Bem, de vez em quando o fascismo não é só aquela vontade de controlar as mentes e os corações das pessoas -- como ocorre de ordinário, no mundo, com partidos ordinários -- mas também manifestações concretas, de poderes devastadores do Estado contra sua própria população, que não tem o direito, ao que parece, de manifestar pacificamente para pedir eleições livres, mudança de governo, até mudança completa de regime, como é o direito inalienável de todos os povos (pelo menos formalmente estabelecida depois da Declaração dos Direitos Humanos de 1948, da qual a Síria é signatária, mas não cumpre).
Pois é, na Síria, justamente, o fascismo está em ação, matando desapiedadamente o seu próprio povo, ao qual se denega o direito de manifestar pacificamente por eleições livres e mudança de governo, inclusive em favor de uma imprensa livre, não controlada pelo Estado, como em outras partes de pretende fazer, inclusive aqui mesmo no Brasil, por esse embrião do "fascismo comunicativo", que se chama EBC.
Mas, um teste para saber quem é amigo do fascismo e quem se opõe a suas manifestações e práticas é justamente este: quem assina petições em favor das liberdades democráticas, quem se posiciona concretamente contra o massacre de civis desarmados?
Em nosso país, o exemplo está dado abaixo: o ex-presidente FHC assinou o manifesto.
Seria interessante ver personalidades do poder atual fazerem o mesmo.
Ou será que eles estão impedidos por regras de conivência mútua? Por exemplo: acordos de "cooperação" entre o partido dominante na Síria, o Bath, e o partido dominante no Brasil?
O que impediria líderes políticos brasileiros de se manifestar mais concretamente contra os massacres?
Mais oito ou dez mil mortos?
Paulo Roberto de Almeida
L'appel de personnalités à retirer le "permis de tuer" à Bachar Al-Assad
LEMONDE.FR avec AFP | 13.03.12 | 06h48 • Mis à jour le 13.03.12 | 09h16
Des combattants de l'Armée syrienne libre s'abritent d'un bombardement, le 11 mars 2012, à Idlib.AP/Rodrigo Abd
Près de cinquante personnalités, anciens dirigeants politiques, Prix Nobel de la paix et intellectuels ont appelé les membres du Conseil de sécurité des Nations unies à s'unir pour retirer au président syrien son "permis de tuer", dans une lettre ouverte publiée lundi.
Dans le texte diffusé dans le
Financial Times et publié mardi 13 mars dans
Le Figaro, ces personnalités de plus de vingt-sept nationalités estiment que
"les divisions au sein de la communauté internationale ont donné au gouvernement d'Assad un permis de tuer" et demandent que
"ce permis lui soit maintenant retiré".
L'appel coïncide avec la réunion des ministres des affaires étrangères au Conseil de sécurité lundi, à
New York, sur
"les leçons du Printemps arabe", qui devait
évoquer la Syrie.
"RESTAURER LA PAIX ET LA STABILITÉ"
Les signataires exhortent le gouvernement russe à
"se joindre aux efforts collectifs pour mettre un terme rapidement au conflit et restaurer la paix et la stabilité en Syrie et dans la région". La lettre demande aux membres du Conseil de sécurité d'
adopter une résolution appelant notamment le régime syrien à
cesser les attaques contre la population, à
libérer les détenus emprisonnés depuis le début de la révolte et à
faciliter la mise en œuvre d'une aide humanitaire d'urgence.
"Cette horreur doit cesser, s'est indignée l'Iranienne Shirin Ebadi, dans le communiqué.
La réunion des ministres des affaires étrangères aujourd'hui à New York doit sortir le Conseil de sécurité de sa léthargie, l'unifier derrière la Ligue arabe et passer une résolution par consensus."