Enquanto Carmen Lícia percorria lojas para ver se encontrava alguma bota de inverno interessante, eu fiquei, como é meu péssimo hábito, sempre, numa Barnes, com dois livros no café Starrbucks da loja.
Um acabei comprando, e recomendo, a todos:
William Manchester (já falecido) e Paul Reid (que terminou o livro que seu mestre escrevia desde muitos anos):
The Last Lion: Winston Spencer Churchill, Defender of the Realm, 1940-1965
(New York: Bantam Books, 2013, 1184 p.; $ 20, apenas...)
O livro é a segunda parte de Last Lion, cujo primeiro volume havia sido escrito unicamente por Manchester. Em 2003, ele pediu a Paul Reid que terminasse o segundo volume, que ele havia começado muitos anos antes. Impressionante qualidade da biografia, não apenas de um homem, provavelmente o maior líder político do século XX, mas de toda uma época, e de todo um mundo convulsionado pela guerra, e depois marcado pela lenta decadência inglesa, até a morte de Churchill, em 1965.
Em minha travessia dos EUA, em setembro e outubro últimos, tive a oportunidade de visitar o museu dedicado a Churchill, no local em que ele pronunciou seu famoso discurso da cortina de ferra que dividia a Europa, em Fulton, Missouri, na companhia do presidente Truman, um marco histórica do início da Guerra Fria, antes mesmo que ela fosse conhecida por esse nome. No ano passado, em Londres, havia visitado as "catacumbas" de Churchill, ou seja, os "war cabinets", que ele usou durante toda a guerra.
Mas, não era desse livro que eu pretendia falar, e sim deste aqui (desculpem a má qualidade das imagens, mas fui eu mesmo quem fotografei, na mesa do Starrbucks):
Aaron James:
Assholes: A Theory
(New York: Doubleday, 2012, 224 p.; $ 24)
Enfim, existem muitas traduções para asshole, mas fiquemos com uma mais educada, do dicionário Webster:
"a usually vulgar : a stupid, incompetent, or detestable person. b usually vulgar : the worst place..."
O interessante no livro é a teoria, não o personagem em si, um idiota vulgar, grosseiro.
Vou colocar abaixo mais fotos da quarta capa, e das orelhas, para dar uma ideia a vocês da seriedade com que este filósofo de Harvard encara seu assunto principal.
O editor se refere a um outro livro, que também li, e já tenho, mas não sei se na versão americana ou brasileira, pois o livro ficou na minha biblioteca de Brasília.
Este aqui:
Harry G. Frankfurt:
On Bullshit
(Princeton, NJ: Princeton University Press, 2005)
Também posso dizer que, ao falar dos idiotas fundamentais, o livro me lembrou um outro, que li em edições italiana, francesa e americana, e que considero fundamental nesse tipo de literatura:
Carlos Maria Cipolla
As Leis Fundamentais da Estupidez Humana
(já resenhei algumas vezes e escrevi artigos a respeito; busquem neste mesmo blog).
Abaixo, reproduções fotográficas das informações do livro sobre a teoria dos assholes...
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