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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Brasil: gloriosamente a caminho do atraso, com a republica sindical dos companheiros - Dagoberto Godoy

Da coluna diária do jornalista gaúcho Políbio Braga, terça-feira, 16 de julho de 2013

Opinião, Dagoberto Godoy - A vitória das teses das centrais sindicais condenaria à morte a indústria e a economia do Brasil

* Dagoberto Godoy

A pauta das demandas prioritárias das centrais sindicais (relembrada na fracassada paralisação do dia 11) é encabeçada por três temas: 1) fim do fator previdenciário; 2) redução da jornada legal de trabalho; e 3) proibição da terceirização. Em geral, a opinião pública percebe e pode avaliar o que significam os dois primeiros e as suas consequências na vida do país. Já o terceiro, penso eu, aparece um tanto hermético para quem não é versado em economia e não conhece bem como funciona a economia industrial, em tempos de globalização e acirrada competitividade. Por isso pode passar desapercebida a ferrenha batalha ora travada, em torno da terceirização, entre as centrais sindicais e as confederações empresariais, com a CNI à frente (veja aí abaixo os panfletos eletrônicos).

A eventual vitória das centrais significará condenar a indústria e a economia do Brasil como um todo a uma ainda maior marginalização (a Petrobrás, por exemplo, já vem sofrendo o patrulhamento neste campo, um dos fatores da sua atual decadência, sob o governo petista). A proibição total da terceirização das atvidades-fim das empresas, como estabelece atualmente a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, seria um passo decisivo para nos condenar ao destino caudatário dos países fornecedores de matérias primas.

A polêmica não é exclusiva do Brasil, mas está presente em outros países deste continente atrasado em que vivemos, ultimo reduto das viúvas do comunismo (cujo símbolo evidente é a cúpula do Mercosul). Até por influência dos mais tacanhos, o problema está presente em outros mais alertas à realidade do século XXI, como Chile e Colômbia, por ex.

Viajarei amanhã para Bogotá, para palestrar sobre o tema, a convite de entidades empresarias colombianas. 

4 comentários:

Anônimo disse...
Olha, Políbio. As centrais sindicais do país não se deram por vencidas. Li matéria no O Globo, que planejam nova greve geral em agosto, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo Palácio do Planalto. E dizem que farão protestos em frente às sedes de entidades. Então, a ideia deles é tumultuar e deviar a atenção de reais problemas e da Dilma.
Anônimo disse...
Mas o Sr Dagoberto Godoy cogita que as consequências que ele está prevendo NÃO são os objetivos políticos pretendidos pelas Centrais Sindicais ??
Anônimo disse...
Não temos massas de trabalhadores nas fábricas.
Eles foram e estão sendo substituídos, cada vez mais, por máquinas e robos.
Nas fabricas hoje temos mais trabalhadores ténicos e especializados.
Os sindicatos vão ter que levar robôs
às ruas.

mjosé
Anônimo disse...
Estas Centrais, precisam é de porrete nas orelhas, bando de vadios, imprestáveis, gigolos dos Trabalhadores.
Vamos experimentar tirar os 2 dias do desconto "Assistencial" que todos os anos, ele botam a mão no bolso dos trabalhadores, pra ver como fica.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Centrais sindicais (menos a CUT) recusam apoio a politica industrial do Governo (com razao)

As centrais sindicais estavam sendo chamadas apenas para servir de "boi de presépio" de uma política que desconhecem, de cuja formulação não participaram e cujo conteúdo exato desconhecem. Fizeram muito bem.
Só a CUT, que é uma central amestrada, domada, comandada pelo poder se submete ao papel submisso de apoiador acrítico de tudo o que o governo faz. Enfim, ela foi comprada pelo governo, como a UNE, e dezenas de outras ONGs ditas sociais (mas que na verdade são apenas balcões de negócios).
Em todo caso, não se espere muito da nova política industrial do governo: deve ser a quarta ou a quinta que ele anuncia, sempre com resultados inócuos...
Paulo Roberto de Almeida

Centrais rechaçam convite para nova política industrial
Agência Estado, 29/07/2011

Os dirigentes da Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) divulgaram hoje nota à imprensa na qual rechaçam convite feito pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, para discutir a nova política industrial do governo federal. No texto, as lideranças sindicais ressaltam que a reunião foi marcada para as 8h30 da próxima terça-feira (dia 2), horas antes do anúncio das novas medidas de fomento à indústria nacional, marcado para as 11 horas. A expectativa, contudo, é de que a presidente Dilma Rousseff adie o anúncio, decisão que deve ser tomada amanhã (dia 30), em encontro com ministros no Palácio da Alvorada.

O secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Francisco Canindé Pegado, afirma que, nos últimos meses, as centrais sindicais se reuniram com o governo federal, mas que o assunto não foi abordado durante os encontros, apesar da demanda das entidades. "Essa convocação é praticamente para aplaudir a iniciativa. Isso nós não concordamos. Nós queremos propor medidas", afirma o dirigente da UGT, segundo o qual o "equívoco" de não convocar antes as entidades sindicais foi da equipe econômica do governo federal. "A presidente Dilma Rousseff foi muito sensível, inclusive pedindo um exame imediato, quando foi informada da gravidade da invasão de produtos chineses no Brasil", elogiou. "O equívoco foi da equipe econômica, que não deu a atenção devida aos interlocutores sindicais. Dessa vez, a equipe econômica derrapou", criticou.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, avalia também que a reunião foi marcada muito próxima do horário do anúncio, o que impede as entidades de debaterem de maneira efetiva a nova política industrial. "É pouco tempo", afirma. "O que o movimento sindical quer é discutir as questões gerais, como interlocutores sociais", acrescentou. O dirigente sindical opinou ainda que seria positivo se a presidente Dilma adiasse o anúncio das medidas.

Na nota, as centrais sindicais ressaltam que a necessidade de uma política industrial vem sendo discutida há meses com as entidades empresariais. "Só no mês passado, 58 mil empregos foram perdidos na indústria brasileira, segundo o Dieese. Os empresários brasileiros da área de calçados, têxteis e até da fabricação de ônibus estão transferindo suas fábricas para a Ásia, gerando empregos lá, e não aqui", destaca a nota.

"Diante deste quadro, não nos parece adequado que as centrais sindicais e os empresários sejam chamados agora, de surpresa, apenas para tomar conhecimento e aplaudir medidas que desconhecem", acrescenta. As centrais sindicais salientam ainda que estarão sempre prontas para conversar com o governo federal e apelam à presidente para que o diálogo com as entidades se torne "uma prática constante".