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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: vandalos petistas sujam a UnB; liberais do cerrado reparam os desgastes

Reproduzindo. Normalmente, a UnB já é sujinha, não tanto pelos prédios, mas por algumas espécies da fauna que por ali circulam. Uma subespécie da tribo universitária até fez uma manifestação nudista, pouco tempo atrás, mas parece que o grotesco superou o que pudesse haver de estético, ou de prazeiroso nesse ajuntamento de primatas desplumados.
Agora são outros primatas que aparecem: militantes da causa petralha sujaram todas as paradas de ônibus, ofendendo, como é seu hábito, o candidato oposicionista e seu partido, e enaltecendo o seu poste-candidato e o seu partido totalitário.
Os liberais do cerrado não gostaram do vandalismo, mas se fossem esperar que as autoridades, da UnB ou do governo decidissem limpar, provavelmente teriam de esperar até meados do próximo ano. Assim, decidiram eles mesmos limpar o que ficou sujo, imediatamente.
Meus parabéns ao Luiz Guilherme Medeiros, pela iniciativa, e meus cumprimentos a todos os demais liberais do cerrado pela participação na corveia. Não posso ajudar, de longe, mas posso pagar um ou dois galões de tinta...
Basta avisar para quem mandar o dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida

Luiz Guilherme Medeiros posted in Grupo de Estudos Lobos da Capital   
5:59pm Oct 21

Ontem, através das redes sociais, fui informado de que as paradas de ônibus da Universidade de Brasília haviam sido pichadas por apoiadores do Partido dos Trabalhadores, com mensagens de repúdio ao PSDB e venerações à Dilma Rousseff.

A maioria dos universitários e funcionários com quem conversei demonstrou indignação ao acontecimento, principalmente pelo fato de que algumas dessas paradas haviam sido reformadas poucos meses atrás.

Outros, de viés ideológico mais óbvio, disseram que a ação era uma ''intervenção artística'', legítima por causa disso.

Os brasileiros pagadores de impostos, que financiaram a construção e a reforma destes lugares, certamente rejeitam esta ideia.

Um patrimônio público, pertencente a todos, não pode ser apropriado e denegrido por um grupo para que ele atinja seus objetivos eleitoreiros.

Poderia ter descido a esse nível, mas propus aos amigos do Instituto Liberal e da UnB algo diferente: vamos construir o que eles destruíram.

Tiramos dinheiro do nosso bolso. Arrumamos voluntários. Sacrificamos o pouco tempo livre que nos resta entre trabalho e estudo. E tomamos a iniciativa de reformar estes lugares.

O jogo sujo vem sendo uma triste rotina daqueles que não tem escrúpulos para permanecer no poder. Esta não é a primeira, nem a última, atitude inconsequente dos que se consideram donos do Brasil.

A resposta adequada não é partir para a barbárie, mas denuncia-la, proteger os valores democráticos e a cidadania. Se omitir é inaceitável. E isso nós não faremos.
Meus sinceros agradecimentos a todos que participaram deste simbólico gesto.

Luiz Guilherme Medeiros, Diretor de Comunicação do ILCO.

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Ontem, através das redes sociais, fui informado de que as paradas de ônibus da Universidade de Brasília...

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Obama ensina para a mafia do Planalto como devem ser feitas as falcatruas na internet - Elio Gaspari

De fato, a máfia da Wikipedia (e de muitas outras coisas mais) abrigada no cerrado central, e em vários outros milhares de lugares clandestinos (mas pagos com o nosso dinheiro), vai passar a tomar mais cuidado daqui para a frente: eles vão só preparar as informações durante o expediente, mas levar para casa num pendrive, e depois contratar um desses hackers russos para fazer o trabalho tão direitinho que nem a NSA vai conseguir localizá-los.
Máfia é isso minha gente: sempre um passo à frente da polícia, e sempre com o nosso dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida

De obama@edu para dilma@gov 
Elio Gaspari
O Globo e Folha de S. Paulo, 13/08/2014

Estimada presidente,

No ano passado a senhora zangou-se porque a minha National Security Agency monitorava comunicações do seu governo. Fez muito bem. Agora fiquei sabendo que alguém, usando o serviço da rede do Palácio do Planalto, alterou os perfís de dois jornalistas e a senhora mandou abrir uma sindicância, dizendo que isso é "inadmissivel". Contudo, uma nota do seu governo informou que, por razões técnicas, "é impossível" identificar os responsáveis.
Eu tenho mais horror a jornalistas que a senhora e sou viciado em Blackberry. Outro dia, durante um jantar, Hillary e Bill Clinton ficaram passados porque eu checava meu aparelho enquanto ele falava. (O casal decidiu me acertar, mas essa é outra história.) Vivendo na Casa Branca, tenho sempre que vigiar os aloprados que me cercam. Um deles inventou que o ataque à nossa embaixada em Benghazi não era um ato terrorista, mas consequencia espontânea de uma charge anti-islâmica. Caí no conto e pago por ele. O paranoico do Richard Nixon deixou-se encantar por eles e acabou posto para fora da Presidência. Nossas dificuldades são até parecidas. Eu só lhe escrevo porque a nota dizendo que é "impossível" identificar os aloprados é mais aloprada que eles e ameaça a segurança do seu país.
Um sujeito usa a rede do Planalto e não deixa a impressão digital? Admitamos que uma pessoa resolva fazer isso para transmitir dados confidenciais, segredos de Estado. A Chelsea Manning e o Edward Snowden contrabandearam segredos, mas não usaram a rede do Estado para passá-los adiante. Se um não fosse falastrão, talvez tivesse sido impossível achá-lo. O outro veio a público. O que seu governo diz é que não rastreia permanentemente as comunicações de sua rede. Esses dados precisam ficar armazenados pela eternidade, não por seis meses.
Senhora, a segurança de suas comunicações está bichada. Além da necessidade do rastreamento e do arquivo, nenhum servidor público pode tratar de assuntos oficiais com endereços eletrônicos privados. Faço-lhe uma confidência, há funcionários do seu palácio que, além de manterem endereços privados, armazenam assuntos de Estado na memória de seus computadores pessoais, sem passá-los aos arquivos oficiais. Acham que estão seguros porque podem apagá-los. São tolos. Apagar disco é tarefa complexa e demorada. Se por acaso o computador vai para a oficina, um curioso esperto pode extricar do disco quase tudo o que foi apagado. Ademais, arquivando em computadores pessoais informações do Estado, cometem uma infração.
Procurei informar-me e soube que existem no Brasil servidores civis e militares que conhecem esse assunto. Há até uma entidade privada, o Instituto Brasileiro de Peritos, capaz de ensinar a quem quiser aprender. Recorra a eles, presidente, ou chegará o dia em que seu neto Gabriel encontrará na rede boa parte dos assuntos secretos que passam por sua mesa. E não serão maledicências de Wikipedia, serão coisas muito mais sérias.
A rede de comunicações do governo brasileiro é vossa, cuide dela, pois os outros não haverão de fazer isso.
Michelle manda-lhe lembranças e Sasha espera voltar ao seu Palácio da Alvorada. Ela diz que é o lugar mais bonito em que esteve.

Atenciosamente,
Barack Obama

domingo, 11 de maio de 2014

Mercenarios fascistas do PT fazem ameacas de morte contra quem nao se submete ao novo totalitarismo

Impressionante como os petralhas se assemelham cada vez mais às milícias nazistas de gangsters politicos que formavam as hostes hitleristas que afundaram a Alemanha 80 anos atrás. Estão dispostos a quaisquer crimes para manter o monopólio do poder.
Nojento! Aliás, é criminoso, e deveria ser investigado como tal. 
Paulo Roberto de Almeida

Como esse, chegam dezenas por dia. É disso para pior. O vocabulário é bem mais agressivo, as ameaças são mais, como posso dizer?, escatológicas e se estendem à minha família. E elas costumam ter um padrão também, já observei aqui. Noventa por cento delas têm ao menos uma destas três abordagens (havendo aquelas que juntam as três): a) anunciam que a hora está chegando; b) falam em tiro na cabeça; c) sugerem alguma forma de violação de caráter sexual, em que o adversário é sujeitado, humilhado, estuprado. A coisa mereceria um estudo sócio-psicológico:
a) A “hora chegando” é um conceito essencialmente fascista; os vingadores, ungidos pela história, se vingam de seus inimigos e os exterminam fisicamente. O discurso-símbolo é aquele feito por Goebbels no dia 10 de fevereiro de 1933, 11 dias depois de Hitler ter sido nomeado chanceler: “Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!”.
b) O “tiro na cabeça” tem um duplo apelo: 1) é um modo clássico de executar pessoas condenadas por crimes de guerra — e isso quer dizer que essa gente se sente, de fato, numa guerra; 2) o tiro na cabeça significa, simbolicamente, um apagamento das ideias dos adversários. O cérebro, que abriga o conteúdo reprovável, será destruído por uma bala.
c) A violação de caráter sexual — e suas variantes — remete à emasculação, à castração do adversário. Creiam: quem apela a essa metáfora precisa apenas das circunstâncias adequadas para se tornar um estuprador: de mulher, homem, criança ou bicho.
Estamos falando de uma horda. Ocorre que ela não é formada ao acaso, não, e conta com um centro irradiador, financiado por dinheiro público. Quem indica os alvos a serem atacados são aqueles que se orgulham de ser chamados de “blogs sujos”: páginas na Internet financiadas pelo governo federal e por estatais para difamar membros do Judiciário, líderes da oposição, a imprensa e os jornalistas independentes. Eleitos os alvos, a rede petralha se encarrega, então, de dar início ao linchamento.
Joaquim Barbosa
Joaquim Barbosa, ministro do STF e seu presidente até novembro, já foi saudado pelos petistas como o “herói negro nomeado por Lula”. Quando ficou claro que ele se limitaria, em todo o processo do mensalão, a seguir a lei, então se transformou no traidor e no demônio de plantão. A rotina foi a mesma: os blogs sujos passaram a disparar as palavras de ordem, e a fascistada, nas redes sociais, com perfis falsos ou verdadeiros, se encarregou e se encarrega da rede de difamação, que logo evolui para a ameaça.

O ministro passou a ser alvo de considerações como esta:
ameaça barbosa 1
Um certo Sérvolo Aimoré-Botocudo de Oliveira, escreveu o seguinte no Facebook (segue a mensagem como lá estava):
JOAQUIM BARBOSA SEU DESGRAÇADO. VOCÊ VAI MORRER DE CÂNCER OU UM TIRO NA CABEÇA. E QUEM VAI MANDAR FAZER ISSO SÃO SEUS “AMIGOS”. SÃO OS SENHORES DO NOVO ENGENHO. SEU CAPITÃO DO MATO. SEU INFÂME. SEU TRAIDOR. TIREM AS MÃOS DOS NOSSOS HEROIS!

Os “nossos heróis” — no caso, deles — são os mensaleiros José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Pois bem. Temendo pela segurança de Barbosa, a direção do STF acionou a polícia federal e chegou ao autor das ameaças: Sérvolo de Oliveira e Silva. Quem é ele? É secretário de Organização do Diretório do PT de Natal e, pasmem!, membro da Comissão de Ética do partido no Rio Grande do Norte — imaginem o que não fazem os que não pertencem à dita-cuja… Ah, sim: também é assessor do vereador Fernando Lucena na capital potiguar. Lucena, obviamente, é do PT.
Ele sumiu do mapa. Começou a ser investigado pela PF em fevereiro. Desde esse mês, saiu de circulação para, segundo consta, “cuidar de assuntos pessoais”. Juliano Siqueira, o presidente do partido no Estado, afirma: “Esse cara apareceu aqui no começo do ano. Mandaram de Brasília. Mas nem sei quem é.” Entendo!!! “Mandaram de Brasília”??? Quem “mandaram”, cara pálida? Foi a Direção Nacional do partido?
O que diz Sérvolo?
VEJA localizou o tal Sérvolo. Confirma a publicação das mensagens, mas diz: “Se eu quisesse matar mesmo, apesar de ele merecer (!!!), eu não iria fazer uma ameaça de morte na Internet”. SEM ESSA! Quem adere a esse comportamento delinquente pode não ter a coragem de exercitar a violência, mas está convidando os que têm a fazê-lo. E sempre há os “corajosos” que não covardes o bastante, não é mesmo? Pensem nos casos brutais de que tivemos notícias recentemente. Uma corrente na Internet contra um indivíduo, famoso ou não, poderoso ou não, pode ter consequências trágicas. De resto, incitar a violência é crime.

Aloysio Nunes
Sérvolo é só parte de uma legião. Na terça-feira, vimos a patuscada armada por um conhecido militante-arruaceiro petista chamado Rodrigo Grassi Cademartor, conhecido como “Rodrigo Pilha”, que tem um blog na Internet e era, até há menos de um mês, assessor parlamentar da deputada Erika Kokay (PT-DF). As câmeras do circuito interno do Senado registram com precisão o que aconteceu.
- o tal abordou o senador para lhe fazer perguntas como suposto blogueiro;
- Aloysio respondeu a tudo calmamente;
- o rapaz começou a insultá-lo, acusando-o de envolvimento com o cartel do metrô;
- o senador o chamou de cafajeste;
- “Pilha” confessa, então, que era só uma armação para fazer um vídeo e postar na Internet e chama do tucano “para a porrada”;
- chegou a jogar uma garrafa d’água contra o senador;
- foi detido pela segurança do Senado e solto em seguida.

Assistam ao vídeo. Volto em seguida.

Rodrigo Grassi é especialista em provocação. Na condição de assessor da deputada Kokay, perseguiu e agrediu com ofensas o ministro Joaquim Barbosa — aquele, sabem?, ameaçado de morte pelo tal Sérvolo. Vamos relembrar o vídeo:

Atenção! A deputada Kokay saiu, então, na prática, em sua defesa, afirmando que ele ofendeu o ministro fora do seu horário de trabalho. Depois, acabou afastando-o de seu gabinete, ao menos oficialmente. Republico trecho de reportagem de VEJA sobre esse cara (em azul):
Defensor da ditadura cubana, Grassi comandou a tropa que hostilizou a blogueira Yoani Sánchez quando ela visitou o Congresso Nacional, iniciou uma confusão após provocar o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e ajudou a organizar “protestos” contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Também fez questão de passar o dia na porta da Superintendência da Polícia Federal quando os mensaleiros se entregaram no ano passado.
Uma de suas estratégias é insuflar manifestantes em protestos, sem que fique evidente a ligação dos atos com o PT e o gabinete de Érika Kokay. As duas mulheres que também hostilizam Barbosa no vídeo são Andreza Xavier e Maria Luiza Rodrigues, amigas do assessor parlamentar.
Na descrição do vídeo que publicou com a perseguição a Barbosa, Grassi define o presidente do STF como “fascista” e, orgulhosamente, anuncia que o colocou “para correr”. No vídeo, em português sofrível, ataca: “Ele precisa (sic) de andar com muitos seguranças”.
Grassi recebe da Câmara dos Deputados cerca de 4.800 reais por mês. Porque o militante-profissional continua sendo bancado pelo dinheiro público é uma pergunta que a deputada Érika Kokay deveria responder.

Rodrigo Grassi: cerveja, lancha, vida boa, dinheiro público e agressão a quem considera adversário: são os nossos bolivarianos (Facebook)
Rodrigo Grassi: cerveja, lancha, vida boa, dinheiro público e agressão a quem considera adversário: são os nossos bolivarianos (Facebook)

Retomo
Atenção! Gente como Sérvolo e esse tal Grassi são, digamos assim, a linha de choque de uma prática bem organizada, sistemática, metódica, que tem nos chamados “blogs sujos” (e também alguns veículos impressos) a sua expressão supostamente inteligente. É nessas páginas, financiadas por estatais como Caixa Econômica Federal, Petrobras e Banco do Brasil — além dos anúncios do governo propriamente — que os “inimigos” são eleitos. Elas fornecem a suposta munição — no mais das vezes, injúria, calúnia e difamação — para que a tropa ataque na rede e, como se nota, se necessário, na ação física também.

É estupefaciente que o dinheiro público seja usado para financiar coisas assim. E que se note: já nem se trata de patrocinar páginas simpáticas ao governo ou que comunguem de seus valores ideológicos. Nada disso! Trata-se de dar suporte a panfletos dedicados a fazer a defesa do PT e a difamar qualquer um que seja considerado “um inimigo”. Ora, o dinheiro que financia essa canalha também pertence aos ofendidos. Com que direito é escandalosamente privatizado? Normal, não é?, quando se tem uma presidente da República que usa a Rede Nacional de Rádio e Televisão para fazer política partidária e proselitismo eleitoral. Foi tudo planejado junto com a Secretaria de Comunicação do governo, hoje a cargo de Thomas Traumann — a mesma que distribui as verbas de publicidade para os patriotas fazerem o trabalho sujo. Quando não é assim, estão por aí a pedir cabeças de jornalistas aos veículos de comunicação. E pedem mesmo! Não têm nenhum pudor.
Hora dessas, um dos talibãs do petismo põe em prática, para valer, o que seus mestres indiretamente recomendam, financiados com dinheiro público. Como se nota, eles estão perdendo qualquer noção de limite, E vão se tornar mais violentos e mais virulentos à medida que as eleições se aproximam. Imaginem do que essa gente não é capaz se for derrotada na eleição presidencial.
Eu não sei se essa gente deixa o poder em 2014. Tomara que sim! Se não for agora, será um dia. E estejam certos de que a sua história será contada no detalhe. O banco de dados já é gigantesco. O Terceiro Reich era mais ambicioso e violento do que o PT. E deu no que deu. Os “judeus” com os quais Gobbels prometeu acabar naquele fevereiro de 1933 venceram.

sábado, 29 de março de 2014

Petepatia: uma terminologia que veio para ficar, como petralha - Lucas Daniel (via Orlando Tambosi)

Eu e o Orlando Tambosi estamos sempre numa corrida para publicar o que há de melhor (e de pior, também) sobre este país surrealista situado a centro-leste da América do Sul. Ele me ganha, sempre, por isso eu vou ter de acabar pagando direitos autorais, neste caso não exatamente a ele, mas ao criativo (sem contabilidade, por favor) Lucas Daniel, que vai para a história dos dicionários políticos, junto com o inventor do termo petralha, pelo seu novo termo de Petepatia e, seu nominativo, petepata, ambos totalmente merecidos e que passo a usar a partir de agora.
Paulo Roberto de Almeida 
Petepatia, uma doença incurável
Recebi do leitor Lucas Daniel o texto que publico abaixo, sob o título: "Petepatia, uma doença incurável. Ou: os fins justificam os meios".

Petepatia é um termo que cunhei para designar partidos políticos (quaisquer partidos) ou membros e militantes de partidos políticos que possam ser identificados por uma característica fundamental: a de que os fins justificam os meios. Esses partidos ou seus integrantes são marcadamente egoístas, falsos, cínicos, calculistas, trapaceiros, chantagistas, mentirosos e manipuladores, e colocam seus interesses pessoais ou político-partidários sempre em primeiro lugar, para serem atingidos custe o que custar, doa a quem doer. Como são notavelmente intolerantes à frustração, tendem a adotar, quando contrariados, medidas extremas para conseguir o que querem, não hesitando em apelar para a violência como instrumento de luta política. Não é à toa que estão sempre ligados a bate-paus e baderneiros, sempre prontos a promover arruaças, ou, mesmo, a bandos armados. E se inclinam, nos casos mais graves, em que assumem o poder, para regimes de exceção, quando os seus adversários são, via de regra, perseguidos, encarcerados, torturados e, mesmo, mortos.

Não é por outra razão, aliás, que se identificam, habitualmente, com ideologias, líderes e regimes que patrocinam tais aberrações. Na oposição, adotam, com frequência, a praxis do “quanto pior, melhor”. No poder, aparelham o Estado e suas instituições, a fim de estabelecer um regime hegemônico, de partido único. E isso não lhes é difícil, pois são hábeis dissimuladores, ocultando-se sob manto de ideais humanitários, como justiça e igualdade social, combate á fome e à pobreza, e defesa das minorias e dos direitos humanos, enquanto vão estendendo seus tentáculos sobre a sociedade e o Estado. Afetam possuir o monopólio da virtude, mas, na verdade, não passam de predadores dos cofres públicos e das instituições. Não raro, enriquecem no poder. Usam e abusam da propaganda enganosa, a ponto de mascarar índices econômicos e sociais para ludibriar as massas. As medidas populistas, sempre paliativas, de dar pão e circo à população, são largamente usadas, com o mesmo objetivo. Emoldurando esse quadro, adotam a postura de vítimas de um suposto poder dominante, elitista, explorador, que estaria tentando impedi-los de cumprir a sua elevada missão redentora. É o jogo do “nós” contra “eles”, em que dividem para melhor dominar. Na verdade, dentro da hipótese que estamos formulando, são eles que estão no poder, dando as cartas, acumpliciando-se com as elites, tomando de assalto os cofres públicos e as instituições, repartindo o butim com os seus sequazes. Mas fingem que não, para melhor iludir o povo.

Tal como ocorre com os seus parentes próximos, os psicopatas, que não aprendem com os próprios erros e nem se arrependem deles, os petepatas estão sempre reincidindo nos erros, malfeitos ou crimes que cometem. Quando denunciados, julgados ou, mesmo, condenados, tentam se justificar de todas as formas possíveis e imagináveis, jamais admitindo a sua responsabilidade. Se necessário, recorrem à negação absoluta do “não vi, não ouvi e não sei”, mesmo quando todas as evidências apontam em sentido contrário. Ou seja, não contabilizam os seus crimes. Na melhor das hipóteses, quando já não podem negar mais, tentam se justificar dizendo que em algum lugar, no presente, no passado ou, mesmo, no futuro, outros cometeram ou ainda vão cometer os mesmos erros, malfeitos e crimes. E se, excepcionalmente, chegarem a admiti-los, dirão que foram praticados para o bem de todos e a felicidade geral da nação. 

Desse modo, são sempre indulgentes com os seus próprios crimes e os crimes dos seus correligionários - a quem apontam, não raro, como heróis da “causa” que defendem, justamente pelos crimes que cometeram - tanto quanto são implacáveis com os dos seus adversários. É como se dissessem, descaradamente, “nós podemos, eles não”. Isso deve ser confrontado com o que eles dizem sempre que são pilhados em flagrante delito: “nós fizemos, mas eles também fizeram”. 

É importante destacar que as características que descrevemos devem ser notas dominantes - e não traços, apenas -, do comportamento, e devem estar presentes de forma maciça num partido político ou nos seus integrantes para que fique bem configurada a Petepatia. Se essa ressalva não for respeitada, corremos o risco de classificar todos os partidos políticos como petepatas, o que não seria verdadeiro. Petepatia é uma doença política, ideológica e social grave, criminosa, incurável e extremamente destrutiva para um país. Assim sendo, todo o cuidado será sempre pouco ao diagnostícá-la.

A palavra “petepatia” foi composta de “pet” e ”patia”. “Patia”, como se sabe, diz respeito à doença. Quanto a “pet” (politereftalato de etileno), é a designação de um polímero bastante moldável, utilizado, comumente, na fabricação de garrafas e recipientes diversos. O termo foi adotado por mim justamente por causa da plasticidade desse material que, uma vez submetido a temperaturas adequadas, amolece, funde e pode assumir as mais variadas formas para atender aos seus fins. Tal como ocorre com os petepatas que, para a consecução dos seus fins, assumem os mais variados disfarces e formas de expressão, enganando os incautos. Assim como recorrem a todos os meios possíveis e imagináveis, sem qualquer consideração pela sua natureza boa ou má, justa ou injusta, pois tudo o que lhes interessa são os fins, pelos quais os meios, quaisquer que sejam, estariam sempre justificados. É por isso mesmo que consideram válido aparelhar o Estado, fazer o diabo para ganhar eleições, fabricar dossiês para assassinar reputações de adversários políticos, assinar documentos de estado sem ler, comprar congressistas, cercear a liberdade de expressão, cooptar juízes para reformar sentenças, chamar bandido de “meu louro”, transformar programas sociais em esquemas de compra de votos, financiar ditadores e ditaduras, fraudar eleições, deixar presos políticos morrerem de fome na prisão, fuzilar dissidentes num “paredón” qualquer, matar mais de cem milhões de pessoas em nome da justiça e da igualdade social, e uma infinidade de coisas do mesmo jaez.

Portanto, meu caro leitor, se você conhece, em seu país, algum partido político que preencha tais características, não vote nele. Mas, se ele já estiver no poder, trate de tirá-lo imediatamente de lá, antes que seja tarde demais. E se isso não for mais possível, só lhe resta uma opção: fuja do seu país! Já!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Chefe da quadrilha esta acima de qualquer poder (ou pensa que esta)

O Stalin sem Gulag continua zombando do STF e dos brasileiros.
Paulo Roberto de Almeida

Mensalão

Mensaleiros voltam a receber visitas na Papuda

José Dirceu e Jacinto Lamas receberam visitas nesta sexta-feira, apesar de decisão contrária da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal

Gabriel Castro, de Brasília
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Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu claro) andam no 19 do Batalhão da Polícia Militar do DF, que é parte do complexo do presídio da Papuda
Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo (de chapéu claro) andam no 19 do Batalhão da Polícia Militar do DF, que é parte do complexo do presídio da Papuda - Daniel Vorley/Frame/Folhapress
Apesar da determinação da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para que os mensaleiros presos recebam o mesmo tratamento dos outros condenados, pelo menos dois deles receberam visitas nesta sexta-feira no Complexo Penitenciário da Papuda: José Dirceu e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL.
A informação de que Dirceu recebeu visitas foi confirmada por funcionários do presídio, mas os nomes não foram divulgados. No caso de Lamas, entre os visitantes, um deles era um padre da congregação religiosa Legionários de Cristo.
Nesta quinta-feira, a Vara de Execuções Penais atendeu a um pedido do Ministério Público e decretou o fim de qualquer tratamento diferenciado aos mensaleiros. Os privilégios teriam causado, segundo a decisão, "clima de instabilidade e insatisfação" no presídio. 
A decisão significa que os parentes e amigos de criminosos como Dirceu e Marcos Valério teriam de comparecer no complexo prisional às quartas e quintas-feiras e se submeter aos mesmos procedimentos dos outros visitantes – o que inclui uma longa fila e a passagem por uma revista individual.
A direção do sistema penitenciário informa que não há privilégios, e diz que o tratamento diferenciado é uma forma de proteger a vida dos presos mais conhecidos e de suas famílias. Mas, pela decisão judicial, as autoridades do governo local estão sujeitas a punição por desrespeitarem a isonomia entre os detentos.
Após a constatação do desrespeito à determinação judicial, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal informou ao site de VEJA que cabe ao Ministério Público informar a Vara de Execuções Penais sobre possíveis irregularidades no tratamento aos presos. As seis promotoras que redigiram a recomendação confirmada pela Justiça ainda não se pronunciaram sobre o episódio.