Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
sábado, 1 de dezembro de 2012
Ciencia COM Fronteiras (latinas, ibericas...)
Ou seja, um programa que não está, de verdade, integrado aos centros produtores de ciência, e ao cabo do qual não se conecta a programas brasileiros de formação, sendo uma espécie de turismo à la carte voluntário (mas financiado por todos nós), vai terminar sendo apenas um gasto inútil de dinheiro.
Paulo Roberto de Almeida
Desafios fronteiriços
Ciência Hoje On-line, 30/11/2012
Aposta do governo federal para melhorar educação superior no País, o programa 'Ciência sem Fronteiras' é destaque de revista científica internacional, mas ainda enfrenta obstáculos e críticas quanto à sua implementação.
Cem mil brasileiros estudando no exterior até 2015. A ambiciosa meta do programa federal 'Ciência sem Fronteiras' tem chamado a atenção da comunidade científica internacional. A iniciativa é tema de editorial da edição atual da Science, uma das mais influentes revistas científicas do mundo. Mas, em meio à exaltação, o programa também suscita críticas entre professores e estudantes.
Assinado pela química Célia Garcia, da Universidade de São Paulo (USP), pelo presidente do CNPq, Glaucius Oliva, e pelo pesquisador argentino Armando J. Parodi, o editorial da Science destaca o papel do 'Ciência sem Fronteiras' (CsF) como promotor de inovação e pontua a importância de outras iniciativas de intercâmbio na América Latina.
"O sucesso alcançado até agora com programas como os aqui descritos deixa claro que esse caminho vai fazer com que o continente se torne um líder global em ciência, tecnologia e inovação", diz o texto. "De fato, toda nação pode se beneficiar com o fomento do conhecimento e da capacidade de sua força de trabalho."
O CsF vai fechar seu primeiro ano com 20 mil alunos de graduação, doutorado e pós-doutorado enviados para universidades estrangeiras de 30 países. Podem concorrer às bolsas estudantes que tenham concluído 20% de algum curso das áreas listadas no site do programa, focado nas disciplinas tecnológicas, exatas e biomédicas. Os alunos selecionados recebem seguro de saúde, uma 'mesada' e auxílio para instalação e material didático.
Os países que mais recebem estudantes do programa são Estados Unidos, com 3.898 bolsas concedidas; Portugal, com 2.775; e França, com 2.478. Portugal é também o país mais procurado: 12 mil pedidos foram feitos para universidades do País.
A preferência revela um dos desafios do programa: a língua. A maioria das universidades cadastradas ministra aulas em inglês e a dificuldade geral dos estudantes brasileiros com o idioma já vem sendo criticada por representantes de instituições estrangeiras envolvidas com o CsF. Na última chamada de bolsas, dois terços dos estudantes foram reprovados por falta de conhecimentos em inglês.
O físico Ivan Oliveira, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e que tem alunos beneficiados no CsF, destaca esse entrave do programa. "Mandar 100 mil estudantes para o exterior, muitos sem preparo, é uma loucura, é jogar dinheiro fora", diz. "O que vai acontecer é que a maioria dos estudantes, principalmente os de graduação, não vai aproveitar nada porque não tem fluência na língua; ou então vai para Portugal." E completa: "Mas, desde as grandes navegações, Portugal deixou de ser uma potência tecnológica."
Na sua avaliação, o CsF foi lançado como estratégia política, sem uma reflexão mais aprofundada envolvendo a comunidade acadêmica. "Para mudar realmente o nível, é preciso primeiro investir na educação de base, para depois mandar os estudantes para as universidades top. Do jeito que está, o CsF só aumenta a desigualdade, pois só quem é de classe média e fez curso de inglês tem alguma chance de tirar proveito."
O problema da língua fez com que o governo anunciasse o investimento de R$ 21 milhões na criação o programa 'Inglês sem Fronteiras', que vai organizar núcleos de ensino de inglês nas universidades federais e promover testes de proficiência da língua entre os estudantes. Aqueles que mostrarem nível próximo do necessário para passar em provas de certificação, como o TOEFL, serão selecionados como prioritários para participar gratuitamente de cursos intensivos.
Fuga de cérebros - Outra questão preocupante por trás da iniciativa é a emigração de profissionais. A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, apoia o CsF, mas teme que os alunos, depois de qualificados em universidades estrangeiras, não retornem ao Brasil.
"O que me preocupa é que temos que ter uma garantia para a volta com qualidade desses profissionais, para que eles encontrem no Brasil condições para colocar em prática o que aprenderam no exterior", coloca Nader.
Oliveira também se preocupa com a captação de profissionais brasileiros. "Existe uma demanda nos países desenvolvidos pelos alunos que se destacam nas ciências duras", diz. "Os Estados Unidos drenam força especializada de países como o Brasil e acredito que os melhores estudantes não vão voltar. O CsF vai ser um mecanismo para financiar a mão de obra ultraespecializada brasileira para o exterior, só vai voltar para cá quem não for convidado para ficar por lá."
Humanas de fora - Outro ponto do CsF que vem sofrendo críticas é a ausência de bolsas para estudantes das ciências humanas e sociais. Quando o programa foi lançado, cerca de mil estudantes dessas áreas conseguiram bolsas inscrevendo-se na vagamente denominada 'Indústria criativa'. Mas o governo já sinalizou que a prática não poderá continuar.
No site do projeto, esse setor já está descrito como voltado "a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação" e o mais recente edital do programa deixou claro que alunos de cursos de humanas e sociais não podem concorrer a bolsas. Em resposta, alunos dessas áreas que já se preparavam para concorrer a bolsas entraram com uma ação no Ministério Público Federal pedindo que a atual chamada seja suspensa.
Estudantes indignados criaram no Facebook a página 'Ciência com fronteiras', que tem mais de 41 mil seguidores. No grupo, os alunos reivindicam: "O fato de alguns cursarem faculdades exatas ou biológicas não os torna melhores que nós. Vocês podem revolucionar as descobertas na saúde, na robótica, na ecologia e tudo quanto é mais ciência, mas não se esqueçam: nós revolucionamos o pensamento e, sem ele, nenhuma sociedade democrática se sustenta."
A assessoria de comunicação do CNPq responde que o novo edital do CsF só reforça a ideia original do programa, que tem ênfase tecnológica. O órgão ressalta ainda que "os estudantes de ciências humanas e sociais continuam sendo atendidos pelo CNPq com bolsas concedidas por outros programas institucionais", que agora estão até menos concorridas.
Reuniao da Unasul em Lima: 9 declaracoes
Documentos Aprovados
I. DECLARAÇÃO DA VI REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA UNASUL.
II. DECLARACIÓN DEL CONSEJO DE MINISTRAS Y MINISTROS DE RELACIONES EXTERIORES SOBRE PALESTINA.
III. DECLARACIÓN SOBRE EL PROCESO DE PAZ EN COLOMBIA.
IV. DECLARACIÓN SOBRE SURAMÉRICA COMO ZONA DE PAZ.
V. COMUNICADO ESPECIAL DE APOYO A LA LUCHA CONTRA EL TERRORISMO EN TODAS SUS FORMAS Y MANIFESTACIONES.
VI. DECLARACIÓN CONJUNTA SOBRE EL QHAPAQÑAN – SISTEMA VIAL ANDINO.
VII. DECLARACIÓN ESPECIAL SOBRE LA CUESTIÓN DE LAS ISLAS MALVINAS.
VIII. DECLARACIÓN ESPECIAL SOBRE “2013 AÑO INTERNACIONAL DE LA QUINUA”.
IX. DECLARACIÓN ESPECIAL SOBRE EL USO TRADICIONAL DEL MASTICADO DE LA HOJA DE COCA.
(...)
IX. DECLARACIÓN ESPECIAL SOBRE EL USO TRADICIONAL DEL MASTICADO DE LA HOJA DE COCA
Las Jefas y los Jefes de Estado y de Gobierno de la Unión de Naciones Suramericanas -UNASUR, en ocasión de la VI Reunión del Consejo de Jefas y Jefes de Estado y de Gobierno de la Unión;
RECORDANDO la Declaración Presidencial de Quito de la III Reunión Ordinaria del Consejo de Jefas y Jefes de Estado y de Gobierno de la Unión de Naciones Suramericanas – UNASUR, del 10 de agosto de 2009 y la Declaración de Georgetown, de la Reunión del Consejo de Jefas y Jefes de Estado y de Gobierno UNASUR, del 26 de noviembre de 2010;
CONSCIENTES de que uno de los objetivos establecidos en el Tratado Constitutivo de UNASUR es la promoción de la diversidad cultural y de las expresiones de la memoria y de los conocimientos y saberes de los pueblos de la región, para el fortalecimiento de sus identidades;
RECONOCEN que el uso tradicional del masticado (akulliku) de la Hoja de Coca es una manifestación cultural ancestral de los pueblos de Bolivia y del Perú que debe ser respetada por la Comunidad Internacional.
Lima, 30 de noviembre de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
100 Best Books of 2012 - The New York Times Review of Books
Paulo Roberto de Almeida
100 Notable Books of 2012
The New York Times, Sunday Book Review, November 27, 2012
Julia Rothman
Related
-
The 10 Best Books of 2012 (December 9, 2012)
-
Sunday Book Review: Children's Books: Notable Children’s Books of 2012 (December 2, 2012)
Illustration by Julia Rothman
A version of this article appeared in print on December 2, 2012, on page BR24 of the Sunday Book Review with the headline: 100 Notable Books of 2012.
Escorregando na Manteiga: o crescimento fabuloso dos keynesianos jabuticabais...
Para Mantega, PIB de Serviços foi surpresa, mas País está em recuperação
Ministro projetou uma expansão de 1% da economia no quarto trimestre deste ano
Os últimos indicadores, disse o ministro, já apontam para uma reação da economia. Ele projeta expansão de 1% do PIB no quarto trimestre e mantém a previsão de crescimento da ordem de 4% em 2013. "Posso afirmar que a economia está em trajetória de aquecimento", disse.
O ministro afirmou ainda que o governo deverá continuar com a adoção de medidas para estimular a economia. "Vamos continuar com a desoneração da folha de pagamento em 2013", destacou. De acordo com Mantega, novas ações oficiais devem ser anunciadas na próxima semana. Entre elas, estaria a redução de juros para financiamentos. O ministro não deu mais detalhes sobre estas medidas.
PSI
Há especialistas que cogitam que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) poderá ter mudanças em breve. Nesse programa, o BNDES concede financiamentos para a compra de máquinas e equipamentos com taxas nominais diminuídas 2,5% ao ano, o que significa que a taxa real é negativa.
Mantega disse também que a surpresa foi o desempenho do setor de serviços. De acordo com que ele, um dos motivos que levaram à frustração das expectativas em relação ao PIB foi o governo e os analistas terem olhado mais para o setor agropecuário, que registrou queda forte no segundo trimestre, e menos para o setor de serviços. "Olhamos mais para a agricultura e menos para o setor de serviços", disse o ministro, ao se referir à variação zero do segmento dos serviços.
O ministro não soube explicar o baixo desempenho do consumo do governo. "O consumo do governo foi fraco. Ainda não sabemos exatamente o que aconteceu", explicou.
Investimento
Mantega afirmou que a recuperação da Formação Bruta de Capital Fixo é mais lenta neste ano, mas dá sinais de retomada no quarto trimestre. "As vendas de caminhões apresentaram bom desempenho a partir de outubro e isso é uma indicação positiva de que os investimentos estão avançando", afirmou. O ministro ressaltou que o Produto Interno Bruto está em processo de aceleração, embora reconheça que teria ficado mais satisfeito se o País tivesse registrado uma expansão maior que os 0,6% no terceiro trimestre na margem.
Mantega afirmou que a indústria de transformação "está ganhando velocidade e vai continuar nessa trajetória" nos próximos trimestres. O ministro destacou que o setor está apresentando bom nível de recuperação, devido a medidas de estímulo adotadas pelo o Poder Executivo, como as desonerações tributárias.
Ele destacou que a indústria da construção civil também apresentou resultado positivo no terceiro trimestre e o setor está em plena retomada. "A surpresa do terceiro trimestre foi o desempenho de serviços, que responde por mais de 60% do PIB", comentou. E isso, segundo ele, foi um reflexo da redução dos spreads das operações financeiras, o que levou os bancos a reduzirem as concessões de crédito.
(Com Agência Estado e Reuters)
O preco da republiqueta dos companheiros: nao e' doce...
Adams diz agora que não tem mais "confiança profissional" em seu ex-adjunto, mas acha que o "ser humano Weber" vai "esclarecer tudo" e que "as pessoas muitas vezes fazem opções erradas, e a vida traz esses percalços". O advogado-geral conhece Weber há dez anos, tempo suficiente para saber que o nome dele aparece em ao menos cinco casos de irregularidades no INSS e que o amigo foi objeto de sindicância da Controladoria-Geral da União em 2008 porque seu patrimônio foi considerado desproporcional à sua renda. Ele era suspeito de participar de esquema com contratos do INSS com a Fundação Universidade de Brasília. Weber barrou a investigação na Justiça Federal. Mas a equipe da AGU recorreu e, em outubro de 2011, um advogado da União salientou que "as responsabilidades (de Weber) são caracterizadoras de infração administrativa". Apesar disso, nessa mesma época, Adams não viu nenhum inconveniente em dar a Weber cada vez mais espaço e representatividade na AGU.
Agora, sabe-se que o prestigiado Weber nem mesmo precisava redigir pareceres para a quadrilha - eles vinham prontos. Em um dos casos, Paulo Vieira, apontado pela PF como chefe do esquema, mandou para o então advogado-geral adjunto o parecer em que a AGU facilita o reconhecimento da utilidade pública, para fins privados, de um projeto do ex-senador Gilberto Miranda para a construção de um complexo portuário de R$ 2 bilhões em Santos. Em 30 de outubro passado, Paulo Vieira enviou a Weber um e-mail com a redação do parecer, bem explicadinho: "Segue em anexo nova minuta, que ao que me parece atende às preocupações do parecerista. Todas as modificações estão em vermelho para facilitar a análise da questão", escreveu Paulo. A prática de preparar antecipadamente os pareceres era corriqueira. Numa conversa com Miranda, Paulo diz que é fácil dar andamento aos processos, "principalmente se levar pronto, principalmente se levar mel na chupeta".
Esse ambiente nada republicano obviamente não resulta apenas de desvios de caráter. A cultura do oportunismo corrupto é fruto principalmente do inchaço da máquina estatal, por meio da criação desenfreada de cargos e ministérios e sua distribuição de acordo com critérios exclusivamente políticos. Quanto maior o Estado, maior é a sua permeabilidade aos malfeitos. Mesmo diante de um escândalo cuja essência é o descontrole administrativo, porém, o governo petista não parece nem um pouco inclinado a conter seu ímpeto estatista - ou de "partidarizar" o Estado. Acaba de passar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado um projeto de lei que cria 90 cargos de confiança nos órgãos da Presidência da República. Para o Executivo, trata-se de um imperativo para o "melhoramento" do funcionamento da Presidência. Mas, como se vê agora, pode servir também para produzir escândalos.
Poesia na prisao: um projeto de vida? (Qatar)
Lawyer: Qatari poet gets life for 'insulting' emir
By By ABDULLAH REBHY | Associated Press – 23 hrs agoThe verdict in a state security court is certain to bring a fresh outpouring of denunciations by rights groups, which have repeatedly called for the release of poet, Muhammad ibn al-Dheeb al-Ajami. It also marks another example of tough measures by judicial and security officials in the Gulf against possible challenges to their rule since the Arab Spring revolts began last year.
The poet's lawyer, Najib al-Nuaimi, said he planned to appeal.
"This judge made the whole trial secret," said al-Nuaimi. "Muhammad was not allowed to defend himself, and I was not allowed to plead or defend in court. I told the judge that I need to defend my client in front of an open court, and he stopped me."
Al-Ajami was jailed in November 2011, months after an Internet video was posted of him reciting "Tunisian Jasmine," a poem lauding that country's popular uprising, which touched off the Arab Spring rebellions across the Middle East. In the poem, he said, "We are all Tunisia in the face of repressive" authorities and criticized Arab governments that restrict freedoms.
Qatari officials charged al-Ajami with "insulting" the Gulf nation's ruler and "inciting to overthrow the ruling system." The latter charge could have brought a death sentence.
Al-Nuaimi said al-Ajami, a third-year student of literature at Cairo University, has been held in solitary confinement since his arrest.
Gulf regimes have stepped up crackdowns on a range of perceived threats to their rule, including Islamist groups and social media activists. Earlier this month, Kuwait arrested four people on charges of insulting the emir with Twitter posts, and the United Arab Emirates imposed sweeping new Internet regulations that allow arrests for a wide list of offensives, including insulting leaders or calling for demonstrations.
Last year, Bahrain issued a royal pardon for some protest-linked suspects, including a 20-year-old woman sentenced to a year in prison for reciting poetry critical of the government's effort to crush a Shiite-led uprising against the Sunni monarchy.
Brazil and India compared with each other ??? My God !!! (only in the mess...)
Acredito que o Brasil deve diminuir sua caótica situação doméstica em menos tempo do que isso: talvez só mais uns 150 anos...
Paulo Roberto de Almeida
|
|
ndia
has its reasons for self-confidence. By many indicators, from the
number of TV sets in the hands of consumers to the number of cars on the
road, to the large and increasingly young population, India does indeed
look much like China of the 1990s.
While China has summoned the willpower to produce a new round of landmark economic reforms every four or five years for some decades now, the once-dynamic reform cycle stopped in Brazil back in the 1970s. After that, the dynamism and optimism the world associated with the then-very modern buildings of Brasilia, its new capital city, began to languish. Brazil became self-absorbed and, before long, fell off the list of up-and-coming economies and entered the abyss of having to contend with one of the worst bouts of hyperinflation the world had ever seen. Both India and Brazil are "high-context" societies, a term popularized by the anthropologist Edward Hall. It describes cultures in which people are colorful, noisy, quick to make promises that cannot always be relied on, and a bit too casual about meeting times and deadlines. These societies also tend to be particularly family-oriented, with tight relationships even beyond the immediate family, based on close ties that are built over long periods of time. In an environment this familiar, there is a lot that goes unsaid — or is said very briefly — because values are deeply shared. By the same token, much is implicitly understood from context. The spoken word is often flowery and vague. Apologies are long and formal. In that regard, Indians and Brazilians are a lot more like Italians than, say, Germans.
India's Prime Minister, Manmohan Singh, is fond of remarking that whatever can be said about his country, the exact opposite is also true. There is something to this — India is rife with contradictions, no doubt. But his remark also represents a convenient form of high-context analysis. It is a way of avoiding overt confrontation with hard facts — or with the side of India that could drag it down. A passage to IndiaOf course, Brazil and India are far from the only high-context cultures. This kind of social interaction is typical in much of Asia and Latin America. Yet I am convinced that there is a particular bond between Brazil and India. I feel it all the time when I visit these countries. The parallels range from the late dining habits and colorful personalities to casual informality and cultural choices.Attesting to this is that fact that the most popular soap opera in Brazil in recent time has been "A Passage to India." This is a Brazilian-Indian love story, filmed in the Indian cities of Agra and Jodhpur, and in which Brazilian actors play the Indian roles and pass easily for North Indians. To Indians who have seen it, the show is right on the mark in terms of look, mood and even lighting. At the same time, Indians and Brazilians are only very loosely aware of their connection, if at all. And yet the mutual admiration and emulation society works in some very ephemeral ways.
Social media habits and preferences aside, there is also a distinct Indo-Brazilian connection in politics. This is visible in the desire for state protection from life's risks — social welfare for the nation as one big in-group — to a degree that is rarely found in other high-context societies, such as China and Chile. The political elites of India and Brazil share a deep fondness for welfare-state liberalism. In addition, both countries' populations demand high levels of income support — even though their economies do not yet generate the necessary revenue to support a welfare state. Per capita income is about $12,000 in Brazil and only $1,400 in India. Brazil offered what was probably the emerging world's most generous, yet strategically placed and effective welfare program — the Bolsa Familia income supports. Not to be outdone, India's governing Congress Party has lately turned to generous spending in an effort to recover the political backing it lost in recent decades to an array of regional parties. In 2005, it pushed through the Mahatma Gandhi National Rural Employment Guarantee Act (MGNREGA), which guarantees the rural poor a hundred days of public-sector employment each year, at an annual cost to the Indian Treasury of nearly $10 billion. It was easy enough for India to increase spending in the midst of a global boom, but the spending has continued to rise in the post-crisis period. Inspired by the popularity of the employment guarantees, the government now plans to spend the same amount extending food subsidies to the poor.
Furthermore, under the current regime of drift in India, crony capitalism has become a real worry. Widespread corruption is an old problem, but the situation has now reached a stage where the decisive factor in any business deal is the right government connection. When I made this observation in a September 2010 Newsweek International cover story titled "India's Fatal Flaw," I was treated as a party spoiler. Top government officials in India told me that such cronyism is just a normal step in development, citing the example of the robber barons in 19th-century America. Since 2010, the issue has exploded in a series of high-profile scandals, ranging from rigged sales of wireless spectrum to the shoddy construction of facilities for the Commonwealth Games that India hosted that year. India's place in Transparency International's annual corruption perception index fell to 88 out of 178 nations in 2010. That was down from 74 in 2007. (A lower rank indicates higher official corruption.) India is approaching the point that Latin America and parts of East Asia reached in the 1990s. That was also the point in those countries when a backlash started to build against continued economic reforms — because any opening up of the economy was tragically, but not without reason, seen to favor just a select few. That delayed true growth strategies, which were very much needed to benefit the population at large, for well over a decade in many places.
But destiny can never be taken for granted. India's policymakers cannot assume that demographics will triumph and that problems such as rising crony capitalism and increased welfare spending are just sideshows instead of major challenges. These are, after all, exactly the factors that have prematurely choked growth in other emerging markets. Editor's note: This article is adapted from Breakout Nations: In Pursuit of the Next Economic Miracles (W.W. Norton & Co.) by Ruchir Sharma. Published by arrangement with the author. Copyright © 2012 by Ruchir Sharma. |
Brazil's Strategy for Economic and Social Sustainability -Brazil's Strategy for Economic and Social Sustainabilityds
|
|
n
Brazil, the mood is very different from Europe. We don't have a
recession, we have mild growth. Of course, we don't have the same high
standards of living as either Europe or the United States.
That was a hard lesson. The first thing the new president, Dilma Rousseff, upon being inaugurated in January 2011 was to rein in fiscal expenditures. This, of course, coincided with a global economic slump. It is therefore no surprise that Brazil's growth slowed from 7.5% to around 2.5% to 3%. Our new president has also come under pressure from some of her own party's core constituencies — in particular, public-sector unions — to raise wages well in excess of current inflation. President Rousseff could have taken the easy path and said, "Well, let me raise wages by 5%, 7% or even 10%, while inflation is 4%." One might have expected her to give in to that demand — she is a socialist, after all. But she did not do that. She resisted. The impression that I get from what is happening in some other parts of the world is that political leaders do not have the courage to resist the excessive demands of the public sector. It is conveniently forgotten that someone always has to pay the bills. The European Union started out with countries that had very good credit positions and that could raise debt quite easily in the markets. Now, Europe faces a crisis whose root is not only financial, but concerns the ability to compete. There are clear downsides to the European consensus that growth shouldn't be measured just in terms of increases in GDP. One also has to be aware that if GDP basically "grows" at 0% for ten years, while other parts of the world are experiencing 5% or 9% growth in GDP, then one will become increasingly irrelevant.
At the present time, we are halfway between making most of the hard choices we need to make - and not doing so. Of course, an inclination to make half-decisions is the nature of things everywhere. We try to avoid the worst scenarios and then play according to those constraints. But the important matter is that we have to be ready to discuss the consequences of our partial inaction. If we do not do so, then things can become unmanageable quickly. This is especially true when it comes to matters such as the environment, trade (including protectionism), monetary policy, income distribution and access to energy. On each of these big agenda items, we are dealing with a dynamic process. We will have to choose between short-term and the long-term goals. Ultimately, the nature of politicians and the citizenry alike is to try and delay those decisions. The political and economic reality, especially in an integrating world economy, is if you don't make your choices, they will be made for you. They will arrive at your doorstep whether you want them to or not. The dynamic nature of this process is very interesting. You may be a loser in the short run, and you may be winning in the long run. There is a problem of credibility in the game. But if we have processes that entail faith and credibility among players, it is much easier. If we don't have those, it will be much more difficult.
The choice we face is between gambling our very existence on living in a world under climactic conditions that we have never known or not. The rational choice would be not to do that. On the other hand, given the very strong geopolitical competition that is going on for access of markets and access to natural resources, we are inclined not to devote any resources to anything but making gains in those arenas. Someone has to start playing the card of comparative gain rather than playing the card of non-cooperation. Other nations have to join this game and realize that this non-maximization is the best path. We have to be smart enough to think of what could happen to the world a few years from now if we don't change course. Are we going to continue on a path the consequences of which are going to be very difficult to repair within ten years? In my view, the best approach is to focus on two or three topics that represent the most important constraints on everyone, whether it is trade, labor mobility, technology transfer or the protection of our environment. If at least we could do that, much would be gained. Solutions, preferably market-based, will come soon afterwards. To be sure, each region and each country will have its own solutions according to its own politics, but the world as a whole will become more maneuverable. The way in which we are currently trying to proceed — by trying to interact on everything — is bound to make progress on anything impossible.
Measured against that mark, we Brazilians feel that we are moving in the right direction and are making a positive global contribution. We have learned the core lesson from our not-so-distant past. The border between being lax on dealing with pressing realities and falling into the trap of self-delusion is very thin. |
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||
Join the discussion of this article on our Facebook page.
Follow The Globalist on Twitter.