O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 4 de março de 2020

Breves Lições com Dennys Xavier: Thomas Sowell (LVM)


Hoje tive o prazer de receber não um, o mais recente, mas QUATRO livros editados pela LVM, todos eles sob o emblema unificado de "Breves Lições", ensaios organizados pelo professor Dennys Garcia Xavier em torno da vida e da obra de quatro grandes economistas liberais: Friedrich Hayek (também um filósofo), Hans Hoppe (igualmente filósofo e sociólogo), Ayn Rand (mais uma romancista e filósofa do que propriamente economista) e, sobretudo, Thomas Sowell, um livro que tive a honra e o privilégio de prefaciar.

Thomas Sowell é, possivelmente, um dos maiores economistas americanos vivos, e já
deveria ter recebido o Prêmio Nobel, não tanto por suas elaborações "matemáticas", mas sobretudo pelo seu imenso trabalho de "educação popular" nas mais variadas vertentes da economia, não só relativas a problemas tipicamente americanas, como o racismo, por exemplo, mas sobretudo pelo trabalho enciclopédico que ele desenvolve em escala universal, de "pedagogia econômica" num terreno que os franceses chamariam de haute vulgarisation, ou seja, traduzir fenômenos complexos em linguagem acessível ao leigo, ao leitor não especializado. Tenho vários livros dele, sobretudo o Thomas Sowell Reader, que é um compêndio de seus mais importantes ensaios e artigos de opinião, todos eles rigorosamente embasados num enorme conhecimento da história do mundo, em todas as épocas.

Dennys Xavier conduziu um trabalho primoroso de coordenação de ensaios sobre os grandes pensadores da liberdade em seus quatro livros até agora produzidos sobre esses gigantes da filosofia social de cunho liberal, até libertário.

Meu prefácio ao livro de Thomas Sowell começa por uma confissão: demorei muito tempo a descobri-lo, mas também quando o fiz, comecei a comprar os seus livros sequencialmente.

“Thomas Sowell: um intelectual completo”; Brasília, 12 julho 2019, 9 p. Prefácio a livro organizado por Dennys Garcia Xavier com contribuições de estudos sobre o grande economista americano por estudiosos do Brasil. Publicado no livro intitulado Thomas Sowell e a aniquilação de falácias ideológicas: Breves Lições, com organização de Dennys Xavier (São Paulo: LVM, 2019, 312 p.; ISBN: 978-6550520168).

Nele eu digo basicamente o seguinte: 


"Um dos livros de Sowell que mais aprecio, porque talvez também combine com meu espírito contrarianista, é o seu famoso Economic Facts and Fallacies (2008), na verdade um tipo de abordagem que ele seguiu, invariavelmente, em muitos dos seus demais livros, em especial aqueles voltados a desmentir políticas distributivistas, ações afirmativas, supostos efeitos do racismo ou das disparidades sociais, demonstrando aos incautos, com base em certezas acachapantes, como nosso julgamento superficial sobre a aparente “racionalidade” de certas opções políticas não fazem nenhum sentido do ponto de vista da eficiência ou da consistência econômica. O frontispício dessa obra, uma citação de John Adams, deixa transparecer sua atitude básica em face de opiniões subjetivas ou de percepções de senso comum: 
Fatos são coisas teimosas; e quaisquer que sejam nossos desejos, nossas preferências, ou os ditados de nossas paixões, eles não podem alterar o estado dos fatos e das evidências.


Paradoxalmente, ele trata os principais postulados econômicos como evidências de alcance geral, tal como revelado no título de seus livros mais conhecidos, e mais usados como text-booksBasic Economics: A Citizen's Guide to the Economy (2000) e Basic Economics: A Common Sense Guide to the Economy (3ª. edição, 2007). Em consonância com essa atitude inerente à sua metodologia, ele nunca hesitou em marchar contra a corrente, seja nas questões raciais – um tema especialmente delicado num país com remorso de seu apartheid passado, talvez nunca terminado, e que empreendeu uma cruzada nas ações “afirmativas” –, seja nos problemas de desigualdades de renda dentro e entre os países. Ele não apenas toma posição contra essas verdades de senso comum, que nada mais são do que pensamento politicamente correto envelopado em belas frases progressistas, como demonstra, com apoio em estudos empiricamente embasados, como a visão dos bem pensantes e das almas caridosas não passam no teste da realidade prática ou da eficiência econômica. Nisso ele se aproxima de um outro intelectual que também nadou contra a corrente durante a maior parte da sua vida: o francês Raymond Aron, tão denegrido em sua terra natal quanto, entre nós, Roberto Campos ou Eugênio Gudin, dois liberais clamando no deserto. 
O debate econômico nos Estados Unidos – em grande medida graças aos grandes bastiões do liberalismo clássico que são os think tanks da linha hayekiana ou miseniana, e escolas de pensamento econômico como Chicago – nunca foi tão dominado pela vertente social-democrática quanto o foi na Europa continental, em especial na França e nos países latinos. Na França, por sinal, durante muito tempo se repetiu que era “melhor estar errado com Jean-Paul Sartre do que ter razão com Raymond Aron”, mas é também verdade que a praga do politicamente correto teve início nas universidades americanas para depois se espalhar como erva daninha por instituições congêneres de quase todos os países do mundo. Na América Latina, a chegada da praga foi mais delongada, pois o desenvolvimentismo estava na linha de frente do debate público, sujeito às controvérsias conhecidas e que foi abordado em várias das obras tipicamente econômicas de Sowell: como seria de se esperar ele recusa as teorias vulgares da dependência e da exploração como causas do atraso.
A maior parte das falácias econômicas é partilhada por pessoas não formalmente instruídas na teoria ou na história econômica. Mas mesmo economistas podem ser levados a defender algumas falácias simplesmente por ignorar certos fatos econômicos – a verdadeira obsessão de Sowell com a fundamentação empírica de todas as suas demonstrações – ou por operar um corte seletivo na realidade econômica, sem observar uma metodologia rigorosa que os teria levado a outras “descobertas” ou argumentos. No caso da América Latina, por exemplo, não só a opinião pública educada (entre elas políticos e acadêmicos), mas também economistas se deixaram seduzir pela “teoria”, aparentemente “comprovada pela evidência histórica”, da “deterioração dos termos do intercâmbio”, ou seja, a baixa relativa e contínua dos preços das matérias primas comparativamente ao valor dos produtos industrializados. O confronto tendências opostas entre preços de commodities e de manufaturas alimentou vários programas de industrialização substitutiva, com todas as consequências criadas pelo excesso de protecionismo e de dirigismo estatal nas décadas seguintes à disseminação dessa “teoria” a partir de suas fontes cepaliana e prebischianas. A França, por sua vez, é um dos poucos países do Ocidente avançado onde livros de economistas recomendando a adoção explícita e aberta do protecionismo recebem certa adesão entre colegas."

Eu recomendaria a todos os meus leitores que adquirissem não só o Thomas Sowell, mas os três outros: Hayek, Rand, Hoppe, pois os ensaios neles contidos – dezenas de brilhantes textos de intelectuais brasileiros – equivalem a uma grande aula de economia.

domingo, 9 de junho de 2019

Ayn Rand by Masha Gessen - The New Yorker

The Persistent Ghost of Ayn Rand, the Forebear of Zombie Neoliberalism

The New Yorker, June 8, 2019

In a dark corner of my house, where a built-in bookshelf curves out of sight and out of reach, near the ceiling, I keep a couple dozen books that I haven’t brought myself to get rid of but don’t want anyone to see. It’s a connoisseur’s collection of the writing of Ayn Rand and her disciples, assembled by teen-age me a long, long time ago. My first girlfriend, an older woman in her early twenties, introduced me to Rand. I had recently immigrated to the United States from Russia, come out, and dropped out of high school, and somehow Rand’s writing spoke to me, made the world appear simple and conquerable. My Rand phase was relatively brief, but, before it ended, I bluffed my way into my first job in publishing by talking Rand with my future boss, a trailblazing gay publisher who was similarly obsessed with her.
According to a new book, this is normal, sort of. In “Mean Girl: Ayn Rand and the Culture of Greed,” Lisa Duggan, a professor of social and cultural analysis at New York University, notes that, although Rand’s brand of sexual liberation didn’t extend to homosexuality, her female heroines refuse to conform to feminine norms, and her male heroes are all in love with one another. I was certainly not the only queer teen-ager who was seduced by these books, which Duggan calls “conversion machines that run on lust.” The therapeutic value of Duggan’s book goes well beyond freeing me from shame for my teen-age lack of literary taste and political discernment; it also provides an explanation for our current cultural and political moment.
Part of American Studies Now, a series of slim volumes published by the University of California Press, Duggan’s book sums up Rand’s life and philosophy in under ninety pages—an affront to a novelist whose magnum opus, “Atlas Shrugged,” came in at more than ten times that length. “How could a thousand-plus-page novel, featuring cartoonish characters moving through a melodramatic plot peppered with long didactic speeches, attract so many readers and so much attention?” Duggan asks. “Clearly, the fantasies animating the novel struck a deep chord.”
Rand’s novels promised to liberate the reader from everything that he had been taught was right and good. She invited her readers to rejoice in cruelty. Her heroes were superior beings certain of their superiority. They claimed their right to triumph by destroying those who were not as smart, creative, productive, ambitious, physically perfect, selfish, and ruthless as they were. Duggan calls the mood of the books “optimistic cruelty.” They are mean, and they have a happy ending—that is, the superior beings are happy in the end. The novels reverse morality. In them, there is no duty to God or one’s fellow-man, only to self. Sex is plentiful, free of consequence, and rough. Money and other good things come to those who take them. Rand’s plots legitimize the worst effects of capitalism, creating what Duggan calls “a moral economy of inequality to infuse her softly pornographic romance fiction with the political eros that would captivate a mass readership.”
Duggan traces Rand’s influence, both direct and indirect, on American politics and culture. Rand’s fiction was a vehicle for her philosophy, known as Objectivism, which consecrated an extreme form of laissez-faire capitalism and what she called “rational egoism,” or the moral and logical duty of following one’s own self-interest. Later in life, Rand promoted Objectivism through nonfiction books, articles, lectures, and courses offered through an institute that she established, called the Foundation for the New Intellectual. She was closely allied with Ludwig von Mises, an economist and historian who helped shape neoliberal thinking. When Rand was actively publishing fiction—from the nineteen-thirties until 1957, when “Atlas Shrugged” came out—hers was a marginal political perspective. Critics panned her novels, which gained their immense popularity gradually, by word of mouth. Mid-century American political culture was dominated by New Deal thinking, which prized everything that Rand despised: the welfare state, empathy, interdependence. By the nineteen-eighties, however, neoliberal thinking had come to dominate politics. The economist Alan Greenspan, for example, was a disciple of Rand’s who brought her philosophy to his role as chairman of the Council of Economic Advisers under President Gerald Ford and, from 1987 until 2006, as the chairman of the Federal Reserve.
Duggan doesn’t blame Rand for neoliberalism, exactly, but she spotlights the Randian spirit of what she calls the “Neoliberal Theater of Cruelty.” This theatre would include players we don’t necessarily describe as neoliberal. Paul Ryan, the former House Speaker, is a Rand evangelist who gave out copies of “Atlas Shrugged” as Christmas presents to his staff and said that she “did the best job of anybody to build a moral case of capitalism.” When the Tea Party came out in force against the Affordable Care Act, in 2009, some of its members carried signs reading “Who Is John Galt?,” a reference to “Atlas Shrugged.” Rand’s spirit is prominent in Silicon Valley, too: the billionaires Peter Thiel, Elon Musk, Travis Kalanick, and others have credited Rand with inspiring them. The image of the American tech entrepreneur could have come from one of her novels. If she were alive today, she would probably adopt the word “disruption.”
The collapse of the subprime-mortgage market and the financial crisis of 2007 and 2008 should have brought about the death of neoliberalism by making plain the human cost of deregulation and privatization; instead, writes Duggan, “zombie neoliberalism” is now stalking the land. And, of course, the spirit of Ayn Rand haunts the White House. Many of Donald Trump’s associates, including the Secretary of State, Mike Pompeo, and his predecessor, Rex Tillerson, have paid homage to her ideas, and the President himself has praised her novel “The Fountainhead.” (Trump apparently identifies with its architect hero, Howard Roark, who blows up a housing project he has designed for being insufficiently perfect.) Their version of Randism is stripped of all the elements that might account for my inability to throw out those books: the pretense of intellectualism, the militant atheism, and the explicit advocacy of sexual freedom. From all that Rand offered, these men have taken only the worst: the cruelty. They are not even optimistic. They are just plain mean.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Friedrich Hayek, Ayn Rand - Entrevista e obras de Dennys Xavier

Coleção Breves Lições, Hayek, Ayn Rand, Filosofia, Justiça e Liberdade. Entrevista com o professor Dennys Xavier
26/4/2019 às 19h58 | Atualizado em 26/4/2019 às 22h36 - Dennys Garcia Xavier

O professor Dennys Xavier está lançando a coleção Breves Lições. Proposta é difundir “novas” ideias de autores influentes no conservadorismo, liberalismo e libertarianismo.
O jornal Caderno Jurídico tem o prazer de entrevistar o professor Dennys Xavier. Dennys Garcia Xavier é pós-doutor em Filosofia pela Universidade de Coimbra (Portugal) e pela PUC-SP. É doutor em História da Filosofia pela Università degli Studi di Macerata (Itália). Tem trabalhos de pesquisa na Universidad Carlos III de Madrid (Espanha), Universidad de Buenos Aires (Argentina), Trinity College Dublin (Irlanda), Università La Sapienza di Roma (Itália), Università di Cagliari (Itália) e Université Paris Sorbonne (França). É professor na Universidade Federal de Uberlândia, diretor de pesquisas do UniLivres e coordenador do Students for Liberty Brasil e do projeto Pragmata.
O professor Dennys Xavier está lançando a coleção Breves Lições, pela editora LVM. A proposta da coleção é difundir “novas” ideias de autores influentes no conservadorismo, liberalismo e libertarianismo. Para conversar acerca da coleção e outros assuntos de relevância, Dennys gentilmente concordou em ser entrevistado pelo colunista e colaborador do Caderno Jurídico, Andre Bourguedes d’Melo.

Andre Melo – De início, parabenizo pela nova coleção e desejo sucesso na divulgação e nas vendas. Professor, como surgiu o projeto de fazer a coleção Breves Lições?
Professor Dennys Xavier – Muito obrigado, caro Andre. Este projeto surgiu de modo bastante “caseiro”. Numa disciplina de Filosofia Política que ministrei na Universidade em que trabalho, propus aos alunos escrever textos que explicassem em linguagem tecnicamente adequada, mas acessível, um célebre autor da assim denominada “Escola Austríaca” de economia: Hayek. Tratava-se de uma disciplina optativa, com alunos experientes, muitos dos quais em segunda graduação e também com pós-graduações concluídas em diversas áreas. O material ficou muito bom. Trabalhei os textos com mais detalhes e convidei amigos, alguns deles grandes nomes do liberalismo no Brasil, para ingressarem no projeto. Em suma, os textos viraram livro e outros autores (liberais, libertários, conservadores) passaram compor o nosso horizonte. A editora LVM adorou a proposta e a coleção ganhou luz e grande repercussão. Na verdade ela responde a uma grande lacuna no mercado editorial brasileiro. Explicar de modo didático e conceitualmente criterioso esses autores não é tarefa simples, mas a resposta do público à coleção dá bem a medida do quanto era necessária.

Andre Melo – Professor, explique-me acerca da estruturação dos livros e da seleção dos textos.
Dennys Xavier – Bem, a coleção não é mais um projeto “caseiro” ou artesanal. Logo, as responsabilidades e as expectativas aumentam sobremaneira. Na condição de coordenador, componho os grupos que vão trabalhar cada autor e distribuo os temas entre os nossos colaboradores. Temos uma saudável composição aqui: pesquisadores experimentados, escritores de fama reconhecida, e jovens talentos. Acompanho de perto a redação do material, sempre em estreita parceria com a equipe, muitas vezes como autor ou coautor de alguns dos textos que compõem os livros. Em nossas obras, opiniões pessoais ou subjetivas não entram. Queremos explicar o autor, seus conceitos, seus dilemas, sua vida, seu pensamento. Por isso, todos os livros contam com uma biografia ilustrada dos pensadores. Queremos que o leitor compreenda a relação entre a vida e a obra do autor estudado. O nosso leitor deve acabar a leitura e sentir ter compreendido seus conceitos fundamentais de maneira didática, agradável, unitária. Não é outro o propósito da coleção: fazer vir à luz doutrinas e autores que permaneceram à margem dos estudos acadêmicos e não-acadêmicos de enorme importância para o país.

Andre Melo – Quais autores farão parte da coleção?
Dennys Xavier – Nosso projeto com a editora LVM avançará ano a ano. Em 2019 lançaremos Hayek, Rand, Sowell, Rothbard, Hoppe e Mises. Queremos marcar posição forte com esses autores. Hayek e Rand já estão disponíveis no mercado. Do meio do ano para a frente, lançaremos os outros quatro (sempre em versão impressa, ebooks e mesmo audiobooks). Em 2020, devemos trazer Friedman, Bastiat, Burke entre outros. Queremos fazer dessa coleção material obrigatório para quem deseja entender, sem as firulas e o pedantismo da linguagem acadêmica, os autores que dela fazem parte.

Andre Melo – Qual é o objetivo e o público alvo desse projeto?
Dennys Xavier – Em minhas palestras Brasil afora fico sempre impressionado. Praticamente nada sabemos sobre pensamento liberal, libertário, etc. Muita gente intuitivamente defende os eixos de sustentação teóricos dessas “escolas”, mas ainda desconhece a teia conceitual que a envolve. Viemos para ajudar neste sentido. Queremos um público amplo, que não dependa de longo percurso formativo para compreender o que expomos na coleção. Um aluno em vias de concluir o ensino médio será capaz de tirar grande proveito dos livros (e, então, por via de consequência, todos os que estiverem para além em seus caminhos intelectuais). Nossos livros são poliédricos. Você pode começar pelo último capítulo, passar para a apresentação e assim por diante. Quem sabe mais, aproveita mais. Quem sabe menos, aproveita o mínimo necessário para avançar com inteligência e critério.

Andre Melo – Como você é uma pessoa da academia, imagino que foi um grande desafio encabeçar um projeto que vai na contramão das ideias que dominam o seu ambiente profissional. O quão importante é esta coleção para o exercício do contraditório nos locais de formação intelectual formal?
Dennys Xavier – Passei poucas e boas na academia, por assim dizer. Um professor de Filosofia declaradamente Liberal (ou, como alguns preferem, “de Direita”) não é algo lá muito comum nas universidades federais. No entanto, aprendi a lidar com as adversidades e com os ataques. A melhor resposta é o trabalho intenso e o avanço incessante sobre os espaços das instituições. Não aceitam que um documentário de tendencias liberais seja exibido no anfiteatro da universidade? Exibimos assim mesmo. Ameaçam com violência ou “intervenções artísticas”? Fazemos com proteção policial. Não luto pelo monopólio do pensamento liberal, mas pela multiplicação das leituras realizadas dentro das universidades (o que implica a democrática manutenção da esquerda). O problema é que eles se acostumaram ao discurso monopolizado, ao aparelhamento ideológico levado às últimas e mais absurdas consequências. Viemos para combater isso... e não pararemos. Os grupos que trabalham a favor da liberdade têm crescido em progressão geométrica nas Universidades. Ainda somos poucos, mas já nos defendemos bem. Aliás, nem sei se somos exatamente poucos. Talvez sejamos a maioria, ganhando progressivamente mais e mais voz.

Andre Melo – Você viajará pelo Brasil para a divulgação da coleção? Se sim, quais serão as datas e locais dessa divulgação?
Dennys Xavier – Sim, tenho já uma agenda interessante de eventos de lançamento da coleção. Os amigos leitores podem acompanhar tudo pela página “Pragmata” no Facebook ou pelos meus perfis pessoais nas redes sociais. Tenho lançamentos marcados nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Paraná e na região Nordeste do país. Muitos me perguntam se cobro para palestrar e fazer os lançamentos. Digo sempre que já sou pago por cada um de vocês, na condição de professor de federal. Caso tenham interesse em ouvir sobre temas da liberdade (política, economia, filosofia, etc.) e em conhecer a coleção mais de perto, fico à disposição.

Andre Melo – Os primeiros livros da coleção são sobre Friedrich Hayek e Ayn Rand. Quanto a Hayek, gostaria que você falasse um pouco da percepção do pensador acerca da Justiça.
Dennys Xavier – Hayek é extraordinário. Em minha modesta opinião, o grande nome da Escola Austríaca. Seu conceito de Justiça – como aliás, toda a sua Filosofia – está atrelado a uma concepção muito precisa do individualismo enquanto o que tem como características essenciais o respeito pelo indivíduo como ser humano, isto é, o reconhecimento da supremacia de suas preferências e opiniões na esfera individual, por mais limitada que esta possa ser, e a convicção de que é desejável que os indivíduos desenvolvam dotes e inclinações pessoais, para além de qualquer determinação exterior, especialmente de natureza estatizante. Hayek chama a nossa atenção para o canto sedutor do socialismo, da máquina estatal centralizadora, mas expõe as entranhas das suas contradições absolutas como poucos. A Justiça para Hayek passa pelo exercício de um racionalismo crítico ou evolucionista, segundo o qual, perante as limitações cognitivas, a ordem espontânea entre indivíduos é a forma correta de utilizar o conhecimento limitado que cada um de nós possui, de conduzir a vida da melhor forma possível. Sendo assim, por tentativas e erros, as regras de comportamento vão sendo aprimoradas de forma involuntária, num processo em que aquelas regras que se mostrem mais adequadas são transmitidas e/ou imitadas por outros. Intervir nesse processo de ajuste natural das forças dialéticas da história levam a injustiças que todos nós conhecemos (vide Venezuela, Cuba et caterva). O caminho da intervenção estatal é o caminho da servidão. As nações que aprenderam este fato antes de nós, prosperaram. As nações que ainda não aprenderam com a realidade pagam o preço… e continuarão a pagar caso não mudem. Simples assim.

Andre Melo – Em um mundo tomado pela flexibilidade do conceito de Justiça e de Lei, qual é a importância de Hayek nos dias atuais?
Dennys Xavier – Penso, amparado por Hayek, que o problema não esteja numa flexibilidade do conceito de Justiça e de Lei, mas na qualidade histórica do conceito que adotamos para nós enquanto nação. Estamos falando de um pensador que desenha o curso da história amparado por uma espécie de darwinismo segundo o qual os mais aptos e preparados avançam e os menos aptos e menos preparados naturalmente sucumbem. Quando “forçamos” a manutenção sistemática de estruturas destinadas à falência, temos a corrupção dos sistemas de Justiça e, então, a manipulação odiosa da lei. Nossa Constituição é um belo exemplo disso. Trata-se de um documento que nos dá direito a quase tudo, mas não diz quem paga a conta pela “festa cidadã”. Parafraseando Roberto Campos, uma “lista telefônica” enorme que pretende garantir uma vasta gama de benefícios efetivamente insustentáveis. Logo, trabalhamos às margens do Estado centralizador, cheios de boas intenções que não conseguimos por em prática. O cinismo do que Hayek chama de “racionalidade ingênua” traz resultados catastróficos, como bem sabemos. Num Estado assim, Lei e Justiça, são ficções. Ou avançamos pragmaticamente ou pagamos o preço pela idealização de um mundo que jamais existirá, porque mesmo contrário à natureza das coisas.

Andre Melo – Quanto a Ayn Rand, peço que apresente aos nossos leitores a Filosofia criada por ela.
Dennys Xavier – Rand é autora da obra que, em influência, perde apenas para a Bíblia nos EUA (falo da sua célebre “A Revolta de Atlas”). É a filósofa do Objetivismo, corrente que defende um egoísmo racional: se o indivíduo é a menor das minorias, que suas decisões (racionalmente determinadas) sejam elevadas a valores absolutos. Rand é a encarnação da sua própria filosofia. Jovem ainda, fugiu dos horrores do comunismo da ex-União Soviética e foi tentar a vida nos Estados Unidos da América. Viu a família perder tudo por causa do processo de “estatização” das empresas da família e mesmo do apartamento no qual morava com os pais. Para ela, o grande mal a ser combatido é a hipocrisia do “altruísmo”, a ideia de que devemos nos anular (total ou parcialmente) para fazer “pelo outro”, como base no que a sociedade “espera de nós”. É a filosofia do empreendedorismo, da vitória do indivíduo sobre o seu destino. Conheçam Rand! Seu pensamento é um balde de água fria em qualquer sentimento amplo ou residual de autopiedade.

Andre Melo – O objetivismo de Ayn Rand é uma filosofia que se baseia na realidade. Lembro-me muito de Max Weber quando cria o individualismo metodológico por entender que a análise coletivista é abstrata, subjetiva e irreal. Você acha que os dois autores se conectam de certa forma?
Dennys Xavier – Há um pano de fundo ali que talvez os vincule conceitualmente, em âmbito pragmático. Mas Rand é de tal forma uma racionalista, que não me arriscaria a avançar com o vínculo entre eles. A realidade é o que é, diria o homem randiano, e nossa tarefa é submetê-la tanto quanto possível (e esse “tanto quanto possível” faz máxima diferença). A “sociologia” de Rand não é senão o indivíduo. Um homem genuinamente egoísta escolhe as suas diretrizes orientado pela razão – e porque os interesses de homens racionais não se chocam –, outros homens podem, frequentemente, beneficiar-se de suas ações. Mas o benefício de outros homens não é seu propósito ou objetivo básico; seu próprio benefício são seu propósito básico e objetivo consciente que dirigem suas ações. O coletivismo, derivado do altruísmo, é mal em sentido absoluto e deve ser combatido.

Andre Melo – Professor, hoje vemos políticas identitárias, discursos que pregam igualdade ao mesmo tempo que segregam pessoas por sexo, etnia e religião, há os tais direitos das minorias e toda sorte de imposições baseadas em sentimentos e subjetividades. Qual seria a visão de Ayn Rand acerca dessas coisas?
Dennys Xavier – Para Rand são meros exercícios de lamentação histórica, forças coletivas que trabalham para anular a potência primordial de cada indivíduo. Ali não se buscam soluções efetivas para os problemas, apenas a sua celebração pública. Isso se torna evidente nos últimos anos no Brasil. Há provas cabais, por exemplo, de que a política de cotas para negros nas instituições de ensino superior falham onde quer que sejam aplicadas. Apresente as evidências ao movimento negro para que a sua luta seja mais bem direcionada... e falhe miseravelmente. Em sua maioria (logo, não me refiro a todos eles) são movimentos preocupados com protagonismo político, fortemente ancorados num sentido lamentável de autocomiseração. Não consigo pensar em nada mais “não-Randiano”.

Andre Melo – Professor Dennys, qual é a sua percepção acerca da penetração das ideias da coleção no Brasil de hoje? Pergunto isso tanto no ambiente popular como acadêmico.
Dennys Xavier – Andre, esse é um processo que apenas nos últimos poucos anos ganhou alguma visibilidade. Mas avançamos já de modo realmente impactante. A repercussão da coleção Breves Lições e de outras obras sobre temas relativos à liberdade dão a exata dimensão do quanto este movimento foi aguardado. Estava tudo muito represado e as pessoas não aguentam mais falsas soluções para um país que está sempre em crise. Hoje o homem comum começa a perceber, por exemplo, que os “benefícios” prometidos pelo Estado são infinitamente menos impactantes em sua vida do que os malefícios derivados de uma maior presença desse mesmo Estado em sua vida. Fomos enganados por tempo demais e a conta é salgada. Veja o que fizemos com as nossas universidades, verdadeiros centros de formação de militância de ideologias falidas, infantiloides, em tudo atrasadas (tudo isso a R$ 3.500,00/mês em média por aluno). Criamos uma máquina central que come por dentro a nossa produtividade, para nos devolver alguns dos piores serviços públicos do mundo. Estamos invarivelmente entre os primeros colocados nos rankings internacionais de tudo o que não presta (violência, corrupção, etc.) e figuramos entre os últimos em tudo o que importa (infraestrutura, saúde, educação, liberdade econômica). Oras, precisamos acordar... e estamos acordando. A bibliografia que produzimos apenas ampara um movimento que considero inevitável e ajuda a balizá-lo para que não se perca novamemente no desenrolar do nosso futuro.

Andre Melo – Ao olhar o cenário político brasileiro, você enxerga alguma influência – ou possibilidade de influência – das ideias da liberdade no governo ou em alguns membros da política?
Dennys Xavier – Bem, temos ali o que considero ser uma unanimidade: Paulo Guedes e sua equipe econômica. Mas não me deixo iludir: elegemos um presidente que passou a vida a votar com estatistas e que, aqui e ali, ainda pode deixar o nacional desenvolvimentismo militarista aflorar. Fico sempre a torcer para que isso não ocorra, claro. Mas sou otimista. Quando é que tivemos um liberal puro sangue como Guedes tocando pautas econômicas? Meu maior medo, devo confessar, está no MEC. Um rápido olhar pela história basta para dizermos com segurança: nenhuma política economica de sucesso se mantem sem o amparo de mão de obra intelectualmente e tecnicamente muito bem preparada. Nossa educação é de África subsaariana, logo, nossa capacidade produtiva é risível. Sou pelo esvaziamento do MEC, pela descentralização dos processos formativos, pelo homeschooling, pelo uso da política de vouchers. Em educação não precisamos inventar nada. É aplicar o que funciona e ver a mágica acontecer. Agora, se vierem com aparelhamento ideológico com sinal trocado, podemos esperar por mais décadas e décadas de estagnação. Não podemos perder este momento histórico mais do que propício.

Andre Melo – Hoje há uma popularização das ideias filosóficas. Assuntos como interrupção precoce da gravidez, descriminalização de drogas, censura, etc., são intensamente discutidos nas redes sociais e nas reuniões de amigos e familiares. Ao mesmo tempo temos visto o crescimento de influenciadores no meio digital e o aumento da venda de livros ligados a temas filosóficos. Como um professor de Filosofia, o que você tem achado da popularização de ideias filosóficas fora do ambiente acadêmico?
Dennys Xavier – Vivemos num país composto em grande medida por analfabetos funcionais. Logo, a massa de informações alimentadas nas redes sociais reflete isso (não poderia mesmo ser diferente). A vantagem aqui é que ideias e pensamentos de qualidade chegam em espaços nos quais, por meios, digamos, “tradicionais”, jamais chegariam. Uso de modo intenso as redes sociais para divulgar ideias e conceitos filosóficos e fico surpreso com a repercussão obtida. Estamos falando de uma luta por espaços. Não é simples vencer a argumentação medíocre, ancorada na crença de quem a alimenta... mas as pequenas vitórias junto a alguns interlocutores se multiplicam em potencial transformador. Em suma, redes sociais são “pharmakon”: bem usadas, são remédios, mal usadas, venenos. Em todo caso, prefiro o risco do uso inadequado do que a não existência da substância, por evidente.

Andre Melo – Aliás, qual é a importância de se conhecer o pensamento de autores de filosofia para compreender melhor os desafios atuais?
Dennys Xavier – Infelizmente a Filosofia moderna/contemporânea se perdeu no tecnicismo acadêmico, fato que a afastou sobremaneira do homem comum. Mas a Filosofia enquanto tal é da praça pública, do debate aberto, da assembleia. O que ela pretende é nos ensinar a viver melhor. Contamos com um repertório de 2.500 anos de homens brilhantes que se debruçaram sobre o bem viver (e sobre tudo o que acaba por orbitar esse bem viver). Não conhecer com alguma profundidade tal repertório é não apenas um desperdício de longo arco histórico, mas um atestado de imbecilidade crônica. Como alguém passa uma vida sem conhecer algo de Homero, Sócrates, Platão, Aristóteles... eis algo para mim incompreensível. Não apenas porque dedico minha vida também ao pensamento de tais homens, mas pelo simples fato de que está quase tudo ali, decifrado, analisado, lançado como dúvida metódica, desenhado. Ninguém precisa cursar Filosofia na universidade para saber um pouco mais sobre a arquitetônica filosófica que nos antecede e sustenta, mas um olhar cuidadoso para ela deveria ser sempre muito bem-vindo.

Andre Melo – Aproveitando o ensejo, professor, faço a seguinte provocação: a faculdade de Filosofia forma ou não filósofos? Pergunto isso porque sempre li que a faculdade de Filosofia trabalha apenas com um dos diversos aspectos do pensamento filosófico, mais especificamente a analise/pesquisa Histórico-Filológica. Em outras palavras, o estudo da literatura e registros históricos, com a sua respectiva verificação de autenticidade e determinação do real significado, não transforma alguém em um pensador. O que você acha dessa afirmação?
Dennys Xavier – Não, absolutamente não forma filósofos, mas bachareis ou licenciados em Filosofia. Ali treinamos historiadores da Filosofia, capazes de compreender os diversos movimentos dialéticos na construção do pensamento que nos antecedeu. “Filósofo” é um bicho bem diferente (risos). Ele constroi um modo próprio de ver as coisas, o mundo, o homem, segundo metodologia precisa e construção argumetativa meditada. Claro que o filósofo poderá (e frequentemente o faz) se basear em doutrinas que o antecederam, mas apenas na medida em que servirão para alinhar o seu próprio pensamento. Quando chamam de “filósofo” alguém simplemente por ser formado em filosofia, Platão chora em seu túmulo.

Andre Melo – Professor, autores como Hayek e Bastiat deixam claro que o Direito não é sinônimo de legislação. O Direito seria uma lei de Justiça e, como tal, um absoluto. A legislação (obra do processo político legislativo) só seria moral se fosse um reforço da lei. Como alguém que conhece a Filosofia, qual é a percepção ou preocupação com a atuação legislativa distanciada da lei e o protagonismo judicial indiferente a qualquer limite?
Dennys Xavier – O assunto é longo e mereceria meditação pormenorizada. No entanto, tendo a dizer em termos sintéticos que a tarefa do legislador se tornou de tal forma bizarra no mundo hodierno que a sua recuperação depende mesmo de uma revolução (não apenas procedimental, mas de substância). Muito antes de Hayek e Bastiat o nosso Aristóteles dizia que a lei nada mais é do que o registro dos mais altos valores de uma dada sociedade, segundo critério de excelência. Ora, “excelência” (areté) é termo que há tempos despareceu do ideário político. E, sem uma clara concepção de excelência, perdemos qualquer sentido orientador da função legiferante. Se somarmos à falta desse sentido orientador geral a baixa qualidade média dos nossos legisladores, a equação se torna ainda mais complexa. Mas, que reste claro. Não faria o trabalho que faço não fosse eu um otimista pragmático. Temos tudo para mudar, em médio prazo, os rumos da ação legislativa temerária, destrutiva e politicamente viciada.

Andre Melo – Eu enxergo que os autores da liberdade garantem a plenitude do que é conhecido como Estado de Direito. Qual é a importância das ideias da liberdade para o surgimento de uma sociedade mais funcional e correta?
Dennys Xavier – O Estado não deve tentar salvar o indivíduo dele mesmo. Este é o pressuposto básico de uma sociedade funcional e minimamente ajustada. Alguns tratam as políticas liberais como uma “alternativa” às outras. Eu, ao contrário, as trato como as políticas que, de um ponto de vista pragmático, não juvenil ou ficcional, trazem os melhores resultados. Logo, não estamos falando aqui de “querer” ou de “concordar”, mas de fatos. Não é um acidente o FATO de que as nações mais desenvolvidas do mundo sejam as mais livres e que as mais atrasadas sejam as mais estatizadas. Não há registro histórico de uma família numa lancha a navegar para Cuba, porque lá oferecem a todos ração diária, moradia, saúde e educação. Mas há incontáveis registros de famílias sobre balsas precariamente contruídas a fugir, num mar infestado por tubarões, para o malvado capitalismo desregulamentado americano. Assim somos nós: preferimos a incerteza da liberdade a uma vida segura, mas controlada. Os muros que separam regimes coletivistas de regimes abertos existem tão-somente para impedir que aqueles fujam para esses, nunca o contrário.

Andre Melo – Professor Dennys, como as pessoas podem conhecer o seu trabalho, entrar em contato, etc.?
Dennys Xavier – Muito simples. Podem entrar em contato diretamente pelas minhas redes sociais (procurando por “Dennys Xavier” hão de me encontrar) ou pelo e-mail dennysgx@gmail.com. Além disso, tenho página “institucional”, que citei acima, a “Pragmata”. Estou sempre à disposição por esses meios.

Andre Melo – Se alguém quiser adquirir a coleção, onde ela poderá comprar os livros?
Dennys Xavier – Os dois primeiros livros da coleção, sobre Hayek e sobre Rand, já estão disponíveis na página da editora LVM na Amazon (são os títulos: “F.A. Hayek e a ingenuidade da mente socialista” e “Ayn Rand e os devaneios do coletivismo”). Eles estão também nas grandes redes nacionais de livrarias. E também estão na página deste importante jornal, no endereço cadernojuridico.com.br/livros. De resto, estou a percorrer o país com lançamentos, nos quais os livros são comercializados.

Andre Melo – Uma última pergunta: Platão ou Aristóteles?
Dennys Xavier – Risos. Andre, não me faça escolher! São dois titãs do espírito humano.

Andre Melo – Professor Dennys Garcia Xavier, muito obrigado pela entrevista. Novamente desejo sucesso na nova empreitada e que a coleção se torne um best-seller.
Dennys Xavier – Obrigado eu pelo carinho com a nossa coleção, pela gentileza do diálogo e pelo espaço que nos concede através do Caderno Jurídico. Estou certo de que o nosso leitor ficará satisfeito com as obras. Sucesso a todos vocês!