O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

E por falar em blogs... uma declaracao de principios - Paulo Roberto de Almeida

Ainda no capítulo da revisão de listas de trabalhos antigos, descubro este, meio escondido, num outro blog que também anda meio esquecido, aliás totalmente inoperante.
Como tem valor permanente, posto tal qual figura no registro sequencial de trabalhos.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 31 de janeiro de 2014

Declaração de princípios: sou um homem de causas...

Paulo Roberto de Almeida
Postagem inaugural no novo blog
Aberto na terça-feira, 20 de junho de 2006

1) Declaração de princípios

Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando como um cruzado, pelas causas que me comovem. [...] Na verdade, somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que venceram nessas batalhas.
Darcy Ribeiro

Como Darcy Ribeiro, a quem conheci na sua volta ao Brasil, ainda antes da redemocratização, sou um homem de causas.

As minhas são as da inteligência, da racionalidade, da cultura, da educação, da tolerância, da democracia e do comprometimento com o bem-estar e a justiça.
Encontro muitas das causas que procuro nos livros, bem menos do que na vida real, o que seria obviamente preferível.

Também tenho algumas causas “contra”: sou contra a ignorância, a irracionalidade (sobretudo em matéria de políticas públicas), o mau-uso do dinheiro público e a malversação das instituições estatais por gente descomprometida com os princípios da democracia e do bem-estar social. Sou contra a intolerância em matérias de opinião e de religião, contra todos os fundamentalismos e integrismos existentes (nem todos são necessariamente de natureza religiosa), e sou contra, de maneira geral, as crenças irracionais.

Creio na capacidade da humanidade em elevar-se continuamenta na escala da civilização, na defesa dos direitos do homem, de valores morais que transcendem os relativismos culturais. Sou pela universalização da democracia, mesmo contra a razão de Estado.

Sou, em princípio, a favor da igualdade, mas contra o mero igualitarismo: ou seja, sou pelo reconhecimento dos méritos individuais e do esforço próprio na conquista de objetivos de vida, mas acredito que os desprovidos da vida devam ser ajudados, sobretudo intelectualmente, menos do que materialmente. A educação deve ser repartida entre todos, como forma de capacitar o maior número possível na busca do sucesso individual, com base no desempenho próprio, não em assistência pública.

O crescimento da ignorância e dos irracionalismos contemporâneos assusta-me, tanto quanto a desonestidade na vida pública, tendência lamentável que se observa no Brasil e em muitos outros países.

Sobretudo, sou um defensor da integridade do trabalho intelectual e posiciono-me profundamente contra a desonestidade acadêmica. Acredito que todos devemos nos esforçar para construir um mundo melhor do que aquele que recebemos de nossos antecessores. Nossa responsabilidade individual é a de deixar um mundo melhor para os que nos sucederão.

Como professor eventual, o que exerço de forma irregular, acredito ser minha obrigação transmitir o máximo de conhecimentos aos aprendizes, mas essencialmente provê-los de métodos de aprendizado auto-sustentado, defensor acirrado que sou do auto-didatismo. Considero-me um pesquisador livre, sem qualquer subordinação a instituições ou corporações.

Acredito poder repetir como Popper:
A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico.
Karl Popper, em "Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades" (1963)

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 20 de junho de 2006.

Nas origens deste blog... a incompetencia do blogueiro... (agora explicada)

OK, sou incompetente para todas as matérias técnicas que requerem manuais, explicações, domínio de qualquer coisa que não seja a escrita alfabética, de A a Z (et encore...). Bom, isso todo mundo já sabe.
O que eu não sabia, tampouco, era o grau da minha incompetência. Ele é grande, mas eu não sabia quão grande.
Eu sempre me surpreenderei com a minha própria incompetência...
O que vai abaixo é a reprodução dos dois primeiros posts deste blog, uma tentativa de explicação para a sua existência. Ele só existe, como tento explicar abaixo, mas sem o saber, porque os anteriores, em algum momento, experimentaram alguma falha técnica e ficaram bloqueados.
Como eu não sabia o que fazer, eu criava outro, e mais outro, e mais um ainda, como aliás parece estar ocorrendo agora no Academia.edu (onde estou tentando organizar a barafunda dos meus trabalhos, mas que também vem conhecendo essa duplicação, ou triplicação, de contas, ao não saber manipular exatamente e corretamente os cliks e buttons dessas coisas).
Vocês vão reparar, que eu poderia, talvez, ter ficado com o primeiro blog, com o que as postagens se sucederiam linearmente desde o final de 2005, quando comecei, aliás tardiamente, com esta brincadeira, e nem precisaria, talvez, ter não apenas multiplicado os blogs, como também ter feito blogs secundários, paralelos, complementares.
Ah, seu eu fosse competente, talvez estivesse usando uma outra ferramenta, mais organizada, funcional, racional, não essa confusão dos diabos que acabo criando.
Em todo caso, aqui vai um pequeno retorno às origens.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 31 de janeiro de 2014

sábado, 17 de junho de 2006


488) Repartindo para mais uma aventura, desta vez com um “z” a mais...

Retomando o fio da meada, desde o início...
(balanço do blogs até o número 488)

Como expliquei abaixo (ver em 487), meu blog Diplomatizando empacou, aliás como os três precedentes, daí a razão de eu ter repartido com este novo, cuja única diferença está no z adicional. No mais, ele permanece igual em espírito e conteúdo, retomando inclusive a numeração sequencial a partir do pos imediatamente anterior.

Faço aqui um balanço de minhas experiências blogueiras.

1) Meu primeiro blog, ainda inexperiente, se chamava, narcisísticamente, Blog Paulo Roberto de Almeida (http://paulomre.blogspot.com/) e foi mantido e alimentado de 6 de dezembro de 2005 até o dia 21 de janeiro de 2006, quando ele empacou de vez. Nele coloquei os posts de número 0 até o 177 (ou seja: 178 postagens). Segundo levantamento de contador efetuado em 14 de abril de 2006, ele chegou a ter 3.737 hits, mas tinha sido deixado com 1500 hits, em 21 janeiro 2006. Ou seja, em 46 dias de “uso”, ele teve uma média de 32,6 hits por dia.
Depois do seu “fechamento”, ou pelo menos do encerramento de postagens, ele ainda avançou de 1.500 para 3.737 hits, ou seja, 2.237 hits adicionais em mais 82 dias (14.04.06), ou seja, a média de 27,28 hits/dia.
No dia de hoje, 17 de junho de 2006, quando faço este balanço global dos meus blogs, ele ostenta a marca de 6.125 hits, ou seja, 2.388 hits adicionais em mais 64 dias (até hoje), ou seja, a média de 37,3 hits/dia, o que é surpreendente, considerando-se que ele estava inativo e não deve ter recebido nenhuma visita minha (salvou uma ou duas para verificação).
Confesso que não sei explicar essa febre de visitas, num período em que eu jamais fiz qualquer menção à sua existência, salvo de maneira indireta, nos links do blog em utilização, que como disse, foram mais dois.
No total, o primeiro blog ostentou, portanto, 6.125 hits em pouco mais de seis meses, mais exatamente em 193 dias, o que dá uma média de 31,7 hits por dia, tanto ativado como desativado. Este número poderá ser comparado com as visitas aos demais blogs, como indico a seguir.


2) Meu segundo blog foi o Cousas Diplomáticas (http://diplomaticas.blogspot.com/), cuja manutenção e postagens foram feitas entre 21 de janeiro de 2006 e 4 de abril de 2006, quando ele também empacou. Nele coloquei os posts de número 178 a 329 (ou seja: 251 postagens).
Não efetuei, para esse segundo blog, estatísticas de entrada e de saída, e assim só posso reproduzir o número do contador que figura nele hoje (17/06/06), que é: 9.138 hits. Considerando o estrito prazo de funcionamento desse blog, que foi de meros 74 dias, teríamos 123,4 hits por dia, o que me parece exagerado. Dividindo por todo o período decorrido desde 21 de janeiro até o dia de hoje (17/06/06), a média cai para 61,7 hits por dia (em 148 dias), o que não parece mau, pois representa o dobro da média do primeiro blog.

Caberia esclarecer que nesse período eu lancei diversos outros blogs auxiliares ou especializados, de maneira a poder repartir o material eventualmente útil que eu teria para colocar ou oferecer publicamente, que foram estes aqui:

(a) Textos PRA (http://textospra.blogspot.com/): dedicado à postagem de textos mais longos ou de material de referência em geral; iniciado em 14 de dezembro de 2005, mas com um contador iniciado bem depois, ele ostentava em 17/06/06 a marca de 1.785 hits, o que dá uma modesta média de 9,6 hits por dia, desde então. O número de posts alcançou 105 (sem contar o inicial), sendo que a dimensão média desses posts é duas a três vezes maior do que os posts nos demais blogs (o blog foi feito justamente para a colocação de material mais volumoso).

(b) Academia (http://pracademia.blogspot.com/): voltado para a simples postagem de programas de cursos, planos de aula, bibliografia e um ou outro material de referência (já que a maior parte vem sendo postada na seção Academia do meu site pessoal: www.pralmeida.org). Ele teve início em 13 de fevereiro de 2006 e eu não fiz contador para esse blog, tendo colocado tão somente 24 posts, desde então (não estou sendo muito ativo nesse blog, mas é que seu formato não é acolhedor de materiais mais densos, com tabelas, gráficos e outros elementos visuais, além de eu não poder colocar arquivos mais pesados, devendo remeter ao meu site).

(c) Book Reviews (), ou resenhas de livros: iniciado em 21 de janeiro de 2006, ele comportou, até 17 de junho 53 postagens, todas referentes a livros, ostentando uma marca de 1.310 hits, o que daria uma média diária de 8,3 hits por dia.

3) Empacando também o Cousas Diplomáticas, parti, em 5 de abril de 2006, para o meu terceiro blog, Diplomatizando (http://diplomatizando.blogspot.com/). Iniciado com a postagem de número 330 ele alcançou, nesta fatídica madrugada do dia 17 de junho a marca 486, ou seja um total de 156 postagens. O número inicial a partir do qual o contador passou a funcionar, em 5 de abril, era 2.623, o que permite calcular a média de hits ocorrida nesse período de exatos 73 dias. O contador estava, quando o “larguei” (isto é, não mais consegui postar) em 9.124 hits, o que perfaz, portanto, um total de 6.501 hits e uma média de 89 hits por dia, o que me parece bastance razoável.

4) Estou portanto começando este novo blog, Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/), no dia 17 de junho, com a marca de 9.133 hits, o que configura a base de partida para futuros cálculos de visitas ou hits por dia.
Preciso descobrir, um dia, por que é que os meus blogs empacam no meio do caminho. Não sei se eu abuso demais deles, seu eu manipulo o programa do blogger erradamente, ou simplesmente porque eu sobrecarrego demais os provedores gratuitos da Google. Em todo caso, nunca descobri a resposta.

Quem souber, me avise, por favor, pois eu estou começando a ficar intrigado, quase começando a acreditar nas famosas teorias conspiratórias da história.
Sans blague, desejo a todos bom proveito e satisfação com as visitas aos meus vários blogs, cujo único objetivo, não me canso de repetir, é o de poder servir ao conhecimento, à cultura, à informação e ao diálogo bem fundamentado e racional sobre temas relevantes de nossa vida cultural, acadêmica e diplomática, nessa ordem. Espero poder estar ajudando os mais jovens, que não precisam mais, como eu, passar longas horas em bibliotecas para se informar e se instruir, embora devessem fazê-lo de vez em quando. Blogs, sempre leves e superficiais, não são substitutos à pesquisa bem conduzida, assim como material de internet não pode se equiparar a livros, que constituem ainda o tijolo fundamental do estoque de conhecimento humano disponível para deleite de todos.
Boas leituras!

Paulo Roberto de Almeida
Em 17 de junho de 2006.

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487) Saperlipopete: meu blog falhou outra vez...
http://diplomatizzando.blogspot.com/2006/06/487-saperlipopete-meu-blog-falhou.html

Parece que existe uma maldição dos blogs gratuitos: em algum momento do percurso, eles falham miseravelmente em “deliver” o que se espera deles, ou seja, um fluxo contínuo de postagens, sem esforço adicional, ou sem outros custos do que parece ser, finalmente, um “free lunch”.
Pois bem, meu quarto blog pessoal, Diplomatizando, empacou por sua vez e eu já desisti de brigar na blogosfera.
Passei imediatamente à construção de um novo.
Apenas registrando, eu estava postando a partir do post 487, que agora se torna este meramente introdutório a um novo blog, que se chama simplesmente:

Diplomatizzando

Sim, apenas acrescentei um z no nome anterior.
Em 17 de junho de 2006, eu estava com 9.124 registros de “visitas” ao meu blog (claro, muitas são minhas próprias, na tarefa de verificar visualmente como andam as postagens).
A vida continua, folks, o negócio é bola para a frente, como dizem os entendidos em futebol...

Revisitando velhas listas, surpresas em certas voltas: trabalho sobre uma arquitetura diplomatica (2006)

Repassando, corrigindo, simplificando velhas listas de trabalhos, originais e publicados, de vez em quando algum link se ativa, e uma surpresa surge. Este registro, por exemplo, estava dormindo em algum canto, e apareceu assim de repente, sem que eu me lembre de tê-lo visto antes:

¿Una nueva 'arquitectura' diplomática? Interpretaciones divergentes sobre la política exterior del Gobierno Lula (2003-2006)

Paulo Roberto de Almeida
Entelequia. Revista Interdisciplinar, 2006, issue 2, pages 21-36
Abstract: Assessment of the literature and discussion on the main issues of Lula's diplomacy (2003-2006), according to three main groups of authors: "authorized voices", "sympathetic allies" and "independent or critical analysts". For each one of the groups, this bibliographic essay identifies key subjects and preferred arguments of main authors. Perhaps, a new feature of the debate is not exactly diplomatic efforts of Lula's government to open new grounds in international and regional spaces, or even its new discourse, but the very fact that Brazilian diplomacy became a battle ground of ideas, far away from the old consensus and unanimity it enjoyed up to now.
Keywords: Brazilian diplomacyLula's governmentcriticism and consensus (search for similar items in EconPapers)
JEL-codes: F59 (search for similar items in EconPapers)
Date: 2006
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Uma nova entidade comercial no mercado: a SMRI, reservada aos iniciados...

O Código Comercial, que veio à luz em 1850 e que vem sendo regularmente modernizado desde então, passa a conhecer, desde agora (mas que deve ainda ser incluída numa próxima emenda ao Código), uma nova figura comercial, adaptada aos tempos que correm, e com a colaboração ativa de milhares de brasileiros já plenamente integrados a essa nova entidade econômica: a Sociedade Mafiosa a Responsabilidade Ilimitada, capaz de reunir recursos num piscar de olho, segundo dispõem seus estatutos reservados apenas aos iniciados.
Paulo Roberto de Almeida

30/01/2014

O site criado pela família do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, condenado no processo do mensalão, arrecadou mais de R$ 1 milhão em oito dias para o pagamento da multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informações do site divulgadas nesta quinta-feira (30). O valor superou em mais de R$ 500 mil a quantia estipulada pela Justiça, de R$ 466,8 mil.
O prazo para pagamento da quantia termina nesta sexta (31). Segundo o advogado Celso Villardi, que defende Delúbio, a multa será quitada dentro do prazo.
Preso em novembro, Delúbio cumpre pena de 6 anos e 8 meses por corrupção ativa em regime semiaberto em Brasília. Obteve autorização para trabalhar na CUT durante o dia e começou no novo emprego no dia 20 de janeiro, com salário de R$ 4,5 mil. Além de corrupção, também foi condenado por formação de quadrilha, mas aguarda julgamento de recurso no STF que pode reverter a pena de mais 2 anos e 3 meses.
De acordo com o coordenador do setor jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, assim como fez o ex-presidente do PT José Genoino, que doou R$ 30 mil do que sobrou do dinheiro que arrecadou para Delúbio, o ex-tesoureiro também doará o excedente do valor arrecadado para outro petista condenado pelo STF no processo do mensalão. Carvalho disse que o beneficiado pode ser o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que ainda não foi notificado para pagar a multa.
Condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, Dirceu terá que pagar 260 dias-multa no valor de 10 salários mínimos (no montante vigente à época do crime, de R$ 260), o que dá ao menos R$ 676 mil. O valor ainda vai aumentar porque será atualizado com base na inflação quando a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal intimar o petista, o que ainda não ocorreu.
A quantia exata arrecadada no site criado para Delúbio foi de R$ 1.013.657,26 - até quarta (29) o valor era de R$ 415 mil e mais que dobrou até esta quinta. Na avaliação de Marco Aurélio Carvalho, foram dois os responsáveis pela elevada arrecadação: a militância do PT e o presidente do STF, Joaquim Barbosa. Segundo ele, a declaração de que condenados do mensalão deveriam permanecer no "ostracismo", dada na Europa, revoltou os petistas.

"Foram dois grandes responsáveis: o militante do PT, que tem um valor intrínseco enraizado, o valor da solidariedade. Por isso um chama o outro de companheiro. Nossa direção nacional e estadual tiveram papel importante porque conclamaram a militância. O segundo fator, temos que agradecer a Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, que insuflou a militância que deu uma resposta rápida à declaração sobre o ostracismo. Nenhum deles (petistas condenados pelo STF) estará no ostracismo porque eles são condenados políticos", disse Marco Aurélio Carvalho.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Piada macabra: Celac fala de democracia e direitos humanos em Cuba - ABC Color

En la dictadura más férrea de América se “comprometen” con la democracia
ABC Color (Paraguai), 30/01/2014

La II Cumbre de la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac) culminó ayer en La Habana, Cuba, con una llamativa declaración presidencial de 83 puntos en los que se postula la defensa de la democracia, los derechos humanos y el pluralismo. Los líderes de América Latina omitieron hablar de los crímenes de lesa humanidad y los presos políticos que existen en la nación sede del cónclave.

La Cumbre de la Celac ratificó anoche en una extensa declaración, leída por el mandatario cubano Raúl Castro, “la voluntad irrevocable de fortalecer este espacio de diálogo político efectivo”. El documento indica también que a “partir de esta diversidad es que tenemos que identificar los desafíos y objetivos comunes y los pisos de convergencia que nos permitirán avanzar en el proceso de integración de nuestra región”.

La declaración consigna la intención de “fortalecer las democracias y todos los derechos humanos para todos”. “Demos mayores oportunidades a nuestra gente; construyamos sociedades más inclusivas; mejoremos nuestra productividad; estrechemos nuestro comercio; mejoremos nuestra infraestructura y conectividad y las redes necesarias que unan cada vez más a nuestros pueblos; trabajemos por el desarrollo sostenible, por superar las desigualdades y por una más equitativa distribución de la riqueza, para que todas y todos sientan que la democracia les da sentido a sus vidas”, apunta el documento que tiene 83 puntos.

En otro pasaje de la declaración, se reitera que “la unidad y la integración de nuestra región debe construirse gradualmente, con flexibilidad, con respeto al pluralismo, a la diversidad y al derecho soberano de cada uno de nuestros pueblos para escoger su forma de organización política y económica”.

La declaración de La Habana sostiene que la comunidad latinoamericana “se asienta en el respeto irrestricto a los Propósitos y Principios de la Carta de las Naciones Unidas y el Derecho Internacional, la solución pacífica de controversias, la prohibición del uso y de la amenaza del uso de la fuerza, el respeto a la autodeterminación, a la soberanía y la integridad territorial”.

“No injerencia en asuntos internos”

El pronunciamiento de la Cumbre de Celac, irónicamente, postula la “no injerencia en los asuntos internos de cada país, la protección y promoción de todos los derechos humanos, el Estado de derecho en los planos nacional e internacional, el fomento de la participación ciudadana y la democracia”.

“Asimismo, nos comprometemos a trabajar conjuntamente en aras de la prosperidad para todos, de forma tal que se erradiquen la discriminación, las desigualdades y la marginación, las violaciones de los derechos humanos”, remarca.

Debe reemplazar a la OEA, insisten

El presidente de Ecuador, Rafael Correa, reiteró que su país desea que la Celac sustituya a la Organización de Estados Americanos (OEA) a la cual consideró un instrumento de dominación del gobierno estadounidense.

“El peso hegemónico de Estados Unidos y Canadá deslegitima y pervierte cualquier asunto dentro de la OEA”, subrayó el Mandatario ecuatoriano en entrevista con Prensa Latina. “En cambio”, apuntó Correa, “la Celac es una gran esperanza porque la región necesita “algo nuevo, mejor que la OEA”.

Firman acuerdos sin Paraguay


Brasil firmó con Argentina y Uruguay ayer en La Habana un Memorándum de Entendimiento para el intercambio de documentación para el esclarecimiento de graves violaciones a los derechos humanos. Llamativamente, Paraguay no suscribió el documento, a pesar de los crímenes de lesa humanidad atribuidos a la dictadura del Gral. Alfredo Stroessner (1954-1989). El documento fue suscrito por el canciller brasileño Luiz Figueiredo y su colega uruguayo Luis Almagro, al margen de la Cumbre de la Celac. El documento articula los trabajos de los países en el marco del Grupo Técnico para la obtención de datos y relevamiento de archivos de las coordinaciones represivas del Cono Sur.

Russia: o corrupto Estado aliado dos companheiros - The Economist

Russia and the world: The triumph of Vladimir Putin
The Economist, February 1, 2014
Successes abroad and the Winter Olympics make Russia look strong; but where it matters, it is weak

IN 2008, soon after winning the competition to stage the 2014 Winter Olympics, Vladimir Putin, the country’s president, announced that “at last Russia has returned to the world arena as a strong state—a country that others heed and that can stand up for itself.” Next weekend sees the opening of Russia’s first Olympiad since the summer games in Moscow in 1980. At the president’s behest, the games are being held at Sochi, an unsuitable subtropical resort, and the government has spent $50 billion—four times the cost of the jamboree in London in 2012—on staging the event. Big posters proclaim “Russia—Great, New, Open!” State-owned Sberbank offers the faintly menacing motto, “Today Sochi, tomorrow the world.”

The Olympic celebrations come after a good year for Mr Putin. At home, he has seen off the huge protests that greeted his return to the Russian presidency in 2012. Lacking any serious challenger, he has felt confident enough to free both Mikhail Khodorkovsky, a business oligarch whom he jailed in 2003, and the Pussy Riot protesters.

Abroad, Mr Putin has used his UN Security Council veto to see off Western ideas of military intervention in Syria, instead brokering a deal on chemical weapons and sponsoring a Syrian peace conference. His brutal ally, Bashar Assad, remains in power. Mr Putin has taken some comfort that NATO’s campaign in Afghanistan has been as difficult and frustrating as the one the Soviet Union endured 30 years ago—and a lot longer (see article). He has raised Russian defence spending. And he has left European diplomats looking flat-footed by deploying a mix of money and threats to persuade Ukraine’s president, Viktor Yanukovych, to walk away from a trade deal he was preparing to sign with the European Union.

Yet the revival of Mr Putin’s fortunes is not quite as impressive as it seems. It is not just that Russia’s political model has little appeal to others. Its resurgence is limited by a corrupt, state-directed economy that seems to be condemned to stagnation (see article).

A skater with feet of clay

After Mr Putin became president in December 1999, economic growth was strong enough for Russia to be classed in the BRIC group of fast-growing countries. Russians’ incomes rose in tandem, and pensions and welfare benefits improved—and were paid on time. This was a large part of the explanation for Mr Putin’s popularity with ordinary Russians. They supported him not just because he promised to make Russia strong, but also because he was seen to have brought stability and rising living standards after the chaos and ruin of the 1990s.

However, this achievement was founded almost entirely on oil and gas prices, which have climbed fivefold since 1999. Dependence on energy exports is greater even than under the Soviet Union: they now account for 75% of the total, against 67% in 1980. In 2012 Russia’s total bilateral trade with America was worth only $28 billion, and its trade with China, despite a long, shared border and copious amounts of commodities to sell, amounted to just $87 billion. By contrast America’s trade with China was worth $555 billion.

At home, high labour costs and low productivity make much of Russian industry uncompetitive, so most goods in the country’s shops are imported. Investment is too low; capital continues to leave the country, along with talented young Russians. A bloated and inefficient state, plus the firms it controls, account for half of GDP. And, as the Sochi costs indicate, corruption is endemic. Graft and inefficiency cost Gazprom $40 billion in 2011, according to the Peterson Institute, an American think-tank. An even larger sum is siphoned off by well-connected oligarchs—and squirrelled away in countries like Switzerland and Britain that are prepared to tolerate the crooks whom America wisely rejects.

Ten years ago the Russian budget balanced if oil was around $20 a barrel; today it needs to be around $103. The “Urals blend” price has fallen to $108. Meanwhile, new shale gas, which Mr Putin loves to ridicule but in fact typifies the American entrepreneurialism that could never thrive in his kleptocracy, promises to push oil and gas prices down.

Now that energy prices have stopped rising, best estimates of GDP growth have been cut to below 1.5% in 2013 and to 2% in 2014. America and Britain are both doing better, and Russia’s BRIC competitors, Brazil, India and China, are growing far faster. Russia is in the same growth league as the flagging euro zone—the weak countries Mr Putin pours scorn on.

Inspiration from Ukraine

The problem, as always, is governance. The list of needed reforms is familiar: more competition, the privatisation of state firms, better protection for investors, a more reliable legal system and a transparent regulatory framework. Yet the regime cannot implement such changes, for it exercises political control by controlling the economy: the status quo in Russia is preserved through monopoly rents, state-owned companies, a malleable judiciary, an opaque regulatory system and firms that rely on Mr Putin’s favour. So long as the current political system prevails, Russia will remain economically enfeebled.

Seen in this light, recent events in Ukraine look like a manifestation of Russia’s weakness, rather than of its strength. Mr Yanukovych’s repressive, corrupt government is drifting ever closer to Mr Putin’s, which it increasingly resembles (see article); but many Ukrainians do not want to go any farther down that road. That is one of the reasons why Ukraine matters so much to Mr Putin. It is not just that without it, his vaunted Eurasian Union—a sort of Soviet Union-lite—would lose its point: it is also that, if Ukrainians succeed in rejecting the Putin-Yanukovych model, and set their country back on a democratic European path, they might inspire Russians to do the same.


International sporting jamborees are fun; outfoxing a timid American president is good for morale; but in the end it is the health of a country’s economy that determines its fate. The Soviet Union fell not just because its people rejected its ideology but because its economy crumbled. Unless Mr Putin can get Russia’s working, his regime will go the same way.

Maravilhas companheiras: internet tartaruga

28/01/2014 - 07:25

1

Estudo

Conexão de internet no Brasil é mais lenta que no Iraque e Cazaquistão

Crescimento do número de acessos com baixa velocidade faz país cair quase dez posições em ranking global da Akamai em menos de um ano

Claudia Tozetto
Apenas 0,9% das conexões de internet no Brasil têm velocidade superior a 10 Mbps
Apenas 0,9% das conexões de internet no Brasil têm velocidade superior a 10 Mbps (Thinkstock)
O Brasil caiu, pela terceira vez consecutiva, no ranking de velocidade média de conexões de internet divulgado pela empresa de internet americana Akamai. Segundo o estudo publicado nesta terça-feira, os brasileiros acessaram a internet com uma velocidade de 2,7 megabits por segundo (Mbps) no 3º trimestre de 2013. O resultado coloca o país na 84ª posição do ranking, que considerou 140 países. No 1º trimestre do ano passado, o Brasil estava no 73º lugar.
Com esta velocidade média, o Brasil fica atrás de países como a Turquia (4 Mbps), Cazaquistão (3,5 Mbps) e Iraque (3,1 Mbps). A posição do Brasil também é pior que a da maioria dos vizinhos da América do Sul analisados no estudo. O Equador, país latino-americano com melhor posição no ranking global, registrou velocidade média de 3,6 Mbps no período. Chile, Colômbia e Argentina também têm conexões de internet mais velozes que o Brasil.

“O Brasil ainda está na fase de inclusão digital, com o número de conexões aumentando a cada trimestre. A maioria delas tem velocidade baixa, o que faz o país cair no ranking global”, explica Jonas Silva, diretor de canais e programas para América Latina da Akamai. A empresa analisou as conexões de 34,2 milhões de endereços IP únicos usados para acessar a internet no Brasil no 3º trimestre de 2013 – 30% a mais que no 1º trimestre do ano passado.
Outros países emergentes também enfrentam fenômeno semelhante, já que o número de conexões nesses países cresce continuamente, mas a velocidade é, em geral, baixa. No estudo da Akamai, a China ficou em 75º lugar, com velocidade média de 2,9 Mbps no terceiro trimestre. A Índia ficou bem atrás do Brasil, no 123º lugar, com conexão de internet de apenas 1,1 Mbps.
Para elaborar o estudo, a equipe da Akamai analisa os acessos a sua plataforma de entrega de conteúdo, que a empresa afirma representar entre 20% e 30% do tráfego de internet global. Para o ranking de 2013, a empresa considerou 140 dos 239 países onde atua. Somente os países que possuem mais de 25.000 endereços IP únicos acessando a internet por meio da plataforma da Akamai são considerados pelo estudo.
Internet mais veloz cresce – De acordo com o estudo da Akamai, apenas 20% das conexões de internet no Brasil possuem velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps. Quando se trata das conexões mais rápidas, com velocidade acima de 10 Mbps, a fatia é ainda menor: apenas 0,9% da amostra considerada pela empresa. Os outros 79% da amostra são formados por conexões de baixa velocidade, abaixo de 4 Mbps.
O número de conexões de internet mais velozes tem aumentado rapidamente no país, o que pode contribuir para melhorar a posição do Brasil nos próximos anos. Segundo a Akamai, a quantidade de conexões de internet acima de 10 Mbps cresceu 61% e as conexões com velocidade entre 4 Mbps e 10 Mbps aumentaram 65%, no período de um ano.
“As operadoras querem que os usuários contratem conexões mais rápidas para que elas possam oferecer outros serviços, como pacotes de TV pela internet. Os preços estão caindo e a tendência é que, no futuro, mais pessoas utilizem conexões de internet mais rápidas”, diz Silva, da Akamai. “O Brasil vai parar de cair no ranking em algum momento no futuro.”
Internet no celular – Além das conexões de banda larga fixa, a Akamai também estuda a velocidade da internet móvel no Brasil. Segundo o relatório, que considera os acessos por meio de redes 3G e 4G, os brasileiros acessaram a web no celular com velocidade média de apenas 1,7 Mbps no terceiro trimestre de 2013. Embora seja baixa, a velocidade média coloca o Brasil na liderança entre os países da América Latina, junto com Chile e Uruguai.
De acordo com a empresa, a baixa velocidade da banda larga móvel faz o brasileiro esperar em média 12 segundos para que uma página de web seja carregada por completo no celular. No caso do computador, o brasileiro precisa esperar, em média, seis segundos para ver uma página de web.