De preferência leia sempre a revista Economist, o Financial Times, o Wall Street Journal, o New York Times, e de vez em quando o Le Monde, mas pouco deste último...
Faça isso e você verá que vai estar muito melhor...
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Paulo Roberto de Almeida 

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PS.: Não pretendo que seja a melhor resposta que se possa dar a um jovem que simplesmente busca alguns conselhos dentro do que cabe, como se diz. Mas talvez reflita a melhor atitude que se possa ter, hoje em dia, em relação a cursos e essas coisas que passam por instituições universitárias...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O abismo da competitividade brasileira - Otaviano Canuto, Matheus Cavallari, José Guilherme Reis

The Brazilian Competitiveness Cliff

Authors: Otaviano Canuto, Matheus Cavallari, and José Guilherme Reis

Brazilian exports of goods and services have grown sharply in recent years, with sales nearly three times higher in 2010 than in 2000. However, Brazil faces considerable competitiveness challenges: its export performance depends mostly on favorable geographical and sector composition effects. Such challenges increased after the recent global economic crisis. A recent slowdown in industrial exports, production, and investments seems related to supply-side difficulties stemming from a wide range of inefficiencies and rising costs, rather than insufficient demand. Although a stronger currency is one of the factors behind the lower competitiveness of Brazil’s manufacturing exports, sluggish productivity performance, lack of dynamism at the firm level, and a real wage uptrend seem to explain a significant part of the overall loss of competitiveness. This diagnostic reinforces the urgency of resuming the agenda of microeconomic reforms, increasing the investment-to–gross domestic product (GDP) ratio, and advancing toward better-skilled human capital.

The Economic Premise notes are produced by the Poverty Reduction and Economic Management (PREM) Network Vice-Presidency of the World Bank. The views expressed here are those of the authors and do not necessarily reflect those of the institution.

To read more, please click here: http://siteresources.worldbank.org/EXTPREMNET/Resources/EP105.pdf

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Economic Premise is now a partner of Roubini Global Economics and is available on RGE's Partner Content: www.roubini.com/partnercontent.

PREM's Twitter feed tracks the World Bank's efforts to help countries fight poverty and close gaps in income and opportunity. Follow us at twitter.com/WBPoverty.

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sábado, 2 de fevereiro de 2013

FIESP: Negociacoes Economicas Internacionais - nova publicacao

A FIESP, por meio de seu Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior, acaba de dar início a uma nova publicação:
RELATÓRIO PERIÓDICO DE NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS,
cuja primeira edição foi dvulgad em 24/01/2013
A equipe técnica é da melhor qualidade, como constatado abaixo.
 Paulo Roberto de Almeida

RELATÓRIO DIVULGADO PELA FIESP APONTA TÍMIDO AVANÇO NA AGENDA DE NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS BRASILEIRA EM 2012.
O ANO TAMBÉM FOI MARCADO PELA CRISE INSTITUCIONAL DO MERCOSUL.
A Fiesp divulgou o  “Relatório Periódico de Negociações Internacionais”. A publicação, inédita, faz uma análise dos principais acordos comerciais  internacionais vigentes, e das mudanças ocorridas ao longo de 2012. Os desafios impostos à agenda de integração econômica regional e à expansão da rede de acordos comerciais assinados pelo Brasil foram marcados, principalmente, pela crise institucional do Mercosul, pela renegociação do acordo automotivo com o México e pelo tímido avanço na agenda de negociações internacionais brasileira, que ficou pra trás em todas as frentes tradicionais (bens, serviços e investimentos), quando comparada com outros países e blocos regionais. O Relatório traz ainda detalhes sobre a suspensão paraguaia e a adesão da Bolívia ao bloco sul-americano e a reforma do Sistema Geral de Preferências Europeu (SGP), a qual excluirá o Brasil a partir de 2014.

DOCUMENTO: http://www.fiesp.com.br/arquivo-download/?id=48843

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS E COMÉRCIO EXTERIOR
EQUIPE TÉCNICA
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP
Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior – DEREX
Diretor Titular: Roberto Giannetti da Fonseca
Diretor de Negociações Internacionais: Mário Marconini
Gerente: Frederico Arana Meira
ÁREA DE NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
Coordenador: José Luiz Pimenta Júnior.
Equipe: Sabina Silva e Vinicius Santos
Endereço: Av. Paulista, 1313, 4º andar – São Paulo/ SP – 01311-923
Telefones: (11) 3549-4615
Fax: (11) 3549-4730