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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Venezuela: o regime chavista acabou; so falta enterra-lo; Brasil substitui Venezuela no apoio a ditadura cubana

Para todos os efeitos práticos, o regime chavista acabou: já não consegue mais enganar ninguém, e não se sustenta em suas próprias pernas (se ainda as tem...)..
Um regime que é obrigado a usar a força bruta para se manter já é um regime moribundo, o que quer que façam seus dirigentes, seja quantos forem as vítimas adicionais do regime, ele já acabou; mas cedo ou mais tarde vai ser preciso enterrá-lo e isso ainda vai custar um bocado de sacrifícios da população, que pagará duplamente: em desconforto material, penúria, desabastecimento; e também em repressão das liberdades elementares, sangue, mortos. Infelizmente. Ditaduras são assim, caem num banho de sangue.
Diferente é a ditadura cubana, que ascendeu numa aura de legitimidade, por ter supostamente livrado o país de uma ditadura corrupta e da dominação imperialista (o que não era bem verdade, como sabemos). Quando o regime se revelou totalitário, os mecanismos de repressão, controle, e mesmo de terror estatal já estavam instalados e era difícil desmantelá-los.
Agora, com o desastre anunciado da Venezuela caindo no abismo, caberá ao regime petista alimentar os companheiros cubanos, e esta viagem só pode ter este significado.
Dinheiro dos brasileiros estará indo para uma ditadura totalitária.
Paulo Roberto de Almeida

BRASIL CUBA

Lula viaja para Cuba para se reunir com Raúl Castro

Arko-Infolatam
Rio de Janeiro, 24 fev (EFE).-

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará amanhã para Havana, onde será recebido na terça-feira pelo presidente cubano, Raúl Castro, informou neste domingo sua assessoria de imprensa.
Lula permanecerá em Cuba até quinta-feira e durante sua visita se reunirá também com outros líderes do governo cubano, segundo um comunicado.
Durante a viagem, o ex-presidente falará sobre energia e produção agrícola com os dirigentes cubanos e também conhecerá o porto de Mariel, no oeste da ilha, projeto realizado com apoio do Brasil.
Em 27 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff e Raúl Castro inauguraram a primeira fase do porto do Mariel, cuja construção foi negociada por Lula.
O terminal, situado a 45 quilômetros ao oeste de Havana, está sendo construído pela Odebrecht e contou com um financiamento de US$ 682 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em sua última viagem à ilha, em janeiro do ano passado, Lula também visitou as obras do porto, construído para ser a principal porta de entrada e saída do comércio exterior cubano. EFE

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ditaduras sao sempre ordinarias, algumas mais que as outras; podem ser escravocratas, por exemplo...

A capataz dos médicos cubanos
Leonardo Coutinho, de Jaraguá do Sul, e Duda Teixeira
Revista Veja, 15/02/2014

Vivian Isabel Chávez Pérez se apresenta ora como doutora do Mais Médicos, ora como agente da Opas. Sua verdadeira função é controlar os passos dos compatriotas

Vivian Isabel Chávez Pérez é uma mulher de múltiplas facetas. Em agosto do ano passado, quando os primeiros médicos cubanos desembarcaram no Brasil como parte do programa de "intercâmbio" de saúde do governo federal, ela aparecia de jaleco branco exaltando a nobreza da missão em um portunhol azeitado. Vivian é apresentada em vídeos de divulgação do Ministério da Saúde como uma médica cubana comum. Puro jogo de cena. Em poucos dias ela já dava entrevistas à Prensa Latina, a agência de notícias da ditadura cubana, como porta-voz da missão no Brasil. Vivian não presta atendimento ambulatorial no Brasil nem consta na lista dos profissionais enviados aos rincões do país pelo programa Mais Médicos. No dia 1º de novembro, ela surgiu em um café da manhã de boas-vindas a 100 cubanos no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, no Rio Grande do Sul, sentada à mesa das autoridades, ao lado do governador Tarso Genro e da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ali, foi apresentada como coordenadora da Organização Panamericana de Saúde (Opas), entidade da ONU que intermediou a importação de médicos de Cuba pelo Brasil. Nessa função, Vivian vigia os compatriotas e exerce sobre eles um extraordinário poder de convencimento.

Entre os cubanos tutelados por Vivian estão as médicas Yamila Valdes Gonzales e Yamile Mari Nin, que trabalham em postos de saúde da zona rural de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Em dezembro, o Ministério da Saúde foi avisado pela prefeitura de que Yamila e Yamile queriam desistir do programa e voltar para Cuba. Elas não se conformavam em receber menos de 1000 reais de salário, enquanto os outros dois profissionais do Mais Médicos na cidade, uma cazaque e um mexicano, ganham 10000 reais. Sem dinheiro para cobrir as despesas básicas em uma das cidades com maior custo de vida do estado, elas foram acolhidas por funcionários da prefeitura, que se revezavam para convidá-las para comer em suas casas e recebiam donativos para que pudessem mobiliar e equipar o seu apartamento, cujo aluguel é pago pelo município. Ao contrário dos médicos de outras nacionalidades, as cubanas não receberam o auxílio para as despesas de instalação previsto no programa, que varia de 10 000 a 30 000 reais. "Elas sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento. Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui", diz Nádia Silva, coordenadora dos serviços de atenção básica da Secretaria de Saúde do município, onde um auxiliar de enfermagem recebe salário inicial de 1 800 reais.

Compreendendo o estado de penúria em que Yamila e Yamile se encontravam, o secretário de Saúde, Ademar Possamai, imaginava que o pedido de demissão seria aceito. Em vez disso, a prefeitura recebeu uma ligação de Vivian, que pediu para falar com as médicas por telefone. A conversa foi privada e as duas cubanas jamais revelaram aos seus amigos na cidade o que lhes foi dito. O fato é que elas mudaram radicalmente de postura, voltaram ao trabalho no dia seguinte e nunca mais reclamaram. Vivian agora se comunica com elas todos os dias, por telefone ou por e-mail. Yamila e Yamile, que não quiseram ser entrevistadas, continuam enfrentando os mesmos problemas financeiros de antes. "Elas estavam determinadas a voltar para Cuba, e agora parecem apavoradas. Não consigo imaginar o que essa mulher disse a elas", diz Possamai. O cubano Júlio Alfonso consegue. Ele é diretor de uma ONG com sede em Miami, nos Estados Unidos, que dá assistência a mais de 4000 médicos que fugiram da ditadura dos irmãos Castro. "Tal como capatazes, os chefes das missões cubanas contam com uma rede de informantes e com o poder de sugerir punições aos médicos quando eles voltarem ao seu país", diz Alfonso. É assim na Venezuela, de onde só em 2013 fugiram 3000 médicos cubanos, e, como está cada vez mais claro, também no Brasil. Vivian tem a experiência e a influência necessária para controlar colegas. Ela foi chefe de uma missão de saúde na Nicarágua, em 2009, e ocupou um cargo importante no governo da província de Cienfuegos, em Cuba, em 2011, algo só permitido a cidadãos de extrema confiança do Partido Comunista. Em rápida entrevista a VEJA, por telefone, Vivian — que dá expediente num escritório do Ministério da Saúde em Porto Alegre e acumula três cargos no governo do estado — se identificou como representante da Opas para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina e confirmou ter conversado com Yamila e Yamile. "Foi um mal-entendido, não teve problema nenhum. Elas não entenderam alguma coisa, mas já está tudo resolvido", diz Vivian, negando-se a dar mais detalhes.

Dos 6 600 profissionais que participam do Mais Médicos, atualmente 5400 são cubanos. Destes, 22 voltaram ou foram devolvidos a Cuba. Quatro fugiram, entre eles Ortelio Guerra, que na semana passada anunciou por Facebook que já se encontra nos Estados Unidos. Apenas uma, Ramona Matos, pediu asilo no Brasil. O relato dela confirma a existência de capatazes regionais. Ramona prestava contas a um "coordenador" em Belém do Pará, para quem devia pedir autorização até para viajar a outras cidades e para participar de churrascos. Para dificultar ainda mais a fuga dos seus médicos, o governo cubano entregou-lhes um passaporte que só vale para o Brasil. Esse documento, de capa vermelha, não é aceito por outros países, porque Cuba já emite uma versão convencional, em azul. Na semana passada, o governo brasileiro juntou-se aos esforços da ditadura caribenha para anular a liberdade dos cubanos. Foram publicadas novas penalidades para os estrangeiros que abandonarem o programa, entre as quais o pagamento de multas e o ressarcimento das ajudas de custo e das passagens aéreas. "Isso é ilegal, pois o investimento na contratação de um funcionário corre por conta e risco do patrão", diz o advogado trabalhista Fábio Chong, em São Paulo. Ele completa: "Essas punições são mais um artifício para obrigar os médicos a trabalhar em condições análogas à escravidão".


Com reportagem de Isabel Marchezan, de Porto Alegre

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Brasil dos companheiros: ditadura cubana "contagiosa" - Editorial Estadao


Editorial O Estado de S.Paulo
Ao cancelar o registro para exercício da medicina pela cubana Ramona Matos Rodríguez, que veio ao Brasil no programa Mais Médicos do governo federal, o Ministério da Saúde exibiu mais uma violação dos direitos individuais dos profissionais da saúde "importados" da ilha caribenha para clinicar no País. Esta portaria do Ministério da Saúde institucionaliza uma situação de "dois pesos e duas medidas", que contraria a igualdade dos cidadãos perante a lei, essencial na democracia.
Há dois anos, o governo brasileiro vinha negociando com a ditadura dos irmãos Castro a vinda de médicos de Cuba para suprir deficiências de pessoal para a saúde pública em nossos grotões. Sob desconfiança generalizada, a equipe de Dilma Rousseff tentou manter tais tratativas sob sigilo. Mas, enfim, seguindo a prioridade do marketing da administração petista, anunciou o programa Mais Médicos para preencher vagas em postos de saúde dos ermos do interior com profissionais estrangeiros, a grande maioria deles cubanos. Empreendido na gestão do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, candidato do PT, partido da presidente, ao governo do maior Estado da Federação, São Paulo, o plano já mostrou ser uma eficiente forma de conquistar votos nas eleições de outubro, seja para a reeleição de Dilma, seja para a pretensão de fazer de Padilha sucessor do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, também candidato à reeleição. A população, antes desassistida, do interior mais remoto do Brasil recebeu esses estrangeiros de braços abertos, a ponto de suprir as carências causadas pela baixa remuneração do corpo médico (só no caso dos cubanos) com alimentos e outros mimos. Isso, contudo, não tem sido suficiente para prover uma qualidade de vida compatível com a expectativa destes médicos. A presença de outros estrangeiros, em muito menor número e gozando de condições mais dignas de trabalho, bastou para chamar a atenção dos ilhéus para a cruel discriminação por eles sofrida aqui. Dos 6.658 participantes, 5.378 vieram da ilha caribenha. Os 1.280 de outros países são minoria.
Primeira médica a pedir para se desligar desse programa, Ramona, que trabalhava em Pacajá (PA), deixou o trabalho em 3 de fevereiro, alegando haver desistido do projeto após ter tomado conhecimento de que ganha muito menos do que colegas de outras nacionalidades, embora, por convênio firmado entre Cuba, o Brasil e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), seu salário seja de R$ 10 mil mensais. Conforme informou ao líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), a quem pediu abrigo para ficar no País, ela, na verdade, recebia o equivalente a R$ 400 por mês, menos que o salário mínimo, de R$ 724.
O Ministério da Saúde reconheceu que, além de Ramona e de Ortelio Guerra, que fugiu do Recife para os Estados Unidos, as prefeituras para cujos postos foram enviados comunicaram o desaparecimento de mais três cubanos. E é provável que a onda de deserções esteja apenas começando. Segundo a organização Solidariedade Sem Fronteiras, que, em Miami, ajuda médicos cubanos que querem desertar, de sete a oito cubanos a serviço na Bolívia, na Nicarágua e principalmente na Venezuela lhe telefonam por semana. Pelos cálculos da entidade, já fugiram pelo menos 5 mil médicos, enfermeiros e terapeutas cubanos numa década.
A situação dos cubanos no Brasil não é menos degradante do que nos países citados. Além da indignidade de pagar à ditadura dos Castros a parte do leão, ficando os trabalhadores com praticamente um troco como remuneração pelo serviço prestado, o governo brasileiro se submete a exigências da ditadura cubana, como a proibição de médicos cubanos saírem das cidades onde trabalham sem autorização. É também o caso do cancelamento do registro de Ramona, que clinicava aqui para contribuir para as divisas de Cuba e o marketing eleitoral dos companheiros brasileiros. Agora, por ordem do Ministério da Saúde, sempre que um médico cubano faltar ao trabalho, sua ausência deve ser comunicada à polícia. Pelo visto, a ditadura cubana é contagiosa.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ditadura cubana ganha mais com trabalho escravo do que com exportacoes comerciais - Editorial Estadao

A informação é deste editorial e caberia comprovar. Se isso for verdade, cabereia uma investigação da OIT, que como sabemos não virá, dada a hipocrisia natural dessas grandes burocracias internacionais.
Mas é alarmante que o Brasil participe da farsa.
Destaco este trecho do editorial abaixo:

Em 2011 Bolívia e Venezuela pagaram a Cuba por médicos "importados" US$ 8 bilhões, valor superior ao que rendeu o total das exportações do país naquele ano. E isso antes de o Brasil ser acrescentado à relação dos países amigos importadores...

Paulo Roberto de Almeida

Mais médicos: ilegal e imoral

12 de fevereiro de 2014 | 2h 12

O Estado de S.Paulo
A médica cubana Ramona Matos Rodríguez, que deixou o Mais Médicos em 4 de fevereiro e pediu asilo ao Brasil, foi convocada a depor no inquérito presidido pelo promotor Sebastião Caixeta no Ministério Público do Trabalho (MPT) para investigar a violação de direitos trabalhistas nesse programa. O promotor preparou um relatório preliminar da investigação em que afirmou serem necessários ajustes no Mais Médicos para corrigir o desvirtuamento das relações de trabalho.
De fato, desde que a presidente Dilma Rousseff e o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que deixou a Esplanada dos Ministérios para se candidatar ao governo do Estado de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), anunciaram a "importação" de médicos estrangeiros (a grande maioria de cubanos), nunca faltaram questionamentos sobre práticas heterodoxas nesse programa.
A forma bizarra da remuneração é a mais polêmica delas: por meio de um convênio feito com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o governo brasileiro passa a maior parte dos R$ 10 mil mensais pagos por cada um dos 5,4 mil profissionais cubanos que já exercem a medicina no interior do País diretamente para o governo cubano, uma ditadura caribenha comandada com punhos de aço pelos irmãos Castro, Fidel e Raúl. Mas desta quantia, que seria uma fortuna para qualquer cubano, apenas R$ 900 são pagos ao profissional pelos serviços que presta, conforme relatou ao Estado Andres Manso, que atende em Quipapá (PE), a 180 quilômetros do Recife. No posto de saúde de Mustardinha, na periferia da capital pernambucana, Anais Rojas relatou à repórter Angela Lacerda uma situação similar à de outros patrícios que embarcaram para o Brasil para ganhar mais: "Ganho menos do que a enfermeira que trabalha comigo".
O equivalente a mais R$ 1.400 é entregue a familiares do contratado na ilha. E o dinheiro que sobra - a parte do leão - fica com o ditador cubano. Em 2011 Bolívia e Venezuela pagaram a Cuba por médicos "importados" US$ 8 bilhões, valor superior ao que rendeu o total das exportações do país naquele ano. E isso antes de o Brasil ser acrescentado à relação dos países amigos importadores...
Além da polêmica da remuneração, o Mais Médicos chamou a atenção do MPT por violar direitos elementares que trabalhadores usufruem no Brasil desde a edição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em 1.º de maio de 1943, no Estado Novo de Getúlio Vargas. Segundo o promotor Caixeta, apesar de alegar que oferece uma bolsa para capacitação profissional de médicos cubanos no Brasil, o que o governo federal deles cobra é a prestação de serviços médicos. "A Medida Provisória (que criou o Mais Médicos) exclui uma coisa prevalente, que é essa relação de trabalho. Nega a realidade contra dispositivos constitucionais", escreveu ele no relatório.
O ex-ministro do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho Almir Pazzianotto Pinto concorda com o promotor, ao lembrar que o direito trabalhista brasileiro é original em relação ao de outros países, inclusive do Primeiro Mundo, ao exigir do patronato (no artigo 3.º da CLT) o vínculo empregatício de qualquer cidadão, brasileiro ou estrangeiro, que trabalhe em território nacional. "Os médicos cubanos em atividade no Brasil deveriam dispor de sua carteira de trabalho comum assinada pelo governo federal ou pelas prefeituras dos municípios onde clinicam", assegurou.
As entidades médicas brasileiras têm reclamado da situação irregular dos colegas cubanos, mas os petistas no governo federal argumentam que essa posição é enfraquecida por seus interesses corporativos. Só que políticos que militam num partido dito "dos trabalhadores" nunca deveriam condescender com abusos trabalhistas e limitações impostas aos médicos cubanos dos quais se exige autorização para saírem das cidades para as quais foram destinados, uma óbvia violação ao direito elementar dado a qualquer cidadão autorizado a viver no País: o de "ir e vir". Usado pelo PT no marketing da campanha política, o programa Mais Médicos está a merecer, então, uma devassa mais rigorosa da Justiça, pois parece ser ilegal e imoral.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Escravos modernos, uma ditadura ordinaria: Cuba e seus 'medicos'... - Polibio Braga

Da coluna diária do jornalista Políbio Braga, 7/02/2014:

Exclusivo - Eis as ditatoriais Diretrizes para os trabalhadores do "Mais Médicos"

O editor colocou a mão em uma das vias do documento que o governo de Cuba entregou para cada um dos 3 mil médicos que vieram para o Brasil no âmbito do programa "Mais Médicos". As questões de salários não são tratadas nas Diretrizes. 

. Da mesma forma que o contrato revelado pela médica Ramona, este documento contém Diretrizes para Missões no Exterior.

. São 12 alentadas páginas. Nelas, é possível perceber o caráter autoritário imposto a cada trabalhador, que sequer pode "estabelecer relações amorosas com nativos se este não estiver de acordo com o pensamento revolucionário", conforme item b do Capítulo III, que trata dos "deveres dos trabalhadores". Pior ainda: a relação amorosa não pode ser "desmedida", seja lá o que isto possa significar.

. É proibido consumir bebidas alcoólicas em qualquer lugar público, o que inclui bares e boates.

. Tomar dinheiro emprestado é considerado crime de lesa majestade (item o do capítulo III)

. As Diretrizes também dizem muito sobre o sistrema de terror com que os médicos são tratados, submetidos a estreita vigilância. A infração de qualquer mandamento significa afastamento da missão e imediato retorno a Cuba e expurgo de missões futuras pelo prazo de 10 anos.

. São disposições do tipo nazi-fascista, típicas dos regimes ditatoriais que impuseram o terror na Europa durante a II Guerra Mundial.

. No item i,fica clara a vigilância sobre os trabalhadores:

- Para saídas depois das 6 da tarde, o médico terá que solicitar permissão ao seu chefe imnediato, informando onde irá, se irá com companheiros cubanos ou nativos, além do lugar a visitar.

. Nos itens seguintes, k e m, é explícita a proibição para deslocamentos para fora da cidade, Estado e País.

. A participação em atos públicos considerados "inconvenientes" é proibida.

. O Capítulo IV das Diretrizes trata dos direitos dos trabalhadores, o que inclui férias de 30 dias, mas "somente em Cuba".

CLIQUE AQUI para examinar o fac simile das Diretrizes.
CLIQUE AQUI para ver este video com depoimento de um médico cubano

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Atracao fatal: o estranho caso do ditador que atrai todos os dirigentes da America Latina

De fato, parece muito estranho.
O que teria de útil a dizer para dirigentes que tentam administrar países com diferentes problemas econômicos e sociais um ex-ditador aposentado que converteu seu país, de um dos mais avançados na América Latina em um dos mais atrasados atualmente?
Mais ainda: o que teria ele a ensinar em matéria de democracia e direitos humanos um ex-ditador que ficou no poder por mais de meio século, nunca promoveu eleições livres e prende simples opositores políticos com cadeia, sem respeitar um patamar mínimo de direitos humanos?
O que pensam sobre isso esses dirigentes latino-americanos?
Nada?
São inconscientes, indiferentes a respeito da situação de miséria da população cubana?
Apenas se preocupam com o terrível embargo norte-americano?
Patético...
Paulo Roberto de Almeida

La atracción de Fidel Castro: de dictador a mito viviente

Infolatam
Madrid, 2 de febrero de 2014
(Especial para Infolatam por Rogelio Núñez)-. Fidel Castro se ha convertido en un caso único en la historia de los dictadores en América latina. La mayoría acabaron en el exilio (de Porfirio Díaz a Alfredo Stroessner pasando por Fulgencio Batista), perseguidos (Augusto Pinochet) o juzgados (las Juntas Militares argentinas o Alberto Fujimori). En el caso del líder cubano, este vive un retiro dorado en el que los actuales presidentes latinoamericanos no paran de mostrarle respeto y admiración.
La última cumbre de la Celac celebrada en La Habana ha sido testigo de cómo muchos de los 32 presidentes que acudieron a la isla rendían una visita de respeto al viejo comandante y dictador.
Como en la gran novela de Gabriel García Márquez (“El Otoño del Patriarca”), el general, de 88 años, mantiene su lucidez pero le fallan sus condiciones físicas (se ve a un Fidel Castro muy envejecido y casi siempre sentado).
“No hay castigo más humillante ni menos merecido para un hombre que la traición de su propio cuerpo “, escribió en su día el nobel colombiano, una situación que recuerda a la actual  de Fidel Castro.
Quienes le visitan -desde los de centroderecha (Enrique Peña Nieto), y de centroizquierda (Dilma Rousseff y José Mujica) hasta, claro está, los bolivarianos (Daniel Ortega, Evo Morales, Nicolás Maduro y Rafael Correa) – confirman que mentalmente está lúcido (sigue siendo un seductor en las pequeñas distancias), aunque físicamente (y es lógico) ya no es el mismo.
Fidel, una leyenda viviente
Como dijo Rafael Correa, “siempre conversar con una leyenda viviente como Fidel Castro es un privilegio. Cuando usted habla con Fidel siente que habla con un viejo sabio, me recuerda a esos jesuitas ya mayores retirados de toda una vida de servicio y con su formación tan profunda”.
Fidel Castro con Evo, Ortega y Correa
Fidel Castro con Evo, Ortega y Correa
Y esa leyenda ha ejercido una clara atracción para los presidentes de las dos grandes potencias regionales, Brasil y México, que no han dudado en visitar a Castro.
Granma aseguraba que en su visita a Fidel, “Dilma comentó su satisfacción por el desempeño de nuestros médicos en los lugares más apartados de Brasil”, al aludir al envío a ese país de unos 10.000 médicos cubanos.
“El encuentro fue una expresión del afecto y la admiración entre Fidel y Dilma”, agregó el diario.
Por su lado, Enrique Peña Nieto no dudó en calificarle de “líder político y moral de Cuba, al presidente Fidel Castro”.
Y poco después, en una entrevista informal, Peña Nieto se mostró emocionado por el encuentro y consideró que un personaje de la talla de Fidel Castro “siempre es importante”.
El venezolano Nicolás Maduro reivindicó a Fidel Castro como “un gigante de la historia”: “El siglo XX lo marcó completico. Hay que hablar del siglo XX americano y de nuestro mundo antes y después de Fidel, sin lugar a dudas, así griten, chillen, lloren, se revuelquen contra la tierra los fascistas, la derecha y toda la gente derrotada durante décadas por este gigante”.
Un dictador alabado por presidentes, de centroderecha y de centroizquierda, electos democráticamente.
Algo que no dejó de sorprender como señalaba el analista del diario Excelsior, Leo Zuckermann: “Cuando un gobierno democrático legitima a una dictadura sólo puede justificarse porque le conviene a sus intereses. Ya sea porque la dictadura en cuestión es un socio comercial importante, una potencia mundial o un país que puede ayudar en mucho a la democracia en cuestión. Y hasta en esos casos incluso resulta cuestionable. Por razones morales, nunca una democracia debe apoyar una dictadura”.
La izquierda rendida al influjo castrista
Fidel Castro ejerce, es evidente un magnetismo especial para la izquierda, tanto la moderada como la radical.
Para todos es un referente. Lo es para un antiguo guerrillero como José Mujica, devenido ahora el izquierdista moderado. El presidente uruguayo quien se reunió con Fidel Castro en La Habana, dijo que se encontró ante un líder cubano a quien los años “se le han venido encima y está físicamente deteriorado”…
Fidel Castro con José Mujica
Fidel Castro con José Mujica
Pero no pudo reprimir su admiración: “El Fidel anciano está en línea con la figura legendaria y es una fuente de aprendizaje y un honor poder intercambiar con él”.
En esa misma línea caminó Cristina Kirchner,vinculada sentimentalmente a las luchas de la izquierda radical en los años 70, quien no escondió el placer que sentía al estar junto a exdictador.
“La Habana. Lunes 27. Ayer domingo memorable, si los hay. Junto a Florencia, invitación de Fidel para almorzar con familia. Hermoso de verdad. Conocí a 2 de sus nietos que querían sacarse una foto conmigo. Qué honor!”, confesó la argentina.
El presidente de Ecuador, Rafael Correa, se mostró como uno de los grandes aliados de la Cuba castrista cuando admitió que “siempre es un placer hablar con Fidel, por supuesto muy lúcido, y bueno, hablamos de todo, todos los ataques que ha sufrido Cuba a través de estos años, cómo les mandaban hasta epidemias para matar ganado, etcétera, y que quiebre Cuba, cómo Estados Unidos trató siempre de anexar Cuba”.
Estas palabras no hacen sino reflejar lo que piensan otras figuras como el presidente de Bolivia, Evo Morales, o el de Nicaragua, Daniel Ortega.
En ese mismo sentido, el venezolano Nicolás Maduro reivindicó a Fidel Castro como “un gigante de la historia”: “El siglo XX lo marcó completico. Hay que hablar del siglo XX americano y de nuestro mundo antes y después de Fidel, sin lugar a dudas, así griten, chillen, lloren, se revuelquen contra la tierra los fascistas, la derecha y toda la gente derrotada durante décadas por este gigante”.
Así pues, la Cumbre de la Celac ha servido para algunas pocas cosas que tienen que ver con la integración regional pero sobre todo ha afianzado al régimen de Raúl Castro y ha confirmado que Fidel sigue siendo una leyenda y un mito en vida al que se le perdona todo.

11 comentarios a “La atracción de Fidel Castro: de dictador a mito viviente”

  1. Decir una verdad cuesta tanto.... dijo:
    “Como era de esperarse, Estados Unidos y los monopolios mediáticos que manejan a su antojo intentaron boicotear la cita de los 33 países independientes situados al sur del Río Bravo. Los grandes medios de comunicación ignoraron la Cumbre porque a sus dueños no les interesan los pueblos, para ellos no existimos. Eso es lo que se expresa en las salas de redacción de estos medios: amargura, en ese intento por omitir un hecho histórico, el que después de tantos años América Latina y el Caribe se haya unido.
    Mas, no pudieron sabotear la cumbre. Fue un éxito total, acotó. El presidente -de Venezuela- señaló que Estados Unidos estaba derrotado tras la realización de la II Cumbre de la CELAC en La Habana. Tanto es así que calificaron el apoyo regional recibido por Cuba, un país que para ellos comete “acciones represivas”, como una traición de los latinoamericanos y caribeños, tal y como declaró un funcionario del Departamento de Estado de EE.UU. este jueves.
    ¿Que somos unos traidores? Que se traguen su declaración, porque América Latina y el Caribe seguirá su rumbo en paz con tranquilidad, en la diversidad y de manera unitaria, agregó Maduro, al insistir en la trascendencia de una cita en la cual presidentes “guerrilleros, indios, obreros, empresarios”, con una diversidad política, trabajaron hacia la concreción del sueño de los próceres de ver a una América Latina y Caribeña unida en su diversidad.
    El evento demostró lo acompañada que está Cuba, un país que ha construido una política internacional de mucho prestigio, y que no está sola, como lo demuestran 22 votaciones anuales en la ONU, ya con el 99% contra el bloqueo económico, financiero y comercial impuesto por Estados Unidos”
  2. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    No es la primera vez que los cubanos estamos solos, es necesario recordar que hace casi dos siglos, en 1826, Simón Bolívar le escribió una carta al general Santander para convencerlo de que no era conveniente apoyar la independencia de Cuba: “General, la independencia de Cuba puede esperar, nos basta con un Haití en el Caribe”.
  3. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    La CELAC, la ONU y la OEA demostraron que no respetan ni el derecho internacional ni las propias resoluciones de Naciones Unidas. La complicidad con el régimen militar cubano llegó a tal punto que no se dijo una sola palabra sobre el buque Chong Chong Gang, que intentó pasar un contrabando de armas cubanas por el Canal de Panamá, que pudo poner en peligro la vida de los habitantes de las ciudades de Panamá y Colón, además de violar el embargo militar impuesto por la ONU a Pyongyang.
  4. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    Hugh Griffiths, experto en tráfico de armas del International Peace Research Institute de Estocolmo, declaró: “Da la impresión de que fue claramente una violación a las sanciones de la ONU y por eso trataron de camuflarlo y esconderlo”, afirmó Griffiths. “Es equipo militar prohibido por las sanciones de la ONU, de modo que, sin importar si el pago es mediante un canje o con dinero en efectivo, constituye una violación”.
  5. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    Ese contrabando fue organizado por la cúpula militar del régimen castrista. Mientras el buque Chong Chong Gang estaba anclado en un puerto cubano esperando su carga mortífera, Raúl Castro recibió al jefe del Estado Mayor General del Ejército Popular de Corea del Norte, Kim Kyok Sik, el más alto jefe militar norcoreano. Véase más información aquí.
  6. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    Por ello, el cinismo alcanza su máximo esplendor cuando en el documento final de la cumbre se expresa:
    “La proclamación de América Latina y el Caribe como Zona de Paz, debatida primero por los Coordinadores Nacionales, luego por los Cancilleres y finalmente por los mandatarios, constituye sin duda uno de los hitos de la cita”.
  7. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    Al menos dos generaciones de cubanos han sufrido la tiranía de los hermanos Castro. Mientras más tiempo pase, más aumentará la destrucción física y el daño antropológico causados a Cuba por el castrismo, y más sangre cubana será derramada.
    Véanse los vídeos de cómo era Cuba y cómo el comunismo la destruyó:
  8. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    ¿No es un ser despreciable quien apoya a un régimen que asesina niños? Véanse los vídeos con algunos de los niños asesinados por orden de Fidel y Raúl Castro:
  9. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    EL 5 de mayo de 1959, Fidel Castro Ruz expresó su admiración por los éxitos logrados por Uruguay. Véase:
    “Uruguay ha demostrado ante el mundo la falsedad de que los latinoamericanos no sabemos tener instituciones permanentes. Uruguay ha demostrado ante el mundo que América puede tener un pensamiento y ceñirse a él, y que los latinoamericanos somos capaces de realizar una gran obra política o social (…)”.
    A pesar de ello, el 5 de mayo de 1962, exactamente a los tres años de que Fidel Castro Ruz hubiese pronunciado esas palabras, fue asesinada a balazos Dora Isabel López de Oricchio, estudiante de enfermería, cuando un centenar de ‘revolucionarios’ a las órdenes de Raúl Sendic atacaron e incendiaron la sede de la Confederación Sindical del Uruguay. Fidel Castro Ruz promovió el terrorismo contra un gobierno democráticamente elegido por el pueblo uruguayo, entrenando militarmente a centenares de guerrilleros uruguayos, a los que les suministró armas y cuanto necesitasen para causarle dolor a Uruguay.
    Como dijo el expresidente uruguayo Luis Alberto Lacalle expresa:
    “La destrucción de la convivencia nacional desde 1963 y su consecuencia natural de la dictadura que soportamos tiene un nombre: Fidel. En vano el Che aconsejó que en el Uruguay no se usara otra arma que la del sufragio. No, había que ‘latinoamericanizarse’ en el peor de los sentidos, bajar hacia lo peor del continente en la desvariada creencia de que “lo peor era lo mejor”. ¡Cuantos muertos y torturados deben de figurar en esa cuenta maldita!”.
  10. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    Durante varias décadas, Cuba ha sido el santuario del terrorismo mundial. Véase el reciente documental cubano donde se ensalza a tres asesinos integrantes de la banda terrorista ETA:
  11. Manuel Castro Rodríguez dijo:
    CELAC quiere que EEUU saque a la Cuba castrista de la lista de los países que promocionan el terrorismo. Estos gobernantes pretenden ignorar que durante varias décadas Cuba ha sido el santuario del terrorismo mundial. Véase el reciente documental cubano donde se ensalza a tres asesinos integrantes de la banda terrorista ETA:

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Republica Escravocrata de los Companeros Totalitarios (muy amigos de la plata)

Médica cubana Ramona Matos Rodriguez na liderança do DEM
G1, 4/01/2014

A médica cubana Ramona Matos Rodriguez buscou abrigo nesta terça-feira (4) no gabinete da liderança do DEM na Câmara dos Deputados depois de abandonar o programa Mais Médicos, do governo federal. Ramona afirmou que pedirá asilo ao governo brasileiro.
Ela contou que "fugiu" no último sábado (1) de Pacajá, no Pará, onde atuava em um posto de saúde, depois de descobrir que outros médicos estrangeiros contratados para trabalhar no Brasil ganhavam R$ 10 mil por mês, enquanto os cubanos recebem, segundo ela, recebem US$ 400 (cerca de R$ 965).
Segundo ela, outros US$ 600 são depositados em uma conta em Cuba e liberados aos profissionais depois do término do contrato no Brasil. Ramona disse que chegou a Brasília no próprio sábado, mas não quis informar o local.
Ela contou que pediu ajuda ao deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) para que pudesse ter a segurança assegurada, mas não explicou como conhece o parlamentar, um dos mais duros críticos do programa federal.
"Eu penso que fui enganada por Cuba. Não disseram que era o Brasil estaria pagando R$ 10 mil reais pelo serviço dos médicos estrangeiros. Me informaram que seriam 400 dólares aqui e 600 pagos lá depois que terminasse o contrato. Eu até achei o salário bom, mas não sabia que o custo de vida aqui no Brasil seria tão alto", afirmou a cubana.
De acordo com Ramona, o governo cubano também havia informado que os médicos poderiam trazer familiares para o Brasil, o que, segundo ela, não ocorreu. “Tem gente tentando trazer os parentes e não conseguem.”
A médica relatou ainda que tinha permissão do governo cubano para visitar outras cidades do Brasil, mas destacou que precisava avisar do deslocamento a um “supervisor cubano”, que ficava em Belém.
Ramona afirmou que chegou ao Brasil em dezembro e mostrou a jornalistas um contrato firmado com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, empresa que teria intermediado a vinda da médica ao país.
No lançamento do programa no ano passado, o governo divulgou que o acordo com Cuba foi intermediado pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), que receberia R$ 510 milhões por um semestre de serviços, repassando parte do dinheiro a Havana.
Abrigo na Câmara
A cubana foi apresentada no plenário da Câmara por Caiado, que relatou a fuga e disse que ela ficaria no gabinete da liderança do partido até obter o asilo. Segundo o deputado, o advogado do partido ingressará nesta quarta (5) com pedido no Ministério da Justiça para que Ramona possa permanecer em definitivo no Brasil.
"O DEM se coloca à disposição com estrutura física e jurídica. Pedimos ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, segurança e vamos adaptar o gabinete para que ela possa ficar aqui, colocar colchão, providenciar local para banho", disse.
O deputado ainda garantiu que o gabinete estará aberto para todos os médicos cubanos que quiserem se "refugiar"

A cubana afirmou que não deixará a Câmara porque teme ser presa. Ela afirmou ainda estar preocupada com a filha, que mora em Cuba. "Tenho uma filha que é médica e mora lá. Esse é o grande problema", disse.

Ramona tem 51 anos e atua como médica há 27 anos. Ela afirmou que sua especialidade é clínica médica. O deputado Ronaldo Caiado disse que se a médica não obtiver asilo do governo brasileiro, será presa em Cuba por "desertar" o país.
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Médica cubana na Câmara exibe contrato com uma tal "Sociedade Mercantil Cubana", que ninguém sabe o que é (Pedro Ladeira/FolhaPress)

Médica cubana na Câmara exibe contrato com uma tal “Sociedade Mercantil Cubana”, que ninguém sabe o que é (Pedro Ladeira/Folhapress)

Que título forte, não é, colegas? Será que exagero? Acho que não. O caso é complicado mesmo. Vou lhes contar uma história que envolve trabalho escravo, tirania política e , não sei não, podemos estar diante de um caso monumental de tráfico de divisas, lavagem de dinheiro e financiamento irregular de campanha eleitoral no Brasil. Vamos com calma.

O busílis é o seguinte. Ramona Matos Rodriguez, de 51 anos, é uma médica cubana, que está em Banânia por causa do tal programa “Mais Médicos” — aquele que levou Alexandre Padilha a mandar a ética às favas ao transmitir o cargo a Arthur Chioro. Ela atuava em Pacajá, no Pará. Como sabemos, cada médico estrangeiro custa ao Brasil R$ 10 mil. Ocorre que, no caso dos cubanos, esse dinheiro é repassado a uma entidade, que o transfere para o governo ditatorial da ilha, e os tiranos passam aos doutores apenas uma parcela do valor — cerca de 30%. Os outros 70%, na melhor das hipóteses, ficam com a ditadura. Na pior, nós já vamos ver.

Pois bem. No caso de Ramona, ela disse receber o correspondente a apenas US$ 400 (mais ou menos R$ 968). Outros US$ 600 (R$ 1.452) seriam depositados em Cuba e só poderiam ser sacados no seu retorno ao país. O restante — R$ 7.580 — engordam o caixa dos tiranos (e pode não ser só isso…). Devem atuar hoje no Brasil 4 mil cubanos. Mantida essa proporção, a ilha lucra por mês, depois de pagar os médicos, R$ 30,320 milhões —ou R$ 363,840 milhões por ano. Como o governo Dilma pretende ter 6 mil cubanos no país, essa conta salta para R$ 545,760 milhões por ano — ou US$ 225,520 milhões. Convenham: não é qualquer país que amealha tudo isso traficando gente. É preciso ser comuna! Mas vamos ao caso.

Ramona fugiu, resolveu desertar. Não consegue viver no Brasil com os US$ 400. Sente-se ludibriada. Ocorre que os cubanos que estão por aqui, o que é um escárnio, obedecem às leis de Cuba. Eles assinam um contrato de trabalho em que se obrigam a não pedir asilo ao país — o que viola leis nacionais e internacionais. Caso queiram deixar o programa, não podem atuar como médicos no Brasil — já que estão proibidos de fazer o Revalida e só podem atuar no Mais Médicos — são obrigado a cair nos braços dos irmãos Castro. A deportação — é esse o nome — é automática.

Pois bem. Ramona quis cair for do programa. Imediatamente, segundo ela, passou a ser procurada pela Polícia Federal do Brasil. Acabou conseguindo contato com o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é médico, e está agora refugiada em seu gabinete — na verdade, no gabinete da Liderança do DEM. Ali, ela está a salvo da ação da Polícia Federal. Não poderão fazer com ela o que fizeram com os pugilistas cubanos quando Tarso Genro era ministro. Eles foram metidos num avião cedido por Hugo Chávez e devolvidos a Cuba.

Vejam que coisa… Ramona sabia, sim, que receberia apenas US$ 1 mil pelo serviço — só US$ 400 aqui. Até achou bom, coitada! Afinal, naquele paraíso de onde ela veio, cantada em prosa e verso pelo petismo, um médico recebe US$ 25 por mês. A economia, como se sabe, se movimenta no mercado negro. Ocorre que a médica, que é clínica geral, disse não saber que o custo de vida no Brasil era tão caro.

A contratante
O dado que mais chama a atenção nessa historia toda, no entanto, é outro. Até esta terça-feira, todos achávamos que os médicos cubanos eram contratados pela OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), que é um órgão ligado à OMS (Organização Mundial de Saúde), da ONU. Sim, a OPAS é uma das subordinadas ideológicas do regime dos Castro. Está lotada de comunistas, da portaria à diretoria. De todo modo, é obrigada a prestar contas a uma divisão das Nações Unidas. Ocorre que o contrato da médica que desertou é celebrado com uma tal “Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Cubanos”

Que estrovenga é essa, de que nunca ninguém ouviu falar? Olhem aqui: como Cuba é uma tirania, a entrada e a saída de dinheiro são atos de arbítrio; dependem da vontade do mandatário. Quem controla a não ser o ditador, com a colaboração de sua corriola? Assim, é muito fácil entrar no país um dinheiro como investimento do BNDES — em porto, por exemplo —, e uma parcela voltar ao Brasil na forma, deixem-me ver, de doação eleitoral irregular. E o mesmo vale para o Mais Médicos. Nesse caso, a tal OPAS podia atrapalhar um pouco, não é? Mas eis que entra em cena essa tal “Sociedade Mercantil Cubana”, seja lá o que isso signifique.

A Polícia Federal não poderá entrar na Câmara para tirar Ramona de lá. O contrato com os cubanos — e, reitero, é ilegal — não prevê asilo político. A Mesa da Câmara também não pode fazer nada porque o espaço da liderança pertence ao partido.

Vamos ver no que vai dar. O primeiro fio que tem de ser puxado nessa meada é essa tal “Sociedade Mercantil”, que não havia aparecido na história até agora. Quantos médicos vieram por intermédio dela? O que isso significa em valores? Quem tem o controle sobre esse dinheiro?

Texto publicado originalmente às 2h32