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domingo, 9 de junho de 2019

Juizes, mesmo condenados pelo CNJ, preservam privilegios e aposentadorias integrais

A culpa incumbe ao CNJ ou à legislação?


Juízes punidos com aposentadoria por venda de sentença e desvios receberam R$ 10 mi em 6 meses
Conselho Nacional de Justiça puniu juízes, desembargadores e até um ministro do STJ, desde 2008, com pena máxima prevista na Lei Orgânica da Magistratura: magistrados foram afastados do cargo com rendimentos brutos integrais e ajustados ao tempo de serviço
Julia Affonso
O Estado de S. Paulo, 09 de junho de 2019 | 09h40

Aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 47 magistrados tiveram um rendimento bruto de cerca de R$ 10 milhões em 6 meses. Os juízes e desembargadores e até um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) perderam os cargos entre 2008 e 2018 por venda de sentença, desvio de recurso, tráfico de influência, conduta negligente e outras faltas disciplinares.
As informações foram obtidas pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação e também pelos portais da Transparência do CNJ, dos Tribunais de Justiça e do Estado da Paraíba.

Documento
·       APOSENTADORIAS COMPULSÓRIAS   PDF

O CNJ foi criado por Emenda Constitucional em 2004 e instalado no ano seguinte. Até abril deste ano, o Conselho havia julgado 57 casos envolvendo juízes – alguns foram punidos mais de uma vez.
A Lei Orgânica da Magistratura (Loman), de 1979, prevê a aposentadoria compulsória como a mais grave das penas disciplinares a um juiz vitalício – advertência, censura, remoção compulsória e disponibilidade. Após a punição, os magistrados mantêm os salários ajustados ao tempo de serviço.
Aposentadorias brutas
Entre novembro do ano passado e abril deste ano, magistrados aposentados compulsoriamente chegaram a ter rendimentos brutos que ultrapassam os R$ 100 mil.
Suspeito de participar de esquema que teria desviado R$ 70 milhões dos cofres públicos de Rondônia, o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado Sebastião Teixeira Chaves recebeu o valor mais alto da lista e levou uma aposentadoria bruta de R$ 415.972,81 em seis meses. Os valores variaram entre R$ 33.518,22 e R$ 88.232,41.
Dois ex-desembargadores, um do Tribunal Regional do Trabalho da 14.ª Região (TRT-14) e outro do Tribunal Regional do Trabalho da 3.ª Região (TRT-3), receberam R$ 120.927,78 e R$ 109.481,56 respectivamente.
O magistrado ligado ao TRT-14 foi punido em 2017. De acordo com o CNJ, o desembargador, então corregedor do Tribunal, deslocou uma ação trabalhista do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero) contra a União da 2.ª para a 7.ª Vara para manter o controle da ação de mais de R$ 5 bilhões e ‘satisfazer interesse pessoal’.
A aposentadoria bruta do desembargador alcançou R$ 293.455,31 entre novembro de 2018 e abril deste ano. Os valores variaram de R$ 30.605,18 a R$ 120.927,78.
Em 2011, o CNJ puniu o desembargador do TRT-3. O magistrado foi acusado pela Procuradoria Regional do Trabalho da 3.ª Região de atuar em benefício de um escritório de advocacia que atuava perante o tribunal e, em troca, morar em um apartamento de luxo pagando R$ 200 de aluguel.
O desembargador recebeu uma aposentadoria bruta de R$ 293.331,28 em seis meses. O rendimento mensal mínimo alcançou R$ 35.787,92.
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, um juiz se torna vitalício após dois anos no cargo e apenas perde o posto por sentença judicial transitada em julgado. A aposentadoria compulsória pode ser aplicada pelo Tribunal de atuação do magistrado ou pelo próprio órgão.
O CNJ informa que o juiz pode ser aposentado compulsoriamente por ‘desídia com deveres do cargo, conduta imprópria ao decoro da função (na vida pública ou privada) e trabalho insuficiente’. Atraso excessivo em decisões e despachos, parcialidade e tráfico de influência também podem ocasionar faltas funcionais.
“A aposentadoria libera-o para qualquer função. O aposentado, porém, deve esperar três anos antes de advogar no juízo ou tribunal onde atuava. Ser excluído do quadro por sanção impede o juiz de ocupar função de confiança ou cargo de comissão no Judiciário”, afirma o Conselho em seu site.
“A condenação pode levar, ainda, à declaração de inidoneidade pela Ordem dos Advogados do Brasil, o que veda inscrição como advogado. O condenado fica também inelegível por oito anos. Mesmo a condenação à pena máxima não obsta a investigação de condutas não apuradas no procedimento. Caso se tratem de fatos distintos, o magistrado pode, inclusive, voltar a receber a mesma sanção.”
Na lista de aposentados compulsoriamente pelo CNJ até abril, dois magistrados haviam sido punidos três vezes. Um juiz do Maranhão foi considerado culpado em um procedimento que apurava por negligência em um pedido de indenização e outros dois por omissão e parcialidade no julgamento de processos contra empresas de grande porte.
Em seis meses, o magistrado recebeu um rendimento bruto de R$ 198,6 mil. O maior valor foi depositado em janeiro, R$ 34,5 mil.
Entre 2012 e 2015, um desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) também foi punido três vezes. O magistrado foi alvo de apuração por receber cópias de documentos sigilosos de inquérito do STJ e repassar a advogados, em vez de encaminhar o caso aos órgãos competentes para apurar o vazamento do material, por determinar urgência no pagamento de um precatório devido à empresa Parque dos Alpes em troca de vantagens financeiras e por participação em esquema de venda de decisões judiciais.
A aposentadoria bruta do desembargador alcançou R$ 258.498,15 em seis meses. Em novembro do ano passado, o magistrado recebeu R$ 67,5 mil.
Segundo o CNJ, o juiz condenado a qualquer pena pode tentar anular a punição. O Conselho afirmou, via Lei de Acesso à Informação, que, atualmente, há 8 aposentadorias compulsórias sob revisão.
As primeiras aposentadorias compulsórias começaram a ser aplicadas pelo CNJ em 2008. Dois anos depois, o então ministro do STJ Paulo Geraldo de Oliveira Medina foi punido sob acusação de beneficiar, por meio de sentenças, empresas que solicitavam liberação de máquinas caça-níqueis à Justiça.
Entre janeiro e abril deste ano, o ministro aposentado recebeu R$ 183 mil brutos. Em janeiro foram R$ 59 mil. Nos três meses seguintes, R$ 41 mil.
COM A PALAVRA, SEBASTIÃO TEIXEIRA CHAVES, EX-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RONDÔNIA
“Eu tenho o direito de aposentar, está previsto na Lei. Eu fui aposentado em um processo do CNJ, depois eu fui absolvido criminalmente de todas as acusações. Quando eu fui aposentado, eu tinha 40 anos de serviço. Era meu direito de aposentar. Eu estava esperando passar pela presidência do Tribunal e, em seguida, me aposentaria. Em 1993, não se exigia os 60 anos e, sim, 40, 50. Em 1993, eu já tinha tempo para aposentar. Diante desses fatos, eu não quis ir ao Supremo. Eu fui a primeira vítima do CNJ, o CNJ não quis nem saber o que aconteceu diante da maluquice da ministra Eliana Calmon, que decretou a minha prisão. Aquela vendedora de livro extorquia advogados vendendo livros lá no STJ. Ela decretou minha prisão, eu passei 11 dias preso até ser interrogado. Em seguida, fui liberado. O CNJ, aproveitando isso, pediu as peças do processo e me aposentou compulsoriamente. Eu poderia ter recorrido ao Supremo, mas isso ia demorar 20 anos. Eu tinha 5 anos para aposentar porque já tinha quase 65 anos de idade. Eu achei que não deveria recorrer ao Supremo, a minha aposentadoria compulsória eu não tive prejuízo nenhum, porque eu tinha 40 anos de serviço público. Estou vivendo, levando a minha vida. Eu não cheguei a pedir (revisão no CNJ). Eu sou a primeira vítima desse CNJ, porque foi o CNJ que me afastou liminarmente do cargo e depois me aposentou em 2008.”
COM A PALAVRA, PAULO GERALDO DE OLIVEIRA MEDINA, EX-MINISTRO DO STJ
A reportagem tentou contato com Paulo Geraldo de Oliveira Medina por telefone e foi informada que o ex-ministro está com a saúde debilitada e não poderia falar.


Ataque à Lava Jato de Curitiba

Força-tarefa informa a ocorrência de ataque criminoso à Lava Jato

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Procuradores mostram tranquilidade quanto à legitimidade da atuação, mas revelam preocupação com segurança pessoal e com falsificação e deturpação do significado de mensagens
Força-tarefa informa a ocorrência de ataque criminoso à Lava Jato
A força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná (MPF/PR) vem a público informar que seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes. 
A ação vil do hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunicação privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtração de identidade de alguns de seus integrantes. Não se sabe exatamente ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho. 
Dentre as informações ilegalmente copiadas, possivelmente estão documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais e de segurança dos integrantes da força-tarefa e de suas famílias.
Há a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em mais de cincoanos de Operação.
Contudo, há três preocupações. Primeiro, os avanços contra a corrupção promovidos pela Lava Jato foram seguidos, em diversas oportunidades, por fortes reações de pessoas que defendiam os interesses de corruptos, não raro de modo oculto e dissimulado.
A violação criminosa das comunicações de autoridades constituídas é uma grave e ilícita afronta ao Estado e se coaduna com o objetivo de obstar a continuidade da Operação, expondo a vida dos seus membros e famílias a riscos pessoais. Ninguém deve ter sua intimidade – seja física, seja moral – devassada ou divulgada contra a sua vontade. Além disso, na medida em que expõe rotinas e detalhes da vida pessoal, a ação ilegal cria enormes riscos à intimidade e à segurança dos integrantes da força-tarefa, de seus familiares e amigos.
Em segundo lugar, uma vez ultrapassados todos os limites de respeito às instituições e às autoridades constituídas na República, é de se esperar que a atividade criminosa continue e avance para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto, falsificar integral ou parcialmente informações e disseminar “fake news”.
Entretanto, os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais. A atuação sórdida daqueles que vierem a se aproveitar da ação do “hacker” para deturpar fatos, apresentar fatos retirados de contexto e falsificar integral ou parcialmente informações atende interesses inconfessáveis de criminosos atingidos pela Lava Jato.
Por fim, os procuradores da Lava Jato em Curitiba mantiveram, ao longo dos últimos cincoanos, discussões em grupos de mensagens, sobre diversos temas, alguns complexos, em paralelo a reuniões pessoais que lhes dão contexto. Vários dos integrantes da força-tarefa de procuradores são amigos próximos e, nesse ambiente, são comuns desabafos e brincadeiras. Muitas conversas, sem o devido contexto, podem dar margem para interpretações equivocadas. A força-tarefa lamenta profundamente pelo desconforto daqueles que eventualmente tenham se sentido atingidos.
Diante disso, em paralelo à necessária continuidade de seu trabalho em favor da sociedade, a força-tarefa da Lava Jato estará à disposição para prestar esclarecimentos sobre fatos e procedimentos de sua responsabilidade, com o objetivo de manter a confiança pública na plena licitude e legitimidade de sua atuação, assim como de prestar contas de seu trabalho à sociedade.
Contudo, nenhum pedido de esclarecimento ocorreu antes das publicações, o que surpreende e contraria as melhores práticas jornalísticas. Esclarecimentos posteriores, evidentemente, podem não ser vistos pelo mesmo público que leu as matérias originais, o que também fere um critério de justiça. Além disso, é digno de nota o viés tendencioso do conteúdo até o momento divulgado, o que é um indicativo que pode confirmar o objetivo original do hacker de, efetivamente, atacar a operação Lava Jato.
De todo modo, eventuais críticas feitas pela opinião pública sobre as mensagens trocadas por seus integrantes serão recebidas como uma oportunidade para a reflexão e o aperfeiçoamento dos trabalhos da força-tarefa.
Em paralelo à necessária reflexão e prestação de contas à sociedade, é importante dar continuidade ao trabalho. Apenas neste ano, dezenas de pessoas foram acusadas por corrupção e mais de 750 milhões de reais foram recuperados para os cofres públicos. Apenas dois dos acordos em negociação poderão resultar para a sociedade brasileira na recuperação de mais de R$ 1 bilhão em meados deste ano. No total, em Curitiba, mais de 400 pessoas já foram acusadas e 13 bilhões de reais vêm sendo recuperados, representando um avanço contra a criminalidade sem precedentes. Além disso, a força-tarefa garantiu que ficassem no Brasil cerca de 2,5 bilhões de reais que seriam destinados aos Estados Unidos.
Em face da agressão cibernética, foram adotadas medidas para aprimorar a segurança das comunicações dos integrantes do Ministério Público Federal, assim como para responsabilizar os envolvidos no ataque hacker, que não se confunde com a atuação da imprensa. Desde o primeiro momento em que percebidas as tentativas de ataques, a força-tarefa comunicou a Procuradoria-Geral da República para que medidas de segurança pudessem ser adotadas em relação a todos os membros do MPF. Na mesma direção, um grupo de trabalho envolvendo diversos procuradores da República foi constituído para, em auxílio à Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação da PGR, aprofundar as investigações e buscar as melhores medidas de prevenção a novas investidas criminosas.
Em conclusão, os membros do Ministério Público Federal que integram a força-tarefa da operação Lava Jato renovam publicamente o compromisso de avançar o trabalho técnico, imparcial e apartidário e informam que estão sendo adotadas medidas para esclarecer a sociedade sobre eventuais dúvidas sobre as mensagens trocadas, para a apuração rigorosa dos crimes sob o necessário sigilo e para minorar os riscos à segurança dos procuradores atacados e de suas famílias. 
Lava Jato – Acompanhe todas as informações oficiais do MPF sobre a Operação Lava Jato no site www.lavajato.mpf.mp.br

Assessoria de Comunicação – Ascom
Ministério Público Federal no Paraná

Atendimento à imprensa
Fones: 41. 3219-8843/ 3219-8934/ 3219-8870/ 98700-2242

Atendimento ao cidadão
Fone: 41.3219-8700

Lectures on History of Monetary Thought through the eyes of the Classics: Pedro Schwartz

The Institute of International Monetary Research (IIMR, https://mv-pt.org/) is delighted to announce a series of four lectures on money, banking and central banking by our colleague, Professor Pedro Schwartz (IEA and IIMR fellow), in collaboration with the Vinson Centre for Liberal Economics and EntrepreneurshipHistory of Monetary Thought through the eyes of the Classics.
Please, find the link to the programme below for further details on the topics that will be addressed and the days of the lectures, all in the summer term (July 16th , 17th and 31st and August 1st, 17:15 – 18:30 hrs. University of Buckingham, UK):  https://mv-pt.org/pedro-schwartz-gives-four-lectures-on-the-history-of-monetary-thought-through-the-eyes-of-the-classics/.
The nature of the topics to be covered in the lecture series is very much interdisciplinary. One of our main aims at the IIMR is to show the need to incorporate historical and institutional analysis in the understanding of money and banking, as well as the decisions made by central banks nowadays. We are delighted and very privileged to have an excellent speaker to address these topics; as detailed in his bio (https://www.buckingham.ac.uk/directory/professor-pedro-schwartz/ ), he has a very comprehensive background in Economics and Humanities and a vast experience in the teaching of these topics in several universities; he also has experience in policy-making as a former member of the staff of a national central bank and a former advisor to the ECON Committee of the European Parliament, among other institutions.  
Those interested in attending the lectures please RSVP Gail Grimston at gail.grimston@buckingham.ac.uk.
We look forward to welcoming you all to the IIMR and the Vinson Centre at the University of Buckingham very soon.
Juan C.
Dr Juan Castaneda
Director, Institute of International Monetary Research
University of Buckingham, Hunter Street Campus, Buckingham, MK18 1EG, UK
00 44 (0)1280827548
Juan.castaneda@buckingham.ac.uk
http://www.mv-pt.org/

Pedro Schwartz gives four lectures on the History of Monetary Thought through the eyes of the Classics

By Prof. Pedro Schwartz (IIMR, IEA fellow) 
B. Ll., Dr. Iuris (Madrid), MSc. Econ., PhD. (LSE) 
  • 16th July – 1st August (selected days, see programme below). At the University of Buckingham (Vinson Building, Hunter street campus. Buckingham, MK18 1EG
  • Event open to the public. RSVP gail.grimston@buckingham.ac.uk
  • The lectures will be recorded and made available to the public afterwards on the IIMR YouTube channel
What the lectures will cover
The institution of money is not at the centre of the research programmes of mainstream macroeconomics. In most models proposed by the profession money is inserted as an afterthought – if at all. This contrasts with the importance generally attributed to financial and monetary institutions when analysing the political economy of crashes such as the Great Recession and its aftermath. History can help remedy this contradiction. Since money is such an abstract institution the same problems recur across time and place, so that the study of past and present monetary theories will turn out to be surprisingly relevant in the present moments of perplexity.
Programme and Lectures’ topics
16th July; 17:15 – 18:30.
Lecture 1. – The institution of money. – Two theories about the origin of money: the reduction of the transaction costs of barter (Carl Menger); or the recording of debt and its cancellation (New Chartism, Knapp 1905, Lerner 1947). – Narrow and broad money. – Adam Ferguson: the emergence of institutions. – Fractional reserve and Bank money. The money multiplier. – Network goods: Digital currencies.
17th July; 17:15 – 18:30.
Lecture 2. – The ‘Quantity Theory’. –  Azpilcueta, Bodin, Cantillon, Hume, Smith, Fisher, Cambridge England, Friedman. – The problem of small change. – Thornton’s Paper Credit. – Developments:  bank notes; deposits. – Theories of inflation: Keynes v.Friedman. – Monetarism. – Expectations and velocity: adaptive (Friedman) and rational (Muth, Lucas). – Heresies: money and growth (the Phillips curve); debt and growth (‘Modern Monetary Theory’).
31st July; 17:15 – 18:30.
Lecture 3. – Money in an open economy. – Hume and the self-regulating specie flow model. – The gold standard: problems: bimetallism. – David Ricardo and Bullionism. -The controversy around Scottish Free Banking. – The Currency School v. the Banking School. – J.S. Mill’s half-way house; monetary competition. – Keynes’s Tract and the management of fiat money. Keynes at Bretton Woods. – Lender of last resort. – Friedman on flexible exchange rates. – Harry Johnson’s monetary theory of the balance of payments. – Mundell’s impossibility triangle.
1st August; 17:15 – 18:30
Lecture 4. –  Central banking. – Central banks and government. – Thornton’s 1802 Paper Credit. – Ricardo’s Economical and Secure Currency (1816). – Robert Peel’s 1844 Act. -J.S. Mill on central banking.  – Walter Bagehot’s Lombard Street. – Rules or discretion: Milton Friedman on central banking. – Robert Lucas’s critique of macroeconomic models. – Monetary or fiscal policies; the new Keynesians. – Tim Congdon: Money supply and nominal GDP. – Hayek on the privatisation of money.

Ayn Rand by Masha Gessen - The New Yorker

The Persistent Ghost of Ayn Rand, the Forebear of Zombie Neoliberalism

The New Yorker, June 8, 2019

In a dark corner of my house, where a built-in bookshelf curves out of sight and out of reach, near the ceiling, I keep a couple dozen books that I haven’t brought myself to get rid of but don’t want anyone to see. It’s a connoisseur’s collection of the writing of Ayn Rand and her disciples, assembled by teen-age me a long, long time ago. My first girlfriend, an older woman in her early twenties, introduced me to Rand. I had recently immigrated to the United States from Russia, come out, and dropped out of high school, and somehow Rand’s writing spoke to me, made the world appear simple and conquerable. My Rand phase was relatively brief, but, before it ended, I bluffed my way into my first job in publishing by talking Rand with my future boss, a trailblazing gay publisher who was similarly obsessed with her.
According to a new book, this is normal, sort of. In “Mean Girl: Ayn Rand and the Culture of Greed,” Lisa Duggan, a professor of social and cultural analysis at New York University, notes that, although Rand’s brand of sexual liberation didn’t extend to homosexuality, her female heroines refuse to conform to feminine norms, and her male heroes are all in love with one another. I was certainly not the only queer teen-ager who was seduced by these books, which Duggan calls “conversion machines that run on lust.” The therapeutic value of Duggan’s book goes well beyond freeing me from shame for my teen-age lack of literary taste and political discernment; it also provides an explanation for our current cultural and political moment.
Part of American Studies Now, a series of slim volumes published by the University of California Press, Duggan’s book sums up Rand’s life and philosophy in under ninety pages—an affront to a novelist whose magnum opus, “Atlas Shrugged,” came in at more than ten times that length. “How could a thousand-plus-page novel, featuring cartoonish characters moving through a melodramatic plot peppered with long didactic speeches, attract so many readers and so much attention?” Duggan asks. “Clearly, the fantasies animating the novel struck a deep chord.”
Rand’s novels promised to liberate the reader from everything that he had been taught was right and good. She invited her readers to rejoice in cruelty. Her heroes were superior beings certain of their superiority. They claimed their right to triumph by destroying those who were not as smart, creative, productive, ambitious, physically perfect, selfish, and ruthless as they were. Duggan calls the mood of the books “optimistic cruelty.” They are mean, and they have a happy ending—that is, the superior beings are happy in the end. The novels reverse morality. In them, there is no duty to God or one’s fellow-man, only to self. Sex is plentiful, free of consequence, and rough. Money and other good things come to those who take them. Rand’s plots legitimize the worst effects of capitalism, creating what Duggan calls “a moral economy of inequality to infuse her softly pornographic romance fiction with the political eros that would captivate a mass readership.”
Duggan traces Rand’s influence, both direct and indirect, on American politics and culture. Rand’s fiction was a vehicle for her philosophy, known as Objectivism, which consecrated an extreme form of laissez-faire capitalism and what she called “rational egoism,” or the moral and logical duty of following one’s own self-interest. Later in life, Rand promoted Objectivism through nonfiction books, articles, lectures, and courses offered through an institute that she established, called the Foundation for the New Intellectual. She was closely allied with Ludwig von Mises, an economist and historian who helped shape neoliberal thinking. When Rand was actively publishing fiction—from the nineteen-thirties until 1957, when “Atlas Shrugged” came out—hers was a marginal political perspective. Critics panned her novels, which gained their immense popularity gradually, by word of mouth. Mid-century American political culture was dominated by New Deal thinking, which prized everything that Rand despised: the welfare state, empathy, interdependence. By the nineteen-eighties, however, neoliberal thinking had come to dominate politics. The economist Alan Greenspan, for example, was a disciple of Rand’s who brought her philosophy to his role as chairman of the Council of Economic Advisers under President Gerald Ford and, from 1987 until 2006, as the chairman of the Federal Reserve.
Duggan doesn’t blame Rand for neoliberalism, exactly, but she spotlights the Randian spirit of what she calls the “Neoliberal Theater of Cruelty.” This theatre would include players we don’t necessarily describe as neoliberal. Paul Ryan, the former House Speaker, is a Rand evangelist who gave out copies of “Atlas Shrugged” as Christmas presents to his staff and said that she “did the best job of anybody to build a moral case of capitalism.” When the Tea Party came out in force against the Affordable Care Act, in 2009, some of its members carried signs reading “Who Is John Galt?,” a reference to “Atlas Shrugged.” Rand’s spirit is prominent in Silicon Valley, too: the billionaires Peter Thiel, Elon Musk, Travis Kalanick, and others have credited Rand with inspiring them. The image of the American tech entrepreneur could have come from one of her novels. If she were alive today, she would probably adopt the word “disruption.”
The collapse of the subprime-mortgage market and the financial crisis of 2007 and 2008 should have brought about the death of neoliberalism by making plain the human cost of deregulation and privatization; instead, writes Duggan, “zombie neoliberalism” is now stalking the land. And, of course, the spirit of Ayn Rand haunts the White House. Many of Donald Trump’s associates, including the Secretary of State, Mike Pompeo, and his predecessor, Rex Tillerson, have paid homage to her ideas, and the President himself has praised her novel “The Fountainhead.” (Trump apparently identifies with its architect hero, Howard Roark, who blows up a housing project he has designed for being insufficiently perfect.) Their version of Randism is stripped of all the elements that might account for my inability to throw out those books: the pretense of intellectualism, the militant atheism, and the explicit advocacy of sexual freedom. From all that Rand offered, these men have taken only the worst: the cruelty. They are not even optimistic. They are just plain mean.

Meu perfil no Blogspot - Paulo Roberto de Almeida

Não sei bem qual botão apertei, mas apareceu este "Meu Perfil" no Blogspot, algo que eu nunca tinha visto antes.
Como revela blogs que já tive, e dos quais já tinha completamente esquecido, vale o registro de uma copiosa produção de letras, e frases, argumentos no meio, talvez algumas ideias válidas...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9 de junho de 2019

Meus blogs

Sobre mim

Vasily Grossman - Stalingrad, and other works (NYRB)

BY VASILY GROSSMAN
Translated by Robert Chandler and Elizabeth Chandler
Vasily Grossman's novel Life and Fate is one of the great works of twentieth century literature, a modern story with the scope and power of War and Peace. Now, for the first time, the prequel to Life and Fate is available in English.
Stalingrad introduces the wide cast of characters whose stories continue in Life and Fate, including the physicist Viktor Shtrum and the other members of his troubled family, the Shaposhnikov clan in Stalingrad, soldiers and officers and nurses caught up in battle, and historical figures such as Hitler and Mussolini. The novel begins in the summer of 1942 with the Red Army in headlong retreat before the invading Germans and ends as the Soviets prepare to make their last stand on the banks of the Volga. Centered on the lives of the Shtrums and the Shaposhnikovs, Vasily Grossman's sweeping novel shows war touching on and transforming every aspect of human existence. It is there at the dinner table and in the science lab as much as at the battle front. And yet even in the midst of a devastating conflict where civilization itself is at stake, life and love, in all their complexity, fragility, and fraught beauty, must find a way to persist. Stalingrad, along with Life and Fate, is a story of extraordinary power and deep empathy—tender and fearless, intimate and epic. 
"As a stand-alone novel, this is both gripping and enlightening, a tour de force. When considered as a whole with Life and Fate, this diptych is one of the landmark accomplishments of 20th-century literature.”
Publishers Weekly, starred review

For three days only, Stalingrad, along with these other titles by Vasily Grossman, will be available at 30% off. 

 

Join us for a special celebration of Stalingrad on

Monday, June 24, at 7pm at
McNally Jackson Booksellers
52 Prince Street, NYC

with
Phil Klay, Sam Sacks, and Edwin Frank