Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Mais um presidente esquerdista que acha que o governo pode fazer melhor do que o setor privado na exploração de produtos naturais. Vai criar uma LítioMex que só vai dar prejuízos ao país...
Lei proíbe novas concessões privadas para explorar o metal e governo diz que irá rever as concessões vigentes. Presidente esquerdista López Obrador afirma que seu governo desenvolverá tecnologia para extrair o lítio.
O Senado mexicano aprovou nesta terça-feira (19/04) a nacionalização da exploração do lítio no país, defendida pelo presidente esquerdista Andrés Manuel López Obrador. A medida já havia sido aprovada no dia anterior pela Câmara dos Deputados.
O lítio é essencial para produzir baterias elétricas, e o tamanho exato das reservas do metal no México ainda não é conhecido. O governo mexicano estima que o país teria a décima maior reserva do mundo.
A reforma na lei da mineração aprovada pelo Parlamento mexicano declara o minério "patrimônio da nação", proíbe qualquer nova concessão para exploração de lítio e estabelece que a exploração seja de exclusiva responsabilidade do Estado. López Obrador disse que o Estado mexicano desenvolverá a tecnologia para extrair o metal.
O presidente mexicano também afirmou que seu governo não permitirá que estrangeiros explorem lítio, mesmo que tenham concessões prévias, e que irá rever as concessões já aprovadas a empresas privadas, em referência aos 150 mil hectares concedidos pelo seu antecessor, Enrique Peña Nieto.
Representante de empresas cita "muita incerteza"
O presidente do Senado, Ricardo Monreal, e o partido governista Movimento para a Regeneração Nacional (Morena) saudaram a votação como um "dia histórico" para o México. Durante a aprovação na Câmara, deputados da oposição se retiraram do plenário em protesto contra a iniciativa e falaram em uma "artimanha" patrocinada pelo chefe do Executivo.
O presidente da Câmara Mexicana de Minas, Jaime Gutiérrez, criticou a alteração na lei de mineração. "Ainda não há informação sobre a quantidade de lítio que existe. Não é certo que tenhamos um volume de lítio do qual possamos nos beneficiar", disse Gutiérrez, frisando que a reforma "não era necessária" e criou "muita incerteza" para os investidores no setor mineiro.
A reforma da Lei da Mineração foi aprovada dois dias depois de López Obrador ter sido derrotado na Câmara em um projeto de reforma constitucional para ampliar o papel do setor público no mercado da eletricidade. O Morena e seus aliados conseguiram 275 votos para a reforma no setor elétrico, abaixo da maioria de dois terços, ou 334 votos, necessários.
Empresa chinesa já detém concessão
Uma empresa de capital chinês, a Bacanora Lithium, detém uma concessão no estado de Sonora, no noroeste do México, que permite a extração de 35 mil toneladas por ano de carbonato de lítio, que agora está sob risco de ser cancelada pelo governo.
O depósito de lítio em Sonora é considerado um dos maiores do mundo, com 8,8 milhões de toneladas equivalentes, com reservas que durariam 250 anos, segundo o governo.
Austrália, Chile, Argentina e China são os principais produtores de lítio do mundo. A Austrália produziu pelo menos 42 mil toneladas em 2019, de acordo com estatísticas da indústria.
Após ter de fechar sucursal em Moscou e ter seu site bloqueado, emissora alemã é incluída pelo governo russo em lista de "agentes estrangeiros". "É mais um ataque à liberdade de imprensa", afirma diretor-geral da DW.
O Ministério da Justiça da Rússia incluiu nesta segunda-feira (28/03) a emissora internacional da Alemanha Deutsche Welle (DW) numa lista de "agentes estrangeiros".
"Esta decisão foi tomada com base nos documentos recebidos das autoridades estatais competentes", afirmou o ministério em comunicado, sem especificar de que autoridades ou documentos se trata.
Em resposta, o diretor-geral da DW, Peter Limbourg, afirmou: "Esta mais recente decisão arbitrária das autoridades russas infelizmente era de se esperar. É mais um ataque à liberdade de imprensa e uma nova tentativa de privar a população russa de uma mídia livre e independente. Começou com o fechamento forçado do nosso estúdio em Moscou no início de fevereiro, depois o nosso website em todos os idiomas foi bloqueado na Rússia. Seguiu-se então a restrição gradual dos serviços de mídias sociais, e agora a DW foi rotulada como um 'agente estrangeiro'. Isso não nos impedirá de continuar a fornecer uma cobertura abrangente e independente sobre a Rússia e a região a partir do nosso novo estúdio na Letônia e da Alemanha."
DW na Rússia
Em 3 de fevereiro, o Ministério do Exterior da Rússia afirmou que adotaria "medidas retaliatórias contra a mídia alemã" trabalhando na Rússia após autoridades alemãs banirem o canal de TV no idioma alemãoda emissora estatal russa RT, chamado RT DE.
Tais medidas incluiriam "reconhecer a DW como um meio de comunicação estrangeiro que cumpre as funções de um agente estrangeiro", disse o Ministério do Exterior em comunicado.
No início de março, o website da DW foi bloqueado pelo regulador estatal de comunicações Roskomnadzor. Pouco depois, a DW transferiu sua sucursal em Moscou para a capital da Letônia, Riga.
"O governo russo aparentemente declarou uma 'guerra de informações' contra a DW", afirmou Christian Trippe, diretor da DW para Rússia, Ucrânia e Leste Europeu. "Nós jornalistas vamos prosseguir com nosso trabalho e fornecer informações confiáveis para nosso público-alvo na Rússia."
A DW, a emissora internacional da Alemanha, é financiada por impostos e oferece jornalismo livremente acessível em 32 idiomas. O Conselho de Telecomunicações da República Federal da Alemanha – órgão independente, apartidário e livre de influência governamental – supervisiona a conformidade da DW com seu mandato legal de oferecer informações independentes a usuários mundo afora. A empresa tem cerca de 4 mil funcionários, a maioria trabalhando a partir de Bonn e Berlim.
O que é a lista russa de "agentes estrangeiros"?
Desde 2012 essa lista do governo russo tem sido usada para cercear as operações tanto de veículos internacionais de mídia quanto de organizações sem fins lucrativos que recebem financiamento do exterior, em especial aquelas ativas na política ou que informam sobre corrupção.
Uma vez rotulados pelas autoridades como "agente estrangeiro", indivíduos e organizações ficam obrigados a indicar o fato em qualquer conteúdo que publicarem, até mesmo postagens nas redes sociais. Os "agentes estrangeiros" também são obrigados a apresentar ao governo relatórios sobre suas atividades a cada seis meses.
Mais de 100 veículos de comunicação e indivíduos estão atualmente na lista, incluindo as emissoras públicas dos EUA Voice of America e Radio Free Europe/Radio Liberty e as ONGs Anistia Internacional e Human Rights Watch.
A destruição nas cidades da Ucrânia
Em meio à rejeição de rendição ucraniana em Mariupol, no sudeste do país, Rússia ataca também a capital Kiev.
Foto: Daniel Ceng Shou-Yi/ZUMA/picture alliance
Destruição por toda parte
Fileira de ônibus queimados colocados pelos defensores do Batalhão Azov ucraniano para impedir o avanço das forças russas na cidade portuária de Mariupol neste dia 23 de março.
Foto: Maximilian Clarke/SOPA Images via ZUMA Press/picture alliance
Tanque destruído
Um tanque destruído provavelmente pertencente às forças da pró-Rússia entre os escombros no norte da Mariupol em ruínas. A batalha entre as forças pró-russas e as forças de defesa ucranianas lideradas pelo batalhão Azov continua na cidade portuária de Mariupol também neste dia 23 de março.
Foto: Maximilian Clarke/SOPA Images via ZUMA Press/picture alliance
Centro comercial destruído
Um centro comercial no bairro de Podilskyi, no noroeste de Kiev, foi completamente destruído por um ataque russo em 21 de março, 26º dia da invasão da Ucrânia. Autoridades informaram que ao menos oito pessoas morreram em decorrência do bombardeio.
Foto: Daniel Ceng Shou-Yi/ZUMA/picture alliance
Vista da destruição
Homem remove uma cortina em uma escola danificada entre outros edifícios residenciais em Kiev, Ucrânia, em 18 de março. Forças russas intensificaram ataques a cidades ucranianas, com novos lançamentos de mísseis e bombardeios nas proximidades da capital, Kiev.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Fogo na noite
Um depósito queima após ser atingido por um bombardeio de artilharia no norte da cidade de Kiev em 17 de março, quando as operações militares russas no país entraram em seu 22º dia.
Foto: Narciso Contreras/AA/picture alliance
Pertences para trás
Mulher e criança saem às pressas de prédio residencial bombardeado por militares russos em Kiev, em foto divulgada em 16 de março.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/Handout/REUTERS
Em chamas
Bombeiros tentam em 15 de março controlar incêndio em prédio de apartamentos em Kiev danificado por bombardeio russo.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Memória de um lar
Morador de Kiev observa em 14 de março edifício residencial atingido por bombardeio russo.
Foto: SOPA Images/ZUMAPRESS/picture alliance
Cidade sob cerco
Mulher caminha em 13 de março em frente a edifícios residenciais atingidos por bombardeios na cidade litorânea de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, que está cercada por militares russos e enfrenta falta de luz, mantimentos e remédios.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance
Viagem interrompida
Imagem de 12 de março mostra um carro alvejado por balas ou estilhaços de bomba, abandonado em rua na cidade de Irpin, ao norte de Kiev, ao lado de boneca.
Foto: Sergei Supinsky/AFP/Getty Images
Culto adiado
Soldado ucraniano tira foto em 10 de março de igreja danificada por ataque russo na cidade litorânea de Mariupol.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/dpa/picture alliance
Duas vidas a menos
Grávida ferida é resgatada em 9 de março uma maternidade atingida por bombardeio russo na cidade litorânea de Mariupol. Cinco dias depois, o governo ucraniano informou que a mulher e o bebê morreram. Ela tinha ferimentos graves na pélvis e no quadril.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/picture alliance
Restos de uma casa
Homem caminha em 8 de março em frente a casa destruída por bombardeio russo na vila de Sopino, na região de Donetsk, controlada por separatistas, no leste da Ucrânia.
Foto: Alexey Kudenko/SNA/Imago
Destruição em Borodyanka
Casas queimam após serem atingidas por bombardeios na cidade de Borodyanka, perto de Kiev, Ucrânia, em 2 de março. Tropas russas entraram na Ucrânia em 24 de fevereiro, levando o presidente do país a declarar lei marcial e desencadeando uma série de severas sanções econômicas impostas por países ocidentais à Rússia.
Foto: Alisa Yakubovych/EPA-EFE
Prédios civis atingidos
Prédio residencial destruído pelos recentes bombardeios, enquanto a invasão russa da Ucrânia continua, na cidade de Irpin, nas proximidades de Kiev, em 2 de março.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Em busca de algo para salvar
Mulheres inspecionam destroços dentro de um apartamento de um edifício residencial que os moradores locais disseram ter sido danificado pelos recentes bombardeios, na cidade de Gorlovka, controlada pelos separatistas na região de Donetsk, Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Prédio da polícia destruído em Kharkiv
Delegacia regional de polícia em Kharkiv ficou completamente destruída após um ataque com mísseis russos em 2 de março.
Foto: Ukraine State Emergency Service/AA/picture alliance
Ruínas após ataque a Kharkiv
Entrada de um prédio completamente destruída após o bombardeio pelas forças russas, na Praça da Constituição, em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Sergey Bobok/AFP
Fuga de Kiev
Pessoas em um trem de evacuação de Kiev para Lviv, na estação central de trem da capital ucraniana, em 1º de março.
Foto: Umit Bektas/Reuters
Destruição após explosão
Um membro do exército ucraniano caminha perto de um prédio após uma explosão, em meio à invasão russa da Ucrânia, em Kiev, Ucrânia, em 1º de março.
Foto: Carlos Barria/Reuters
Zelenski fala à imprensa global
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, fala a repórteres durante uma entrevista com a agência de notícias Reuters, em Kiev, em 1º de março.
Foto: Umit Bektas/Reuters
Veículos destruídos
Um homem caminha entre veículos militares russos destruídos em Bucha, próximo a Kiev, em 1º de março.
Foto: Serhii Nuzhnenko/AP/picture alliance
Prefeitura de Kharkiv em ruínas
Um membro do Serviço de Emergência da Ucrânia olha para o edifício da prefeitura após bombardeio na praça central de Kharkiv, em 1º de março.