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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O Brasil e a OCDE - Rubens Barbosa (OESP) (Draft de 10/02/2015)

No que depender desse governo, não tem nem papo...
Paulo Roberto de Almeida

O BRASIL E A OCDE
Rubens Barbosa
O Estado de São Paulo, 10 de Fevereiro de 2015

No início dos anos noventa, por iniciativa do Itamaraty, conjuntamente com outros órgãos governamentais e instituições privadas, o Brasil partiu acertadamente para uma aproximação gradual com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esta estratégia segue sendo aplicada pelo Governo atual, embora de forma reativa e menos coordenada.
O Brasil nunca procurou uma adesão formal à OCDE, que dependeria de reformas e da defesa de interesses nacionais à luz do conjunto de regras da Organização. A estratégia de aproximação sempre visou à participação nos trabalhos da OCDE como mais um instrumento para apoiar o desenvolvimento do País: modernizar a economia, fortalecer os mecanismos de regulação, aprimorar as politicas públicas e promover reformas estruturais e institucionais.
O nosso engajamento na OCDE serviria para enriquecer os processos de reflexão e de formulação de políticas. Permitiria colher lições de experiências de 34 países que em conjunto somam cerca da metade da corrente de comércio do Brasil, a maioria esmagadora dos investimentos diretos estrangeiros no País e da capacitação dos nossos cientistas e engenheiros em pesquisa, doutorado e pós-doutorado no exterior.
Em contraste com outros organismos econômicos (como o BIRD, o FMI, a OIT e a OMC), a OCDE tem um escopo temático mais abrangente. Reúne capacidade para integrar temas de diferentes perspectivas. Atua em várias frentes do G20, tais como: monitorar medidas restritivas do comércio e dos investimentos internacionais; combater a corrupção e outros ilícitos transnacionais; aprimorar a governança corporativa e a responsabilidade social das empresas; revisitar as regras internacionais de tributação contra a erosão fiscal; compreender as relações entre emprego e comércio e o papel das cadeias globais de valor; identificar politicas e reformas estruturais para revigorar o crescimento de cada país de modo sustentado e equilibrado.
O reconhecimento do papel da OCDE na construção da ordem econômica internacional não pode ser passivo, mas ativo e crítico. Deveria estimular a Organização a reconciliar interesses e objetivos de países desenvolvidos e em desenvolvimento – uma missão implícita nos mandatos que lhe atribui o G20. Cabe ao Brasil, membro desse Grupo e tradicional advogado do desenvolvimento, ser um dos líderes nesse processo. Como outras organizações econômicas internacionais, a OCDE não logrou antecipar a crise financeira internacional iniciada nos EUA, tampouco denunciar convincentemente desequilíbrios – mesmo entre países membros. Ao Brasil e à comunidade internacional interessa que a OCDE corrija consideráveis falhas em análises e prescrições, feitas individual ou coletivamente, para países desenvolvidos e em desenvolvimento.
            Hoje a OCDE negocia a adesão da Colômbia e da Rússia, entre outros países e intensifica relações com países do sudeste asiático. Deseja, sobretudo, a participação ampla e regular e, mesmo, se possível, a adesão do Brasil e dos outros BRICS.
Da integração dos BRICS – a OCDE não esconde - dependerão não só o alcance e a credibilidade dos seus trabalhos, mas também a superação de seu déficit de representatividade. São essenciais todas essas condições para que a OCDE continue a desempenhar papel influente e global. Por essa razão, a OCDE já vem incluindo os BRICS sistematicamente em todos os seus principais estudos e relatórios. Ademais, faculta a estes participar de virtualmente todos os 200 Comitês e organismos da OCDE, dedicados a distintos setores e temas.
De sua parte, o Brasil, como outros BRICS, participa, em diferentes modalidades, de cerca de 1/3 desses Comitês e organismos. Essa presença é, porém, ainda discreta, sem que o País exerça a influência correspondente ao seu peso internacional dentro da OCDE, exceto em alguns poucos foros - por exemplo, o encarregado do programa internacional de testes de educação  (PISA).
Tanto diante da internacionalização da economia como para a consecução dos objetivos de desenvolvimento do Pais,  são três as vantagens que se tornam cada vez mais evidentes para o Brasil numa eventual adesão `a OCDE:
1) comparar políticas econômicas e públicas aplicadas por países, muitos dos quais mais desenvolvidos, e aperfeiçoarmos praticas, por exemplo em matéria de eficiência de políticas econômicas em prol do crescimento, de desenvolvimento da capacitação em C&T e da inovação industrial, de aprimoramento das políticas nas áreas de educação, saúde e inclusão social em geral,
2) influenciar, com base em nossa experiência e nossos interesses, inclusive como país em desenvolvimento, a concepção de estatísticas internacionais, bem como a identificação e a difusão de "boas práticas" de políticas econômicas públicas;
3) participar ativamente - e não reativamente - da definição de parâmetros e regras internacionais que, inicialmente aplicadas pelos países membros, acabam tornando-se elementos centrais em negociações multilaterais, (inter-)regionais e mesmo bilaterais, por exemplo nas áreas de tributação, comercio, investimentos, agricultura, finanças (inclusive créditos e garantias à exportação), propriedade intelectual, energia e mudança do clima.
As mudanças comandadas pelo Ministro Joaquim Levy para dinamizar a economia e torná-la mais produtiva e competitiva podem se beneficiar da adesão à OCDE. O Brasil poderia retirar lições comparadas, identificar subsídios para nossas políticas, fortalecer a ação de nossa diplomacia econômica e melhor projetar no mundo nossas experiências e “boas práticas”.
            Novo governo, novas ideias. O ingresso do Brasil na OCDE seria uma estimulante decisão de politica externa com amplos reflexos na economia.

RUBENS BARBOSA, Presidente do Conselho de Comercio Exterior da Fiesp

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

OCDE: Renda mundial e desigualdades entre paises cresceram desde 1820

Desigualdade entre países avançou no mundo entre 1820 e 2010, diz OCDE

O Globo, 2/10/2014

A desigualdade de renda cresceu no mundo entre 1820 e 2010, mostra um estudo inédito da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Esse movimento foi causado principalmente por um salto na desigualdade entre os países, mais do que dentro dos países. O relatório “Como era a vida” reúne pela primeira vez indicadores entre os anos de 1820 e 2010, percorrendo quase dois séculos de estatísticas que ajudam a explicar a qualidade de vida da população, como desigualdade de renda, Produto Interno Bruto (PIB) per capita, educação, expectativa de vida e altura da população, instituições políticas, qualidade ambiental e desigualdade de gêneros, entre outros aspectos.
O índice de Gini (que mede a desigualdade, entre zero e 100) que compara os países entre si aponta um aumento expressivo entre 1820 e 2010, passando de 16 para 54. Se for considerada a desigualdade entre os países, o índice oscila ao longo das décadas, mas chega a 2010 ao mesmo nível de 45 que estava em 1820.
“O aumento na desigualdade de renda vivido entre 1820 e os anos 2000 foi fortemente causado pelo crescimento na desigualdade entre os países mais do que na desigualdade entre [?] os países”, aponta o documento. [Nota PRA: quem traduziu deve ter se enganado: deve ser dentro dos países esta última parte, mas o primeiro processo vem sendo revertido a partir da terceira onda de globalização.)
O comportamento da desigualdade de renda variou entre os [PRA: só pode ser DENTRO DOS] países ao longo das décadas. No Reino Unido, o índice de Gini estava em 59 nos anos 1820 e recuou para 40 nos anos 2000. Nos Estados Unidos, a taxa, que era de 57 em 1820, foi a 44 na primeira década do século XXI. Já no Brasil o índice de Gini avançou de 47 nos anos 1820 para 61 nos anos 2000.
Se consideramos as últimas três décadas, no entanto, houve um aumento da desigualdade dentro dos países. O índice de Gini mundial que considera a desigualdade intrapaíses passou de 36 na década de 80 para 39 na década de 90 e 45 na década de 2000. Essa tendência também pode ser observada nos indicadores das regiões. Na Europa Ocidental, o Gini subiu de 36 nos anos 80 para 38 nos anos 90 e 40 nos anos 2000. Nos países desenvolvidos do chamado Novo Mundo — Estados Unidos, Austrália e Canadá —, essas taxas foram de 37, 39 e 44, respectivamente. A região da América Latina e Caribe apresentou índice de Gini de 52, 52 e 54, respectivamente.
Segundo a OCDE, esse aumento recente da desigualdade dentro dos países está ligado ao processo de globalização, que ao mesmo tempo leva a um declínio na desigualdade entre os países. Esse segundo movimento, no entanto, ocorre em ritmo bem mais lento: o índice de Gini entre os países se manteve em 56 nas décadas de 70, 80 e 90, e caiu para 54 na década de 2000.
PIB per capita cresceu mais de dez vezes em dois séculos
Quando se olha o Produto Interno Bruto (PIB) per capita mundial na passagem entre os séculos XIX e XXI, é possível afirmar que houve uma alta de mais de dez vezes entre 1820 e 2010, passando de US$ 605 para US$ 7.890. Os números consideram dólares americanos em paridade do poder de compra dos anos 90.
O relatório da OCDE aponta que não houve nenhum país ou região com recuo na renda real neste período, embora haja alguns casos de redução temporária, como na China no século XIX, o Leste Europeu depois do fim do comunismo e algumas partes da África nos anos 80 e 90.
Ainda há fortes diferenças entre as regiões e os países. O PIB per capita da Europa Ocidental subiu de US$ 1.226 na década de 1820 para US$ 20.841 na década de 2000. Na América Latina, o aumento foi de US$ 595 para US$ 7.109, considerando a mesma base de comparação.
No Brasil, o PIB per capita saltou de US$ 683 para US$ 6.879, mas houve um recuo do PIB per capita entre 1890 e 1900 — década pouco depois da proclamação da república e com a Revolta da Armada e a Guerra de Canudos.
Um destaque no relatório é o caso da Argentina, que tinha PIB per capita de US$ 998 nos anos 1820, maior do que a da Suécia (US$ 888). Depois de um crescimento contínuo até os anos 80 (com exceção da década de 1910), a Argentina viu seu PIB per capita oscilar, até chegar a US$ 10.256 nos anos 2000. Nesse período, o PIB per capita sueco correspondia a 2,5 vezes ao argentino.
O documento destaca ainda o crescimento mais rápido da economia dos países de renda mais baixa, em especial da Ásia, desde os anos 70 — movimento diferente do que ocorria até então.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

OCDE sobre universidades publicas: sim ao pagamento, nao as cotas

OCDE critica cotas e propõe mensalidade em universidades públicas
Relatório do organismo diz que a lei trata apenas de um sintoma e 'não do problema como um todo' e põe ações afirmativas na berlinda
2 de junho, 2014

De acordo com o relatório “Investing in Youth: Brazil” (Investir na Juventude: Brasil), publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), “não é possível dizer que as cotas são o melhor caminho para reduzir disparidades sociais na educação superior do Brasil, nem está claro que a medida acabe com a raiz do problema”.
Segundo a organização, ao invés de políticas afirmativas, o governo deveria considerar a cobrança de mensalidade em universidades federais daqueles que dispõem de recursos, mantendo a isenção para os estudantes que apresentem limitação financeira.

Inicialmente, o estudo analisou o caminho seguido pelo estudante até o mercado de trabalho. Em um capítulo dedicado ao panorama da educação no Brasil, a OCDE afirma que o acesso ao ensino superior de qualidade no país é “extremamente desigual”. Para a organização, não há diferença entre cotas sociais e cotas raciais, já que nenhuma delas resolve o problema.
“Se por um lado as cotas podem ajudar a elevar a participação das minorias raciais no ensino superior, por outro elas tratam apenas de um sintoma e não do problema como um todo. Na realidade, o problema surge muito antes: nos baixíssimos níveis educacionais das minorias raciais que só têm acesso aos piores serviços de educação que a rede pública oferece”, explica o economista Stijn Broecke, um dos pesquisadores da OCDE que elaboraram o relatório.
O Ministério da Educação (MEC) discorda da avaliação OCDE. Para o ministro José Henrique Paim, o mecanismo assegura vagas aos mais pobres e a minorias étnicas. “A Lei das Cotas assegura a mudança no perfil dos estudantes brasileiros, com a inclusão dos mais pobres, indígenas e negros”, considera o ministro.
A OCDE é reconhecida mundialmente por gerar indicadores e pesquisas de mercado e educacionais de excelência, como o Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), do qual o Brasil participa. A organização foi fundada em 1961 por 34 países, para estimular o progresso econômico.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Brics: crescendo, mas ainda muito distantes dos niveis de renda e de consumo dos desenvolvidos

Brics aumentam participação em PIB global, mas estão longe dos desenvolvidos, diz OCDE

Reunião dos Brics (AP)
Para OCDE os emergentes ainda 'tem um longo caminho' para atingir nível de renda dos países ricos
Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), com base em dados do Banco Mundial, mostra que os países dos Brics aumentaram sua participação no PIB global, mas ainda estão longe de atingir o nível de renda por habitante das economias desenvolvidas.
"Os emergentes ainda têm um longo caminho a percorrer para atingir o nível de renda por habitante dos países ricos", disse à BBC Brasil Francette Koechlin, responsável da unidade de poder de compra da direção de estatísticas da OCDE.
O estudo leva em conta a paridade do poder de compra (PPP, na sigla em inglês) em nível mundial. Ela é considerada mais pertinente para fazer comparações internacionais da atividade econômica, segundo a OCDE, por excluir dos cálculos as taxas de câmbio, eliminando dessa forma as diferenças de preços entre os países.
"O tamanho da economia dos emergentes é cada vez maior em relação ao PIB mundial, mas quando levamos em conta a renda por habitante, baseada no poder de compra, vemos que há uma enorme diferença entre os países da OCDE (desenvolvidos) e os emergentes", diz Koechlin.
O PIB por habitante nos países da OCDE, levando-se em conta a paridade do poder de compra, representa duas vezes e meia a média mundial desse indicador.
Segundo os cálculos, que fixam a paridade do poder de compra igual a 100, o PIB por habitante nos países da OCDE atinge o índice de 266. Na China, segunda maior economia mundial, o índice de PIB por habitante é de apenas 75.
No Brasil, ele está levemente acima da média mundial, com 109 pontos. A Índia, com 35, a África do Sul (90) e a Indonésia (63), que também tiveram crescimento significativo de suas economias nos últimos anos, estão abaixo da média mundial em relação ao PIB por habitante.

Consumo por habitante

Outro indicador importante do estudo é o nível de "consumo individual efetivo", que segundo a OCDE representa uma melhor referência para comparações internacionais sobre o "bem-estar material" dos lares.
"Os dados sobre o consumo indicam se as pessoas têm um nível de vida razoável em relação ao PIB do país", ressalta Koechlin.
Também nesse critério, os emergentes continuam bem abaixo dos países ricos.
Nos Estados Unidos, primeira economia mundial, o índice de consumo individual efetivo por habitante é quatro vezes maior do que a média mundial.
Na China, segunda maior economia do planeta, esse índice de consumo individual representa apenas a metade da média mundial.
"O consumo individual efetivo por habitante nas grandes economias emergentes mostra variações importantes", afirma a OCDE.
Enquanto a China representa a metade e a Índia apenas cerca de um terço da média mundial de consumo, no Brasil e na Rússia os indicadores sobre o consumo efetivo por habitante estão ligeiramente acima da pontuação média.
Considerando-se a base de comparação igual a 100, o Brasil atinge 115 e, a Rússia, 175.
Na OCDE, o índice de consumo por habitante é de 295 e, nos Estados Unidos, de 432.

sábado, 12 de abril de 2014

Por que a Europa esta' em crise? Por isto mesmo: impostos muito elevados...

Off the Charts: Total Taxes on Wages Are Rising
The Organization for Economic Cooperation and Development reports that the average tax on wage income is climbing in many countries.

Total Taxes on Wages Are Rising


AFTER the financial crisis, many countries cut taxes to stimulate their economies. But since 2010, with concerns about government debt rising, the trend has gone the other way.
The Organization for Economic Cooperation and Development, a group of 34 countries that includes all major developed nations, on Friday released its annual Taxing Wages report, looking at how its member countries tax wage income. It found that average tax rates, which fell from 2007 through 2010, have since rebounded almost to 2007 levels.
The rates shown in the accompanying chart are the O.E.C.D. estimates for the taxes that would be levied on an unmarried person who earned the average 2013 wage in the private sector in the country. You should note that the percentage figures are not based on the salary, but on the total cost of the employee to the employer, including corporate payments of payroll taxes, like Social Security taxes in the United States.
The United States has a total 2013 tax burden — called a tax wedge by the O.E.C.D. — of 31.3 percent of total compensation, the study estimated. That was up from 30.4 percent in 2012, an increase largely caused by the end of the American government’s temporary reduction in Social Security tax rates. That left the United States with total wage taxes well below most of the other countries. The O.E.C.D. average was 36 percent.
Other nations with substantial increases last year were Portugal, where tax rates rose as the government followed a European-mandated austerity policy aimed at cutting budget deficits, and the Slovak Republic, which raised employer payroll taxes.
The O.E.C.D. said it thought countries should be changing their tax laws to encourage economic growth. “More needs to be done to shift the burden from labor to other types of taxes,” said Bert Brys, a senior tax economist at the organization’s Center for Tax Policy and Administration. He said environmental taxes and national sales taxes could be raised while taxes on wages were reduced, and he suggested that higher taxes on housing might be called for, partly to ward off new property price bubbles.

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Taxes Creep Higher

As Americans face the deadline for income tax payments next week, the Organization for Economic Cooperation and Development released its estimate of the total tax “wedge,” as they call it, for a single person earning the average salary in the private sector in each country. The percentages are of the total cost of employment, including both wages and payroll taxes paid by employers.

All O.E.C.D. countries
(Percentage of total labor costs to the employer)
TOTAL TAX “WEDGE”
CHANGE IN
TOTAL TAX
“WEDGE”
2010-13
TOTAL
2013 TAX
“WEDGE”
INCOME TAX
PAYROLL TAXES
EMPLOYEE
EMPLOYEE
EMPLOYER
Belgium
55.8

%
0.1
%
22.0

%
10.8

%
23.0

%
Germany
49.3

+
0.3

16.0

17.1

16.2

Austria
49.1

+
0.9

12.6

14.0

22.6

Hungary
49.0

+
2.4

12.5

14.4

22.2

France
48.9

1.0
10.4

9.8

28.7

Italy
47.8

+
0.6

16.3

7.2

24.3

Finland
43.1

+
0.8

18.4

6.2

18.6

Sweden
42.9

+
0.2

13.7

5.3

23.9

Czech Rep.
42.4

+
0.2

8.8

8.2

25.4

Slovenia
42.3

0.2
9.4

19.0

13.9

Greece
41.6

+
1.5

7.1

12.9

21.5

Portugal
41.1

+
4.0

13.1

8.9

19.2

Slovak Rep.
41.1

+
3.2

7.1

10.2

23.8

Spain
40.7

+
0.9

12.8

4.9

23.0

Estonia
39.9

0.2
13.0

1.5

25.4

Turkey
38.6

+
0.8

11.6

12.9

14.2

Denmark
38.2

0.1
35.8

2.7

Norway
37.3

+
0.0

18.9

6.9

11.5

Luxembourg
37.0

+
2.7

15.1

11.0

11.0

Netherlands
36.9

1.2
14.3

14.2

8.4

36.0

+
0.9

13.2

8.3

14.5

O.E.C.D. AVERAGE
Poland
35.6

+
1.4

5.9

15.3

14.4

Iceland
33.4

+
0.1

25.9

0.4

7.1

Japan
31.6

+
1.4

6.7

12.2

12.8

Britain
31.5

1.1
13.3

8.5

9.8

United States
31.3

+
0.9

15.4

7.0

8.9

Canada
31.1

+
0.6

13.7

6.6

10.8

Australia
27.4

+
0.6

21.8

5.6

Ireland
26.6

+
0.8

13.3

3.6

9.7

Switzerland
22.0

0.1
10.2

5.9

5.9

South Korea
21.4

+
1.3

4.6

7.5

9.3

Israel
20.7

0.1
8.4

7.5

4.8

Mexico
19.2

+
3.7

7.5

1.2

10.5

New Zealand
16.9

0.1
16.9

Chile
7.0
+
0.0
7.0