Mini-reflexão sobre o momento presente em certo país perdido e ainda indeciso quanto ao seu futuro:
O Estado Islâmico Companheiro aspira a muito mais do que simplesmente conquistar territórios, dominar instituições, sequestrar pertences, escravizar indivíduos, expropriar suas crianças e estatizar as suas riquezas. Tudo isso é material e secundário.
Eles planejam monopolizar os corações e mentes, determinar as paixões permissíveis, separá-las das politicamente incorretas, para corrigi-las ou eliminar estas últimas (o que só se pode fazer obliterando, literalmente, os seus donos), determinar o que pode ou não pode ser pensado (sobre eles próprios e sobre tudo o mais), o que deve ser escrito e o que eventualmente será guardado (sendo que grande parte sequer merece registro escrito, e torna-se por todo o mais etéreo), e ainda bem mais do que isso.
Em duas palavras, e resumindo, eles planejam concentrar poder e abolir a História.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 28/07/2015
Complemento:
Mini-reflexão
sobre a queda de Roma:
Não foi exatamente aquela invasão estilo
Hagar, quando os bárbaros batem às portas, com seus aríetes, e perguntam
gentilmente:
"Desculpem, com licença, mas nós viemos saquear e pilhar a
sua cidade, além de acabar com o seu império. Dá para abrir as portas ou vamos
precisar derrubar?"
Não! Quando os romanos se deram conta, os
bárbaros já estavam entre eles, há muito tempo, saqueando e roubando,
alegremente e na indiferença geral dos cidadãos romanos.
E a história não se
resumiu a uma tira de humor...
Pois é, qualquer semelhança não é mera
coincidência...