O título deste post foi dado por meu amigo Pedro Scuro Neto, que também me enviou o próprio despacho da France Presse
Premiê japonês recita trecho de canção de Elvis Presley para Bush
da France Presse, em Washington
"I want you, I need you, I love you" ["Eu quero você, eu preciso de você, eu amo você"] foi o trecho de uma canção de Elvis Presley que o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, recitou para o presidente dos EUA, George W. Bush, durante um jantar para ilustrar a relação política de seu país com os EUA.
"Queria propor um brinde pelo futuro crescimento das relações entre o Japão e os Estados Unidos. Nas palavras de Elvis, 'I want you, I need you, I love you'", sintetizou Koizumi durante um jantar na Casa Branca, na noite desta quinta-feira.
O premiê --fervoroso admirador de Elvis Presley e amigo íntimo de Bush-- assinalou que essa foi a primeira canção em inglês que ele aprendeu de cor quando era jovem.
Depois de uma reunião enfocada na Coréia do Norte, Irã e Iraque, os dois dirigentes passaram uma noite de entretenimento na véspera da visita a "Graceland", a casa de Elvis Presley em Memphis (Tennessee, sul dos EUA).
Bush também citou Elvis durante o brinde, assinalando que o lendário cantor e Koizumi têm "muita coisa em comum".
"Como você, Elvis tinha cabelos grandes. Como você, era conhecido por cantar em público. Como você, ganhou admiradores no mundo todo", afirmou.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
domingo, 2 de julho de 2006
545) Pausa, para um jardineiro indignado...
Não se trata de um jardineiro qualquer: o que é personagem da crônica abaixo de Marcos Sá Corrêa, nas páginas do Estado de S.Paulo do último dia 30 de junho de 2006, é também um bravo defensor das baleias, de todas elas, menos daquelas que mamam no Congresso Nacional (essas poderiam caminhar tranquilamente para a extinção que o jardineiro em questão até ajudaria e eu também).
Mas, o nosso jardineiro também tem uma particularidade, que me toca mais de perto: ele é meu cunhado, mas não por isso estou publicando a crônica de favor. Ela se sustenta por si mesma, e vale a pena percorrer seus parágrafos saborosos, ainda que por puro deleite literário (mas tudo o que está ali escrito é a mais pura verdade...)
-------------
O manual do jardineiro indignado
Marcos Sá Correa, No Mínimo, 02.07.2006
Depois de longa e sentida ausência, meu Guia Prático de Jardinagem Ecológica e Recuperação de Áreas Degradadas voltou a seu lugar na estante. Com ele é assim. Pode ser magro e parco, com suas 109 páginas espremidas em capa mole e a lombada na medida certa para sumir na menor prateleira. Pode estar na terceira edição, circulando há quase duas décadas sob o selo Sagra-Luzzatto, uma pequena editora de Porto Alegre, sem perder o jeito de obra inédita. E pode ter ilustrações estritamente técnicas em bico de pena, como aqueles que atestavam a sobriedade dos velhos compêndios escolares. Mas quem o vê acaba levando emprestado. E, com ele nas mãos, só o devolve se for apanhado em flagrante de apropriação indébita, como Silvinho do PT restituiu o Land Rover.
À primeira vista, não passa de um manual, tão “prático” quanto promete o título. Mas o que torna o livro irresistível é o texto espinhento como um mandacaru. Não é qualquer guia de jardinagem que ensina a lidar com bebedouros de beija-flor recomendado ao aprendiz de paisagismo ecológico que se livre “das ridículas flores de plástico e pinte o entorno dos tubinhos com tinta ou esmalte vermelho-vivo”. Ou que proteja a fauna de seu jardim “contra os tarados”, evitando instalar “abrigos ou comedouros em locais expostos a crianças dementes ou mal-educadas, ou adultos criminosos que possam atirar pedras ou de qualquer outra forma destruir seu esforço”. Se possível, “chame a polícia e faça com que o marginal assassino seja encaminhado ao xilindró, que é o lugar para gente assim”.
Basta um parágrafo desses para identificar-lhe o autor. Ele se chama José Truda Pallazo Júnior. Divide os créditos com a veterinária Maria do Carmo Both. Mas deixou praticamente em cada página a marca de seu estilo inconfundível, que subiu na crista do ambientalismo brasileiro aos 16 anos. Ainda estudante, fora assistir em Porto Alegre a uma conferência sobre conservação da natureza e patati-patatá. À porta, pediram-lhe para subscrever um manifesto contra a caça de baleia. Ele assinou o papel, mas quis saber o que os organizadores da campanha pretendiam fazer com tanto autógrafo. Ouviu uma resposta tão evasiva que se prontificou a entregar pessoalmente o documento ao almirante Ibsen Gusmão Câmara, em Brasília.
O regime era militar. E Ibsen, o vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Mas Truda não estava nem aí para esses detalhes. Ligou para o gabinete. Seu atrevimento deixou o almirante tão curioso que ele recebeu “o menino” no dia seguinte. E os dois fecharam, na contramão de todos os caminhos políticos, uma parceria que dura até hoje. Nesse meio tempo ela acabou com a sentença de extinção que pesava sobre as baleias francas no litoral brasileiro. Instituiu uma área de proteção ambiental que cobre quase todo a costa de Santa Catarina. E inaugurou o turismo de inverno nas praias do sul, para a temporada de acasalamento. Truda é o campeão das baleias. Passa boa parte do ano brigando por elas em conferências diplomáticas com o lóbi internacional da indústria baleeira. No Brasil, entra onde bem entender para falar o que quiser sem tirar as botinas dos pés, como se estivesse sempre vestido para combate. Mas, se lhe perguntam qual é sua profissão, ele se intitula “jardineiro”.
E aí está o guia que não o deixa mentir. No livro, Truda garante que dá para ter um pouco de natureza em bom estado até no peitoril de uma janela no meio da cidade grande. Desanca os preconceitos contra gambás e morcegos, que explica didaticamente como o resultado de um cruzamento da “ignorância” com a “imbecilidade”. Espinafra as “podas criminosas praticadas contra as árvores” pelas administrações municipais. Bate sem dó no povo, por “omisso”, e nos governos, por “omissos e corruptos”. Clama contra as “queimadas, derrubadas, drenagens” e outras “horrendas” formas de destruição, que atentam contra o direito de guardarmos do Brasil “o pouco que nos resta”. De quebra, oferece passo a passo a receita para cada um escapar de tudo isso no próprio jardim.
Este artigo foi publicado no Estadão.
Mas, o nosso jardineiro também tem uma particularidade, que me toca mais de perto: ele é meu cunhado, mas não por isso estou publicando a crônica de favor. Ela se sustenta por si mesma, e vale a pena percorrer seus parágrafos saborosos, ainda que por puro deleite literário (mas tudo o que está ali escrito é a mais pura verdade...)
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O manual do jardineiro indignado
Marcos Sá Correa, No Mínimo, 02.07.2006
Depois de longa e sentida ausência, meu Guia Prático de Jardinagem Ecológica e Recuperação de Áreas Degradadas voltou a seu lugar na estante. Com ele é assim. Pode ser magro e parco, com suas 109 páginas espremidas em capa mole e a lombada na medida certa para sumir na menor prateleira. Pode estar na terceira edição, circulando há quase duas décadas sob o selo Sagra-Luzzatto, uma pequena editora de Porto Alegre, sem perder o jeito de obra inédita. E pode ter ilustrações estritamente técnicas em bico de pena, como aqueles que atestavam a sobriedade dos velhos compêndios escolares. Mas quem o vê acaba levando emprestado. E, com ele nas mãos, só o devolve se for apanhado em flagrante de apropriação indébita, como Silvinho do PT restituiu o Land Rover.
À primeira vista, não passa de um manual, tão “prático” quanto promete o título. Mas o que torna o livro irresistível é o texto espinhento como um mandacaru. Não é qualquer guia de jardinagem que ensina a lidar com bebedouros de beija-flor recomendado ao aprendiz de paisagismo ecológico que se livre “das ridículas flores de plástico e pinte o entorno dos tubinhos com tinta ou esmalte vermelho-vivo”. Ou que proteja a fauna de seu jardim “contra os tarados”, evitando instalar “abrigos ou comedouros em locais expostos a crianças dementes ou mal-educadas, ou adultos criminosos que possam atirar pedras ou de qualquer outra forma destruir seu esforço”. Se possível, “chame a polícia e faça com que o marginal assassino seja encaminhado ao xilindró, que é o lugar para gente assim”.
Basta um parágrafo desses para identificar-lhe o autor. Ele se chama José Truda Pallazo Júnior. Divide os créditos com a veterinária Maria do Carmo Both. Mas deixou praticamente em cada página a marca de seu estilo inconfundível, que subiu na crista do ambientalismo brasileiro aos 16 anos. Ainda estudante, fora assistir em Porto Alegre a uma conferência sobre conservação da natureza e patati-patatá. À porta, pediram-lhe para subscrever um manifesto contra a caça de baleia. Ele assinou o papel, mas quis saber o que os organizadores da campanha pretendiam fazer com tanto autógrafo. Ouviu uma resposta tão evasiva que se prontificou a entregar pessoalmente o documento ao almirante Ibsen Gusmão Câmara, em Brasília.
O regime era militar. E Ibsen, o vice-chefe do Estado Maior das Forças Armadas. Mas Truda não estava nem aí para esses detalhes. Ligou para o gabinete. Seu atrevimento deixou o almirante tão curioso que ele recebeu “o menino” no dia seguinte. E os dois fecharam, na contramão de todos os caminhos políticos, uma parceria que dura até hoje. Nesse meio tempo ela acabou com a sentença de extinção que pesava sobre as baleias francas no litoral brasileiro. Instituiu uma área de proteção ambiental que cobre quase todo a costa de Santa Catarina. E inaugurou o turismo de inverno nas praias do sul, para a temporada de acasalamento. Truda é o campeão das baleias. Passa boa parte do ano brigando por elas em conferências diplomáticas com o lóbi internacional da indústria baleeira. No Brasil, entra onde bem entender para falar o que quiser sem tirar as botinas dos pés, como se estivesse sempre vestido para combate. Mas, se lhe perguntam qual é sua profissão, ele se intitula “jardineiro”.
E aí está o guia que não o deixa mentir. No livro, Truda garante que dá para ter um pouco de natureza em bom estado até no peitoril de uma janela no meio da cidade grande. Desanca os preconceitos contra gambás e morcegos, que explica didaticamente como o resultado de um cruzamento da “ignorância” com a “imbecilidade”. Espinafra as “podas criminosas praticadas contra as árvores” pelas administrações municipais. Bate sem dó no povo, por “omisso”, e nos governos, por “omissos e corruptos”. Clama contra as “queimadas, derrubadas, drenagens” e outras “horrendas” formas de destruição, que atentam contra o direito de guardarmos do Brasil “o pouco que nos resta”. De quebra, oferece passo a passo a receita para cada um escapar de tudo isso no próprio jardim.
Este artigo foi publicado no Estadão.
sábado, 1 de julho de 2006
544) Nova declaracao publica: a proposito da pesquisa propria
Acabo de receber o "enésimo" pedido de ajuda acadêmica e bibliográfica de um desses universitários que se julga no direito de receber uma resposta minha a uma consulta sobre um tema genérico. Sempre me chegam essas consultas, algumas mais abusadas do que outras.
Não quero dizer que todos os jovens sejam preguiçosos, mas venho constatando essa tendência nefasta da cultura do "cut-and-paste" e, no meu caso, uma certa inclinação a "perguntemos-porque-ele-tem-um-site-e-é-bonzinho".
Acho que vou deixar de ser bonzinho. Em todo caso, transcrevo aqui a resposta que "Meu caro (Fulano),
Vou ser muito sincero com você.
Eu sou um autodidata, isto é, uma pessoa que cuidou da sua propria formação. Sempre frequentei bibliotecas, livrarias, sempre li e pesquisei por minha própria conta.
Tenho reparado, nos últimos tempos, uma tendência que considero nefasta entre os jovens universitários e por causa disso penso desativar meus contatos no meu site e blogs.
As pessoas simplesmente não pesquisam, não vão buscar coisas, simplesmente esperam que outros façam isso por elas.
Tenho recebido muitas mensagens como a sua, que me pergunta algo absolutamente genérico. Ou seja, em lugar de se informar, você espera que outros lhe tragam o conhecimento, de preferência servido numa bandeja.
Não vou fazer isso por você e acho que estou fazendo bem, em primeiro lugar a você mesmo. Você precisa aprender a pesquisar por sua própria conta e encontrar suas próprias respostas.
Quando você fizer isso, reparta o seu novo conhecimento com colegas e diga o quanto lhe custou pesquisar e aprender.
Estudar é uma coisa boa, pesquisar melhor ainda.
Seja você também um autodidata e orgulhe-se do seu próprio esforço".
Paulo Roberto de Almeida
1º de julho de 2006
Não quero dizer que todos os jovens sejam preguiçosos, mas venho constatando essa tendência nefasta da cultura do "cut-and-paste" e, no meu caso, uma certa inclinação a "perguntemos-porque-ele-tem-um-site-e-é-bonzinho".
Acho que vou deixar de ser bonzinho. Em todo caso, transcrevo aqui a resposta que "Meu caro (Fulano),
Vou ser muito sincero com você.
Eu sou um autodidata, isto é, uma pessoa que cuidou da sua propria formação. Sempre frequentei bibliotecas, livrarias, sempre li e pesquisei por minha própria conta.
Tenho reparado, nos últimos tempos, uma tendência que considero nefasta entre os jovens universitários e por causa disso penso desativar meus contatos no meu site e blogs.
As pessoas simplesmente não pesquisam, não vão buscar coisas, simplesmente esperam que outros façam isso por elas.
Tenho recebido muitas mensagens como a sua, que me pergunta algo absolutamente genérico. Ou seja, em lugar de se informar, você espera que outros lhe tragam o conhecimento, de preferência servido numa bandeja.
Não vou fazer isso por você e acho que estou fazendo bem, em primeiro lugar a você mesmo. Você precisa aprender a pesquisar por sua própria conta e encontrar suas próprias respostas.
Quando você fizer isso, reparta o seu novo conhecimento com colegas e diga o quanto lhe custou pesquisar e aprender.
Estudar é uma coisa boa, pesquisar melhor ainda.
Seja você também um autodidata e orgulhe-se do seu próprio esforço".
Paulo Roberto de Almeida
1º de julho de 2006
543) Apostando no crescimento econômico no longo prazo
Que tal uma aposta contra o futuro?
Ou melhor, no crescimento econômico de longo prazo.
Os economistas, em geral, são pessimistas, dizendo sempre que "lugubre ciência" é a arte de administrar recursos escassos.
Como otimista inveterado que sou, acho que a humanidade se sairá melhor do que as previsões mais modestas dos economistas. Vejam minha crônica deste 1º de julho de 2006.
Tenho confiança básica no crescimento econômico a longo prazo, isto é, eu tenho plena convicção de que os agentes econômicos sempre vão responder favoravelmente aos estímulos dados pelas condições econômicas existentes, a despeito mesmo de retrocessos eventuais – recessões ou mesmo depressões temporárias, causadas por crises e outras falhas no funcionamento dos mercados – e problemas criados pelos próprios homens, ou seja, por suas falhas institucionais.
Não se trata de fé, ou de crença subjetiva, e sim de expectativa otimista, fundada no conhecimento da história – ou seja na experiência passada – e na certeza de que os homens, em seu conjunto, sempre são racionais e previsíveis, a despeito de que alguns, individualmente, possam estimular irracionalidades por julgamentos errados ou apostas equivocadas. Em outros termos, acredito que as sociedades humanas tendem a melhorar e que a prosperidade e o bem estar tendem a alcançar um número progressivamente maior de pessoas, diminuindo progressivamente os imensos contingentes de miseráveis existentes no planeta.
Não sou um especialista em crescimento econômico, sequer sou economista, mas grande parte de minhas leituras “sérias” se dá nesse terreno do desenvolvimento econômico e da regulação institucional. Leio muitos livros de história, pois eles nos iluminam quanto aos erros passados, de maneira a poder evitar que continuemos a cometer as mesmas bobagens que nossos antepassados. Por exemplo, protecionismo sempre é um alívio a curto prazo, mas uma aposta errada no médio e longo prazo. Políticas de “proteção ao emprego” sempre vão desempregar mais no médio e longo prazo, e acredito que o melhor a fazer é enfrentar os desafios do chamado “desemprego tecnológico” ou da concorrência externa introduzindo as medidas corretas de adaptação competitiva e de reconversão produtiva, de maneira a melhor capacitar a economia e os recursos humanos. Outro exemplo: políticas estatais sempre aparecem como “racionais” numa perspectiva imediata, mas acabam criando distorções que, em última instância, redundam numa progressão mais lenta dos ganhos de produtividade, uma vez que atos estatais nunca fazem um cálculo correto – sequer aproximado – em relação aos custos e benefícios das políticas setoriais que estão sendo introduzidas, assim como seu impacto mais amplo na economia como um todo.
Estes são alguns exemplos do que aprendi na leitura constante e aplicada dos livros de história e de economia, bem como na observação atenta da realidade que me cerca, inclusive aquela – que conheci razoavelmente bem – dos socialismos realmente existentes nos seus anos de apogeu e declínio (anos 1970-80). Por essas e outras razões, gostaria de partilhar com um público mais amplo algumas questões que encontrei num site de apostas a longo prazo. Sim, apostas, pois não há coisa mais “econômica” e “matematizável” do que apostas. Mas, neste caso, trata-se de coisa séria:
O crescimento econômico no mundo tende a aumentar ou a diminuir?
Pelo escrevi acima, minha resposta só pode ser inequivocamente positiva. Mas você não é obrigado a acreditar em mim. Se quiser apostar, pode fazê-lo, num site especializado.
Trata-se do Long Bets, um site especializado em predições de longo prazo – algumas alcançando até o fim da expansão do universo (mas não s sabe se o site vai resistir até lá). Pois bem, leio na predição 194, o que está transcrito abaixo, e volto a comentar essa questão ao final.
Mark A. Bahner predicts: “The world per-capita GDP in the year 2000 was approximately $7,200. The world per-capita GDP (in year 2000 dollars) will exceed $13,000 in the year 2020, $31,000 in 2040, $130,000 in 2060, $1,000,000 in 2080, and $10,000,000 in 2100.” Validade da predição: 2005-2100 (95 years).
Explicação: “Bahner's Argument:
In the Winter 2000 issue of the Journal of Economic Perspectives, Nobel laureate Robert E. Lucas Jr. predicts that the world per-capita economic growth rate will fall over the 21st century, from approximately 3.1 percent per year in 2000 to approximately 2.3 percent per year in 2100. Starting from a world per-capita GDP of $7,200 in the year 2000, this produces a per-capita GDP in the year 2100 of approximately $94,000 (in year 2000 dollars). This value is far too low (by more than a factor of 100). Further, Dr. Lucas' prediction that the world per-capita GDP growth rate will fall throughout the 21st century is also wrong.
The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), in their Third Assessment Report (TAR), predicts a maximum world per-capita GDP in the year 2100 of approximately $140,000 (in year 2000 dollars). The IPCC reports a survey of "economic literature" as providing a maximum value of approximately $110,000 (in year 2000 dollars). Both of these values are also far too low (by more than a factor of 70).
The world per-capita GDP growth rate will increase throughout the 21st century, from approximately 3% per year at the start of the century to more than 10% per year at the end of the century. This acceleration of economic growth will occur because of improvements in technology, particularly computer technology.
This bet is open to Robert E. Lucas, Jr., Herman Daly, any member of the IPCC, or any member of the economics who has published a prediction of economic growth over the 21st century.”
Transcrição de predição no site Long Bets (http://www.longbets.org/194)
Talvez as predições quanto ao ritmo de crescimento econômico (mais de 10% ao ano) ao final do corrente século sejam um tanto quanto otimistas, mas o esforço é digno de nota. Acredito, pessoalmente, que a transição demográfica, a ser cumprida em praticamente todos os países em meados deste século, bem como limites físicos à expansão do produto, tendo em vista esse relativo declínio populacional, poderão reduzir um pouco as perspectivas para o crescimento econômico mundial de médio e longo prazo, mas a aposta de Mark A. Bahner me parece fazer todo o sentido. Quem discordar pode apostar contra, mas vai ter de esperar um pouco para retirar o seu prêmio...
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)
Brasília, 1628: 1 julho 2006, 2 p.
Ou melhor, no crescimento econômico de longo prazo.
Os economistas, em geral, são pessimistas, dizendo sempre que "lugubre ciência" é a arte de administrar recursos escassos.
Como otimista inveterado que sou, acho que a humanidade se sairá melhor do que as previsões mais modestas dos economistas. Vejam minha crônica deste 1º de julho de 2006.
Tenho confiança básica no crescimento econômico a longo prazo, isto é, eu tenho plena convicção de que os agentes econômicos sempre vão responder favoravelmente aos estímulos dados pelas condições econômicas existentes, a despeito mesmo de retrocessos eventuais – recessões ou mesmo depressões temporárias, causadas por crises e outras falhas no funcionamento dos mercados – e problemas criados pelos próprios homens, ou seja, por suas falhas institucionais.
Não se trata de fé, ou de crença subjetiva, e sim de expectativa otimista, fundada no conhecimento da história – ou seja na experiência passada – e na certeza de que os homens, em seu conjunto, sempre são racionais e previsíveis, a despeito de que alguns, individualmente, possam estimular irracionalidades por julgamentos errados ou apostas equivocadas. Em outros termos, acredito que as sociedades humanas tendem a melhorar e que a prosperidade e o bem estar tendem a alcançar um número progressivamente maior de pessoas, diminuindo progressivamente os imensos contingentes de miseráveis existentes no planeta.
Não sou um especialista em crescimento econômico, sequer sou economista, mas grande parte de minhas leituras “sérias” se dá nesse terreno do desenvolvimento econômico e da regulação institucional. Leio muitos livros de história, pois eles nos iluminam quanto aos erros passados, de maneira a poder evitar que continuemos a cometer as mesmas bobagens que nossos antepassados. Por exemplo, protecionismo sempre é um alívio a curto prazo, mas uma aposta errada no médio e longo prazo. Políticas de “proteção ao emprego” sempre vão desempregar mais no médio e longo prazo, e acredito que o melhor a fazer é enfrentar os desafios do chamado “desemprego tecnológico” ou da concorrência externa introduzindo as medidas corretas de adaptação competitiva e de reconversão produtiva, de maneira a melhor capacitar a economia e os recursos humanos. Outro exemplo: políticas estatais sempre aparecem como “racionais” numa perspectiva imediata, mas acabam criando distorções que, em última instância, redundam numa progressão mais lenta dos ganhos de produtividade, uma vez que atos estatais nunca fazem um cálculo correto – sequer aproximado – em relação aos custos e benefícios das políticas setoriais que estão sendo introduzidas, assim como seu impacto mais amplo na economia como um todo.
Estes são alguns exemplos do que aprendi na leitura constante e aplicada dos livros de história e de economia, bem como na observação atenta da realidade que me cerca, inclusive aquela – que conheci razoavelmente bem – dos socialismos realmente existentes nos seus anos de apogeu e declínio (anos 1970-80). Por essas e outras razões, gostaria de partilhar com um público mais amplo algumas questões que encontrei num site de apostas a longo prazo. Sim, apostas, pois não há coisa mais “econômica” e “matematizável” do que apostas. Mas, neste caso, trata-se de coisa séria:
O crescimento econômico no mundo tende a aumentar ou a diminuir?
Pelo escrevi acima, minha resposta só pode ser inequivocamente positiva. Mas você não é obrigado a acreditar em mim. Se quiser apostar, pode fazê-lo, num site especializado.
Trata-se do Long Bets, um site especializado em predições de longo prazo – algumas alcançando até o fim da expansão do universo (mas não s sabe se o site vai resistir até lá). Pois bem, leio na predição 194, o que está transcrito abaixo, e volto a comentar essa questão ao final.
Mark A. Bahner predicts: “The world per-capita GDP in the year 2000 was approximately $7,200. The world per-capita GDP (in year 2000 dollars) will exceed $13,000 in the year 2020, $31,000 in 2040, $130,000 in 2060, $1,000,000 in 2080, and $10,000,000 in 2100.” Validade da predição: 2005-2100 (95 years).
Explicação: “Bahner's Argument:
In the Winter 2000 issue of the Journal of Economic Perspectives, Nobel laureate Robert E. Lucas Jr. predicts that the world per-capita economic growth rate will fall over the 21st century, from approximately 3.1 percent per year in 2000 to approximately 2.3 percent per year in 2100. Starting from a world per-capita GDP of $7,200 in the year 2000, this produces a per-capita GDP in the year 2100 of approximately $94,000 (in year 2000 dollars). This value is far too low (by more than a factor of 100). Further, Dr. Lucas' prediction that the world per-capita GDP growth rate will fall throughout the 21st century is also wrong.
The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), in their Third Assessment Report (TAR), predicts a maximum world per-capita GDP in the year 2100 of approximately $140,000 (in year 2000 dollars). The IPCC reports a survey of "economic literature" as providing a maximum value of approximately $110,000 (in year 2000 dollars). Both of these values are also far too low (by more than a factor of 70).
The world per-capita GDP growth rate will increase throughout the 21st century, from approximately 3% per year at the start of the century to more than 10% per year at the end of the century. This acceleration of economic growth will occur because of improvements in technology, particularly computer technology.
This bet is open to Robert E. Lucas, Jr., Herman Daly, any member of the IPCC, or any member of the economics who has published a prediction of economic growth over the 21st century.”
Transcrição de predição no site Long Bets (http://www.longbets.org/194)
Talvez as predições quanto ao ritmo de crescimento econômico (mais de 10% ao ano) ao final do corrente século sejam um tanto quanto otimistas, mas o esforço é digno de nota. Acredito, pessoalmente, que a transição demográfica, a ser cumprida em praticamente todos os países em meados deste século, bem como limites físicos à expansão do produto, tendo em vista esse relativo declínio populacional, poderão reduzir um pouco as perspectivas para o crescimento econômico mundial de médio e longo prazo, mas a aposta de Mark A. Bahner me parece fazer todo o sentido. Quem discordar pode apostar contra, mas vai ter de esperar um pouco para retirar o seu prêmio...
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)
Brasília, 1628: 1 julho 2006, 2 p.
542) Viva a gloriosa selecao portuguesa (with a little help from a Brazilian friend...)
Portugal está de parabéns, pela sua vitória, ainda que por sorte, contra a Inglaterra, no jogo deste sábado 1º de julho.
Técnico e jogadores fizeram o máximo, por isso aqui vai minha homenagem a todos...
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Técnico e jogadores fizeram o máximo, por isso aqui vai minha homenagem a todos...
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal do ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
541) Politica Externa Ideologica?
Política Externa não é ideológica, garante embaixador
InfoRel, 30/06/2006 - 19h59
O Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, afirmou nesta quinta-feira, durante o lançamento do livro “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes”, de sua autoria, que a política externa brasileira não é ideológica.
Segundo ele, “o Brasil faz política externa de acordo com interesses do país, expandindo relações. A política externa não é ideológica, mas pragmática”.
A política externa do governo tem sido sistematicamente atacada, principalmente após a crise com a Bolívia por conta da nacionalização das reservas de gás daquele país. A oposição também critica a aproximação do Brasil com o governo de Hugo Chávez da Venezuela.
Na avaliação de alguns diplomatas que serviram na gestão tucana, como Luiz Felipe Lampreia, Celso Lafer, Rubens Barbosa e Marcos Azambuja, o Brasil afastou-se dos Estados Unidos aderindo a políticas tidas como nacionalistas dos governos esquerdistas da Bolívia, Cuba e essencialmente Venezuela.
Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Amado Cervo, “ideologia é resquício da Guerra Fria”. Na sua opinião, as críticas vêm de uma corrente conservadora que teve de ceder espaço para um governo de esquerda. “Nada foi mais ideológico que os governos dos anos 90. O Brasil tem autonomia decisória. Ideológico é um qualificativo que não merece respeito”, afirmou.
Pinheiro Guimarães rebateu as críticas e lembrou que as relações do Brasil com os Estados Unidos são as melhores das últimas décadas, elogiadas inclusive pelo novo embaixador norte-americano no país, Clifford Sobel, sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado na semana passada.
Na avaliação do embaixador brasileiro, não existe antagonismo na relação do Brasil com os Estados Unidos. “Cada país tem o direito de adotar a política externa que quiser”, afirmou.
Ele lembrou ainda que o Brasil tem despertado cada vez mais o interesse da comunidade internacional. Para ilustrar, citou que em 2004, 30 Chefes de Estado e de Governo e autoridades diversas, estiveram no país. No ano passado, foram 109. Esse interesse tem resultado também na abertura de novas embaixadas em Brasília, explicou.
Como forma de mostrar que o Brasil não pensa ideologicamente, Samuel Pinheiro Guimarães recordou que o país foi convidado para a reunião do G8, na Rússia e ao mesmo tempo mantém ótimas relações com Cuba e China.
“Com a Índia e a África do Sul, criou o IBAS. Está em ‘péssima’ companhia do Japão, Alemanha e Índia para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Suas relações com a Espanha são excelentes e o comércio com a Argentina não para de crescer”, afirmou.
Mercosul
Em relação às críticas que o Itamaraty tem recebido por conta do Mercosul, o embaixador explicou que o bloco é resultado de um acordo comercial e que não possui políticas econômicas comuns como na União Européia. No bloco, cada país toma as decisões de acordo com suas situações internas.
Ele reconheceu que há muito para se fazer e que o país compreende as queixas de Paraguai e Uruguai que não se sentem beneficiados pelo Mercosul. Explicou também que Brasil e Argentina, as maiores economias do bloco, têm a responsabilidade de ajudar os sócios menores.
Energia Nuclear
Samuel Pinheiro Guimarães também fez uma defesa das riquezas estratégicas do país e citou que o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo além de pertencer a um restrito clube que domina todo o ciclo de enriquecimento do minério.
“Apenas 15% do território é mapeado. Portanto, há muitas reservas ainda a serem descobertas”, disse. “O Brasil é um país extraordinariamente rico e pobre ao mesmo tempo”, concluiu.
InfoRel, 30/06/2006 - 19h59
O Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, afirmou nesta quinta-feira, durante o lançamento do livro “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes”, de sua autoria, que a política externa brasileira não é ideológica.
Segundo ele, “o Brasil faz política externa de acordo com interesses do país, expandindo relações. A política externa não é ideológica, mas pragmática”.
A política externa do governo tem sido sistematicamente atacada, principalmente após a crise com a Bolívia por conta da nacionalização das reservas de gás daquele país. A oposição também critica a aproximação do Brasil com o governo de Hugo Chávez da Venezuela.
Na avaliação de alguns diplomatas que serviram na gestão tucana, como Luiz Felipe Lampreia, Celso Lafer, Rubens Barbosa e Marcos Azambuja, o Brasil afastou-se dos Estados Unidos aderindo a políticas tidas como nacionalistas dos governos esquerdistas da Bolívia, Cuba e essencialmente Venezuela.
Para o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Amado Cervo, “ideologia é resquício da Guerra Fria”. Na sua opinião, as críticas vêm de uma corrente conservadora que teve de ceder espaço para um governo de esquerda. “Nada foi mais ideológico que os governos dos anos 90. O Brasil tem autonomia decisória. Ideológico é um qualificativo que não merece respeito”, afirmou.
Pinheiro Guimarães rebateu as críticas e lembrou que as relações do Brasil com os Estados Unidos são as melhores das últimas décadas, elogiadas inclusive pelo novo embaixador norte-americano no país, Clifford Sobel, sabatinado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado na semana passada.
Na avaliação do embaixador brasileiro, não existe antagonismo na relação do Brasil com os Estados Unidos. “Cada país tem o direito de adotar a política externa que quiser”, afirmou.
Ele lembrou ainda que o Brasil tem despertado cada vez mais o interesse da comunidade internacional. Para ilustrar, citou que em 2004, 30 Chefes de Estado e de Governo e autoridades diversas, estiveram no país. No ano passado, foram 109. Esse interesse tem resultado também na abertura de novas embaixadas em Brasília, explicou.
Como forma de mostrar que o Brasil não pensa ideologicamente, Samuel Pinheiro Guimarães recordou que o país foi convidado para a reunião do G8, na Rússia e ao mesmo tempo mantém ótimas relações com Cuba e China.
“Com a Índia e a África do Sul, criou o IBAS. Está em ‘péssima’ companhia do Japão, Alemanha e Índia para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Suas relações com a Espanha são excelentes e o comércio com a Argentina não para de crescer”, afirmou.
Mercosul
Em relação às críticas que o Itamaraty tem recebido por conta do Mercosul, o embaixador explicou que o bloco é resultado de um acordo comercial e que não possui políticas econômicas comuns como na União Européia. No bloco, cada país toma as decisões de acordo com suas situações internas.
Ele reconheceu que há muito para se fazer e que o país compreende as queixas de Paraguai e Uruguai que não se sentem beneficiados pelo Mercosul. Explicou também que Brasil e Argentina, as maiores economias do bloco, têm a responsabilidade de ajudar os sócios menores.
Energia Nuclear
Samuel Pinheiro Guimarães também fez uma defesa das riquezas estratégicas do país e citou que o Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo além de pertencer a um restrito clube que domina todo o ciclo de enriquecimento do minério.
“Apenas 15% do território é mapeado. Portanto, há muitas reservas ainda a serem descobertas”, disse. “O Brasil é um país extraordinariamente rico e pobre ao mesmo tempo”, concluiu.
540) Declaracao publica: a proposito da campanha eleitoral de 2006
Faço aqui minha declaração à praça, na abertura da campanha eleitoral de 2006, neste primeiro dia de julho de 2006.
Declaração de independência
Não pretendo apoiar nenhum candidato, direta ou indiretamente, assim como não pretendo, como nunca pretendi, em qualquer momento da minha vida, filiar-me a qualquer partido político, nem a qualquer corrente de opinião. Preservo minha autonomia de julgamento e minha independência de opinião, para poder analisar criticamente, como fiz durante a campanha de 2002, os programas eleitorais e as plataformas de governo de todos os candidatos, ou pelo menos daqueles mais significativos.
Com uma diferença porém: se em 2002 dediquei mais tempo e atenção ao programa do PT -- porque se tratava da "novidade" eleitoral, já que eu antecipava, muitos meses antes, sua vitória eleitoral (e isso está registrado em "crônicas" que fiz e publiquei no Espaço Acadêmico, depois reunidas no meu livro A Grande Mudança) --, desta vez vou analisar com maior cuidado o programa do candidato social-democrata, não que eu tenha mais simpatia por ele, mas é por que seu programa terá maior importância relativa do que o do PT (o qual antecipo que será solenemente ignorado por Lula, se este for reeleito).
Ou seja, não creio que o programa do PT, quaisquer que sejam suas "novidades" relativas -- e ele me parece conter, mais bem, várias "velharias" --, possa representar qualquer elemento indicativo das políticas públicas (macroeconômicas e setoriais) que Lula implementará, em caso de reeleição.
Meu livro A Grande Mudança, como dito acima, foi inteiramente escrito -- com uma única exceção -- antes das eleições de outubro de 2002, tendo eu elaborado uma série chamada "Conseqüências econômicas da vitória", já antecipando a conversão neoliberal do governo de Lula, as angústias existenciais do PT (mas não, obviamente, a sucessão de escândalos políticos sobejamente conhecidos).
Não tenho certeza de que prepararei, desta vez, algumam série especial sobre as eleições, mas estarei atento a seus desdobramentos mais importantes, registrando então meus comentários críticos a propósito de determinados eventos ou processos.
Não estou aberto a nenhuma colaboração com nenhum candidato e tratarei a todos do mesmo modo, ou seja, criticamente...
Declaração de independência
Não pretendo apoiar nenhum candidato, direta ou indiretamente, assim como não pretendo, como nunca pretendi, em qualquer momento da minha vida, filiar-me a qualquer partido político, nem a qualquer corrente de opinião. Preservo minha autonomia de julgamento e minha independência de opinião, para poder analisar criticamente, como fiz durante a campanha de 2002, os programas eleitorais e as plataformas de governo de todos os candidatos, ou pelo menos daqueles mais significativos.
Com uma diferença porém: se em 2002 dediquei mais tempo e atenção ao programa do PT -- porque se tratava da "novidade" eleitoral, já que eu antecipava, muitos meses antes, sua vitória eleitoral (e isso está registrado em "crônicas" que fiz e publiquei no Espaço Acadêmico, depois reunidas no meu livro A Grande Mudança) --, desta vez vou analisar com maior cuidado o programa do candidato social-democrata, não que eu tenha mais simpatia por ele, mas é por que seu programa terá maior importância relativa do que o do PT (o qual antecipo que será solenemente ignorado por Lula, se este for reeleito).
Ou seja, não creio que o programa do PT, quaisquer que sejam suas "novidades" relativas -- e ele me parece conter, mais bem, várias "velharias" --, possa representar qualquer elemento indicativo das políticas públicas (macroeconômicas e setoriais) que Lula implementará, em caso de reeleição.
Meu livro A Grande Mudança, como dito acima, foi inteiramente escrito -- com uma única exceção -- antes das eleições de outubro de 2002, tendo eu elaborado uma série chamada "Conseqüências econômicas da vitória", já antecipando a conversão neoliberal do governo de Lula, as angústias existenciais do PT (mas não, obviamente, a sucessão de escândalos políticos sobejamente conhecidos).
Não tenho certeza de que prepararei, desta vez, algumam série especial sobre as eleições, mas estarei atento a seus desdobramentos mais importantes, registrando então meus comentários críticos a propósito de determinados eventos ou processos.
Não estou aberto a nenhuma colaboração com nenhum candidato e tratarei a todos do mesmo modo, ou seja, criticamente...
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