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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Agencia Brasil: um orgao parecido com os fascistas de Hitler...

Andei lendo um pouco de história, nos últimos dias, sobretudo um livro que dava destaque a Alfred Rosenberg, o ideólogo do NSAPD, o partido nazista alemão, e que se vangloriava de ter influenciado Hitler na confecção de Mein Kampf.
Curiosamente, encontrei vários pontos em comum com o trabalho que Rosenberg fazia no Volkisher Beobachter, o jornal oficial do movimento nazista, e o trabalho da Agência Brasil, tal como relatado abaixo.
Rosenberg também publicava notícias distorcidas, por vezes as mais ridículas, como a Agência tristemente chamada de Brasil (e que mereceria ser fechada). Em qualquer desgraça que acontecesse em qualquer canto da Alemanha, Rosenberg procurava algum "dedo" judeu, e se não existisse, ele pelo menos sugeria que poderia haver algum escondido em alguma parte. A Agência que não merece o nome tem militantes sectários, não jornalistas, entre seus comensais...
Tudo a ver, de fato...
Paulo Roberto de Almeida 



A fonte oficial
Carlos Brickmann, 23.05.2012

A luta partidária para demonizar os adversários está tão grande que contaminou o noticiário. Uma reportagem da Agência Brasil - que, sendo do Governo, é reproduzida sem maiores cuidados em pequenos jornais, blogs, portais, é lida em emissoras de rádio, é divulgada em tevês locais - publicou informações incorretas a respeito de Policarpo Junior.

O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, ex-presidente da República, apresentou requerimento solicitando declarações do jornalista à CPI dos Bingos, de 2006. A Agência Brasil publicou a notícia do requerimento transcrevendo-o, sem analisá-la: "O requerimento para resgatar informações prestadas pelo jornalista Policarpo Junior (...) à CPI dos Bingos (...)" Só que Policarpo Junior não prestou depoimento algum à CPI do Fim do Mundo (apelido que foi dado à CPI dos Bingos e que quase se transformou em seu nome oficial).

Diante dos protestos pela evidente falsidade da notícia, a Agência Brasil corrigiu o erro, doze horas depois - cometendo um erro ainda maior: disse que as declarações de Policarpo Junior tinham sido feitas à CPI da Loterj, na Assembléia do Rio, e ao Conselho de Ética da Câmara, e atribuiu as informações à assessoria de Fernando Collor. Um telefonema para o alvo dos ataques? Não, nada disso: bastou uma declaração da assessoria de Fernando Collor. E Fernando Collor, desde o início da atual CPI, deixou claro que seu alvo era Veja.

Talvez ainda esteja irritado com a revista pela entrevista com seu irmão Pedro, que iniciou o processo que culminaria com seu impeachment. A Agência Brasil se comportou como a Velhinha de Taubaté, a imortal criação de Luiz Fernando Veríssimo, a última pessoa do país que acreditava no Governo. Só que, no caso, a Velhinha de Taubaté acreditava em Fernando Collor.

O caso é que Policarpo Junior não esteve na CPI da Loterj nem na Comissão de Ética da Câmara. E, portanto, não falou nada. Dois erros seguidos, iguais, ambos demonizando o adversário do momento. E o consumidor de informação? Ora, quem está preocupado com ele, se o importante é xingar o adversário?

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O fascismo em construcao no Brasil: mentalidades fascistas

O assunto é tão absurdo, tão monstruoso, tão ridiculamente fascista, que eu me permito colocá-lo aqui uma vez mais, para que leitores sensatos, inteligentes, como os que frequentam estas páginas (ops, estes posts), se dêem conta de como isso representa, além do absurdo de pretenderem revogar a lei da oferta e da procura, além da violência anticonstitucional que significaria obrigar uma artesã, e um comerciante privado, a fixarem preços ao bel prazer de militantes racistas, uma mentalidade finalmente FASCISTA, que é a de pretender obrigar pessoas normais a terem tal tipo de comportamento.
Não sei se vocês se dão conta de como isto representa, sim, um grão de fascismo embutido na mente de pessoas potencialmente totalitárias.
Aqui vai o conjunto da obra:


QUARTA-FEIRA, 4 DE ABRIL DE 2012

Militantes Negros querem revogar a lei da oferta e da procura

Eu às vezes me pergunto se é só estupidez, mesmo, ou se é racismo puro,  entranhado na mente desses militantes da causa negra, que pretendem obrigar comerciantes privados -- não necessariamente formados em altas escolas de comércio ou em cursos de administração, mas que devem ter algum instinto de mercado -- a fixarem preços administrados, segundo sua concepção idiota de valores econômicos, em patamares que eles julgam serem politicamente aceitáveis, mas que não são, provavelmente, economicamente realistas.
Certas pessoas acham que pelo fato de as bonecas "serem praticamente iguais", elas deveriam ter o mesmo preço: elas querem eliminar as preferências dos consumidores e o direito dos comerciantes realizarem um lucro maior sobre a procura dos clientes, o que é humanamente compreensível (menos para certos energúmenos).
Elas querem fazer o MP obrigar os comerciantes a "igualar os preços" das bonecas. 
Mas a minha sugestão é melhor: os comerciantes deveriam cobrar mais caro pelas bonecas negras, pois assim os militantes da causa receberiam a distinção -- embora duvidosa econômicamente -- de terem "suas" bonecas mais "valorizadas".
Não é uma solução perfeita para um problema perfeitamente estúpido?
Em todo caso, creio que o Brasil está se encaminhando para uma dupla trajetória muito triste: crescente estupidez nacional e racismo explícito, ao contrário.
Paulo Roberto de Almeida 

Conselho vai investigar caso de bonecas em feira
O Globo, 3/04/2012

Entidade pode recorrer ao MP se artesã não igualar preços de brancas e negras em Ipanema

RIO - O Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine) enviará três representantes à Feira Hippie de Ipanema, no domingo, para checar a diferença de preço entre bonecas de pano negras e brancas. Como noticiou na terça-feira Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO, uma barraca cobra R$ 85 pelas brancas e R$ 65 pelas negras, embora as duas sejam praticamente iguais.

Presidente da entidade, Paulo Roberto dos Santos disse que os conselheiros tentarão conseguir com a dona da barraca uma explicação para a diferença de preços. Se os argumentos não forem convincentes, e se a proprietária se recusar a rever os valores, o conselho poderá encaminhar ao Ministério Público uma denúncia de discriminação:

— Nós resolvemos que, antes de qualquer atitude, vamos lá no domingo ver de perto essa situação, se tem a ver com algum preconceito. E vamos, primeiramente, convencer a pessoa a tratar com isonomia, com igualdade (brancas e negras). Se ela se recusar, vamos fazer uma denúncia formal ao Ministério Público e procurar a Defensoria Pública — disse Paulo.

A decisão de ir à feira foi tomada em reunião do Cedine, à qual estiveram presentes representantes do Conselho de Entidades Negras do Interior do Estado do Rio e da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio.

terça-feira, 13 de março de 2012

O fascismo em acao, na Siria: os que apoiam, os que protestam

Bem, de vez em quando o fascismo não é só aquela vontade de controlar as mentes e os corações das pessoas -- como ocorre de ordinário, no mundo, com partidos ordinários -- mas também manifestações concretas, de poderes devastadores do Estado contra sua própria população, que não tem o direito, ao que parece, de manifestar pacificamente para pedir eleições livres, mudança de governo, até mudança completa de regime, como é o direito inalienável de todos os povos (pelo menos formalmente estabelecida depois da Declaração dos Direitos Humanos de 1948, da qual a Síria é signatária, mas não cumpre).
Pois é, na Síria, justamente, o fascismo está em ação, matando desapiedadamente o seu próprio povo, ao qual se denega o direito de manifestar pacificamente por eleições livres e mudança de governo, inclusive em favor de uma imprensa livre, não controlada pelo Estado, como em outras partes de pretende fazer, inclusive aqui mesmo no Brasil, por esse embrião do "fascismo comunicativo", que se chama EBC.
Mas, um teste para saber quem é amigo do fascismo e quem se opõe a suas manifestações e práticas é justamente este: quem assina petições em favor das liberdades democráticas, quem se posiciona concretamente contra o massacre de civis desarmados?
Em nosso país, o exemplo está dado abaixo: o ex-presidente FHC assinou o manifesto.
Seria interessante ver personalidades do poder atual fazerem o mesmo.
Ou será que eles estão impedidos por regras de conivência mútua? Por exemplo: acordos de "cooperação" entre o partido dominante na Síria, o Bath, e o partido dominante no Brasil?
O que impediria líderes políticos brasileiros de se manifestar mais concretamente contra os massacres?
Mais oito ou dez mil mortos?
Paulo Roberto de Almeida

L'appel de personnalités à retirer le "permis de tuer" à Bachar Al-Assad

LEMONDE.FR avec AFP | 13.03.12 | 06h48   •  Mis à jour le 13.03.12 | 09h16
Des combattants de l'Armée syrienne libre s'abritent d'un bombardement, le 11 mars 2012, à Idlib.
Des combattants de l'Armée syrienne libre s'abritent d'un bombardement, le 11 mars 2012, à Idlib.AP/Rodrigo Abd

Près de cinquante personnalités, anciens dirigeants politiques, Prix Nobel de la paix et intellectuels ont appelé les membres du Conseil de sécurité des Nations unies à s'unir pour retirer au président syrien son "permis de tuer", dans une lettre ouverte publiée lundi.

Dans le texte diffusé dans le Financial Times et publié mardi 13 mars dans Le Figaro, ces personnalités de plus de vingt-sept nationalités estiment que "les divisions au sein de la communauté internationale ont donné au gouvernement d'Assad un permis de tuer" et demandent que "ce permis lui soit maintenant retiré".
L'appel coïncide avec la réunion des ministres des affaires étrangères au Conseil de sécurité lundi, à New York, sur "les leçons du Printemps arabe", qui devaitévoquer la Syrie.
"RESTAURER LA PAIX ET LA STABILITÉ"
Les signataires exhortent le gouvernement russe à "se joindre aux efforts collectifs pour mettre un terme rapidement au conflit et restaurer la paix et la stabilité en Syrie et dans la région". La lettre demande aux membres du Conseil de sécurité d'adopter une résolution appelant notamment le régime syrien à cesser les attaques contre la population, à libérer les détenus emprisonnés depuis le début de la révolte et à faciliter la mise en œuvre d'une aide humanitaire d'urgence.
L'appel est signé par les anciens présidents brésilien Fernando Henrique Cardoso et sud-africain Frederik de Klerk, par David Miliband, ancien ministre des affaires étrangères britannique, par Richard von Weizsäcker, ancien président de laRépublique Fédérale d'Allemagne, par l'ancien ministre de la justice français Robert Badinter et par les deux Prix Nobel de la paix Shirin Ebadi  et la Libérienne Leymah Gbowee.
"Cette horreur doit cesser, s'est indignée l'Iranienne Shirin Ebadi, dans le communiqué. La réunion des ministres des affaires étrangères aujourd'hui à New York doit sortir le Conseil de sécurité de sa léthargie, l'unifier derrière la Ligue arabe et passer une résolution par consensus."