Mini-reflexão sobre as tarefas à frente
Paulo Roberto de Almeida
Cabe romper definitivamente os grilhões políticos em 2022.
Para tal, é preciso superar a camisa-de-força do bolsopetismo, na qual dois psicopatas querem continuar nos encerrando, cada qual puxando para um lado.
Não se pode chegar a 2022 com esse falso dilema da esquerda contra a direita, pois não é isso que a maioria do eleitorado quer.
E não é o Centrão, que só tem oportunista da velha política, que vai ser o instrumento da superação.
A construção de uma coalizão da sensatez, rejeitando as mentiras e o sectarismo do bolsopetismo, é a tarefa mais relevante do próximo ano e meio. Que não sejamos desviados dessa tarefa pelas ambições mesquinhas dos oportunistas conhecidos, alguns candidatos nas últimas quatro ou cinco eleições presidenciais.
A tarefa mais importante, na verdade, é a educação política do eleitorado, numa conjuntura política ainda dominada pelos efeitos da pandemia e da recessão econômica (que precede a pandemia e tem outros vetores do que ela).
Seremos capazes?
Sou moderadamente pessimista: o patrimonialismo, sob novas roupagens, a baixa educação geral e sobretudo a corrupção política são os grandes desafios de um Brasil completamente destacado do mundo.
Me avisem se eu estiver errado, até 2022.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 30/11/2020