Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Las Falklands son... Britanicas - Joanisval Brito Goncalves (MercoPress)
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Falklands-Malvinas: um imbroglio eterno?
On Nov 22, 2012, at 02:25 PM, [fulano] <fulano@gmail.com> wrote:
Boa tarde
Dr. Paulo, gostaria de tirar uma dúvida sobre as Malvinas.
Eu acredito que a situação política das Malvinas, está mais para uma posição geográfica estratégica militar em relação a América do Sul do que simplesmente uma situação isolada para benefícios para a Argentina.
No entanto, caso a Argentina obtenha direitos sobre as Malvinas, após análise da ONU, e a Inglaterra não concordar, esgotados todos os direitos legais, poderá a Argentina ter o direito de expulsar a Inglaterra por uso da força?
Grato
[Fulano]
Eis o que respondi, muito improvisadamente e de forma rápida:
Ilhas no meio do oceano sempre são interessantes, para países costeiros, ainda que um pouco longe da linha territorial: elas ampliam tanto o conceito e a realidade do mar territorial (12 milhas reconhecidas internacionalmente, 200 milhas requeridas por muitos países), como a da Zona Econômica Exclusiva, também de 200 milhas segnudo a Convenção do Direito do Mar. Estamos falando de recursos econômicos: petróleo e outros nódulos metálicos, além dos recursos pesqueiros.
Quando Grã-Bretanha se apossou do antigo território espanhol das Malvinas, reivindicado pela Argentina então nascente, se tratava apenas de uma etapa de apoio na longa viagem entre o Atlântico norte e o Pacífico, passando pelo canal de Magalhães para alcancar o Oriente, cujo outro acesso seria pelo Indico, antes da abertura dos canais do Panamá e de Suez.
No plano militar tinha pouca importãncia, mas a Royal Navy, como todo grande império, gostava de ter bases em todos os mares. Hoje sua importância é basicamente econômica.
Não sei como a ONU poderia conceder direito sobre as Malvinas à Argentina, pois isso dependeria, basicamente, de um laudo da Corte Internacional de Justiça, caso as duas partes aceitassem tal procedimento e se comprometessem a cumprir um veredito (que imagino não ocorrerá por objeção da GB), ou de uma resolução do CSNU, o que também não ocorrerá, uma vez que a GB também possui direito de veto, mesmo que todos os demais, e os quatro outros permanentes, assim o desejem.
Não haverá, portanto, mas se por acaso houvesse, a Argentina ainda assim não teria como conduzir sozinha uma operação de "desalojo", pois não estaria se defendendo de uma agressão contra si, e não teria nenhuma resolução do CSNU autorizando medidas retorsivas. A única operação desse tipo ocorrida foi a primeira guerra do Golfo, depois que o Iraque invadiu o Kwait.
Ou seja, o tema vai permanecer na agenda, mas não haverá solução política, diplomática ou militar, até que a GB decida, sozinha, unilateralmente, por vontade própria, retirar seus cidadãos das Malvinas e entregar o território à Argentina.
Isso, se ocorrer, deve demorar pelo menos mais 50 anos, até que estejam mortos todos os protagonistas da guerra de 1982.
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 1 de abril de 2012
Malvinas/Falklands War: National Security Archive releases confidential documents
quinta-feira, 29 de março de 2012
Argentina gostaria de isolar completamente Malvinas-Falklands...
Paulo Roberto de Almeida
Uruguay no apoya un bloqueo comercial de Malvinas
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Malvinas-Falklands: uma solucao pratica (e simples...)
Até um think tank argentino que eu julgava respeitável, se deixou levar pela paixão, iniciando uma campanha, que eles chamam de "Pueblos por Malvinas", na qual pretendem liderar uma "Cruzada de los Pueblos por Malvinas", o que nos remete a exemplos históricos fundamentalistas, intolerantes, dotados de instintos vingativos.
E, no entanto, existe uma solução simples para esse problema das Malvinas, ou das Falklands, como queiram.
Basta a Argentina se tornar um país tão maravilhosamente acolhedor, rico, avançado, atraente, simpático, de excelente qualidade de vida, total liberdade de expressão e de opinião, que os kelpers vão provavelmente escolher se tornarem argentinos...
Nada como atrair gente, como acontece nos EUA e na Europa. A Argentina também poderia fazer isso, e os kelpers comerem um excelente churrasco em Buenos Aires, de volta à pátria grande.
Será que daria certo?
Em qual século?
Paulo Roberto de Almeida
DISPUTA INTERNACIONAL
Intelectuais argentinos questionam reivindicação das Malvinas
Grupo formado por escritores e jornalistas afirma que Argentina não tem direito algum sobre as ilhas britânicas e desperta a ira do governo de Cristina Kirchner
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O custo do ridiculo: Argentina vs Reino Unido, Falklands vs Malvinas
Por que Estados não fazem um cálculo de custo-benefício?
Eu colocaria os 3 mil kelpers em hoteis 5 estrelas em Londres, pagaria cinema a semana inteira, daria uma pensão vitalícia e esqueceria essas ilhas. Ficaria mais barato...
Quem sabe os ingleses não oferecem aos argentinos de participar nos custos, e eles, os argentinos, ficam com direito de vir banhar-se nas praias cálidas das suas Malvinas?
Cristina Kirchner told to leave Falkland Islanders alone, by Argentina's intellectuals
Cristina Kirchner has been warned to leave Falkland Islanders to decide their own future as Argentina's president faced a backlash from a group of the South American country's leading thinkers.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Igreja Anglicana apoia a Cameron, por nao dialogo sobre as Falklands...
Paulo Roberto de Almeida
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Malvinas-Falklands: tangos e tragédias, um debate inconcluso...
Primeiro, a opinião de um jurista britânico (suspeito, por certo), mas deve-se considerar os argumentos em seus próprios méritos, não quem os expede:
Agora, uma reação sobre o assunto:
E uma outra reação:
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domingo, 5 de fevereiro de 2012
Las Malvinas son... British (for a while..., or forever...)
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Bloqueio naval? sort of...: Las Malvinas son... British!
Depois do circo armado pelos argentinos nas Falklands (opa, Malvinas), não creio que eles tentem novamente no território das Malvinas/Falklands, ou Falklands/Malvinas, vocês escolhem.
Mas, agora eles fazem a guerra em suas próprias águas territoriais, ou seja, contra seus próprios interesses.
Em outros termos, não fazem fazer comércio com navios britânicos das ilhas Malvinas.
São britânicos, certo, uma vez que as Malvinas não possuem soberania, pelo menos não no plano dos transportes marítimos internacionais; não acredito que as Falklands sejam membros da Organização Marítima Internacional.
Por falar nisso: com base em qual legislação interna, e de direito internacional, os países do Mercosul decidiram boicotar os navios de bandeira "malviniana"?
Gostaria de ouvir a opinião de um especialista em direito marítimo internacional...
Paulo Roberto de Almeida
Brasil confirma veto a navios das Ilhas Malvinas, segundo Buenos Aires
BUENOS AIRES, 11 JAN (ANSA) - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou à Argentina que o Brasil vai manter o bloqueio a embarcações com bandeiras das Ilhas Malvinas, segundo Buenos Aires.
De acordo com um informe do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, o chanceler Héctor Timerman contatou Patriota para abordar o tema. Ele também conversou com o chileno Alfredo Moreno e com o uruguaio Luis Almagro.
O comunicado afirma que os três diplomatas "confirmaram que seus respectivos governos não modificaram sua posição" desde a última cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul), em 20 de dezembro, quando foi acordado que nenhum país-membro do bloco permitiria a entrada de navios das Ilhas Malvinas em seus portos.
No início da semana, porém, a imprensa uruguaia publicou que Almagro e o ministro britânico William Hague teriam concordado que as embarcações do arquipélago poderiam atracar em portos uruguaios se as bandeiras fossem trocadas pelas britânicas.
A decisão tomada na reunião do Mercosul é um gesto de apoio à reivindicação da Argentina pela soberania do território, atualmente sob domínio da Grã-Bretanha.
Argentina e o Reino Unido entraram em guerra em 1982 pelo controle das Ilhas Malvinas, conhecidas também como Falkland. Londres controla o arquipélago desde 1833, mas Buenos Aires chegou a declarar soberania sobre o território em 1816, quando expulsou os espanhóis do local.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Mercosul parte a conquista das Malvinas/Falklands...
Se o Reino Unido demandar os países do Mercosul nas instâncias apropriadas, Organização Marítima Internacional, OMC e até o Conselho de Segurança das Nações Unidas, os países do Mercosul provavelmente não terão como explicar essa medida extemporânea, arbitrária e possivelmente ilegal.
Paulo Roberto de Almeida