Antonio Augusto tinha vasto e profundo conhecimento sobre Direito Internacional, ramo tão pouco versado no Brasil, essencial para os diplomatas, mais do que economia ou técnicas comerciais, como alguns pensam. Seu magistério no Rio Branco teve influência marcante em nossa diplomacia nas décadas recentes.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
Mostrando postagens com marcador Luiz Felipe de Macedo Soares. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Luiz Felipe de Macedo Soares. Mostrar todas as postagens
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Antonio Augusto Cançado Trindade, por Luiz Felipe de Macedo Soares
Foi pouco tempo Consultor Jurídico, mas, naqueles anos repôs a função, retomando Bevilacqua, Aciolly, Valadão, na sua real finalidade: elaborar pareceres de Direito Internacional encomendados pelo Ministro de Estado, publicados periodicamente.
Na Corte da Haia sua ação nada tinha de servilismo aos interesses e posições de seu país, como é normalmente o caso dos juízes provenientes das grandes potências. Era mais principista que positivista e isso se pode ver em sua preponderante participação na Corte de San José e no voto de dissenso na questão das Ilhas Marshall, publicado pela FUNAG, livro que todo diplomata brasileiro devia ler, inclusive pela importância central da matéria.
Entre tantas suas qualidades ressalto o entusiasmo com que tratava os assuntos, que reforçava a justeza dos argumentos e ampliava o peso do conhecimento técnico.
Frequentava a DNU para consultar documentos da ONU e trocar ideias com os diplomatas na época em que a Divisão abarcava campos hoje cobertos por mais de uma subsecretaria, reunindo talentos como Antonio Guerreiro, Ligia Scherer, Antonio Patriota, Fernando Simas, Bruno Bath, Carlos Sérgio Duarte, Joaquim Whitaker Salles, Vera Pedrosa, em torno da diplomacia clássica porque sucinta, clara e eficaz de Henrique Valle.
Em nosso último encontro, no México, em 2018, Antonio Augusto guardava intacto seu jovial entusiasmo.
Luiz Filipe de Macedo Soares
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
O destino do Brasil? Uma tartarug a? Paulo Roberto de Almeida Nota sobre os desafios políticos ao desenvolvimento do Brasil Esse “destino” é...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...